Translate

07 abril 2017

Links

PwC na Oi poderia ser pior: destituição e cinco anos sem trabalhar na área

Os contadores (dos EUA) estão tranquilos com a automação

EY e pesquisa sobre fraudes

TCU torna indisponível bens de ex-gestores da Postalis

Uma análise dos Memes na internet

Google Metrics

O Google Metrics é uma ferramenta de mensuração do fato de impacto de periódicos. Como o nome já informa, está vinculada a empresa Google, mas aparentemente é mais abrangente que outras mensurações de fator de impacto, como o JCR.

Na área de negócios, as publicações com maior fator de impacto são as seguintes, em ordem:

1. NBER Working Papers
2. The American Economic Review
3. Journal of Financial Economics
4. The Journal of Finance
5. Review of Financial Studies
6. The Quarterly Journal of Economics
7. Journal of Management
8. Tourism Management
9. Journal of Business Ethics
10. Management Science

Na área contábil a listagem é a seguinte:

1. The Accounting Review
2. Journal of Accounting and Economics
3. Contemporary Accounting Research
4. Journal of Accounting Research
5. Review of Accounting Studies
6. Accounting, Organizations and Society
7. AUDITING: A Journal of Practice & Theory
8. Management Accounting Research
9. Accounting Horizons
10. Accounting, Auditing & Accountability Journal

Os periódicos em língua portuguesa são os seguintes:

1. Ciência e Saúde Coletiva
2. Revista de Saúde Pública
3. Cadernos de Saúde Pública
4. Revista Latino-Americana de Enfermagem
5. Revista da Escola de Enfermagem da USP
6. Texto e Contexto-Enfermagem
7. Revista Brasileira de Enfermagem
8. Revista Gaúcha de Enfermagem
9. Saúde e Sociedade
10. Escola Anna Nery

É impressionante a presença de periódicos da área de saúde. A Revista de Administração de Empresas ocupa o 15o. lugar. A Revista de Administração do Mackenzie em 32o e a RAP em 37o. A Revista de Contabilidade e Finanças aparece em 70o. lugar.

Uma pesquisa com o termo "Contabilidade" mostra a seguinte relação:

1. Revista Contabilidade e Finanças
2. Revista de Contabilidade e Organizações
3. Revista Base (Administração e Contabilidade) da UNISINOS
4. Revista Contemporânea de Contabilidade
5. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC)
6. Contabilidade Vista e Revista
7. Contabilidade, Gestão e Governança
8. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ
9. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade
10. Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão

Por que não devo comparar o preço do ovo de páscoa com o chocolate?

Nesta época da páscoa é muito comum circular comparações grosseiras sobre o preço do ovo de páscoa. A principal comparação é verificar o preço da grama do ovo de páscoa com o do chocolate comum. Trata-se, como já disse, de uma comparação grosseira. E quem já estudou contabilidade de custo sabe disto.
Pelas características do produto, o ovo de páscoa tem que ter um preço maior que o do chocolate por três fortes razões. A primeira é que o processo de produção e venda é mais caro e envolve custos adicionais que não existem no chocolate comum. Observe a embalagem de um ovo de páscoa e perceba como é mais elaborada que um chocolate comum. Alguns ovos de páscoa trazem brindes que também possuem custo. E se alguém já passou num supermercado nesta época do ano sabe como a seção onde estão os ovos de páscoa são enfeitadas, muitas delas com funcionários das empresas para ajudar as vendas. Traduzindo: o custo é maior.

A segunda razão para não compararmos os dois produtos é seu formato, que desfavorece o produto de páscoa. E podemos citar dois pontos fortes para isto: o espaço ocupado pelo ovo de páscoa e sua perenidade. No supermercado, um ovo de páscoa ocupa um espaço nobre. E espaço é um item muito caro para um comércio. Mas não é somente isto: o maior espaço ocupado pelo ovo representa também maior custo de transporte por unidade, que também encarece o produto. A perenidade pode ser vista sob a ótica do produto de páscoa ter uma perda elevada no comércio – o índice de quebra do produto é muito superior a uma barra de chocolate. Mas também diz respeito ao fato de que um ovo de páscoa não desperta nenhum interesse do consumidor após a páscoa, mas uma barra de chocolate pode ser vendida o ano todo.

Este último aspecto está relacionado com a terceira razão para que o ovo de páscoa seja proporcionalmente mais caro que uma barra de chocolate comum: a sazonalidade e seus custos. As empresas que fabricam e que vendem este produto trabalham com elevada sazonalidade; isto implica em aumento no volume de estoques, pagamento de hora extra para os funcionários para atender os pedidos, necessidade de caixa para capital de giro, entre outros fatores. Tudo isto representa custos.

Assim, quando você recebe um áudio falando do absurdo do preço do ovo de páscoa ou ler sobre o assunto ou um amigo reclamar sobre este fato, lembre-se que a resposta é dada pela contabilidade de custos. E é muito óbvia para você não responder a uma comparação tão grosseira.

Rir é o melhor remédio


06 abril 2017

Curso de Contabilidade Básica: Estrutura de Custos de uma Empresa

Não é muito usual uma empresa divulgar sua estrutura de custos. E existem duas boas razões para isto. A primeira é que muitas vezes a separação dos custos fixos e variáveis pode ser difícil na prática. A segunda razão ocorre em virtude de esta ser uma informação estratégica, que pode ser usada pelos concorrentes. Mas há exceções à regra geral de não divulgação.

No início de março, ao publicar suas demonstrações contábeis, a empresa Ativos S.A. divulgou o seguinte trecho extraído do Relatório da Administração:

Os custos da empresa foram da ordem de 74,4% sobre as receitas, compostos por 63,4% de custos variáveis e 11% de custos fixos. No encerramento do balanço, os custos variáveis foram da ordem de 85,2% dos custos totais.

Vamos inicialmente entender que empresa é esta. A Ativos S.A. é uma sociedade anônima criada em 2002 e controlada integralmente pelo Banco do Brasil. Sua finalidade é a aquisição de créditos oriundos de instituições financeiras. Logo, deve ser uma entidade com uma estrutura de custos enxuta. Em 2016 sua receita operacional líquida foi de 478 milhões de reais.

Com base nos conceitos de contabilidade gerencial desenvolvidos no capítulo 7 do primeiro volume do Curso de Contabilidade Básica, é possível determinar os valores dos custos fixos, variáveis, do ponto de equilíbrio e da alavancagem operacional.

Iniciando pelo valor dos custos. Como a empresa afirmou que os custos representam 74,4% das receitas, o valor será dado por:

Custos = 0,744 x 478 = 356 milhões

A empresa afirma também que os custos fixos correspondem a 11% da receita ou 11% x 478. Isto representa 52 milhões de reais. Como os custos totais é a soma dos fixos e variáveis, o valor dos custos variáveis é de 303 milhões. O ponto de equilíbrio pode ser obtido da seguinte forma:

Ponto de Equilíbrio = Lucro = 0
Lucro = Receita – Custos Variáveis – Custos Fixos
0 = Receita – 0,634 x Receita – 52 milhões
0,366 Receita = 52 milhões
Receita = 142 milhões

Já a alavancagem mede quanto irá variar o lucro em razão de um aumento na receita. Mede também a distância que a empresa está do ponto de equilíbrio. Uma das formas de cálculo da alavancagem é dividir a margem de contribuição pelo lucro. Sabemos que a margem de contribuição é apurada pela diferença entre a receita, que é de 478 milhões, e os custos variáveis, que totalizaram 303 milhões. Logo, a margem de contribuição total é de 175 milhões. Já o lucro é a diferença entre a margem de contribuição total e os custos fixos ou $175 milhões – 52 milhões = 123 milhões. Portanto, a alavancagem será de 1,423, ou seja, a cada 1% de aumento na receita, o lucro irá aumentar 1,42%.

Para entender melhor esses e outros conceitos aplicados à contabilidade gerencial, não deixe de ler esse capítulo e reforçar seu aprendizado com os vários exercícios propostos lá...

Rir é o melhor remédio


05 abril 2017

Como estudar melhor: técnica Feynman

Reforço de Capital de Giro

Nas demonstrações contábeis divulgadas pela CPFL encontra-se, no item 4 do Relatório da Administração, a destinação do lucro do exercício. Partindo do lucro líquido base para destinação (lucro líquido mais resultado abrangente realizado mais dividendos prescritos) tem-se um total de 930 milhões de reais para serem distribuídos. A empresa então destina parte para reserva legal, uma grande parcela para reserva estatutária e o dividendo adicional proposto. A tabela a seguir apresenta, de maneira um pouco diferente, as informações que constam das demonstrações da empresa:


O que chamou a atenção foi o reforço do capital de giro. Caso a empresa não tivesse separado 546 milhões de reais, este valor deveria ser distribuído aos acionistas. Isto em algum momento sairia do caixa da empresa. A empresa optou por não distribuir, deixando na reserva estatutária com esta denominação. No ano de 2015 a empresa tinha feito a mesma coisa: destinou parte do lucro para reforço do capital de giro (R$393 milhões) que posteriormente foram usados para aumento de capital, já em 2016. E no exercício anterior o mesmo ocorreu. Estas informações podem ser nitidamente percebidas na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa. Assim, na verdade, a reserva estatutária para reforço do capital de giro corresponde a uma transição para a conta Capital Social.

Resultado dos Controladores versus dos não Controladores na Invepar

Nas demonstrações contábeis da Invepar divulgadas na sexta-feira da semana passada mostra que o resultado consolidado da empresa para 2016 foi de um prejuízo líquido de -223 milhões. O interessante é que os acionistas controladores tiveram um lucro líquido de 409 milhões, enquanto os não controladores um prejuízo líquido de 632 milhões. Uma diferença de 1,041 bilhão de reais.

A principal explicação para esta discrepância está no resultado financeiro. E a nota explicativa 18 esclarece isto: enquanto as despesas financeiras do consolidado chegaram a 2,597 bilhões, na controladora foi de 459 milhões. E dentre as despesas financeiras,a atualização da outorga do aeroporto de Guarulhos (vide aqui sobre o desempenho do aeroporto) corresponde a 1,025 bilhão.

Efeito Cascata - Outro aspecto importante das demonstrações contábeis da Invepar refere-se ao parecer com ressalva. A razão foram os investimentos na Concessionária Rota do Atlântico e Concessionária Bahia Norte. Como as auditorias nas empresas não tinham sido concluídas até a publicação das demonstrações da Invepar, a empresa de auditoria, a Grant Thornton, emitiu uma opinião com ressalvas. A razão é que estes investimentos possuem a grife Odebrecht, que está sob suspeita diante dos escândalos de corrupção.

Rir é o melhor remédio


04 abril 2017

Curso de Contabilidade Básica: Em Construção

No volume II do Curso de Contabilidade Básica tratamos sobre o imobilizado no capítulo 3. Diante das várias situações que podem ocorrer com os ativos fixos de uma entidade, tais como a aquisição, construção, perda ou“aposentadoria”, etc, este texto irá comentar a situação de uma empresa que incorpora um imobilizado ao longo de um grande período de tempo. Isso ocorre quando uma empresa constrói um prédio ou fabrica um navio ou uma obra que leva muito tempo para ficar pronta. Como a contabilidade faz o registro nestes casos? Não é muito complicado entender, a partir do conteúdo apresentado no livro. Na medida em que a empresa vai fazendo a construção de um prédio, os valores são incorporados ao ativo imobilizado em andamento. Assim, os desembolsos com material de construção ou salários dos empregados são considerados dentro deste grupo. Ao final da obra, a contabilidade sabe quanto foi o seu custo, que está no imobilizado.

Vejamos um exemplo prático disto. A empresa Norte Energia foi criada para construir a usina hidrelétrica de Belo Monte. Quando ficar pronta, esta usina irá gerar uma grande quantidade de energia para o País. O balanço patrimonial da empresa para 31 de dezembro de 2016 encontra-se a seguir:

É fácil perceber que o principal ativo da empresa é o imobilizado. Mas o balanço não ajuda a explicar o que ocorre com a empresa ao longo da construção da usina. Felizmente a empresa divulgou, em notas explicativas, um detalhamento deste imobilizado, que facilita a compreensão.


Observe que o total da tabela apresenta o mesmo valor do imobilizado do balanço patrimonial: 36 bilhões de reais (marcado na figura com uma seta). Na primeira coluna temos o saldo em 31 de dezembro de 2015. Na última, um ano depois. Assim, o imobilizado da empresa cresceu no período, de 30,2 bilhões para 36 bilhões ou 5,8 bilhões a mais. Nas linhas temos o detalhamento das mudanças nos valores.

Na segunda coluna são mostradas as adições do período. A seguir, na terceira, a “baixa”, ou seja, a redução de valor por alguma razão. Na quarta coluna, as transferências. Estas transferências ocorreram internamente entre os grupos do imobilizado. Nós destacamos na figura o valor de 13bilhões, com uma estrela e um círculo. Veja o que ocorreu: uma grande parte dos “reservatórios, barragens e adutoras”, que estava em construção, terminou durante o ano de 2016. Agora estes valores estão “em serviço”.

A transferência é feita através do seguinte lançamento:

Débito Reservatórios, barragens e adutoras (geração em serviço) – Imobilizado
Crédito Reservatórios, barragens e adutoras (geração em curso) – Imobilizado em Andamento

Para compreender essas outras situações que ocorrem com o Imobilizado aqui citamos, não deixe de estudar o capítulo 3 de nosso livro... :)

Links

Submetidos à “dieta Maduro”, quase 75% dos venezuelanos emagreceram 8,7 quilos, em média, no ano passado. 


A Academia irá continuar trabalhando com a PwC (enfim uma boa notícia para a PwC)



Como um dicionário é feito

Quando a sustentabilidade é um fator na avaliação de empresas 

Homens sentem mais a pressão que as mulheres (pelo menos no tênis)