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27 julho 2016

Cnova

A empresa Cnova conclui recentemente a apuração dos efeitos dos problemas da falta de controle nos seus estoques. A empresa informou que os prejuízos totais nos estoques foram de 42 milhões de reais. Somado aos problemas com outras contas (vendas, contas a receber, contas a pagar, ativos intangíveis e despesas operacionais) o efeito chega a R$400 milhões.

A empresa informou a SEC os efeitos da apuração conduzida. Um aspecto interessante é que ao contrário da Petrobras, que não distribuiu os efeitos ao longo do tempo – alegando ser isto impossível, a Cnova determinou o impacto em cada ano.

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HBR: Valor do Acionista (por Mauboussin e Rappaport)

A beleza de uma fórmula matemática (lendo o cérebro de matemáticos)

Menos pagamento e mais desempenho: remuneração dos executivos (figura ao lado)

Pesquisa: assassino em massa é contagioso

Jornalista jogava Pokémon Go na coletiva na Casa Branca

O último vídeo-cassete irá ser produzido neste mês

Exercícios físicos ajudam a memorizar melhor a matéria estudada

O curso "Aprendendo a Aprender"  do Coursera me deixou ótimas impressões. Um dos aspectos que eles destacam é a importância da atividade física. Dormir e se exercitar são processos importantes para a criação de novos neurônios.

Li hoje no Brasil Post uma reportagem sobre um estudo que concluiu que o melhor momento para se exercitar é 4h após o fim dos seus estudos. A diferença não é gritante, há uma melhora de cerca de 10% da sua capacidade. Todavia, dependendo dos seus propósitos, ter 10% de vantagem sobre o concorrente é valioso. Difícil é colocar a sugestão em prática, especialmente para quem estuda à noite.

[...] Para produzir os efeitos de melhora da memória, provavelmente é preciso fazer exercício físico de alta intensidade. [...] serão necessários mais estudos para definir o tempo melhor de espera em humanos (entre o estudo e a prática do exercício físico).
Em outras palavras, é possível que quatro horas não seja o tempo de espera ideal. Pesquisas futuras podem nos ajudar a obter uma resposta mais precisa.”

Ainda:
O efeito positivo sobre a memória foi modesto, mas a descoberta traz evidências iniciais de que o exercício físico, feito no prazo correto, pode melhorar a retenção de memórias, dizem os pesquisadores. [...]
As informações recentemente aprendidas geram traços de memória no cérebro; esses traços podem se deteriorar ou podem ser consolidados com a memória de longo prazo.
Estudos recentes mostram que o exercício físico gera um aumento grande na liberação de determinados neurotransmissores, como dopamina e noradrenalina, que provavelmente são cruciais para a consolidação das memórias. 
Os pesquisadores especulam que talvez seja essa razão por que malhar ajudou os participantes do estudo a reter informações. 
“Essas proteínas ajudam a estabilizar os novos traços de memória, que, de outro modo, seriam perdidos”, disse ao Huffington Post em e-mail o Dr. Guillen Fernandez, professor de neurociência cognitiva no Centro Médico da Universidade Radboud.
“O exercício físico está no início desta sequência, porque é acompanhado pela liberação de dopamina e norepinefrina.”

Hipótese da Renda Permanente está errada

A hipótese da renda permanente de Milton Friedman é uma das principais bases da teoria macroeconômica e de finanças. Essa hipótese considera que o consumo das pessoas depende da renda esperada ao longo da vida. Assim, as pessoas suavizam o consumo. Ou seja, diante de flutuações  em torno da renda esperada, os indíviduos poupam ou tomam dinheiro emprestado para manter o consumo estável. Se a hipótese for verdadeira, um aumento de gastos do governo (política fiscal expansionista) não implica em aumento de gastos das famílias, pois a renda extra será poupada. Essa hipótese de Friedman também influencia a fixação de juros pela autoridade monetária. No entanto, uma série de estudos empíricos estão mostrando que ela não tem muita validade empírica. Assim, muitos dos modelos econômicos estão baseados numa hipótese errônea criada por um dos economistas mais influentes da história. É mais um exemplo de que a teoria econômica está errada.






Contador-chefe da SEC cai de bike

James Schnurr, the chief accountant in the Securities and Exchange Commission’s Office of the Chief Accountant, has been seriously injured in a bicycling accident, and the SEC named deputy chief accountant Wesley R. Bricker as interim chief accountant while Schnurr recuperates.

[...]

Schnurr floated a proposal last year for the SEC to allow companies to use some supplemental information from International Financial Reporting Standards in their financial statements in addition to their U.S. GAAP filings, which the SEC is still considering (see SEC Considering Support for Supplemental use of IFRS). He also encouraged FASB to set up a Transition Resource Group for the recently issued accounting standard on credit losses for financial instruments (see SEC Sets Up Transition Group for Credit Loss Standard).

Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio


26 julho 2016

Problemas de controle interno na Telefônica

Realmente as empresas de telefonia estão vinculadas aos escândalos. Com respeito a Vivo um blog postou o seguinte (via aqui)

Em 13 de junho foi demitida da Vivo a toda poderosa diretora de marketing Cris Duclos [foto]. Agora começa a ficar claro que o motivo foi um rombo de R$ 27 milhões. A diretora usava três das agências de publicidade que atendiam a Vivo (hoje são DPZ, Africa, DM9DDB e Young & Rubicam) para superfaturar produções de filmes publicitários e repassar propina de volta para ela. Mais: ela fez uma acordo com a agência Africa (de Nizan Guanaes) para contratar seu marido, Ricardo Chester, que também recebia propina na forma de um salário milionário, muito acima da média da equipe.


Mas o blog afirma que tanto a Folha/UOL assim como o Valor iriam publicar sobre o assunto, mas foram pressionados para nada comentar. Entretanto, o Valor publicou sobre o assunto.

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Corte considerou que Bitcoin não era dinheiro real

Executivos bem pagos são medianos e podem ter desempenhos ruins

LATAM reconhece que pagou propina na Argentina e paga multa

CVM promove palestras (mas para somente quem mora no Rio)

Como as fotografias de férias mudaram no tempo (vídeo)

O papel de um neurônio chamado Jennifer Aniston (é sério) 

Polêmica na Recuperação Judicial da Oi

Na semana passada a justiça do Rio de Janeiro designou a PwC e o escritório de advocacia Wald para administrar judicialmente a empresa Oi. Duas polêmicas surgiram nesta semana. Primeiro, a empresa PwC é credora da Oi; assim, teria interesses na questão e poderia ser beneficiada em relação a outros interessados na questão. A segunda polêmica é o fato do escritório de advocacia não constar na lista originalmente sugerida pela Anatel.

É preciso entender que a recuperação da empresa Oi será acompanhada de perto por diversos interessados, nem sempre com objetivos coincidentes. Tanto as escolhas da PwC quanto do escritório de advocacia são defensáveis. Certamente isto não influenciará na qualidade do trabalho. Mas que o desgaste poderia ter sido evitado, isto poderia.

SEC pune contador por não identificar fraude

The Securities and Exchange Commission has suspended EFP Rotenberg LLP and an accountant at the firm for failing to detect fraud in the audit of a public company client, ContinuityX Solutions.

As part of the settlement, the firm agreed to pay a $100,000 penalty, while the accountant, Nicholas Bottini, agreed to pay a $25,000 penalty, the SEC said Friday. Bottini has been permanently suspended from appearing and practicing before the SEC as an accountant, barring him from participating in financial reporting and audits of publicly traded companies. The New York-based firm has been suspended for one year and can only resume public company audits next year if an independent consultant certifies it has fixed the causes behind its failure to detect to the fraud.

The failed audit involved ContinuityX Solutions, a public company based in Metamora, Ill., which claimed to sell Internet services to businesses. The SEC has since charged ContinuityX’s executives alleging it engineered a scheme to inflate the company’s revenue through fraudulent sales.

The SEC said EFP Rotenberg and Bottini failed to perform enough audit procedures to uncover the fraud in ContinuityX’s financial statements. The firm and the accountant also didn’t get enough evidence about revenue recognition and accounts receivable to support its audits, according to the SEC, nor did it identify related-party transactions, investigate claims from company management that contradicted evidence found during the audit, perform procedures to resolve and document those inconsistencies, or exercise due professional care.

“Auditors are supposed to act as gatekeepers to protect the integrity of our markets, but EFP Rotenberg and Bottini failed to live up to their professional obligations,” said David Glockner, director of the SEC’s Chicago Regional Office, in a statement.

[...]


Fonte: aqui

Rir é o melhor remédio



25 julho 2016

Farra nos gastos com pessoal dos Estados

Apesar de serem obrigados, por lei, a conter despesas com pessoal, vários Estados estouraram seus limites e essa conta cresceu em pelo menos R$ 100 bilhões de 2008 para cá – período em que o governo federal afrouxou o monitoramento das finanças estaduais. A alta é espantosa porque representa um crescimento real, acima da inflação, de 40%, e é quase o dobro dos R$ 58 bilhões de aumento de 2000 a 2007, quando se aplicou com mais rigor a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Mesmo sendo gigantesco, a avaliação é que esse número pode ser ainda maior. Gastos com auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias – enfim, uma série de despesas decorrentes de pessoal – podem não estar incluídas nessa cifra. “Não dá para saber”, diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan, que coordenou esse levantamento. Morelli explica que, ao longo dos anos, foram feitas diferentes “interpretações da lei” sobre o que entra ou não na conta, dificultando a análise da saúde financeira dos Estados.

Os especialistas em finanças não gostam de dizer que isso configura “maquiagem” ou que as interpretações criaram uma “caixa preta”. As secretarias de Fazenda conhecem os dados e fazem a prestação de contas dentro da lei. É fato que muitos critérios contrariam o manual do Tesouro Nacional, responsável por monitorar a aplicação da lei. Mas eles foram aprovados pelos Tribunais de Contas dos Estados ou conquistados em disputas na Justiça. Ainda assim, a maioria admite que houve uma “criatividade coletiva” na apresentação dos gastos.

“O que temos nos Estados é a pior das contabilidades criativas – a contabilidade criativa legal, pois interpretações da Lei de Responsabilidade Fiscal foram autorizadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, pela Justiça e, em alguns casos, até pelo Tesouro”, diz Raul Velloso, especialista em contas públicas.


Gastos públicos



Índice. Para medir o peso do pessoal sobre o caixa dos Estados, a lei manda fazer uma conta elementar: dividir os gastos com a folha pela receita líquida corrente. O resultado é um indicador que não pode ser superior a 60%. As manobras consistem em contabilizar a menos as despesas e a mais as receitas, por meio das tais interpretações, para que o resultado da conta fique abaixo de 60%.

Para a economista Sol Garson, ex-subsecretária de Finanças do Rio e hoje responsável pela área fiscal da Macroplan, o Rio de Janeiro tem uma das interpretações mais criativas do País. Em 2015, para fechar a conta com a Previdência, usou cerca de R$ 3,6 bilhões de royalties de petróleo. A receita é instável e incerta, não tem relação com o esforço fiscal do Tesouro, mas o Estado e o Tribunal de Contas entendem que vale.

Há outra manobra comum, mas mais requintada. Estados e municípios recebem repasses do SUS destinados exclusivamente a pagamentos de serviços da rede privada. O dinheiro mal passa pelo caixa público e segue para o setor privado. “Mas a maioria dos Estados e municípios contabiliza como se o dinheiro fosse deles, eleva a receita corrente líquida, o que melhora o indicador”, diz Sol.

Durante muito tempo, os Estados preferiram defender seus critérios, ainda que duvidosos. Uma nova geração de secretários de Fazenda, porém, defende que é preciso rever a posição.

Quem puxa a fila é Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás. Egressa do setor privado, ao assumir, mandou recalcular o indicador incluindo absolutamente todos os gastos com pessoal. Pelas regras da contabilidade oficialmente adotadas em Goiás, o indicador hoje está em cerca de 50%. Mas o cálculo sugerido por Ana Carla diz que é 80%. Ela reforça que a situação dos Estados é gravíssima (ler mais abaixo).

Os gastos com pessoal crescem de 5% a 6%, ao ano, mesmo que não se contrate ninguém e não se dê um centavo de aumento. “Teremos vários Rios de Janeiro em três anos se nada for feito e estou convencida de que apenas com informações transparentes – e o debate pela sociedade – é que teremos condições de avançar nas correções”, diz Ana Carla. O governo tem uma nova proposta de cálculo, mais rigoroso, que poderia dar uma visão mais clara sobre os gastos.


Fonte: aqui