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12 setembro 2015

Suki Kim: É assim que se ensina na Coreia do Norte

Durante seis meses, Suki Kim trabalhou como professora de inglês em uma escola de elite para os futuros líderes da Coreia do Norte, enquanto escrevia um livro sobre um dos regimes mais repressivos do mundo. Enquanto ajudava seus alunos a lidar com conceitos como "verdade" e "pensamento crítico", ela se perguntou: "Ensinar esses alunos a buscar a verdade poderia colocá-los em perigo?"

Fato da Semana: Periódicos (37 de 2015)

Fato da Semana: Ao longo dos últimos anos o número de periódicos em contabilidade cresceu substancialmente. A redução dos custos de produção de um exemplar, decorrente da não impressão dos exemplares, aliado ao aumento no número de pesquisas produzidas nos programas de pós-graduação e o desejo de toda instituição de renome de ter seu próprio periódico foram alguns dos fatores motivadores. Junto com os periódicos tivemos a criação de um sistema de separação destes periódicos, baseado em critérios fixados pelo governo.

Nesta semana o blog fez uma interessante pesquisa mostrando a demora na publicação dos artigos em diversos periódicos brasileiros. O resultado mostra que em muitos periódicos o tempo para publicação é superior a um ano. Além disto, como muitos destes artigos passaram por um congresso e/ou uma banca de trabalho de conclusão de curso, o tempo para a divulgação da pesquisa é muito superior.

Qual a relevância disto? No Brasil estamos observando um fenômeno parecido com o que ocorre no primeiro mundo: a grande demora na publicação das pesquisas. Esta demora pode ser decorrente do próprio processo de publicação: ao receber um artigo, o editor geralmente faz uma triagem e depois encaminha para dois avaliadores dar um parecer. O prazo médio é de trinta dias, mas na prática é maior pois estas pessoas são muito ocupados. Um artigo pode ser aprovado ou não, mas em muitos casos o parecer é inconclusivo, sugerindo alterações que podem atrasar a publicação da pesquisa. Este processo, apesar de demorado, garante uma qualidade no trabalho publicado. Em muitos casos, o trabalho não é aceito e os autores encaminham para outro periódico.

A transformação dos periódicos impressos em eletrônicos agilizou um pouco este processo, mas não substancialmente. Geralmente os editores e os avaliadores não são remunerados, e deve-se contar com a boa vontade de todos para que o periódico possa ser fortalecido e melhorar a classificação. O levantamento feito pelo blog ajuda a evidenciar melhor este processo de publicação no Brasil.

Positivo ou Negativo? Neutro. Provavelmente estamos até melhor que a média mundial, mas será que o processo não pode ser melhorado?

Desdobramentos? Esperamos que nossos leitores priorizem os periódicos que produzem respostas mais rápidas. Seguindo esta lógica, aqueles com menor tempo de resposta terão um aumento no número de submissões nos próximos meses. E os mais lentos, poderão melhorar o processo, já que terão menos artigos para analisar.

Contabilidade Sobrenatural

Supernatural (Sobrenatural em português e no SBT) é uma das minhas séries prediletas. Por estar na décima temporada acho que a premissa é conhecida, mas vamos lá:

Supernatural narra a história de dois irmãos, Sam Winchester (Jared Padalecki) e Dean Winchester (Jensen Ackles), que caçam demônios, fantasmas, monstros e outras criaturas sobrenaturais no mundo.

No início era um programa mais simples, voltado para um suspense-maior-de-idade. Mas a série amadureceu e trouxe uma veia cômica excelente. Os casos também foram piorando... se bem que o episódio que mais me dá nervoso é o dos espantalhos, enquanto para outros é o do palhaço. Depois disso, já conhecemos muita aventura bíblica ou mitológica.

Estou escrevendo isso só para colocar a cola de uma tela! ;)

No episódio 18 da décima temporada, Dean atende assim ao telefone:

Supernatural S10E18 Winchester's Accounting Contabilidade

Não vou contar o resto porque aqui é spoiler free. Só vou dizer que sinto muito a falta do Bobby e da Meg (com a Rachel Miner). E que torço para que realmente criem Wayward Daughters...  There'll be peace when you are done...♪♪♪♪♪  ]

Ah! Quem dera houvesse um tanto mais de contabilidade nas séries né? Por enquanto deixo também a indicação do ... hum... ele não deixou o nome. Mas são webisodes da série The Office, mas com contadores. Ainda não pude assistir, então todos temos esse dever de casa. Vou cobrar só em novembro... ;)

Você assiste Supernatural? Assistia The Office?

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P.S. - Quando eles vão fazer algo sobre o Adam?

Seu trabalho acadêmico, Sra. SALES, ISABEL

Lembra que falamos sobre "Acadêmicos escrevendo livros que ninguém consegue comprar"?
Um dia recebi um e-mail desses... Quem não ficaria desconfiado? Afinal, é super normal me chamarem de SALES, ISABEL.

++++++++++++++++++++++++++++++++

Prezada SALES, ISABEL,

Você é a autora do trabalho intitulado "A DINÂMICA DA RELAÇÃO ENTRE OS LUCROS CONTÁBEIS E OS RETORNOS ACIONÁRIOS NAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO"?
Segundo nossos dados, o trabalho foi escrito no ano 2011 em Universidade de Brasília.

Meu nome é Mônica Figueira e formo parte da equipe editorial das Novas Edições Acadêmicas.

Acredito que a temática em particular poderia ser interessante para uma audiência mais ampla, uma vez que manifestamos o interesse em considerar sua pesquisa para uma possível publicação como livro impresso. Nossos serviços não têm nenhum custo para nossos autores.

SALES, ISABEL, lhe poderia enviar mais informações sobre a nossa proposta?

Desde já agradeço.


--
Atenciosamente

Mônica Figueira
Departamento de aquisições

Novas Edições Acadêmicas é uma marca comercial de:
OmniScriptum GmbH & Co. KG

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11 setembro 2015

Rir é o melhor remédio





Brasil: um país improdutivo

Uma fábula de improdutividade - Estadão Marcos Mendes 10 Setembro 2015

João é inteligente e nasceu numa família de classe alta. Estudou em boas escolas e entrou para uma universidade pública, gratuita, no curso de Engenharia. Formado, viu que os melhores salários iniciais de engenheiros estavam em R$ 5 mil. Fez concurso para um cargo de nível médio num tribunal: salário de R$ 9 mil mais gratificações, aposentadoria integral, estabilidade, expediente de seis horas. O contribuinte custeou a formação de um engenheiro e recebeu um arquivador de processos sobrerremunerado. Amanhã João estará em frente ao Congresso, com seus colegas, todos em greve por aumento salarial. Não terá o dia de trabalho descontado nem se sente remotamente ameaçado de demissão.

Pedro não tem muito talento intelectual. Mas sua família pôde pagar uma boa escola, o que lhe garantiu uma vaga num curso não muito concorrido em universidade pública. Carente de habilidades acadêmicas, Pedro não se adaptou e mudou de curso duas vezes, deixando para trás centenas de horas-aula desperdiçadas e duas vagas que poderiam ter sido ocupadas por outros estudantes que jamais terão acesso àquela universidade. Foi fácil desistir dos cursos, pois Pedro nada pagou por eles. Após oito anos na universidade, Pedro finalmente se formou em Biologia. Sonha em ter um emprego igual ao de João. Entrou num cursinho preparatório para concursos públicos. Lá conheceu centenas de jovens formados em universidades públicas que, em vez de irem para o mercado de trabalho aplicar os seus conhecimentos, estão em sala de aula decorando apostilas para conseguirem um emprego público.

Jorge, o dono do cursinho, é um brilhante advogado que poderia contribuir para a sociedade redigindo contratos empresariais. Mas descobriu que ganha mais dinheiro preparando candidatos ao serviço público. Um dos professores do cursinho de Jorge é Manuel, que também abandonou sua formação universitária e mudou de ramo. Ao perceber que jamais exercerá a profissão original, ele pediu desfiliação do respectivo conselho profissional. Mas não consegue, porque Márcia, funcionária daquele conselho, tem como missão criar todo tipo de dificuldade às desfiliações e manter em dia a arrecadação compulsória. Manuel desistiu e vai pagar a contribuição pelo resto de sua vida profissional, ainda que não se beneficie em nada e pouca satisfação seja dada pelo conselho profissional acerca do uso desse dinheiro. As limitações acadêmicas de Pedro o impedem de ser aprovado em concurso público. Ele vai ser um medíocre professor numa escola de ensino fundamental de segunda linha (pública ou privada), oferecendo ensino de baixa qualidade às novas gerações das famílias que não podem pagar por uma escola melhor. Pedro só conseguiu essa vaga porque há uma reserva de mercado: por lei, as escolas de ensino fundamental só podem contratar professores com diploma de nível superior. Fosse permitido contratar universitários, diversos graduandos em Biologia mais talentosos e motivados que o diplomado Pedro estariam em sala de aula, oferecendo boas aulas às crianças.

Antônio é tão brilhante quanto João. Daria um excelente engenheiro, mas nasceu em família pobre e estudou em escola pública. Teve professores limitados, no padrão de Pedro, e a desorganização administrativa da escola piorava as coisas: muitas vezes não havia professores em sala. Falta com atestado médico não dá demissão. Antônio até conseguiu passar no vestibular de Engenharia em universidade pública, pelo sistema de cotas, mas sua formação deficiente em Matemática foi uma barreira intransponível. Abandou o curso, deixando mais horas-aula perdidas e mais uma vaga ociosa na conta dos contribuintes. Antônio, porém, é empreendedor. Não se abalou com o insucesso universitário, aprendeu a consertar eletrônicos por meio de vídeos no YouTube. Montou um pequeno negócio de manutenção de smartphones e computadores. Seu talento poderia torná-lo um grande empresário. Mas para crescer ele precisa transferir sua empresa do regime de tributação Simples para a tributação normal, pagando impostos muito mais altos, porque o governo precisa de muito dinheiro para pagar altos salários, para custear a universidade gratuita que desperdiça vagas e para sustentar escolas públicas que não dão aula, entre outras despesas. Mesmo assim, o governo permanece em déficit e toma empréstimo para se financiar, aumentando a taxa de juros. Com impostos altos e crédito caro, Antônio prefere manter seu negócio pequeno. A grande empresa e seus empregos morreram antes de nascer.

Chico é um líder talentoso. Dirige uma central sindical que congrega os sindicatos dos companheiros do Judiciário e dos professores, entre outras categorias. Chico está em frente ao Congresso Nacional apoiando a greve de Pedro por melhores salários. Faz um discurso contra os neoliberais, que só pensam em cortar gastos públicos e arrochar os trabalhadores. Chico não tem muito do que reclamar (embora, como líder sindical, a sua especialidade seja, justamente, reclamar): além da remuneração paga pelo sindicato (e custeada pelo imposto sindical, cobrado obrigatoriamente dos contribuintes), ele está aposentado pelo INSS desde os 52 anos de idade. Até o fim da sua vida receberá muito mais do que contribuiu para a Previdência. Nenhum dos personagens acima citados tem comportamento ilegal. Eles jogam o jogo de acordo com as regras que estão postas. O erro está nas regras. Mudá-las requer superar as dificuldades das decisões coletivas. Não mudá-las implica continuar com talentos profissionais e dinheiro público mal alocados, empregos improdutivos, potenciais inexplorados, gasto público excessivo, oportunidades perdidas, incentivos errados. Uma fábula de improdutividade.


*Marcos Mendes tem graduação, mestrado e doutorado em economia, custeados pelos contribuintes, em universidades públicas. Não se anuncia como ‘economista’, pois não é filiado ao conselho regional de economia e não quer ser processado

Ah, Brasil! Estão fraudando até a Mega, Quina, Lotomania...


A Polícia Federal deflagrou [...] uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudar os pagamentos de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal. A ação ocorre em Goiás, Bahia, São Paulo, Sergipe, Paraná e no Distrito Federal. Entre os suspeitos de envolvimento estão um ex-jogador da Seleção Brasileira [ Edilson da Silva Ferreira] e um doleiro.

De acordo com a PF, o esquema desviou milhões em dinheiro de bilhetes premiados, não sacados pelos ganhadores, que deveriam ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.

Dos mandados, cinco são de prisão preventiva, oito de prisão temporária, 22 conduções coercitivas e 19 de busca e apreensão. Cerca de 250 policiais federais participam da Operação Desventura.

Segundo a investigação, o esquema contava com a ajuda de correntistas da Caixa Econômica Federal, que eram escolhidos pela quadrilha por movimentar grandes volumes financeiros e que também seriam as responsáveis por recrutar gerentes do banco para a fraude.

Ainda segundo a corporação, quando os criminosos estavam de posse de informações privilegiadas, entravam em contato com os gerentes para que eles viabilizassem o recebimento do prêmio por meio de suas senhas, validando, de forma irregular, os bilhetes falsos.

[...]

Um outro integrante da quadrilha chegou a ser preso durante as investigações da operação, ao tentar aliciar um gerente da Caixa para sacar um prêmio no valor de R$ 3 milhões de reais. Alguns dias após ter sido liberado pela polícia, ele foi executado.

As circunstâncias do crime ainda estão sendo investigadas. Além disto, a investigação também identificou a atuação de doleiro na quadrilha, fraude na utilização de financiamentos do BNDES e do Construcard, além da liberação irregular de gravame de veículos.

[...]

Ainda de acordo com a PF, a investigação conta com o apoio do Setor de Segurança Bancária Nacional da Caixa Econômica Federal. Em nota, a instituição informou que está abrindo processos disciplinares para investigar internamente as responsabilidades e o envolvimento dos empregados do banco.

Leia abaixo a nota completa enviada à imprensa pela Caixa Econômica:
"A Caixa Econômica Federal informa que já vem colaborando com as investigações da Operação Desventura, deflagrada hoje (10) pela Polícia Federal, e que manterá cooperação integral com as investigações em curso.

A CAIXA está tomando todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e afastamentos, nos casos de envolvimento de empregados do banco.
Assessoria de Imprensa da CAIXA".

Fontes: Aqui e aqui

Mulheres investem melhor que os homens



Plenty of progress has been made over recent decades on sexual equality in the workplace, but there is one sector of the economy that stands out as the last great bastion of male domination. It’s the investing industry.
Recent studies show that only a tiny fraction of mutual funds and hedge funds are managed by women. Fewer than a quarter of Certified Financial Planners in the US are female, and in most other countries the proportion is even smaller. Evidence also shows that although men and women tend to share financial decisions generally, investing decisions specifically are made overwhelmingly by men. 

What makes this curious phenomenon all the more alarming is that, time and again, research has shown that women make better investors than men — and that includes professional investors. The seminal study on this subject, conducted by Terrance Odean and Brad Barber at the University of California, concluded that although men trade 45% more often than women, their average annual risk-adjusted returns are 1.4% smaller.

This does seem odd given that surveys also show that women admit they know less about investing and are less confident making investment decisions than men. So why should this be? 

There are probably many contributing factors. Generally, for example, women tend to be more cautious than men, and less competitive. Once they’ve thoroughly researched a subject and decided on a plan of action they’re often better than men are at sticking to it; and they’re not as likely either to follow the herd.
But for me, it’s during times of market volatility like these, when individual markets can go up or down by 5% or more on a single day, that the female approach to investing comes into its own.

Recent research by the US robo-adviser Betterment shows that, most of the time, male and female customers actually behave remarkably similarly. However, women are far more likely than men to stay the course when volatility strikes. They are 45% less likely than men to sign into their accounts to check how their funds are performing, and they change their asset allocation 20% less frequently.

Betterment also found that male customers were far more prone to “erratic behaviour”. For instance, men were six times likely than women to dump all their stocks or all their bonds in one go.
Again, why this should be makes for fascinating discussion. There are those, for example, who put it down to biological differences between men and women. A recent international study showed that increased testosterone levels can cause male traders to become over-confident and take on more risk, especially in stressful and competitive situations.

[...] 



Fonte: aqui

10 setembro 2015

Rir é o melhor remédio

Obrigado por não utilizar uma escuta

Brasil já perdeu grau de investimento

Conforme havia dito em outro dia desses o Brasil já perdeu o grau de investimento e isso já foi foi precificado pelo  mercado. Vejam a seguinte informação:

A deterioração que afastou investidores também fica clara no risco associado ao Brasil, medido pelo credit default swap (CDS, uma espécie de seguro contra calote). O contrato de cinco anos, em dólar, saltou 185% em um ano, de 131 pontos centesimais para 374 ontem — nível semelhante a países classificados com grau especulativo.

Fonte: aqui

O CDS do Brasil já é superior ao da Turquia , que não possui grau de investimento. Qual é a principal implicação disso? Financiar a dívida pública ficará mais caro para o país, o que dificulta ainda mais a  situação fiscal.

PS: Ontem a S&P  rebaixou  a nota do país. Como sempre atrasada em relação ao mercado. O grau de investimento já foi perdido há semanas.

Apple >329 empresas brasileiras

A crise que afeta o país, com seus desdobramentos sobre o crescimento da economia e o câmbio, fez com que a capitalização das empresas abertas brasileiras registrasse, em um ano, a maior queda entre os 20 maiores mercados acionários do mundo. Levantamento feito pelo GLOBO com base em dados financeiros da Bloomberg mostra que o valor, em dólares, de todas as ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) despencou pouco mais de 54%, de US$ 1,14 trilhão para US$ 518 bilhões, no período de 12 meses encerrado na última segunda-feira. Juntas, as Bolsas de todo o mundo registaram recuo bem menor, de 8,81% no período. O encolhimento fez com que o Brasil caísse da 12ª para a 15ª posição do ranking de maiores mercados de ações do planeta, sendo ultrapassado por Espanha, Suécia e Itália.
Para efeito de comparação, a Apple sozinha, com sua capitalização de US$ 640 bilhões — a maior do mundo — vale 23% mais do que todas as 359 empresas brasileiras negociadas na Bovespa.
O tombo na capitalização brasileira traduziu-se também em uma menor participação no mercado global de ações. Há um ano, o valor da Bolsa brasileira representava 1,72% dos US$ 66,45 trilhões em papéis negociados no mundo; hoje, a fatia é exatamente a metade disso, ou 0,86% da capitalização global de US$ 60,59 trilhões.

http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/files/2015/09/bolsas.jpg 

Fonte: aqui

Quanto tempo um artigo acadêmico leva para ser aceito para publicação?

Há alguns dias postamos a atualização da avaliação pela Capes de periódicos. Por curiosidade, resolvemos fazer uma pesquisa sobre o tempo médio que um artigo leva para ser enviado e aceito para publicação. Geralmente este dado pode ser encontrado no próprio artigo quando evidenciam a data de recebimento e a data de aceitação. Escolhemos aleatoriamente quatro artigos entre as duas últimas edições de cada revista (edições especiais foram desconsideradas). Segue abaixo o que encontramos:


A2
Revista Brasileira de Gestão de Negócios (Online): 1 ano e 10 meses
Revista Contabilidade & Finanças (Online): 7 meses

B1
Brazilian Business Review - BBR: 9 meses
Contabilidade Vista & Revista (Aqui): 7 meses
Enfoque: Reflexão Contábil (Impresso): 11 meses
Revista Contemporânea de Contabilidade (UFSC): 5 meses

B2
Base (Aqui): 1 ano e 11 meses
Custos e @gronegócio (Online): 1 ano e 7 meses
Revista de Contabilidade e Organizações – RCO: 8 meses

B3
ConTexto (UFRGS): 1 ano
Contextus (Ceará): 7 meses
Qualit@s (UEPB): Informações não encontradas. Ademais, a Qualit@s está com o recebimento de trabalhos suspenso devido à grande demanda de trabalhos enviados.
Revista de Administração, Contabilidade e Economia – RACE: 8 meses
Registro Contábil – ReCont: 8 meses
Revista de Administração, Ciências Contábeis e Sustentabilidade - Reunir: 7 meses
Revista Ambiente Contábil (Aqui): 3 meses
Revista Catarinense da Ciência Contábil (Aqui): 4 meses
Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade – REPeC: 5 meses
Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade – RGFC: 9 meses

B4
ABCustos (Aqui): 8 meses
Contabilidade, Gestão e Governança (Aqui): 1 ano e 11 meses
Pensar Contábil (Aqui): 4 meses
Revista de Contabilidade e Controladoria – RC&C: 8 meses
Revista de Auditoria, Governança e Contabilidade – RAGC: Informações não encontradas
Revista de Contabilidade da UFBA – RC UFBA: 9 meses
Revista de Contabilidade, Ciência da Gestão e Finanças – RCCGF: 8 meses
Revista de Gestão e Contabilidade da UFPI – GeCont: 4 meses

B5
Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (Online): 5 meses
Revista de Estudos Contábeis: 1 mês, mas a última publicação foi em 2013.
Revista de Informação Contábil – RIC: 10 meses

Em relação a média da diferença entre a data de envio e o dia da aceitação para publicação, a mais demorada é a revista Base, acompanhada pela Contabilidade, Gestão & Governança, com uma média de espera de quase dois anos. A mais rápida foi a Revista Ambiente Contábil com média de 3 meses. (Os dados foram arredondados pelo Excel)

Trabalho de conclusão de curso, monografia, artigo
Fonte da imgem: Aqui
Acredito que na avaliação da Capes não levam em consideração o tempo que demora a um trabalho ser avaliado (ainda não encontrei os critérios da última avaliação). Entretanto, essa informação é extremamente importante. Atualmente é mais comum encontrar informações sobre as datas de aceitação e publicação (seria esse um dos requisitos-Capes?), mas na época do meu mestrado acho que pouco mais da metade fazia isso. Meus colegas e eu trocávamos figurinhas das médias de publicação porque, vez ou outra, era necessário publicar algo em um prazo insano. Mas terminamos todos bem e fico feliz por essa informação estar disponível de forma mais clara para leitores e autores.

Confesso que a Enfoque era uma das nossas prediletas mas acho que na época a média era de 3 a 4 meses.

Espero que a cada dia mais, não só em relação a essas notas, as revistas melhorem e a experiência seja prazerosa e tranquila para autores, avaliadores e editores. Parabéns a todos que ajudam o mundo contábil a girar!

E você? O que acha? Qual a sua experiência com tempo de publicação?

Nessa postagem, agradecimentos especiais ao Glauber Barbosa.

EM TEMPO:

A intenção não é fazer uma lista exaustiva. Se você sentiu falta de um periódico e gostaria que ele estivesse aqui, por favor, comente! Faremos isso com prazer.

Ainda:

Muito boa a discussão que surgiu no Facebook. Resumindo:

- Nem sempre as datas que saem na revista refletem o que realmente ocorreu. Há sinais de manipulação.

- Há pessoas ainda esperando por avaliações, mesmo após 2 anos. Caso isso seja sinônimo de uma recusa ou pedido de reformulação, complica a vida dos autores já que é difícil atualizar certos tipos de trabalhos. A revista em questão é da administração e não está evidenciada na postagem, mas pode muito bem ser aplicada a outros exemplos já que não há evidenciação do prazo entre o recebimento de um trabalho e a recusa em publicá-lo.

Também, deixo uma reflexão no Felipe:

É curioso acompanhar esse processo em alguns periódicos. Porém, o bom disso é que esses periódicos [os que não são transparentes ou responsáveis em relação aos artigos, autores e leitores] não são bem classificados e quando estão, no futuro acabam sendo rebaixados. Serve para aprender.” 

Vamos torcer que sim né! Mas não custa nada fazer a campanha pela transparência e eficácia dos periódicos brasileiros de contabilidade. Esperams que esta postagem ajude de alguma forma.


09 setembro 2015

Rir é o melhor remédio

PanAmericano e Auditoria

Os resultados demonstraram que, embora a fraude fosse difícil de ser descoberta a empresa de auditoria externa Delloite poderia ter se esforçado mais na busca de respostas quanto às demonstrações contábeis, ou ao menos ter exposto os seus limites e dificuldades quanto à análise dessas demonstrações através de um parecer com ressalvas. (...)

A fraude do Banco PanAmericano aconteceu devido à ausência de baixa de carteiras de crédito do ativo que foram concedidas a outros bancos, o que inflava o balanço. A fraude envolvia membros da alta administração, ou seja, um conluio de funcionários. Tal fraude não foi descoberta pela empresa que fazia sua auditoria externa, a Deloitte e a KPMG, bem como num primeiro instante de fiscalizações rotineiras do Bacen, mas que posteriormente o próprio Bacen suspeitou das inobservâncias das empresas de auditoria. (...)

O procedimento que o Banco Central do Brasil utilizou para descobrir irregularidades bilionárias foi um procedimento conhecido como circularização. (...)

No entanto, ainda de acordo com a Resolução n° 1.219/09, “a natureza e extensão dos procedimentos alternativos de auditoria são afetadas pela conta e pela afirmação em questão. Uma resposta não recebida a uma solicitação de confirmação pode indicar um risco de distorção relevante não identificado anteriormente. Nessas situações, o auditor pode necessitar revisar o risco de distorção relevante, avaliado no nível de afirmações, e modificar os procedimentos de auditoria planejados”. (...)

COELHO, Arthur et al. A Responsabilidade da Auditoria Externa na Fraude Contábil do Banco Panamericano. RAGC, v.3, n.7, p.53-70, 2015

Índice de Transparência do Orçamento Público

The Open Budget Index 2015 is based on a 140-question poll completed by academics or civil society leaders in the surveyed countries.

Most of the under-performers tend to have weak democratic institutions or are governed by autocratic regimes, with constrained press freedom, the survey found. But this doesn't mean that those in the lower tiers are poor. Qatar has the highest level of per capita income than of any of the 101 countries surveyed, according to the report.

"Of the bottom 10, seven are considered undemocratic and also dependent on oil and gas revenues: Chad, Equatorial Guinea, Iraq, Qatar, Saudi Arabia, Sudan and Venezuela," the report said. "This is broadly consistent with research that found, among autocracies a negative relationship between hydrocarbon-revenue dependence and budget transparency."

New Zealand emerged with the highest score — 88 out of 100 — followed by Sweden and South Africa. The U.S. came in fifth, Brazil sixth and Russia in 11th place. These countries were found to generally provide the public with enough information to have a fairly sophisticated understanding of the budget throughout the budget cycle, the survey found.



Fonte: aqui

Resenha: Como o Cespe Erra

O Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), pertencente à Fundação Universidade de Brasília, é conhecido pela organização de concursos públicos. Por ser uma banca famosa, além de temida, “Como o Cespe Erra” parece ser uma boa aposta para um livro.

Então, ao buscar os livros de contabilidade do programa Kindle Unlimited, ação frequente, tropecei nesta obra organizada por Mateus Maellard. Achei interessante... imagine as possibilidades de um livro com esse título! Então comecei a ler...

Talvez eu tivesse achado o livro digno de ao menos duas estrelas se por acaso não tivesse me lembrado do comentário de um amigo de que as revisões de gabaritos de provas feitas pelo Cespe estavam sendo publicadas com as devidas justificativas pela própria banca organizadora...

Se alguém  decide escrever sobre esses erros, espera-se que haja acréscimo ao conteúdo já fornecido pelo próprio Cespe. Todavia, o livro se limita a colocar a questão, a resposta e a justificativa – que já está pronta no site da banca. Nada mais. Aliás, em poucas questões há uma análise mais profunda à do Cespe, escrita pelo próprio autor. Então, não há debate, não há análise quanti-qualitativa... Não há muita coisa.

Quais os temas mais anulados? Quais são temas seguros? Quais as questões mais contraditórias? Qual o volume de recursos recebidos e quantos são, em média, deferidos? Eu esperava ler isso, no mínimo. Esperava que o autor analisasse todas as questões, para depois saber falar melhor sobre os erros.

Se fosse um trabalho de conclusão de curso de um aluno meu, ele teria que ir muito além que evidenciar as questões anuladas e com o gabarito trocado, acompanhada pela justificativa escrita pelo Cespe.

Vale a pena? Não.

MAELLARD, Mateus. Como o Cespe erra: Contabilidade (Teste-A-Prova Livro 30) Armada Press: 2015.


Disclosure: como mencionado no texto, a autora da resenha teve acesso ao livro com base no serviço Kindle Unlimited, assinado por ela.

Se decidir comprar o livro, sugerimos escolher um de nossos parceiros. O blog é afiliado aos seguintes programas:
Amazon Brasil
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br-

Relatório de Gestão da Petrobras

Gabriel Jesus de Souza fez uma pesquisa sobre o Relatório de Gestão das entidades públicas. Sua análise sobre a Petrobras:

Publicidade - Até a data da pesquisa não constatamos a divulgação do Relatório de Gestão no site da entidade.
Clareza e Verificabilidade - No Relatório não há discriminação da execução do orçamento de investimentos com os valores aprovados e realizados definidos na LOA 2012 - Orçamento de Investimento das Empresas Estatais.
Completeza - Não há informações sobre a gestão de pessoal, terceirização de mão de obra e custos relacionados. Os gastos totais com pessoal (remuneração e benefícios) correspondem a 10% do valor adicionado distribuído pela companhia, entretanto, não há uma análise crítica sobre esse tipo de gasto. 

A empresa recebeu nota 5 na pesquisa, a mesma nota da Receita Federal, Câmara dos Deputados e Tribunal Regional do Trabalho da Bahia. Vide em SOUZA, Gabriel Jesus de. Avaliação do nível de confiabilidade das informações do Relatório de Gestão das entidades públicas. Revista Brasileira de Contabilidade, n. 214, p. 58 a 67, jul/ago 2015.

Vide nosso comentário sobre o Relatório do CFC

08 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


Mestrado e Doutorado em Contabilidade

Você terminou a graduação? Temos aqui uma lista de universidades para você continuar os estudos. *.* Como diz o pessoal do PhD Comics, "melhor que um emprego no mundo real". Ah! E realmente... se eu pudesse viveria pra pequisa. E pois é, ser pesquisador bolsista não é considerado um emprego no Brasil. Mas...! Diz que é bolsista da Capes que muita coisa dá certo na sua vida. Tipo o cara do cinema ficar com pena de você e te deixar entrar de graça, o motorista do ônibus também... ;) Se bem que você não terá tempo para cinema.

Agora falando lindamente sério, segue aí uma lista atualizada com os programas de pós-graduação em contabilidade. Muito bom, não é mesmo? Estamos crescendo! Em 2007 tinhamos apenas 12 cursos, sendo apenas um com mestrado e doutorado.

Temos 28 cursos de mestrado, sendo 5 deles profissionalizante.
Estamos com 11 doutorados, sendo 4 no Sul do país, 4 no Sudeste, 2 no Nordeste e 1 no Centro-Oeste. Espero que logo tenhamos uma lista mais abrangente envolvendo o Norte, que já apresenta um mestrado profissionalizante.

IES: Instituição de Ensino
M: Mestrado
D: Doutorado
F: Mestrado Profissionalizante




PROGRAMA
IES
UF
NOTA
M
D
F
Controladoria e Contabilidade
USP
SP
6
6
-
Ciências Contábeis
UFRJ
RJ
5
4
-
Ciências Contábeis
UNISINOS
RS
5
4
-
Administração e Controladoria
UFC
CE
4
4
-
Ciências Contábeis
UNB
DF
4
4
-
Ciências Contábeis
FUCAPE
ES
4
4
-
Ciências Contábeis
UFPB/J.P.
PB
4
4
-
Contabilidade
UFPR
PR
4
4
-
Ciências Contábeis
FURB
SC
4
4
-
Contabilidade
UFSC
SC
4
4
-
Controladoria e Contabilidade
USP/RP
SP
4
4
-
Ciências Contábeis
UFMG
MG
4
-
-
Ciências Contábeis
UFPE
PE
4
-
-
Ciências Contábeis
UNIFECAP
SP
4
-
-
Contabilidade
UFBA
BA
3
-
-
Ciências Contábeis
UFES
ES
3
-
-
Ciências Contábeis
UFU
MG
3
-
-
Controladoria
UFRPE
PE
3
-
-
Ciências Contábeis
UEM
PR
3
-
-
Contabilidade
UNIOESTE
PR
3
-
-
Ciências Contábeis
UERJ
RJ
3
-
-
Ciências Contábeis
UFRN
RN
3
-
-
Ciências Contábeis e Atuariais
PUC/SP
SP
3
-
-
Governança Corporativa
FMU
SP
-
-
3
Ciências Contábeis
FUCAPE
ES
-
-
5
Contabilidade e Controladoria
UFAM
AM
-
-
3
Administração e Controladoria
UFC
CE
-
-
4
Ciências Contábeis
UPM
SP
-
-
4