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25 setembro 2013

Risco Sistêmico

O prêmio Nobel de Economia, Robert Engle, desenvolveu  uma nova medida de risco sistêmico. O risco sistêmico é aquele que não pode ser extinto com a diversificação de uma carteira de ações. A proposta de Engle é estimar quanto uma instituição financeira teria que obter de capital para continuar funcionando numa situação de crise financeira, como a que ocorreu em 2008.

O cálculo é feito semanalmente e usa o preço das ações como base para determinar este risco. Em 2008 a posição do risco era a seguinte:

É interessante notar que naquele momento a instituição com maior risco era o Citigroup, mas foi o Lehman Brothers e o Washington Mutual que entraram em bancarrota.

Atualmente, o país com maior nível de risco, segundo Engle, seria o Japão. O Brasil seria o 15º. da lista, com risco maior que o da Grécia. Obviamente esta posição é influenciada pelo tamanho da economia. Assim, a situação da França deveria ser mais preocupante que a Grécia, por exemplo.



Na América, interessa a posição dos Estados Unidos, Canadá e Brasil. Porto Rico é mais expressivo, neste caso, que a Argentina.


No Brasil, a principal fonte de preocupação com respeito ao risco deveria ser o Banco do Brasil, conforme figura a seguir:

Fonte dos Graficos: Aqui

Arbitragem com passagem

Arbitragem é um processo ganhar com a diferença de preço entre dois mercados. Um exemplo interessante ocorre com as passagens para Venezuela: 100% das passagens são vendidas com meses de antecedência, mas os aviões estão vazios.

A taxa de câmbio oficial é de 6,3 bolívares por dólar, mas no câmbio negro é de 42 bolívares. Um dos poucos lugares onde é possível trocar usando a taxa oficial é apresentando um comprovante de passagem. Assim, troca-se na taxa oficial e usa os dólares no mercado negro.

Remuneração de Executivo

A entidade que regula o maior mercado de capitais do mundo, a SEC, está anunciando que pretende mudar a forma de divulgação da informação sobre remuneração dos executivos das empresas. Irá exigir que evidencie o pagamento do executivo em relação a mediana dos outros empregados.

O New York Times (A Better Way to Compare C.E.O. Pay, GRETCHEN MORGENSON) critica a medida por não ser tão reveladora do abismo existente entre as remunerações. Uma alternativa seria fazer a comparação com outras empresas, apesar da dificuldade em fazer uma seleção de empresas comparáveis.

Zara

A operação da Zara no Brasil é uma verdadeira "jabuticaba" em relação a seu imbatível modelo de logística adotado no mundo todo.

A empresa instalou em Cajamar (SP) seu único centro de distribuição fora da Espanha e vem elevando o porcentual de roupas fabricadas no país. Hoje chega a 40% do mix de produtos.

É bem diferente da estratégia global, na qual toda a distribuição é centralizada e 75% da produção é mantida na Europa -o eixo Portugal, Espanha e Marrocos (que tem fronteira com a Espanha) concentra 50% da produção.

Quase todas as roupas fabricadas para a Zara no mundo, inclusive na Ásia, são enviadas a três grandes centros de distribuição na Espanha. De lá, seguem de caminhão ou avião para 86 países.

Manter a produção na Europa sai mais caro do que fabricar tudo na China, como fazem os concorrentes. Mas a Zara tira a diferença nos estoques baixos e no encalhe mínimo de produtos.

Na Zara, do croqui do designer ao produto na loja, são de duas a três semanas. Os concorrentes costumam definir a coleção com seis meses de antecedência.

Com um prazo tão curto, ela consegue mudar de rumo se determinado modelo, tecido ou estampa não vende bem. As lojas se comunicam diretamente com os centros de distribuição na Espanha.

O Brasil é a exceção. Segundo apurou a Folha, quando chegou ao país, a empresa queria tirar uma roupa da fábrica na Espanha, colocar num avião e entregar nas lojas em São Paulo em três dias.

Só que a infraestrutura ruim dos aeroportos brasileiros e as barreiras aos importados tornaram a tarefa impossível. Daí a necessidade de fazer estoques e criar um centro de distribuição local.

PERECÍVEL

"A mercadoria do fast fashion é praticamente perecível. Se o contêiner ficou parado e a moda passou, não vende mais", diz o consultor Maurício Morgado.

Outro fator que pesou na decisão foi a diferença nas coleções entre hemisférios Norte e Sul devido às estações. O Brasil é a maior operação da empresa ao sul do Equador.

Para reduzir custos, ganhar agilidade e evitar as barreiras aos importados, a rede espanhola também elevou sua parcela de produção de roupas no Brasil

No entanto, encontrar fornecedores no país não é tarefa fácil, e a empresa acabou envolvida em de seus maiores escândalos de imagem. Em 2011, uma fornecedora da Zara foi acusada de manter trabalhadores sul-americanos em condições análogas à escravidão.

PREÇOS ZARA PELO MUNDO

Camiseta infantil de superhomen

Espanha: R$ 33
Estados Unidos: R$ 39
Brasil: R$ 49

Camisa branca feminina

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 154
Brasil: R$ 159

Saia jeans comprida

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 120
Brasil: R$ 139

Calças jeans adolescente

Espanha: R$ 90
Estados Unidos: R$ 120
Brasil: R$ 100 (fabricada no Brasil)

Blazer básico

Espanha: R$ 135
Estados Unidos: R$ 197
Brasil: R$ 179

Zara muda processo para driblar entraves logísticos no Brasil - RAQUEL LADIM - Folha de S PAulo

Gasto em Educação

De acordo com números apurados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, ligado ao MEC), o gasto dos governos por aluno da educação básica mais que dobrou em apenas seis anos.

Em média, cada aluno da educação básica mereceu dos cofres federais, estaduais e municipais, em 2011, R$ 4.267. O valor não passava de R$ 1.933 em 2005, em valores corrigidos pela inflação. (...)

Com tais progressos, caiu a disparidade entre o gasto público no ensino básico _infantil, fundamental e médio_ e no ensino superior, uma das distorções do modelo brasileiro.

Cada aluno das universidades públicas custou, em média, R$ 20.690 em 2011, quase cinco vezes a despesa nas escolas da educação básica. Em 2001, eram mais de dez vezes.


O final do texto tem uma grande confusão de conceitos: custo, despesa e gasto. Na verdade os dados são de gasto.

24 setembro 2013

Rir é o melhor remédio


White e Bashar

A capa da New Yorker traz o ditador sírio e o personagem principal da série norte-americana Breaking Bad:

Na série, Walter White (Bryan Cranston) é um químico que resolveu produzir uma droga de excelente qualidade. Tudo se iniciou quando o então professor do ensino médio foi diagnosticado com câncer e resolveu assegurar o futuro financeiro da família. O roteiro é excelente, os atores idem. Contudo o programa - que teve início em 2008 e já recebeu vários prêmios - se encerrará no próximo domingo.

Para os contadores, a série interessa também pela cena na qual a esposa de White compra uma empresa e faz uma avaliação interessante, por exemplo, ou pela estimativa do dinheiro resultante as operações de Walter. Mas enquanto estamos torcendo (será?) por White, parece que ninguém simpatiza com Bashar al-Assad e seu arsenal de armas químicas.

E a receita está arrecadando mais...

A lucratividade das empresas foi a grande responsável pelo crescimento da arrecadação em agosto, informou o secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes. A Receita anunciou hoje (23) que o governo federal arrecadou R$ 83,956 bilhões em impostos e contribuições em agosto, recorde para o período. Houve crescimento real de 2,68% em relação ao mesmo período de 2012, descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo Nunes, o resultado mostra um cenário de recuperação da economia.

Os tributos que mais refletem esse crescimento são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). De acordo com o secretário adjunto, a estimativa mensal desses tributos, corrigida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), cresceu 18,81% entre janeiro e agosto de 2013 ante o mesmo período do ano passado.

“Esse crescimento é forte e mostra um cenário de recuperação da economia. É o reflexo da lucratividade da empresa no ano corrente”, destacou Nunes.

O secretário adjunto lembrou ainda que, como os impostos de parte das empresas são pagos pelo lucro presumido, se elas não estão utilizando o balancete de suspensão – que dá direito a corrigir o pagamento acima do devido –, é porque não estão tendo lucro abaixo do esperado. “As estimativas são mensais e, evidentemente, elas avaliam que, se pagaram mais do que as demais, podem fazer balancetes de suspensão. Mas a avaliação é que a estimativas vêm aumentando e os balancetes de suspensão não são reajustados, pois o resultado vem melhorando”, explicou.


Fonte: Aqui

Valor do jogador

Mesmo sem o protagonismo do passado com Romário, Ronaldo e tantos outros, 57 jogadores brasileiros foram inscritos para disputar a Liga dos Campeões, na Europa. Com Neymar, avaliado em € 50 milhões, puxando a fila, os brasileiros estão avaliados em € 791,35 milhões, segundo estimativa do Transfermarkt, site especializado em avaliar o valor de mercado dos jogadores. O número poderia ser ainda maior, se colocarmos na conta os brasileiros naturalizados em outro país, como Pepe e Thiago Motta.

O valor é superior ao da soma de todos os jogadores dos 20 clubes do Campeonato Brasileiro que, juntos, estão avaliados em € 528,7 milhões. Ao todo são 677 jogadores, o que significa que cada brasileiro na Liga dos Campeões vale mais do que dez jogadores na elite do futebol nacional. Somente o craque Neymar, avaliado em € 50 milhões, vale mais do que todos os jogadores de 18 clubes. Ficando atrás apenas do valor dos atletas do Internacional (€ 50,9 milhões) e Corinthians (€ 50,7 milhões). (...)


Fonte: Brasil Econômico

Assim como na marca, existe muita subjetividade nesta avaliação.

O pior lugar para comprar o iPad

O gráfico mostra os piores lugares para comprar um iPad. Na Argentina sai por mil dólares. No Brasil, quase 800 dólares. Mas nos Estados Unidos é somente 500 dólares. A razão: protecionismo e taxa.

Marca: você acredita?

Nova pesquisa sobre as marcas mais valiosas. Eis um texto (Cerveja mexicana é marca mais valiosa da América Latina; Petrobras fica na quarta posição) sobre o assunto:

A cerveja mexicana Corona é a marca mais valiosa da América Latina, segundo pesquisa divulgada hoje pela BrandAnalytics. A Corona deixou para trás a Petrobras e a também mexicana Telcel, que foram, respectivamente, primeira e segunda no ranking do ano passado. A empresa atingiu valor de US$ 6,6 bilhões, aumento de 29% em relação a 2012. "A Corona é um exemplo clássico de uma marca local que hoje é global", afirma Eduardo Tomiya, diretor-geral da BrandAnalytics. "Hoje, você encontra cerveja Corona em qualquer bar dos Estados Unidos".

O resultado deste tipo de pesquisa depende fundamentalmente do valor de mercado da empresa. É bem verdade que a empresa que faz a pesquisa não revela, claramente, como é feita. Para os interessados, existe um livro publicado pela Brand em conjunto com a Atlas sobre a metodologia.

A Petrobras caiu três posições na tabela - com valor de US$ 5,8 bilhões em 2013, ante US$ 10,6 bilhões em 2012 -, perdendo postos para a própria Telcel e a Skol, que foi a brasileira melhor posicionada no ranking. A situação da petrolífera é reflexo da queda das ações na bolsa de valores no Brasil, que, ao lado da Argentina, puxou os números do estudo para baixo.

O texto confirma o que dissemos anteriormente: o valor da marca depende do valor de mercado da empresa no mercado acionário. Mas se são coisas distintas, por que esta dependência? Simples, é muito difícil e complicado mensurar marca. E subjetivo.

O mal desempenho dos países, contudo, foi compensado por México, Chile e Colômbia, fazendo com que o valor total das marcas ficasse quase em estabilidade, passando de US$ 135,7 bilhões em 2012 para US$ 135,3 bilhões. "Um dos pontos que deve ser levado em conta é que os valores são registrados em dólar", diz Tomiya. "A cotação de cada país reflete no valor das marcas".

O uso do dólar é interessante e questionável. Afinal algumas das marcas são locais.

O momento do consumo no continente fez com que o setor fosse o grande motor deste ano. A maior contribuição para este crescimento vem do segmento de cerveja, que teve seu valor aumentado em 96%. As marcas de cerveja dominam as 10 maiores e a lista das 10 que mais cresceram, como Modelo (México) e Brahma atingindo o maior crescimento de 85% e 61% respectivamente, enquanto Skol cresceu 39%. A categoria com a maior queda em valor de marca no geral foi serviços. "Observamos um mal desempenho especialmente de empresas B2B", afirma Tomiya.

Muitas marcas que são lideres em seus paises também tem presença na América Latina e uma atuação global. Oito das marcas que estão nas Top 50 também estão no ranking das categorias do BrandZ Top 100 Marcas Globais Mais Valiosas: Petrobrás, Ecopetrol, Falabella, Natura, Skol, Brahma, Corona e Aguila. O BrandZTM Top 50 Marcas Latinoamericanas mais valiosas analisou marcas da Argentina, Brazil, Chile, Colombia, Peru e México. Juntos, estes países representam cerca de US$ 4,75 trilhões em PIB, o equivalente a quarta maior economia do mundo depois do Japão. É o único ranking que considera a percepção dos atuais e potenciais compradores da marca, além dos dados financeiros para calcular o valor.

No livro de Teoria Contábil (Niyama e Silva), no capítulo de Ativo, discute os critérios para reconhecimento de um ativo: satisfazer a definição de ativo, materialidade, probabilidade de ocorrência e confiabilidade da medida. O grande problema dos rankings de marca é justamente o último item.

Bob Newhart, o contador que mudou para o show business

O contador que mudou para o show business... Bob Newhart está atuando há 52 anos e foi indicado ao Emmy diversas vezes. No domingo (22), aos 74 anos, o comediante foi laureado com o primeiro Emmy pela aparição como convidado na série The Big Bang Theory.

Lembra-se da nossa postagem em junho deste ano?



Quando Jim Parsons e Bob Newhart apareceram juntos no palco do Nokia Theatre para apresentar o prêmio de melhor autor em show de variedades, Parsons mencionou o fato de naquele dia Newhart ter recebido seu primeiro Emmy. Newhart foi laureado como melhor ator convidado por sua participação como Professor Próton em The Big Bang Theory (show em que Parsons participa).

"É emocionante para mim apresentar este prêmio com esta lenda da TV, que ganhou seu primeiro Emmy apenas na semana passada", disse Parsons. Em um dos momentos mais emocionantes do Emmy, a plateia inteira aplaudiu Newhart de pé.