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23 abril 2012

Fluxo sobre Vendas


Definição – este índice mede o fluxo de caixa gerado pelas vendas da empresa. Corresponde ao percentual das vendas que é transformado em caixa das operações.

Fórmulas – FC sobre Vendas = Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais / Vendas Líquidas

Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = corresponde ao fluxo oriundo das atividades operacionais da empresa. Não deve constar deste fluxo as despesas financeiras pagas ao capital de terceiros, que para fins de análise corresponde ao fluxo de financiamento.
Vendas Líquidas = refere-se a receita líquida originária da venda de produtos e prestação de serviços, sem considerar as devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas.

Unidade de Medida – Corresponde a um número absoluto. Entretanto, pode-se multiplicar a fórmula por 100 para usar um percentual.

Intervalo da medida – O fluxo pode assumir valores positivos e negativos. Espera-se que seu valor, quando positivo, não seja superior as vendas. Assim, o intervalo da medida deve estar normalmente entre -1 a 1.

Como calcular – Os valores necessários para cálculo do índice são obtidos na demonstração do resultado do exercício e na demonstração dos fluxos de caixa.
A figura a seguir apresenta o fluxo operacional da Coelba, uma empresa de energia.

A receita é obtida na DRE da empresa, conforme figura a seguir:

Podemos calcular o índice da seguinte forma:

FC sobre Vendas = 1 269 991 / 4967 359 = 0,2557

No ano de 2010 este índice seria:

FC sobre Vendas = 950 123 / 4394 324 = 0,2162

Indicando que a empresa consegue transformar em caixa operacional ¼ da sua receita.

Grau de utilidade – Regular. Este índice faz sentido analítico quando a empresa gera caixa nas operações.

Controvérsia de Medida – Alguma. A incorporação dos encargos financeiros no fluxo das operações não fica muito claro em algumas DFCs.

Observações Adicionais
a)     Em algumas empresas é interessante somar ao valor das vendas as outras receitas, como as receitas financeiras. Isto tende a reduzir o valor do índice.
b)     O volume de deduções das receitas pode ser expressivo, como é o caso da empresa usada no exemplo, onde o valor foi de 2 bilhões de reais. Deste total, 1,2 bilhão é referente ao ICMS e 460 milhões ao Cofins.
c)     Desconsiderando a despesa financeira do fluxo das operações, no valor de R$489 milhões, o resultado seria de 35% para 2011. Esta seria a forma mais correta de cálculo deste índice.
d)     Valores elevados deste índice pode ser um sinal da qualidade do lucro, já que seu valor estaria mais próximo do fluxo de caixa. Entretanto, para empresas que revendem produtos, como é o caso de varejistas, este índice tende a ser menor.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: PLC, FCL sobre VE, Distribuição do Valor adicionado, Lucro Líquido sobre Ativo, Dividendo por lucro, Lucro por açãoPreço sobre vendasDividend yieldCapital Circulante LíquidoCusto da DívidaInvestimento sobre DepreciaçãoComposição do EndividamentoCobertura de dívida,. Cobertura de investimentoPrazo de Pagamento a Fornecedores,  Taxa de QueimaPrazo de EstocagemValor Adicionado sobre ReceitaMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRSPLEndividamento OnerosoEndividamentoFluxo de Caixa LivreEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

As maiores do Brasil

A liderança econômica do Brasil, na América Latina, foi sancionada, mais uma vez, na edição 2012 do Índice Forbes Global 2000, divulgado na quarta-feira 18. Na lista, o Brasil participa com 33 empresas, mais do que o dobro do México, que emplacou 16. A brasileira mais bem posicionada é a Petrobras, em décimo lugar, duas posições abaixo em relação à edição de 2011. Mesmo com a queda, a petrolífera estatal cujas vendas somaram US$ 145,9 bilhões no ano passado segue à frente de competidoras de maior porte como a British Petroleum, com receitas de US$ 375,5 bilhões, a Chevron, US$ 236,6 bilhões, e a Sinopec, US$ 391,4 bilhões. (...)


Petrobras no topo - Isto é Dinheiro - 21 abr 2012

Wal-Mart

O Walmart do México pagou mais de US$ 24 milhões em subornos a prefeitos e vereadores em licenças para acelerar a construção de lojas em todo o país. Segundo reportagem do The New York Times, maior empregador privado no México, com 29 mil funcionários, a rede varejista era tida como um modelo para o crescimento futuro da companhia, já que uma a cada cinco lojas da multinacional no mundo estão na nação da América Latina.


O esquema de suborno foi revelado à matriz, nos EUA, em setembro de 2005, quando um advogado da companhia recebeu um e-mail de um ex-executivo da subsidiária no México, que era responsável pela obtenção de licenças . Ao iniciar uma investigação, a rede nos EUA abafou o caso e demitiu o funcionário responsável pela análise da suspeita de corrupção. Não houve nenhum tipo de punição. Pelo contrário, o diretor-executivo da rede no México Eduardo Castro-Wright foi promovido a vice-presidente do Walmart em 2008.


Após pressão de parte da diretoria, a rede varejista demitiu alguns executivos do México. Em dezembro, após o Walmart saber que o esquema havia vazado para o jornal “The New York Times”, a rede varejista informou ao Departamento de Justiça dos EUA que havia aberto uma investigação interna.


À SEC(órgão regulador do mercado americano), a rede informou não acreditar que estas questões terão efeito sobre os negócios. O porta-voz da empresa David W. Tovar disse que o Walmart está trabalhando para descobrir o que aconteceu.


Segundo um ex-funcionário, a licença par a as lojas saía dias depois do pagamento do suborno, que incluía o loteamento do terreno e a redução das taxas de impacto ambiental.

Walmart subornou políticos do México para construir lojas - O Globo - 22 Abr 2012

22 abril 2012

Enquanto isso, em 2004, na UnB


Discurso proferido como Patrono da Turma de Formandos em Ciências Contábeis, Fevereiro 2004.

Saudações: Vice-reitor, autoridades presentes, professores, senhoras e senhores, formandos.

Há um ditado no Brasil que diz que “conselho, se fosse bom, não seria de graça”. Peço portanto aos formandos que interpretem o que vou dizer apenas como pensamentos em voz alta de alguém mais velho que vocês.

Se me permitem, vou cometer a ousadia de falar sobre a profissão de contador. Tradicionalmente, a profissão tem sido a menos nobre ou o “patinho feio” dentre aquelas da área econômico-financeira (economia, administração, contabilidade e engenharia de produção). Talvez isso se deva ao fato de que os antigos contadores, na verdade técnicos em contabilidade, limitavam-se ao “fechamento de balanços”, atividade que tinha finalidades legais e de onde não saiam informações úteis para o gerenciamento da organização. O contador era o funcionário que ficava numa pequena sala entre pilhas de notas fiscais trabalhando até altas horas para fechar as contas da empresa.

Os tempos mudaram, e vêm mudando cada vez mais rápido para todo mundo. A formação do contador tornou-se muito mais complexa. O contador gera e analisa as informações financeiras estratégicas para as organizações. A importância da profissão aumentou muito e estão aí os cursos de mestrado em contabilidade, inclusive o nosso da UnB, o doutorado da USP e futuramente o nosso doutorado também.

No entanto, como quase tudo nesse mundo, as coisas não evoluem homogeneamente. Assim é com a evolução das profissões. Com relação à contabilidade, infelizmente ainda há empresários para os quais o contador só serve para manipular o balanço da empresa e mostrar o lucro desejado ou pagar o menos imposto de renda. Não perceberam ainda que o contador pode ser um agente crucial para a tomada de decisões estratégicas num mundo competitivo. Nessas empresas, as reuniões decisórias geralmente envolvem economistas, engenheiros, administradores, etc, mas o contador não é chamado a participar.

Do outro lado dessa arena, muitos contadores e estudantes de contabilidade parecem não ter percebido as possibilidades que a profissão lhes permite. Ao se limitarem a pouca coisa além do conhecimento das normas e procedimentos contábeis, talvez passem ao largo de outros assuntos de grande importância para a vida profissional, tais como os aspectos filosóficos, econômicos, sociológicos, psicológicos, quantitativos, dentre outros.

Na verdade, talvez isso já esteja mudando. Meus ex-alunos devem lembrar, talvez com algum calafrio, que tiveram que estudar algumas coisas meio distantes da contabilidade, tais como derivadas, logaritmos, matrizes, variâncias e regressões lineares. Alguns não escondiam a surpresa e até o medo de ter que passar por isso. No entanto, dentre mortos e feridos, salvaram-se quase todos.

Outros demonstraram a capacidade de vencer desafios ao elaborarem monografias sobre assuntos bem acima do que estudaram durante o curso, tais como redes neurais artificiais, teorias de Modigliani & Miller, modelo Black-Scholes, etc.

Assim, quando soube que havia sido escolhido patrono dessa turma, perguntei-me qual teria sido o motivo. Talvez com um pouco de otimismo, quero acreditar que o motivo é que, apesar da relutância inicial, os alunos sentiram-se gratos pelo desafio de enfrentar coisas novas, teoricamente mais difíceis. Se não foi por isso, agradeço de qualquer forma.

Conhecer os princípios e normas e saber “fechar um balanço” é fundamental para o contador, pois é a base de sua profissão. Entretanto, ouso pensar em voz alta que não deve haver obsessão pelas normas, até porque elas mudam. Muitas das normas contábeis são estabelecidas por lei e como disse Otto von Bismarck, chanceler da Alemanha no século XIX, a respeito das leis: “as leis são como as salsichas. Melhor é não ver como elas são feitas”.

Não estou sugerindo que os contadores devam desobedecer as normas e as leis, mas simplesmente que é importante ter um olhar crítico sobre essas coisas e, sempre que possível, questionar, sugerir e lutar por alterações que sejam pertinentes, especialmente quando é para o bem da sociedade em geral.

Muitos dos conceitos contábeis em vigor foram escritos numa época em que não havia preocupação com a validação empírica das idéias. Hoje em dia, impera a busca pela validação das teorias e hipóteses em todas as áreas do conhecimento. Se queremos que a contabilidade seja uma ciência, pensemos no que disse Karl Popper, o filósofo da ciência: “uma teoria só pode ser considerada científica se puder ser testada empiricamente”.

Para que as idéias evoluam é necessário testar e criticar a validade do que está estabelecido, em qualquer área do conhecimento. Só é possível criticar alguma coisa se pudermos olhá-la como se estivéssemos do lado de fora. Daí a importância de o contador estar aberto a outras áreas do conhecimento e de não ter receio de aprender. Para mim está mais do que claro que os estudantes de contabilidade têm competência para aprender tudo o que quiserem. Basta não terem medo das derivadas, logaritmos, elasticidades, curvas de demanda e outras coisas mais.

Com essa atitude, pode-se esperar que o contador assuma o seu devido papel como participante efetivo do processo decisório das organizações e não meramente como “fechador” ou manipulador de balanços para cumprir a lei ou para que o patrão pague menos impostos ou cometa fraudes, que podem prejudicar milhares de pessoas (vide Parmalat).

Com isso, podemos esperar que no futuro não ocorra mais o que ocorreu aqui mesmo nessa Universidade, quando um professor de uma outra área afirmou com desdém que ciências contábeis era algo que cabia num disquete de computador.

A valorização da profissão depende de vocês. A superação de uma pretensa inferioridade, inexistente de fato, que tentam às vezes impingir a essa profissão depende da atitude de vocês.

Muito obrigado.

Rir é o melhor remédio

As armas dos heróis. Fonte: Aqui

Tony Judt


No meio do caminho deste livro provocador e inspirador, Tony Judt afirma que Richard Cobb, um dos mais renomados especialistas sobre a Revolução Francesa no mundo, "na verdade nunca me considerou um historiador. Para Cobb, eu era um intruso na disciplina, com todos os piores vieses de um intelectual francês: escrevendo política sob o manto de erudição histórica". Se Cobb, historiador britânico que morreu em 1996, realmente o depreciou nesses termos, podemos suspeitar que Judt tenha extraído uma satisfação maliciosa do fato. Em certos aspectos, Judt - que encerrou sua carreira como professor de estudos europeus na Universidade de Nova York -, era realmente mais um intelectual francês do que um historiador acadêmico inglês.

Aos vinte e poucos anos, confessa Judt, ele estava "maravilhosamente contente" vivendo em Paris como estudante de pós-graduação. Publicou seu primeiro livro, um estudo sobre o Partido Socialista francês na década de 1920 - em francês, e não em inglês. Como qualquer fervoroso polemista parisiense, amava os embates das discussões públicas entre os intelectuais sobre as questões do momento.

Mas Judt tinha uma aversão a extremismos ideológicos mais típica de um pensador inglês do que de um francês. A mordacidade com que tratava os estudantes na École Normale Supérieure, uma das prestigiadas "grandes écoles" francesas, é essencialmente inglesa: no início da década de 1970, diz ele, ela estava "repleta de jovens franceses absurdamente supercultos, com egos inchados e peitos encolhidos".

Além disso, em seus campos de especialização, política europeia e pensamento político do século XX, Judt aderia aos mais altos padrões de erudição histórica anglo-americana. Autodisciplinado, bem como extraordinariamente talentoso como pensador e escritor, ele acreditou até o fim que o estudo das ideias políticas deve ser solidamente fundamentado em seu contexto histórico.

O fim de Judt veio, aos 62 anos de idade, em agosto de 2010, quando sucumbiu à esclerose lateral amiotrófica, doença neurológica degenerativa. "Thinking the Twentieth Century" ("Pensando o século XX") é produto de uma série de longas conversas que manteve em 2009, em Nova York, com Timothy Snyder, amigo e historiador americano especializado em Europa Oriental. Snyder gravou e editou as conversas, e então enviou-as para serem revisadas por Judt.

Por pura coragem humana, assim como por seu brilho intelectual, o resultado é notável. Apesar de sua alarmante deterioração física, Judt produziu um derradeiro conjunto de ideias eloquentes sobre o fascismo, o stalinismo, o pensamento dissidente na Europa Oriental pós-1956, as falhas da moderna Israel, a invasão americana no Iraque em 2003 e o futuro da democracia social ocidental.

O livro cobre parte do terreno já explorado em duas outras obras. "O Mal Ronda a Terra" [Objetiva], publicado em 2010, disseca a busca desenfreada de autointeresse material que, acreditava ele, caracterizou as sociedades americana e britânica desde a década de 1980 até a crise financeira de 2008. "O Chalé da Memória", de 2011, é uma coletânea de ensaios publicada logo após sua morte [lançada agora no Brasil pela editora Objetiva]. Já "Thinking the Twentieth Century" é, em si mesmo, um feito substancial.

O livro acompanha o leitor por meio de nove dimensões da vida de Judt, cada uma precedida de seu próprio título de capítulo: Questionador Judeu, Escritor Inglês, Politicamente Marxista, Sionista de Cambridge, Intelectual Francês, Liberal do Leste Europeu, Historiador Europeu, Moralista Americano e, finalmente, Social-Democrata. Como indicam esses rótulos, Judt não residia numa torre de marfim, sendo, antes, um homem incansável que assumia riscos, tendo raramente ficado em uma mesma cidade ou cargo acadêmico por muito tempo.

Nascido em Londres, filho de pais judeus com origens no Leste Europeu, durante sua adolescência Judt desenvolveu uma posição sionista de esquerda, tendo servido como intérprete no exército israelense durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Até o fim de sua vida, foi um crítico severo contra Israel. Ele comenta no livro que o Estado "se destaca por sua cultura política nacional um tanto paranoica e tornou-se doentiamente dependente da muleta do Holocausto - a muleta moral e arma predileta com que Israel se defendia de todas as críticas".

Essas opiniões incisivas valeram-lhe uma condenação em círculos pró-Israel americanos, acusado de "judeu antissemita". Mas a polêmica, sob muitos aspectos, errava o alvo, pois a disputa entre Israel e os palestinos nunca esteve no centro das preocupações intelectuais de Judt.

Sua estatura como historiador repousa mais em "Pós-Guerra - Uma História da Europa desde 1945" [Objetiva], e em seus cinco livros sobre a França. Em minha opinião, os melhores são "Passado Imperfeito" [Nova Fronteira], que analisa por que tantos pensadores franceses nas décadas de 1940 e 1950 foram atraídos para o comunismo linha-dura, e "The Burden of Responsibility" [o fardo da responsabilidade], de 1988, que celebra a coragem política e intelectual de Raymond Aron, Léon Blum e Albert Camus na resistência a essa moda.

A mensagem central de "Thinking the Twentieth Century" é o que Judt denomina "pecado do intelectual do século: emitir juízo sobre o destino de outros em nome do futuro como você o vê". Se Lênin, Hitler, Stálin e Mao foram abomináveis bandidos e tiranos, os intelectuais que os defendiam também podem ser culpados por seu apoio.

"É crucialmente importante, para uma sociedade aberta, estar familiarizada com seu passado", diz Judt. "Foi uma característica comum das sociedades fechadas do Século 20, tanto de esquerda como de direita, que manipularam a história. Reescrever o passado é a mais antiga forma de controle do conhecimento."

Ele tem razão: o conhecimento da história, embora não garanta contra abusos de poder, contribui em alguma medida para sustentar a liberdade. A vida de Tony Judt foi uma homenagem corajosa e vibrante a essa verdade. (Tradução de Sérgio Blum).
Fonte: Tony Barber - Financial Times


21 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Princípio da Incerteza


Durante a leitura do livro Gigantes da Física : Uma História da Física Moderna através de oito biografias, de autoria de Richard Brennan, cheguei ao trecho sobre o Princípio da Incerteza, que já foi tema da seguinte postagem: Por que o contador influencia a medida?. Segue transcrição das páginas 182,182,183,184:


Na primavera de 1927, Werner Heisenberg, então com apenas 26 anos, propôs a Zeitschrift für Physik um curto artigo intitulado " Sobre o conteúdo perceptivo da cinemática da mecânica quântica teórica". Essse texto de 27 páginas, enviado da Dinamarca para a revista, continha a forumulação do famoso Princípio da Incerteza na Mecânica Quântica (também conhecido como Princípio da Indeterminação) assegurou a Heisenberg um lugar na história da ciência. Isso porque o princípio da incerteza tem amplas implicações não só parara a física subatômica como para todo o conhecimento humano.

A compreensão que está no cerne do Princípio da Incerteza surgiu das tentativas teóricas para determinar a órbita exata dos elétrons num átomo. Para determinar a posição de um elétron em circulação em um átomo, é necessário iluminá-lo d alguma maneira; isto é, um feixe de alguma radiação eletromagnética de comprimento de onda curto dve ser concentrado no elétron. Essa radiação iluminante, contudo, comporta-se como um grupo de partículas, e estas- ou até só uma delas-, ao colidir com o elétron, alteram-lhe a posição. Mais ou menos como uma bola de bilhar que atinge e move uma outra. Portanto, o próprio ato de iluminar o elétron apara observá-lo e medir sua posição altera-lhe o movimento e, consequentemente, deixa de ser possível medir sua posição com certeza.

Pode-se faer uma analogia simples, que ajuda a explicar o princípio, com uma sala de aula cheia de estudantes. O diretor da escola não tem como descobrir por observação direta como os alunos se comportam normalmente porque o mero fato de sua entrada na sala de aula os faz se comportarem de uma menira atípica. Para dar um outro exemplo, quando se tenta medir a temperatura da água quente de uma chaleira sobre o fogão, a própria insrção de um trmômetro na água muda sua temperatura-não muito, é claro, mas o suficiente para tornar a exatidão impossível. O mesmo se aplica a todas as quantidades físicas. O ato da observação sempre altera o observado de maneira a tal impedir uma medida indiscutível.

(...)Heisenberg mostrou que, na verdade, a incerteza impregna toda a natureza; não é um mero efeito colateral anômalo do trabalho com variáveis experimentais muito diminutas. A incerteza está sempre presente, é inescapável.

(...)Que diferença faz a inexatidão para nós que vivemos no mundo mais amplo, o macrocosmo? A resposta é que, embora todas as medidas envolvam alguma grau d incerteza, na escala macroscópica ele não é significativo. Podemos continuar voando de São Francisco para Nova York com a certeza de alcançar nosso destino final. Não tingiremos exatamente o alvo, mas estaremos suficientemnte próximos. Podemos até lançar satélites nas profundezas do espaço com segurança de que, ainda que nossos cálculos tenha sido um pouquinho inexatos, o erro será tão pequeno que nenhum instrumento de medida poderá detectá-lo.

Ainda assim, pode ser filosoficamente pertubador compreender que há uma inexatidão inerente em tudo o que fazemos, em cada medição que fazemos. Alguns matmáticos gostariam de acreditar que quando fazem todos os seus cálculos da manira mais acurada possível, o resultado é inteiramente previsível. Mas não é o que acontece com o Princípio de Heisenberg. A própria tenativa de conhecer com absoluta precisão qualquer fato físico é fundamentalmente invasiva. Devemos por isso desistir da investigação científica? Obviamente não. A pesquisa científica prossegue, mas temos nova compreeensão de suas limitações.

Com o tempo, as implicações do princípio da incerteza d Heisenbrg começaram a mergir. Primiro so físicos quânticos aceitaram as ideias de Heisenberg, depois outros cintistas, e finalmente uns poucos do público esclarecido em geral. Com essa aceitação veio a compreensão pertubadora de que a incerteza não está confinada ao laboratório.

Logo se descobriram analogias com a mcânica quântica em muitos outros campos, e começou-se a fazer perguntas inquietantes sobre o próprio conhecimento. Haveria alguma área da investigação humana m que o conhcimento poderia ser pensado como absolutamente certo e correto? Mesmo no campo da matemática, por muito tempo considrado a cidadela da certeza, surgiram dúvidas. O matmático austríaco Kurt Godel mostrou no início da década de 1930 que no interior de qualquer sistema lógico, por mais rigidamente estruturado que seja, sempre há questões que não são possíveis resolver com certeza, sempre se pode descobrir contradições e imprecisões que nele se ergueiraram.

(...)A influência de Eisenberg foi tão difusa que pode ser detectada até no mundo da ficção. Num artigo publicado no The New York Times Book Review, um crítico disse a propósito de uma romancista: "Ela conhece bastante sobre Heisenberg para compreender que o ato de observar altera o objeto que está sendo observado; ou, em termos literários, que o ato de contar a história altera a história que está sendo contada."

20 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Contador. Fonte: Blog Contabilidade Financeira

Teste 548

Em geral as entidades enfatizam os ganhos, não as perdas. Mas o Bank of America, na demonstração do primeiro trimestre de 2012, orgulhosamente informava que tinha registrado um prejuízo de US$4,8 bilhões em razão de ajustes do seu passivo. Sabendo que o passivo é avaliado a valor justo, qual a razão do júbilo do banco? (Uma dica: capitulo 7, Teoria da Contabilidade, Niyama e Silva)

Resposta do Anterior: a) 6 mil; b) 3 mil; c) 1/3 de 3 mil ou mil; d) (1000 – 10 cupons x 50% x 60) = 700; e) R$2700 para ambos; f) 20 x 60 = 1200; g) 2700 para o cliente X e 1500 para Groupon. Baseado em Salmon

PLC - Patrimônio Líquido e Crescimento da Empresa

Definição – corresponde a relação entre o P/L e a taxa de crescimento da empresa. Por relacionar um índice de avaliação de ação pelo crescimento, o PLC corresponde a um comparativo entre o valor da ação no mercado e o nível de crescimento dos lucros da empresa.

Fórmulas – PLC =  índice P/L / Crescimento do Lucro em %

Índice P/L = corresponde a relação entre o preço de mercado da ação pelo lucro por ação. Refere-se ao período de tempo necessário para que o lucro pague o valor de mercado da ação. Um P/L de 10 indica que em 10 períodos o lucro irá pagar o preço da ação. É um índice de valorização de uma ação no mercado.
Crescimento do Lucro em % = refere-se a taxa de crescimento do lucro da empresa em %.

Unidade de Medida – O índice ser uma divisão de um número absoluto por um percentual, sendo que o resultado final está em percentuais.

Intervalo da medida – O intervalo deste índice é amplo já que a empresa pode ter prejuízo e crescimento negativo. Considerando que este índice será usado para empresas com lucro e crescimento positivo, o intervalo irá variar em torno de 1, entre 0 a infinito.

Como calcular – Este índice deve ser usado para valores projetados. Assim, o índice P/L e a taxa de crescimento do lucro são montantes estimados pelo analista. Iremos mostrar como o índice funciona para situações históricas.
A figura a seguir foi retirada de um endereço de informação sobre a empresa Sanepar:

A Sanepar tinha um P/L de 13,10. Isto significa dizer quem em 13,1 anos o preço atual da ação da empresa irá retornar para o investidor sob a forma de lucro. A seguir a demonstração do resultado para mesma empresa em 2011 e 2010.

A empresa apresentou um crescimento de lucro de 83,87% no período.

O índice é dado por:

PLC = 13,1 / 83,87 = 0,16

Neste caso, a taxa de crescimento do lucro é muito superior a relação esperada para o nível de P/L. Isto faz com que o índice fique abaixo da unidade, indicando que mantendo este crescimento, o investimento na empresa seria interessante.

Grau de utilidade – Regular. Seu uso está condicionado a existência de lucro na empresa e que o mesmo seja crescente no tempo. Além disto, seu uso está restrito a empresas de capital aberto.

Controvérsia de Medida – Alguma. O índice deve ser usado em termos de projeção. Isto significa que cada analista poderá ter seu resultado.

Observações Adicionais
a)     Este índice mostra se o preço de uma ação está “barato” ou não. Valores menores que a unidade indicaria um preço de mercado atual atrativo, já que o crescimento futuro dos lucros conduziria a uma redução, no tempo, do índice P/L.
b)     Em termos de análise, valores menores são mais interessantes. É importante que o índice seja usado projetado e não usando informação do passado.
c)     Para fazer isto, o analista pode buscar um consenso de outros analistas com respeito ao desempenho da empresa. Ou fazer projeções. Observe que a taxa de crescimento histórica do lucro da empresa, de 83%, talvez seja irreal. Se usarmos uma taxa de 20%, o índice seria de 0,655, que ainda seria interessante a compra da ação. Para que não seja interessante comprar esta ação, o crescimento do lucro deve ficar em 13,1%, que corresponde ao índice P/L.
d)     Assim, quando a empresa irá crescer acima do P/L, o índice indicaria uma ação atrativa. Valores abaixo, a ação não seria interessante.
e)     Observe que o índice P/L possui variação diária. Isto significa que este índice também possui periodicidade diária.
f)       Este índice é conhecido no PEG Factor na literatura inglesa.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram:

Repsol

Quando a Petrobras teve problemas com a Bolívia no passado, o leitor das demonstrações contábeis pode encontrar nas informações da empresa o alerta para este tipo de risco.

Agora a Argentina decidiu tomar os ativos da empresa espanhola Repsol. Eis o que ocorreu com sua ações na bolsa:

O gráfico diz a reação negativa do mercado. Mas será que a empresa tinha noção deste risco. Olhando  as demonstrações contábeis da empresa encontrei isto:
Ou seja, parece que a empresa não estava preparada para o que ocorreu. Na página 38 comenta sobre "outras provisões" que contempla riscos associados com operações no exterior.

O Anexo I da demonstração mostra que o investimento na Argentina era o mais relevante fora da Espanha:
com investimento de 6,5 bilhões de euros e capital social de 2,2 bilhões (clique na imagem para ver melhor).

O blog Contabilidade Financeira recomenda: ler demonstrações faz bem para saúde.

Instrumentos Financeiros

Fasb e Iasb avançaram na discussão sobre o tratamento de instrumentos financeiros, informou o Journal of Accountancy. A notícia não destaca, em nenhum momento, a simplificação do processo.

Data única


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda divulgar uma circular orientando os bancos sobre a publicação de demonstrações financeiras individual e consolidada, tanto no padrão internacional IFRS como no BR Gaap, na mesma data. O motivo estaria no fato de a autarquia ter identificado que aquelas instituições estão priorizando as regras do Banco Central (que exige o padrão BR Gaap), em detrimento das regras da CVM. Com isso, publicam a informação primeiro em BR Gaap e depois em IFRS.


"Isso não é possível. Se é obrigatório entregar para a CVM a demonstração financeira conforme a instrução 480, os bancos têm de entregar todo o conjunto na mesma data, como requer a regra", disse o superintendente de relações com empresas da CVM, Fernando Soares Vieira.


Como não há tratamento diferenciado para o setor financeiro na instrução 480, que dispõe sobre o registro de emissores de valores mobiliários, a CVM deve lançar em breve um ofício específico para os bancos se adequarem para 2013. No ano passado, por determinação do Banco Central, as instituições financeiras sob o controle da autoridade monetária foram autorizadas a prorrogar em até 120 dias o prazo para a adequação ao IFRS. "Essa regra não vale mais", lembrou Vieira.


Transparência


O superintendente da CVM destacou que o objetivo da medida é tornar a divulgação das demonstrações financeiras por parte dos bancos mais "transparente e clara". No entanto, esta questão está sendo debatida em "caráter preliminar", informou, e cabe questionamentos das instituições envolvidas. "Essa não é uma questão simples. Se fosse, não estaríamos fazendo isso por um ofício circular. É passível de discussão, inclusive, com as empresas desse setor", explicou durante seminário sobre formulário de referência, realizado nesta quinta-feira na sede da BM&FBovespa.


De acordo com o superintendente de relações com empresas da CVM, o debate com os bancos é necessário, pois existe a possibilidade de entendimento de que a divulgação conjunta das demonstrações pode gerar conflito e que faz sentido prevalecer a regra do BC e não a da CVM.


Balanço de bancos em IFRS e Br Gaap terão data única - Por Aline Bronzati


19 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Ele chama Michael Jordan. Observem a decepção das pessoas quando sabem disto. Fonte: Aqui

FCL sobre VE



Definição
 – corresponde ao fluxo de caixa livre gerado pelo fluxo do empreendimento. O inverso do índice mostra em quanto tempo o fluxo de caixa livre “paga” o investimento na empresa.

Fórmulas – FCL sobre VE = (Fluxo de Caixa Livre / Valor do Empreendimento) x 100

Fluxo de Caixa Livre = Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais – Gastos com manutenção de capital
Valor do Empreendimento = Valor de Mercado da Empresa + Dívida – Caixa e Equivalentes

Unidade de Medida – em valor percentual

Intervalo da medida – O índice pode variar entre -100% a infinito. Em geral o Fluxo de Caixa Livre é menor que o Valor do Empreendimento. Assim, o intervalo deve estar entre -100% a 100%. Valores negativos podem ocorrer em razão do fluxo de caixa livre.

Como calcular – O índice necessita do valor de mercado da empresa, do balanço patrimonial e da demonstração dos fluxos de caixa.

Para mostrar este índice iremos usar o exemplo da Petrobras. O valor de mercado da empresa, em 31 de dezembro de 2011, era de 298,2 bilhões de reais, conforme a figura a seguir:

O valor do empreendimento depende do valor da dívida e do valor do caixa. Isto pode ser obtido no Balanço Patrimonial :

Assim, o valor do empreendimento da Petrobrás é dado por:

VE no final de 2011 = 298,2 + 198,7+68,2 – 35,7 = 529,4 bilhões de reais

O fluxo de caixa livre é obtido a partir da DFC, cujo extrato é apresentado a seguir:

Assim, o fluxo de caixa livre para 2011 foi de 56,3 – 31,4 ou 24,9 bilhões.

O índice seria:

FCL sobre VE = 24,9 / 529,4 = 4,7%

Ou seja, o fluxo de caixa, reduzido do investimento, corresponde a 4,7% do valor do empreendimento. Gerando este caixa a empresa levaria 21,26 anos para pagar as compras das ações e as dívidas.

Grau de utilidade – Moderado. É um índice de investimento de longo prazo, que integra o valor de mercado com a geração de caixa da empresa. Existem algumas pesquisas onde este índice aparece como um importante previsor para o mercado de capitais.

Controvérsia de Medida – Alguma. Empresas que pagam dividendos anuais tendem a apresentar um valor de mercado elevado no final do ano, o que reduz o índice. O fluxo de caixa livre pode sofrer intervenção da administração da empresa, através da redução do volume de investimento necessário para que a empresa se mantenha no mercado.
Observações Adicionais
a)     Seria possível calcular este índice levando em consideração os títulos e valores mobiliários. Isto tende a reduzir o VE e, consequentemente, aumentar o índice.
b)     Maiores valores para este índice indicaria, no médio e longo prazo, que a empresa é uma pechincha. Isto seria um sinal de que a empresa consegue gerar bastante caixa nas suas atividades, já retirado os investimentos, em relação ao seu valor.
c)     O efeito do capital de terceiros pode variar conforme o tratamento da despesa financeira na DFC. Para as empresas que consideram a despesa financeira como sendo do fluxo de financiamento, maiores dívida entra no VE, mas não no FCL.

Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: Distribuição do Valor adicionadoDividendo por lucro, Lucro por açãoPreço sobre vendasDividend yieldCapital Circulante LíquidoCusto da DívidaInvestimento sobre DepreciaçãoComposição do EndividamentoCobertura de dívida,. Cobertura de investimentoPrazo de Pagamento a Fornecedores,  Taxa de QueimaPrazo de EstocagemValor Adicionado sobre ReceitaMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRSPLEndividamento OnerosoEndividamentoFluxo de Caixa LivreEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

Doença

Na terça o bilionário Buffett anunciou que estava fazendo um tratamento contra um câncer. O gráfico mostra a reação do mercado: queda na cotação das ações da empresa.

Frase

Um adágio comum de Wall Street afirma "a tendência é sua amiga". Céticos algumas vezes adicionam "... até não ser mais".

Christopher Faille

Capitalização

O gráfico acima mostra a capitalização de três empresas ao longo dos anos. A Microsoft tornou-se, no ínício dos anos 2000 a maior empresa em valor de mercado do mundo: 583 bilhões de dólares. Em 2007 seu posto  foi ocupado pela PetroChina: a valorização da ação desta empresa levou ao primeiro lugar no mercado acionário. Agora a Apple tornou-se a maior empresa do mundo em valor de mercado. A pergunta é: até quando? O ciclo da Microsoft já passou, assim como da PetroChina.

Recursos Naturais

Os países mais ricos em recursos naturais:

10. Venezuela
9. Iraque
8. Austrália
7. Brasil
6. China
5. Irã
4. Canadá
3. Arábia Saudita
2. Estados Unidos
1. Rússia.

Fonte: Aqui

Teste 547

Considere o modelo do Groupon de venda de promoções. Suponha que a empresa tenha vendido no dia 1º. de abril 100 cupons a $60 cada referente a um produto X de um cliente X.

a) Qual o valor recebido na promoção
b) Da receita obtida, a Groupon fica com 50% e o cliente X com 50%. Qual o valor da parcela da Groupon?
c) Na data da venda a Groupon repassa 1/3 do que o cliente X tem direito. Qual é este valor? As parcelas restantes são repassadas em 30 e 60 dias.
d) Mas quem comprou a promoção pode solicitar reembolso caso isto esteja dentro do contrato com a Groupon. Se no dia 30 de maio dez clientes (com 10 cupons) tenham solicitado reembolso, a Groupon desconta o valor no pagamento que seria realizado para o cliente de forma proporcional. Quanto irá receber o cliente X?
e) Suponha que não exista mais nenhum reembolso. Qual o valor da receita líquida do cliente X? E da Groupon?
f) Em agosto mais 20 clientes solicitaram reembolso. Após os noventas dias da venda, a Groupon assume o reembolso. Ou seja, para estes clientes que solicitaram reembolso em agosto, somente a Groupon irá arcar com o valor. Que valor é este?
g) Ao final do prazo da promoção, qual o valor recebido pelo cliente X? Qual o valor recebido pela Groupon?

Resposta do Anterior: PetroChina. Fonte: Aqui

18 abril 2012

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Teste 546

Na última década três empresas tiveram um grande crescimento no valor de mercado, ocupando o posto de maior empresa do mundo. Estas empresas estão citadas abaixo. Qual delas chegou a ter um valor de mercado de 724 bilhões de dólares (até meados de abril de 2012)?

Microsoft
PetroChina
Apple

Resposta do Anterior: Sir David Tweedie é atualmente presidente do ICAS Fonte Aqui

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Lucro Líquido sobre Ativo


Definição – corresponde ao resultado líquido da entidade sobre o total de ativo. Expressa o retorno líquido do ativo.

Fórmulas
LL sobre Ativo = (Lucro Líquido / Ativo) x 100

Sendo
Lucro Líquido = corresponde ao lucro líquido após juros e imposto de renda.

Unidade de Medida – em percentual.

Intervalo da medida – Como a empresa pode ter lucro ou prejuízo, o intervalo da medida deve estar entre -100% a infinito. Se a empresa gera lucro, espera-se que o índice esteja abaixo de 100%

Como calcular – O índice pode ser obtido a partir do balanço patrimonial e da demonstração do resultado da empresa. A figura a seguir apresenta o ativo da Cemig, uma empresa de energia elétrica.

O ativo da empresa em 30 de setembro de 2011 era de 36,9 bilhões; no ano anterior era de 33,6 bilhões.
A próxima figura mostra a demonstração do resultado:

A empresa teve um lucro de R$1,7 bilhão até o final do terceiro trimestre de 2011, versus 1,6 bilhão nos nove primeiros meses de 2010. O índice pode ser calculado da seguinte forma:

Lucro Líquido sobre Ativo = (1706 455/36940 310) x 100 = 4,62%

Grau de utilidade – Regular, em razão da polêmica envolvendo este índice.

Controvérsia de Medida – Muita. É um índice muito usado e existente na literatura. Entretanto, possui problemas teóricos graves, pois associa o resultado líquido de uma empresa, que será distribuído para os acionistas, com o ativo. Neste sentido, a associação deveria ser entre o lucro operacional e o ativo ou entre o lucro líquido e o patrimônio líquido. Em razão disto, não aconselhamos seu uso em análise de desempenho de uma empresa.

Observações Adicionais
a)     Existe uma discussão sobre qual o melhor valor para o denominador: o valor inicial, o valor final ou o valor médio. A favor do valor final, que usamos no exemplo, existe somente o fato de você não perder uma informação numa série histórica. O valor médio tem sido recomendado na literatura, como uma aproximação mais adequada do ativo existente durante o exercício social. Entretanto, o uso do valor inicial também é defensável, por associar com o valor existente antes do início do exercício social.
b)     Também é possível usar o conceito de investimento, que está detalhado no índice retorno do investimento (ROI). As restrições apresentadas no item de controvérsia continuam.
c)     Multiplicando o índice por vendas apresenta que este índice é resultado da margem líquida pelo giro do ativo: LL/Ativo = (LL/Vendas) x (Vendas / Ativo) = Margem Líquida x Giro do Ativo. No caso da Cemig, para 30 de setembro, tem-se: LL/Ativo = 14,87 % x 0,31 = 4,62%. Ou seja, apesar da margem líquida de quase 15%, o volume elevado de ativo em relação as vendas faz com o que o índice seja menos de 5%. 


Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis.  Outros textos publicados foram: Distribuição do Valor adicionado, Dividendo por lucro, Lucro por açãoPreço sobre vendasDividend yieldCapital Circulante LíquidoCusto da DívidaInvestimento sobre DepreciaçãoComposição do EndividamentoCobertura de dívida,. Cobertura de investimentoPrazo de Pagamento a Fornecedores,  Taxa de QueimaPrazo de EstocagemValor Adicionado sobre ReceitaMargem LíquidaGiro do AtivoP/LRSPLEndividamento OnerosoEndividamentoFluxo de Caixa LivreEbitdaMargem OperacionalNIG sobre VendasValor do EmpreendimentoCapitalizaçãoMargem BrutaROI e Liquidez Corrente

Dez razões falsas para adotar as IFRS

Segundo Tom Selling dez argumentos falsos

1. Existem grandes empresas que querem adotar as normas internacionais
2. IFRS irá reestabelecer a confiança na contabilidade
3. US GAAP não é superior as IFRS
4. IFRS é amplamente adotada
5. A SEC pode escolher as normas que achar necessário
6. Custo de conversão pode ser reduzido
7. Os EUA não perdem soberania na definição das suas normas
8. Se os EUA não adotarem, coisas ruins irão ocorrer com o resto do mundo
9. Se os EUA não adotarem, coisas ruins irão ocorrer com os EUA
10. Todas nações tem o mesmo objetivo com as informações contábeis.

Frase

Se os auditores continuarem no caminho em que estão, daqui duas décadas eles vão deixar de ser relevante em tudo. 

Lynn Turner, ex-contador-chefe da Securities and Exchange Commission e membro de um grupo consultivo PCAOB

Ooops

Dois anos depois do presidente Barack Obama prometeu eliminar o perigo das grandes instituições financeiras tornarem "too big to fail", os maiores bancos são maiores do que eram antes da crise. Cinco bancos - JPMorgan Chase & Co. (JPM), Bank of America Corp., Citigroup Inc., Wells Fargo & Co., e Goldman Sachs Group Inc. — tinham 8,5 trilhões dólares em ativos no final de 2011, que corresponde a 56% da economia dos EUA, conforme o Federal Reserve. Cinco anos antes, antes da crise financeira, estes ativos dos maiores bancos eram de 43% da produção dos EUA.


Fonte: Aqui

Imposto de Renda

A figura mostra o formulário do imposto de renda dos EUA em 1913. Eram 4 páginas no total. Hoje são 189 páginas. E no Brasil?

Tabela de preço

Aparecer na versão chinesa da revista Esquire = 20 mil dólares a página
Estar no jornal da TV Chinesa = 4 mil dólares por minuto
Artigo elogioso no Diário do Trabalhador, jornal do Partido Comunista = 1 dólar por carácter chinês

Fonte: Aqui

17 abril 2012

Rir é o melhor remédio


David Letterman - Accountant Top Ten (via The Summa)

Teste 545

Sir David Tweedie, um escocês, foi presidente do Iasb entre 2001 a 2011. Mas o que está fazendo hoje Tweedie?

Presidente Institute of Chartered Accountants of Scotland
Professor visitante da University of Scotland em Glagow
Presidente dos Curadores do Iasb

Resposta do Anterior: Jobs. Fonte aqui

Pesquisa

Estamos convidando-lhe para participar de pesquisa que está sendo realizada como parte da disciplina de Contabilidade Comportamental no Doutorado de Contabilidade da UnB/UFPB/UFRN.

A resposta ao questionário levará apenas cinco minutos. Sua participação é totalmente voluntária e você é livre para parar em qualquer momento. Suas respostas são completamente anônimas e você nunca será pessoalmente identificado, pois sua informação será codificada como um número.

Por favor, lembre-se que não existem respostas certas ou erradas. Estamos interessados apenas nos fatores que interferem na decisão dos indivíduos no cenário contábil.

Em caso de dúvida, você pode contatar os responsáveis por esta pesquisa: Rossana Guerra de Sousa (rossanagsousa@yahoo.com.br), Adriana Fernandes Vasconcelos (adrivasconcelos@hotmail.com) ou Gustavo Amorim Antunes (gaantunes@yahoo.com.br)


Para participar, clique aqui