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24 fevereiro 2012

Escalada da inadimplência

A escalada da inadimplência no Brasil está obrigando os bancos a guardarem um volume recorde de recursos para cobrir o rombo deixado pelos maus pagadores — uma fortuna de R$ 115 bilhões até dezembro do ano passado. Comparado ao fim de 2010, esse colchão anticalote cresceu 21,5% e tem custado às instituições uma fatia expressiva dos lucros. Os dados do Banco Central mostram que esse montante se expande a cada dia, e mais: evidenciam que o setor privado, sobretudo o estrangeiro, é o que exige menos garantias para emprestar e, portanto, tem registrado as maiores taxas de incremento nas provisões.

Os bancos particulares elevaram suas reservas em 25,5%, enquanto as instituições públicas aumentaram a rubrica em 14%. Na abertura entre nacionais e estrangeiros, os primeiros elevaram as provisões em 24,6% e os demais em 28,1%. Na visão dos especialistas ouvidos pelo Correio esse avanço decorre da rápida expansão do crédito em 2009 e 2010, que levou o brasileiro a um endividamento sem precedentes. Atualmente, quase 50% da renda familiar está comprometida e, agora, a fatura dessa farra dos empréstimos começou a cair no colo dos bancos. A inadimplência do consumidor está em 7,3% e, conforme mostram os dados do Banco Central, os clientes “A”, de risco quase nulo e maior poder aquisitivo, têm liderado os calotes. “É um número muito alto, mais que o dobro da média mundial”, alerta o economista Roberto Luís Troster.

O volume de provisões é tão elevado que superou as reservas feitas em 2008, após o agravamento da crise global, para essa finalidade. Em relação àquele período, o colchão dos bancos aumentou 76,4%. Para Troster, o aperto feito pelo BC no início de 2011, que deixou mais caras algumas linhas de financiamento mais longas, aliado à elevação da taxa básica de juros (Selic), complicou ainda mais a vida do consumidor. “Aquele pacote barrou o crédito, mudou a composição das carteiras e as linhas ficaram mais apertadas. Muita gente se enrolou ainda mais”, explica. Em sua avaliação, as famílias deverão permanecer com os orçamentos estrangulados por um longo período, obrigando os bancos a manterem suas provisões altas ao menos até o fim do segundo semestre. Mesmo com um pequeno recuo, para Troster a inadimplência fechará o ano em torno de 5%.


Fonte: aqui

Apple

O sucesso de vendas dos aparelhos eletrnônicos da Apple levou o preço das ações acima de 500 dólares,tornando-se assim a maior empresa dos EUA, com uma capitalização de mercado de 475 bilhões de dólares. Não obstante, seu tamanho gigantesco torna "mais complicado" a análise econômico-financeira de outras empresas norte-americanas, que compõe o S&P 500. Segundo o WSJ:

While most U.S. companies have struggled to meet earnings expectations, the Cupertino, Calif.-based maker of iPads and iPhones has surpassed even the most bullish of expectations, reporting $13.1 billion in profits during the fiscal 2012 first quarter that ended Dec. 31, more than double that of a year earlier. Revenue soared 73% to $46.3 billion. Those earnings account for about 6% of the S&P 500′s fourth-quarter earnings, according to S&P Indices, making Apple the biggest earnings contributor to the S&P 500.”


23 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Numa cerimônia oficial, a Princesa Maria Isabel, da Dinamarca estava distraída. Mas Pentti Arajarv, esposo de Tarja Halonen, presidenta da Finlândia, estava bem atento.

Links

Economia
Grécia está quebrada e não pode ser consertada Divórcio inevitável?

BRICs quase foram RICs

Evidenciação
Pane na CVM atrapalha a divulgação das demonstrações contábeis

Erro de digitação faz Petrobras republicar o balanço

Política
Os países que nunca foram conquistados pelos europeus

Ex-dirigente da Deloitte assume cargo no Iasb

Fraude
Obama recebeu dinheiro na campanha de esquema Ponzi

A contabilidade criativa da Groupon

Ex-presidente da Olympus é detido por fraude

Ex-diretores do PanAmericano querem indenização trabalhista

Governo, muito governo
Inchaço da Infraero e a Privatização dos Aeroportos

Receita Federal de olho nos lançamentos de debêntures

Thaler e as políticas dos governos com bom humor

Empresa brasileira precisa de até 12 carimbos para exportar

Facebook
Damodaran: qual o valor do Facebook? Valor medianao de 70 bilhões

Cartilha dos censores do Facebook

Língua
Língua inglesa é maluca

De quantas línguas precisamos?

Arte
Desenhos com palitos (foto)

15 ebooks sobre Whitney Houston desde sua morte

Fotografia: construindo a Torrei Eiffel

Indústria de Música e Cinema infringe leis de direitos autorais

Cidades
São Paulo é a 45a. melhor cidade do mundo para fazer graduação

Os Banqueiros deveriam mudar para o Rio de Janeiro (Esta cidade eu não conheço)

Custo
Quanto custa construir hoje as Pirâmides? 

Qual o custo da Estrela da Morte (Star Wars)? 

Manchete

Brasil pede à China que controle exportações ao país


O vice-presidente Michel Temer cobrou nesta segunda-feira a China a controlar o fluxo de produtos chineses vendidos ao Brasil, para evitar prejuízos à indústria nacional.

"Nos preocupamos com o aumento maciço e indiscriminado de produtos chineses no mercado brasileiro, o que, somos obrigados a registrar, ocasiona o deslocamento da produção brasileira", afirmou Temer, em discurso durante o segundo encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em Brasília.

Em seu discurso, antes do almoço com o vice-premiê chinês, Wang Qishan, Temer disse ter solicitado à China que considere um "eventual dimensionamento voluntário" das exportações chinesas ao Brasil.



O governo federal deveria relembrar que para exportar mais você tem que importar mais. A imposição de tarifas e/ou outro tipo de barreiras leva a uma diminuição do comércio exterior. Vide a evolução do exportações e importações sul-coreanas a partir dos anos 80 , a teoria da simetria de Lerner, e a recente falta de insumos para a indústria argentina.

GM

Sobre o resultado da General Motors:

Segundo o diretor da Consult Motors, Valdner Papa, o prejuízo obtido na América do Sul foi resultado da ajuda da unidade brasileira durante e após a crise econômica nos Estados Unidos.

"Foram enviadas altas remessas de lucro do Brasil para o Estados Unidos, que reduziram em 2011 os investimentos em novos produtos, modernização dos parques produtivos", disse.

Segundo Papa, a competitividade de outras marcas também afetou o lucro da GM. "Sem novos produtos para competir, ela abriu mão da margem de lucro para manter as vendas", afirmou.



Fonte da Imagem: Aqui

Facebook

Damodaran, ao comentar sobre a avaliação do Facebook, destaca parte do prospecto da empresa:

Zuckerberg tem a capacidade de controlar o resultado das questões apresentadas aos nossos acionistas para aprovação, incluindo a eleição de diretores e qualquer incorporação, fusão ou venda de todos os nossos ativos. Além disso, o Sr. Zuckerberg tem a capacidade de controlar a gestão e assuntos da nossa empresa como resultado de sua posição como nosso presidente e sua capacidade de controlar a eleição de nossos diretores. Além disso, no caso de Zuckerberg controlar a nossa empresa no momento de sua morte, o controle pode ser transferido para uma pessoa ou entidade que ele designa como seu sucessor.


Damadoram questiona se o Facebook deseja acionistas ou emprestadores de dinheiro.

Caixa = Recursos?

A Petrobrás resolveu contestar um colunista de um jornal sobre a questão de saída ou não de caixa da cessão das reservas do pré-sal:

Refere-se à menção, no artigo, ao fato de ter sido a empresa capitalizada, em 2010, com R$ 75 bilhões de preciosos recursos do Tesouro. A Petrobras viu nessa afirmação um "erro" a ser corrigido. "A verdade dos fatos: na capitalização da Petrobras, a União aportou títulos da dívida pública. Em sequência, recebeu esses mesmos títulos como pagamento, pela Petrobras, do Contrato de Cessão Onerosa. Portanto, para a União, não houve saída de caixa."


O argumento é de um primitivismo estarrecedor. Pouco importa se houve ou não saída de caixa. A União dispunha de reservas de petróleo que, se tivessem sido licitadas, teriam gerado R$ 75 bilhões ao Tesouro, mais de 2,5 vezes o total de gastos do PAC em 2011. Recursos públicos que, num país de tantas carências, poderiam ter tido destino incomparavelmente mais nobre. Basta olhar em volta. É lamentável que a Petrobras não consiga entender quão preciosos, de fato, eram os recursos com que foi aquinhoada na capitalização de 2010. Uma noção clara do uso alternativo que poderiam ter tido ajudaria a Petrobras a ver com outros olhos, por exemplo, os custos do programa de favorecimento à produção local de equipamentos.


Realmente não ocorreu saída de caixa. Mas ocorreu uma capitalização através de ativos.

Vale

Dentre as empresas brasileiras de capital aberto, a Vale anunciou ontem o maior lucro já reportado na história do mercado nacional. O lucro líquido de R$ 37,814 bilhões no exercício de 2011 supera o da Petrobras divulgado em 2010, de R$ 35,189 bilhões, e o da estatal de petróleo em 2011, de R$ 33,313 bilhões, conforme levantamento da Economatica, que comparou os lucros nominais de todas as empresas brasileiras de capital aberto reportados àComissão de Valores Mobiliários (CVM).


Fonte: DCI. É interessante que não foi somente este jornal que comparou o resultado da Vale com a Petrobrás. A Folha de São Paulo também enfatizou a comparação, mas em termos de aumento no valor de mercado:

Desde a privatização, ganho da empresa cresceu 4.900%; no mesmo período, o da petroleira subiu 2.104% (...) Desde que a Vale foi privatizada, em 1997, o lucro cresceu 4.900%. O da Petrobras, que permaneceu com o Estado, subiu 2.104%.

Frase

Fica evidente que a política de preços da Petrobras envolve um conflito de interesses, entre os objetivos políticos do Planalto e a saúde da maior empresa do Brasil.  (Folha de S.Paulo, 17/2/12)

22 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Humor social, mercado acionário e reeleição


Algumas vezes, o mercado acionário reflete tendências econômicas, assim como, a economia pode indicar os rumos políticos. Assim, numa época de crise, quando a economia se recupera, o desemprego cai, os investidores confiantes colocam dinheiro em investimentos mais arriscados e o preço das ações se eleva. Por consequência, os eleitores tendem a recompensar o atual presidente com mais um mandato.

Destarte, pesquisadores utilizaram dados sobre a produção econômica, preços, desemprego e desempenho do mercado de ações e relacionaram essas variáveis com as eleições presidenciais norte-americanas, desde 1792. Nos três anos que antecederam o dia de cada eleição , eles identificaram uma sólida conexão entre a direção do mercado acionário e os resultados das tentativas de reeleição. Os candidatos que atuaram durante os períodos de elevação dos preços das ações (20% ou mais de crescimento nominal do Dow Jones average index) obtiveram mais sucesso na reeleição, do que aqueles que estavam na presidência durante os períodos de queda (10% ou mais de queda do mesmo índice, durante três anos).

Em verdade, o estudo buscou identificar o "humor" social, ou seja, como os cidadãos estavam se sentindo em determinado período, pois, de acordo com a teoria socieconômica, o "humor" social ,que se reflete no mercado de ações, é o indicador mais poderoso dos resultados da reeleição do que variáveis ​​econômicas, como: PIB, inflação e desemprego.

Segundo os autores, um "humor" social cada vez mais positivo produz um mercado de ações em ascensão, bem como votos para o atual presidente, e um "humor" social cada vez mais negativo produz um mercado acionário em queda, bem como votos contra o candidato a reeleição.

Para os autores, é o "humor" social que determina a eleição, e não o mercado de ações. Este é apenas um indicador confiável do temperamento nacional. É bom notar que alguns casos nem sempre seguem a lógica descrita acima, como na vitória de Clinton sobre George H.W. Bush, que não conseguiu se reeleger mesmo com o crescimento de 52% do Dow Jones, durante seu mandato Além disso, é oportuno lembrar que outros fatores estão envolvidos para o sucesso da reeleição,como: aprovação popular,nível de desemprego, guerras et cetera.
Se o estudo for um bom guia para o resultado da eleição de 2012 nos EUA, o senhor Obama pode começar a comemorar, pois o índice Dow Jones average teve um crescimento nominal de 63%, durante o mandato do nobre presidente. Não obstante, nenhum presidente conseguiu se reeleger com a taxa de desemprego superior a 7,2%.