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26 fevereiro 2012

Em 2006, Muhammad Yunus recebeu, em conjunto com o Grameen Bank, o prêmio Nobel da Paz pelo trabalho desenvolvido com o microcrédito. Foi uma decisão controversa do Comitê Norueguês, mas após a premiação muitos países, inclusive o Brasil, tentaram desenvolver instrumentos parecidos.

Mas notícias da Índia mostram um dos efeitos perversos do microcrédito: aumento da taxa de suicídio. Moradores endividados da província de Andhra Pradesh estão cometendo suicídio para não pagar suas dívidas. Segundo número compilado pelo governo do sul da Índia, mais de 200 pobres se mataram no final de 2010. O governo culpa as empresas de micro-finanças, que concedem empréstimos aos pobres, de pressionar as pessoas. As empresas negam. Mas alguns documentos das próprias empresas parecem indicar que seus funcionários tinham informações sobre alguns dos suicídios.

As investigações parecem apontar que empregados molestam verbalmente os mutuários endividados, incluindo humilhações.

O sucessor

O investidor Warren Buffett é um dos mais carismáticos investidores. Com sua firma Berkshire Hathaway tem conseguido, ao longo de muitos anos, obter retornos acima do mercado. Agora, na sua carta anual aos acionistas, Buffett afirmou que já escolheu alguém para sucedê-lo. Com mais de oitenta anos, o futuro executivo-chefe da empresa já era aguardado há anos. Segundo Buffett, a transição será tranquila "quando o momento chegar".

O nome do sucessor não foi revelado, mas acredita que já trabalha na empresa.

Buffett, que tem 81 anos, dirige o Berkshire Hathaway há quase meio século e transformou a empresa, que era apenas uma fabricante de têxteis debilitada, em um conglomerado com interesses em ferrovias, varejo e seguro, além de ter uma carteira gigante de ações negociadas em bolsas.

Na carta aos acionistas, Buffett afirma que ainda não tem planos de se aposentar dos cargos de presidente, executivo-chefe e diretor de investimentos do Berkshire. O empresário disse que está com uma "saúde excelente" e que não irá a lugar algum e destacou que os acionistas não devem interpretar a carta como sinal de que o próximo CEO assumirá o posto em breve.

25 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio





Crise da Grécia.

Don't lie to me, Argentina

Desde a semana passada, a The Economist deixou de utilizar os dados sobre a inflação divulgados pelo governo argentino:

Since 2007 Argentina’s government has published inflation figures that almost nobody believes... From this week, we have decided to drop INDEC’s figures entirely. We are tired of being an unwilling party to what appears to be a deliberate attempt to deceive voters and swindle investors. For Argentine consumer-price data we will look instead to PriceStats, an inflation specialist, which produces figures for 19 countries that are published by State Street, a financial services firm.



Aqui outra reportagem sobre o mesmo tema.

Frase


À medida que o capitalismo financeiro se expande, a produção de bens tangíveis é cada vez mais deslocada pela invenção de produtos intangíveis. Isso é verdade tanto no mercado de arte como no mercado de ações.
Fonte: Mark C. Taylor em "Refiguring the Spiritual: Beuys, Barney, Turrel, Goldsworthy"

China

EDUARDO DE CARVALHO ANDRADE, 44, doutor em economia pela Universidade de Chicago, é professor do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa) - Folha de São Paulo


(...)Um país atrasado tecnologicamente pode conseguir elevadas taxas de crescimento do PIB durante um determinado período. Isso pode ocorrer se existir uma diferença significativa entre a fronteira tecnológica mundial e a desse país. Um exemplo ilustra essa possibilidade.

Ao longo dos anos, a indústria de computadores nos países desenvolvidos desenvolveu novos processadores, passando por 286, 386, 486 e Pentiums, até o Quad Core.

Um país atrasado, sem acesso a computadores, pode adotar a última tecnologia disponível, sem a necessidade de passar por todas as etapas anteriores. Ele não vai pagar o custo da inovação, mas sim o da imitação, geralmente menor.

O salto de produtividade é gigantesco em um curto espaço de tempo, assim como o consequente crescimento econômico. Esse salto é maior do que aquele verificado pelos países que foram obrigados a passar por todas as etapas do processo de evolução da tecnologia.

Processo dessa natureza ocorreu com a China quando ela decidiu se integrar à comunidade econômica internacional. Em 2000, ano em que entrou para a Organização Mundial de Comércio (OMC), o seu PIB per capita era de um país de renda baixa, o equivalente a 10% do PIB per capita que os EUA tinham em 1985.

Demorou somente sete anos para ela passar a ser uma economia de renda média, com o PIB per capita correspondendo a 20% do PIB per capita dos EUA em 1985.

O Japão e o Brasil, por exemplo, demoraram, respectivamente, 37 e 17 anos para dar o mesmo salto, como mostraram os economistas Stephen Parente e Edward Prescott, que desenvolveram essa ideia de adoção de tecnologia.

Quanto mais tardiamente um país entra no jogo, mais espetacular será o "milagre".
Assim, é totalmente injusta a comparação do desempenho econômico recente do Brasil com o chinês -ou até mesmo com o indiano, frequentemente utilizado por analistas.

A colocação desses países no mesmo saco ("Brics") é enganosa. É de se esperar um crescimento mais vigoroso da China, dado o seu estágio de desenvolvimento. Apesar do seu sucesso recente, ela tem ainda um PIB per capita de 70% do brasileiro.

À medida que a diferença entre os desenvolvimentos tecnológicos da China e da fronteira do mundo se reduz, o mesmo ocorrerá com as suas taxas de crescimento. É verdade que os chineses investem substancialmente em educação e que os pais cobram dedicação dos seus filhos aos estudos. Mas eles vão ter de parar de imitar e vão ter de criar, o que é mais difícil.(...)

24 fevereiro 2012

Rir é o melhor remédio

Evolução (Star Wars)

EUA irá adotar as IFRS

Apesar das normas internacionais de contabilidade, as IFRS, serem adotadas por mais de cem países, segundo apregoa o Iasb, o principal mercado acionário do mundo (e a maior economia) sempre manteve distância das IFRS. Até agora.

Uma declaração do contador chefe da SEC, que regula o mercado acionário das empresas dos Estados Unidos, parece indicar que em poucos meses a maior potência mundial irá endossar as IFRS. A declaração ocorreu num painel em Londres, justamente onde fica a sede do Iasb.

As declarações foram bem recebidas pelo Iasb e também pelas grandes empresas de auditoria, que fizeram (e estão fazendo) um grande investimento nas normas internacionais. Uma declaração de um executivo da Deloitte afirma que os termos usados por Kroeker, o contador chefe da SEC, confirma claramente que os EUA irão usar as IFRS.

O presidente do Iasb, o historiador Hans Hoogervorst, afirmou: "acho que eles estão no caminho certo".

Entretanto, apesar do otimismo daqueles que são favoráveis as normas internacionais, as palavras de Kroeker não são plenamente precisas. Ele usou o termo "poucos meses", mas isto é realmente vago. Este mesmo termo foi usado em dezembro, durante uma conferência do AICPA. No passado a SEC usou o termo "condorsement" para descrever como seria o processo de adesão dos Estados Unidos. Agora parece que Kroeker rechaçou este termo ao afirmar que não seria uma boa ideia inventar palavras. Sua preferência parece ser pelo termo "aval" (endorsement).

Ouro

O gráfico mostra o uso de ouro em 2011 no mundo. Quando pensamos no outro pensamos em investimento. Mas investimento representa somente um terço do uso deste metal. Quase a metade vai para jóias. Mas os eletrônicos (8%) e as moedas (6%) também são relevantes. Dentistas (1%), Medalhas (2%) e outros usos (2%) completam a figura. Fonte dos dados: aqui

Crise na Grécia e os efeitos sobre os balanços

O banco escocês RBS obteve prejuízo de £ 1,997 bilhão (US$ 3,1 bilhões) no ano de 2011, 78% maior do que o registrado no ano anterior.

A instituição afirmou que as incertezas com a Grécia levaram a um aumento nas provisões para perdas - fatia dos ganhos reservada para fazer frente a possíveis calotes.

No ano, as provisões para perdas com títulos soberanos somaram £ 1,1 bilhão, sendo que esse gasto não existiu no ano anterior. O RBS declarou que detém £ 1,45 bilhão (US$ 2,2 bilhões) em títulos do governo grego. (...)



Fonte: aqui

Gagos

De acordo com reportagem publicada ontem pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, cidadãos portadores de "distúrbios na fluência e temporização da fala" - ou seja, os gagos - têm direito a pagar apenas metade da conta.

Sob uma presumível nobreza de propósitos, existe uma lógica de imbecilidade retumbante: tais cidadãos, por suposto, gastam ao telefone o dobro do tempo necessário. Portanto, nada mais justo que paguem metade da fatura.

O autor dessa preciosidade certamente se esqueceu de propor descontos de 75% para ligações de um gago para outro - ou de excluir os pacotes de dados do benefício.

Até onde se sabe, distúrbios na fluência e temporização da fala não tornam mais pesados os textos e fotos transmitidos por SMS e MMS.

Além disso, a lei diz respeito apenas aos telefones celulares - não se estendendo à telefonia convencional. Ou seja: no Mato Grosso do Sul, atestado de gagueira só vale para conversas que viajam pelo éter; mas não para os diálogos travados via cabo.



Fonte: Brasil Econômico

Basileia 3

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avalia que o edital para as regras de aplicação de Basileia 3 no Brasil, publicado na sexta-feira, trouxe "novidades importantes (e positivas)". Entre os pontos que agradaram a instituição está o fato de os bancos poderem seguir o cronograma internacional para a dedução dos créditos tributários gerados nas provisões de créditos.

Antes, previa-se que o Banco Central anteciparia essas deduções, que poderiam começar a ser feitas já neste ano. Agora, espera-se que entrem em vigor só em 2014. Daqui a dois anos, o crédito tributário que tem origem em provisões de créditos começará a ser descontado do capital a um ritmo de 20% ao ano, até ser totalmente eliminado da conta do capital principal em 2018.

A entidade alerta, porém, que a diferença entre as regras contábeis e fiscais no Brasil gera "montantes desproporcionalmente elevados" nos balanços dos bancos. No Brasil, os créditos tributários representam 34,2% do patrimônio líquido das instituições. Na Europa, esse índice é de 16,6%; nos Estados Unidos, de 16,3%; e na Ásia, de 17,3%.



Fonte: aqui