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19 junho 2007

Banco da Patagônia na Bovespa

Notícia do Financial Times (Banco Patagonia to list on Bovespa, 18/06/2007, Jude Webber, p 22)

O Banco da Patagonia, da Argentina, está planejando ter ações na Bovespa, através da forma de Brazilian depositary receipts (BDRs)

Segundo Ben Ladler, do UBS Pactual in Chile

"In theory, it's cheaper and easier to list in Brazil than in the US or the UK."

Já Antonio Cejuela, brokerage Puente Hermanos, afirma:

"This (listing) highlights the evident supremacy of the Brazilian market,"

Obra de 1962 ainda não terminou

Do Jornal do Commércio (18/06/2007 - Obra no Ceará começou em 1962)

A mais antiga das obras de infra-estrutura hídrica, a Barragem Paula Pessoa, no município de Granja (CE), visava o abastecimento de água potável, a irrigação de 3,5 mil hectares e o desenvolvimento da piscicultura, com a criação de 2,3 mil empregos diretos e 4,6 mil indiretos. A obra teve início em 1962, com execução direta do Dnocs, mas foi paralisada quatro anos depois. A prefeitura retomou a construção em 1993, utilizando o mesmo projeto do Dnocs — já defasado tecnologicamente. Apenas 0,36% das obras foram executadas, correspondendo a uma estrada de acesso, realizada em 1993, e às escavações da cava da fundação, iniciadas em 1962. Estima-se que seriam necessários R$ 90 milhões para a sua conclusão.

Antecipação ao Grau de Investimento do Brasil

Segundo o Valor Econômico de 19/06/2007 (Grau de investimento acelera ida à Bovespa)

As companhias brasileiras aprenderam bem uma das principais lições do mercado de capitais: os investidores antecipam os fatos no preço das ações. Daí, a corrida para listagem de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A proximidade da classificação do grau de investimento pelo Brasil está levando as empresas a apressarem sua estréia na busca pelo melhor preço para os papéis.

As companhias estão acelerando o projeto de abertura de capital cientes de que o futuro pós-grau de investimento não necessariamente é de melhora nos preços dos ativos. Wainstein, do Goldman Sachs, destaca que boa parte dos fatores que leva a essa nota já é realidade. É razoável, com isso, crer que boa parte dos benefícios já foram antecipados. (...) Uma das maiores mudança que o grau de investimento pode trazer é aumento da liquidez e da disponibilidade de crédito. Por isso, é justamente para as empresas na iminência de conseguir capital que o ganho já está dado. O salto de visibilidade que o país conquistou com essa expectativa é que garante o apetite pelas ações das novas companhias.

(...) o efeito colateral negativo desse cenário é o prejuízo na qualidade das companhias listadas.

CPFL


Segundo reportagem da GAzeta Mercantil de 19/06/2007 (CPFL finaliza ajuste à Lei Sarbanes-Oxley até o final do mês, Lúcia Rebouças), a CPFL Energia está finalizando sua adaptação as exigências da seção 404 da SOX até o final do mês. Para isto a empresa gastou dez milhões de reais na automoção dos controles. Para a empresa, o custo tem sido interessante:

Desde sua oferta pública de ações realizada em outubro de 2004 - que teve uma parte em ADR (recibo de ações) na Bolsa de Nova York - os papéis já valorizaram 275%, enquanto o Dow Jones subiu 34% contou Ferreira. A valorização foi fruto dos bons resultados da companhia que foram divididos com os acionistas.


O gráfico mostra o desempenho da empresa no mercado acionário norte-americano no últim.o ano (Fonte do Gráfico: AOL).

Ressalvas nas contas de Lula

Reportagem da Folha de S. Paulo:

TCU faz ressalvas nas contas de Lula
Folha de São Paulo - 19/06/2007

Relatório do tribunal, ainda não votado, diz que governo ignora se obras e serviços pagos foram executados

MARTA SALOMON

(...) O TCU aponta falhas em convênios vencidos até dezembro de 2005 e que não tiveram a prestação de contas analisada pelo governo ou que nem sequer apresentaram a prestação de contas. Os convênios enquadrados nessas duas categorias somaram R$ 10,6 bilhões e R$ 1,8 bilhão, respectivamente. O saldo aumentou mais de 20%, em média, no ano passado.

A ausência ou falta da análise da prestação de contas não significa necessariamente desvio de recursos públicos nos convênios ou parcerias. O governo simplesmente não sabe se obras e serviços pagos foram de fato executados. E, na dúvida sobre a regularidade das contas, a União mantém repasses de dinheiro a governos ou entidades que eventualmente poderiam estar inadimplentes. (...)

Antes, no final de 2006, outra auditoria do TCU apurou que mais da metade das organizações não-governamentais que receberam verbas federais não tinham capacidade para executar convênios com a União.(...)

18 junho 2007

PEsquisa de Símbolos

Os resultados de uma interessante pesquisa sobre os símbolos (aqui) mostra que as diferenças regionais podem influenciar no seu reconhecimento.

Dica para pesquisa no Google

Uma dica interessante para fazer uma pesquisa no Google Image.

Depois de entrar digite sua pesquisa. Por exemplo, Adriana Lima, a top-model brasileira. O resultado serão mais de 70 mil referências. Vamos imaginas que você deseja somente o rosto da Adriana Lima.

Na barra de endereço, onde está "http://images.google.com/images?svnum=10&hl=en&gbv=2&q=Adriana+Lima&btnG=Search+Images" acrescente "&imgtype=face" ao final. Somente aparecerá as fotos do rosto de Adriana Lima.

Dica de Lifehacker

16 junho 2007

Sobre Harmonização Contábil

Recebi o seguinte e-mail sobre um comentário sobre uma postagem anterior

Prezado Professor César Tiburcio,

Me chamo Monica V. E. Villela e sou autora do texto publicado pela RBC - Uma reflexão sobre a necessidade de harmonização contábil mundial baseada em uma comparação entre as normas de business combination do IASB, do FASB e do Brasil.

Ao ler suas críticas ao meu artigo, em seu site, tive a impressão de que não me fiz entender. Além disso, pude perceber que o tema não lhe parece particularmente interessante, razão pela qual estranhei seu pronunciamento.

Em relação à sua primeira crítica, quanto ao uso de exemplos, gostaria de esclarecer que os mesmos foram usados com o objetivo único de ilustrar as comparações que fiz no trabalho. O artigo teve metodologia eminentemente bibligráfica, sem a pretensão de ser um Estudo de Caso. O objetivo principal, conforme o título, é promover uma reflexão a respeito do constrangimento de ter uma mesma operação sendo interpretada e evidenciada de forma diferente, em função do país em que ocorre. Na minha opinião, o grande problema nisso é que o principal usuário da informação será o mesmo: o investidor.

Quanto à sua segunda crítica, gostaria de esclarecer que a frase "a harmonização contábil é uma contribuição do pensamento contábil para a evolução dos países subdesenvolvidos" não é minha, mas do eminete Professor Nelson Carvalho, cuja carreira e obra é fonte de inspiração para a minha vida acadêmica/profissional.

Ainda em relação ao segundo ponto, gostaria de deixar registrada minha surpresa em saber que o senhor não considera importante o processo de harmonização das normas de contabilidade. Honestamente, nunca vi um Doutor em Contabilidade menosprezar esse movimento de órgãos nacionais e internacionais em promover convergência contábil. Maior ainda foi a minha surpresa em ver uma crítica a esse pensamento com a frase: "Na nossa economia, a existência de divergências pode ser interessante." Devo confessar que não entendi o argumento. Até porque o movimento de harmonização/convergência não se restringe à "nossa economia", mas ao mundo todo.

Na última quinta-feira, 14/06/2007, houve um Seminário no Rio de Janeiro, promovido pelo CFC e CRC-RJ, além da ABRASCA, APIMEC, CVM, IBRACON, e outros, cujo tema foi: "A Covergência das Normas Internacionais de Contabilidade". Neste seminário, que contou com a presença dos ilustres professores Nelson Carvalho e Eliseu Martins, foi discutido incansavelmente a importância deste processo. Vários profissionais realizaram palestras, entre outros, diretores da CVM, Petrobrás, Gerdau, CVRD, BACEN, SUSEP, etc. Para todos é indiscutível a necessidade de acabar com esta "torre de Babel na Contábilidade", conforme muito bem colocado pelo New York Times.

Para finalizar, gostaria de deixar registrada minha frustração em não poder justificar meu pensamento no mesmo espaço em que o senhor o criticou.

Respeitosamente,

Monica Vanessa Encinas Villela


Irei responder por partes

1. O assunto (harmonização) não é de meu interesse - Isto não é verdade pois basta observar que já foram postados 18 tópicos sobre este assunto.

2. Com respeito ao uso de exemplo, em que a autora afirma "quanto ao uso de exemplos, gostaria de esclarecer que os mesmos foram usados com o objetivo único de ilustrar as comparações que fiz no trabalho" - Concordo que o foco metodológico seja a pesquisa bibliográfica. Mas a questão é que o objetivo do trabalho é mostrar que as "divergências podem causar grandes distorções no reconhecimento, mensuração e evidenciação dessas operações", conforme palavras da autora. Como a autora fez isto? Através da pesquisa bibliográfica, é verdade, mas apoiada no exemplo. Entretanto, ainda considero que o exemplo não pode ser usado como prova.

3. A autora afirma que "a frase "a harmonização contábil é uma contribuição do pensamento contábil para a evolução dos países subdesenvolvidos" não é minha, mas do eminete Professor Nelson Carvalho". Ora, ao citar uma frase e afirmar que está parafraseando, a autora apoia o que foi dito.

4. A autora diz que surpresa "em saber que o senhor não considera importante o processo de harmonização das normas de contabilidade. Honestamente, nunca vi um Doutor em Contabilidade menosprezar esse movimento de órgãos nacionais e internacionais em promover convergência contábil.". Esta doeu. Existe uma diferença entre analisar de forma crítica e não considerar importante ou menosprezar (este argumento já respondi no item 1). Acho que um doutor em Contabilidade, que seja realmente um DOUTOR, deve ter um pensamento crítico e não aceitar modismos (geralmente acompanhados de siglas). Como DOUTOR tenho muito orgulho de desenvolver em meus alunos, inclusive de graduação, o pensamento crítico. Acho isto uma qualidade, não um defeito. O argumento básico é que alguns agentes irão se beneficiar com este processo (clique aqui) e que a padronização pode ter um custo (aqui e aqui)

Monica, acho que as divergências no meio acadêmico são necessárias e importantes. Somente assim poderemos crescer como pessoas e pesquisadores. Mas se você observar bem as diversas postagens (inclusive numa delas um artigo do prof. Eliseu) talvez você descubra que as divergências são menores do que você pensa. O seu artigo é interessante, tanto é assim que citei no meu blog e no meu sítio. E você não precisa ficar frustada pois reproduzi integralmente seu e-mail.

Links

1. Reportagem da Forbes sobre Leasing - Vantagens, Contabilização etc

2. Reportagem da Business Week informando que a SEC considera que o escândalo das opções retroativas não é tão grave assim

Banco Espirito Santo x BDO

Artigo da Reuters e do Wall Street Journal (BDO Is Found Guilty of Negligence in Fraud, David Reilly, 16/06/2007) informa que um juri da Flórida condenou a empresa BDO por negligência que levou a perda de 170 milhões de dólares a investidores.

A condenação deixou aberta a possibilidade de punição, que pela lei da Flórida seria o triplo do montante que os investidores reclamam.

A condenação é uma vitória para o Banco Espírito Santo SA, de Portugal, que reclamava da negligência da empresa de auditoria.

Normas internacionais para PME

Los mayores expertos internacionales cargan contra la contabilidad española
Expansión - 16/06/2007 p. 31

Críticas de la federación mundial de auditores y contables

La norma con la que contarán las pymes se topa con obstáculos antes de tiempo. La IFAC, federación global de auditores, critica la adaptación de las reglas mundiales y alerta de los problemas que puede generar.

Los ya largos vaivenes del futuro plan contable para las pymes que quiere aprobar el Gobierno para dar a estas sociedades un trato más simple y diferenciado no han hecho más que empezar. A la densa negociación parlamentaria del PSOE para buscar apoyos, y las "lagunas" que denuncian los máximos analistas nacionales, se suman ahora las críticas de los mayores expertos internacionales.

La IFAC (International Federation of Accountants), principal institución mundial que agrupa a las organizaciones de contabilidad y auditoría, defiende, en contra del criterio de Solbes, la necesidad de que los gobiernos adopten -no que adapten con cambios- directamente en sus leyes propias las normas internacionales de contabilidad para pymes elaboradas por el IASB (International Accounting Standard Board). Este organismo global independiente -cuyo objetivo es desarrollar normas contables en todo el mundo- publicó a primeros de año las Normas Internacionales de Información Financiera para PYMES (NIIF-Pymes),

La IFAC considera, así, que "carece de sentido" desarrollar nueva normativa contable nacional, según pone de manifiesto en las conclusiones de la cumbre que acaba de celebrar en México -Contabilidad y Responsabilidad para el Crecimiento Económico Regional, organizada también por el Banco Mundial-, a la que ha tenido acceso EXPANSIÓN.

El organismo -que cuenta con 155 instituciones de 118 países- argumenta su tesis en los avances realizados en la convergencia contable para empresas medianas y pequeñas por parte del IASB. Y añade otro argumento de peso: la adaptación de las normas nacionales es muy costosa y no permite a las empresas "el gran beneficio de poder argumentar" que se han aplicado normas internacionales.

Aunar esfuerzos

De ahí que el presidente de IFAC, Fermín del Valle, apostara por aunar esfuerzos en vez de por dividirlos. Así, solicitó a los representantes del sector de la contabilidad y auditoría que aporten sus comentarios al NIIF-Pymes del IASB, que, a su juicio, está llamado a convertirse en la norma contable para las empresas que no cotizan en los mercados de capitales, que en el caso de España son la gran mayoría.

La crítica al plan que prepara el PSOE llega en un momento delicado. En España se acaba de adaptar la legislación mercantil y contable a la normativa europea y queda pendiente el desarrollo de la nueva ley a través del Plan General de Contabilidad. Cinco meses después de que el texto se viera en el Pleno de la Cámara, el PSOE estuvo buscando un acuerdo con los grupos parlamentarios, especialmente con aquellos que presentaron enmienda de totalidad, CiU y PP. Y una vez que ha logrado el acuerdo con la mayoría de los grupos, que se plasma en unas 40 enmiendas transaccionales, llegan las sugerencias inducidas por la autoridad contable, que también encontró el apoyo de expertos españoles. Es el caso del presidente del Instituto de Censores Jurados de Cuentas de España, Rafael Cámara, también presente en la Cumbre, donde defendió las ventajas de "contar con un lenguaje único y convergente en la contabilidad que deben aplicar las pymes españolas", cada vez más relacionadas con el exterior, y se mostró convencido de la necesidad de dar pasos en firme en esa dirección. Es decir, en adoptar las normas internacionales más que adaptarlas.

La convergencia contable también es una máxima en Europa. Para Carlos Soria, vicepresidente del SARG, organismo que supervisa la emisión de normas de contabilidad de la Unión Europea, Bruselas también está poniendo un especial énfasis en seguir avanzamdo en la convergencia contable, lo que también puede augurar más problemas para el plan a la española.

"Carece de sentido" desarrollar una norma contable nacional para pymes, según el IFAC

La norma contable del IASB "está llamada a convertirse" en la norma global


É o IASB querendo seu lugar ao sol...

15 junho 2007

Teoria do Fundo

A contabilidade por fundo foi desenvolvida para responder as necessidades dos governantes no uso dos recursos públicos. Se um município recebe recursos de um fundo especial para realização de um determinado serviço ou cumprimento de um objetivo, as normas de aplicação dos recursos estão determinadas pela legislação. Este fundo não faz parte da estrutura administrativa e deverá ter uma contabilidade própria, com regras específicas de controle e prestação de contas.

Entretanto, para a criação de um fundo é importante que exista uma homogeneidade e um objetivo unificador. Isto significa dizer que a existência de fundos pode levar a presença de mais de uma contabilidade, onde cada fundo específico terá valores monetários que irão representar a aplicação de recursos.

A teoria do fundo está centrada no ativo, onde a expressão fundamental é a seguinte:

Ativo = Restrições ao Fundo

Para cada fundo têm-se demonstrações separadas onde existirá a igualdade entre o ativo e as restrições ao fundo. A contabilidade separada significa a existência de obrigações legais, com responsabilidade para os executores. Mais ainda, é importante que o governo faça uma integração contábil no sentido de considerar nas informações financeiras os resultados correspondentes a cada um dos fundos. De igual modo, o fundo não significa uma conta bancária já que é possível existir outros ativos que não são caixa, como computadores, móveis e outros.

Outra característica do fundo é a ênfase na informação de curto prazo. Este foco no curto prazo é também decorrente do fato de que os fundos geralmente possuem prazo de vida. Também por esta razão, é possível afirmar que na contabilidade por fundos a demonstração do resultado possui um papel secundário e restrito, sendo a informação mais relevante o ativo.

Apesar do uso da teoria do fundo na contabilidade pública, existem críticas a mesma. Talvez a principal seja a dificuldade, ou até mesmo a impossibilidade, de obter informações mais gerenciais a partir da teoria do fundo. Em especial, informações sobre custo de um serviço.

Além das críticas, percebe-se uma redução de sua influência, inclusive na área governamental. Isto é confirmado pela tendência dos organismos internacionais que procuram desenvolver padrões de contabilidade para o setor público, como é o caso do International Public Sector Accounting Standards Board (IPSASB), de aproximar a contabilidade pública da contabilidade praticada por outras entidades. Provavelmente a teoria do fundo seja uma influência que tende a inexistir com o passar do tempo. Apesar disto, é importante destacar que o governo brasileiro emprega a teoria do fundo na contabilidade pública.