Translate

Mostrando postagens classificadas por data para a consulta barclays. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta barclays. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

14 agosto 2013

Instituições contagiosas

O Banco Central (BC) está identificando e vai divulgar ao público quais as instituições financeiras oferecem maior potencial de contágio para o sistema financeiro nacional. Delas, será exigido mais de capital para garantir suas operações. A ideia é eliminar o risco de falência - caso em que os prejuízos se espalhariam rapidamente, provocando uma crise sistêmica, como ocorreu em 2008 no mercado financeiro internacional. Na lista, além de bancos, podem estar cooperativas e financeiras.

A identificação das "instituições financeiras sistemicamente importantes" é uma exigência da terceira fase do acordo internacional de capitais, conhecido como Basileia III, que começa a ser implantado no Brasil em outubro. O acordo visa prevenir crises e manter a solidez e estabilidade do sistema financeiro internacional.

Estudo dos pesquisadores do BC Benjamim Tabak, Solange Guerra e Sérgio Rubens Souza, realizado durante um ano com metodologia própria, mostra que entre sete e 11 instituições financeiras podem ser consideradas "sistemicamente importantes" no país - e a maioria é de médio porte. "Tamanho importa menos do que as relações de vizinhança", disse Souza, sem contudo revelar os nomes dos bancos.

"Estar na lista é positivo, pois esses bancos serão vistos como os mais seguros do sistema, uma vez que o BC estará mais atento e fará de tudo para preservá-los", disse uma fonte do BC, que preferiu não se identificar. Alto potencial de contágio é diferente de alto risco de falência. Esses bancos podem ter um baixíssimo risco de quebrar mas, se esse baixíssimo risco se materializasse, os estragos seriam enormes. Por isso, a exigência de mais capital e o reforço da vigilância do BC sobre eles visam eliminar a chance de um deles falir de fato. A lista, contudo, ainda não tem data para ser publicada.

O Comitê de Estabilidade Financeira (FSB, sigla em inglês para Financial Stability Board), identificou uma lista 28 instituições globais com esse potencial (ver quadro). Nela, a maioria é de bancos de peso - e nenhum brasileiro. A lista é revisada anualmente e a próxima sai em outubro. Ben Bernanke, presidente do Fed, banco central dos Estados Unidos, já disse que há 25 bancos sistemicamente importantes nos EUA.

Todos os bancos centrais dos países participantes do acordo de Basileia tem que identificar as instituições locais. Segundo a mesma fonte do BC, os bancos brasileiros que estarão na lista já antecipam isso, e portanto já estão se preparando para aumentar o capital acima dos limites mínimos exigidos. "De 2017 a 2019, somente 2% de todo sistema financeiro nacional precisará de mais capital", disse o presidente do BC, Alexandre Tombini, durante evento sobre estabilidade financeira e contágio realizado na sexta-feira em São Paulo. Para Tombini, as exigências de capital adicional não devem impactar a oferta de crédito no país: "A implantação ocorrerá com tranquilidade, o sistema financeiro nacional já é bastante conservador e a maioria dos bancos já atua com capital acima das exigências", disse. "Basileia III melhora o custo de captação dos bancos e aumenta o potencial de expansão internacional.

Tamanho não é mais documento em outros sistemas financeiros internacionais, e não só no Brasil. Chen Zhou, economista e pesquisador do Banco Central da Holanda, descobriu em suas pesquisas que existem muitos bancos com menos de US$ 13 bilhões em ativos que podem ser considerados sistematicamente importantes.

O especialista sueco Stefan Invés, presidente do comitê de Basileia, também vê na interconectividade entre os bancos o principal fator de contágio. Para ele, não se deve menosprezar a possibilidade de novas crises: "É inevitável". Mas está convencido de que o reforço de capital é uma forma de reduzir a probabilidade e a gravidade das crises no futuro. "Há uma longa lista do que fazer. Regulamentação é só uma parte - supervisão forte é fundamental.


BC divulgará instituições financeiras “contagiosas” - Léa De Luca - Brasil Econômico

OS 28 MAIS NO MUNDO
Grupo 1
■ Citigroup
■ Deutsche Bank
■ HSBC
■ JP Morgan Chase
Grupo2
■ Barclays
■ BNP Paribas
Grupo3
■ Bankof America
■ Bankof NewYorkMellon
■ Credit Suisse
■ Goldman Sachs
■ Mitsubishi UFJ FG
■ Morgan Stanley
■ Royal Bank of Scotland
■ UBS
Grupo4
■ Bank of China
■ BBVA
■ Groupe BPCE
■ Group Crédit Agricole
■ ING Bank
■ Mizuho FG
■ Nordea
■ Santander
■ Société Générale
■ Standard Chartered
■ State Street
■ Sumitomo Mitsui FG
■ Unicredit Group
■ Wells Fargo
FONTE: Financial Stability Board ( FSB); Bancos no Grupo 1 precisam reforçar o capital em 2,5% além da regra básica de Basileia III; no Grupo 2, 2%; Grupo 3, 1,5% e Grupo 4, 1%. A lista será atualizada em outubro

12 julho 2013

Contabilidade na Petrobras

Leiam o texto a seguir:

Para evitar o forte impacto do câmbio em seus balanços, a Petrobras informou que passou a adotar desde maio deste ano uma nova regra contábil, conhecida contabilidade de hedge --instrumento usado para proteção contra variações de moedas em empresas que tem receitas ou dívidas em outras moedas que não o real.

Segundo a Petrobras, essa prática é regulamentada no Brasil e "permite que empresas reduzam impactos provocados por variações cambiais em seus resultados periódicos (balanços trimestres)".

O mecanismo só pode ser usado, porém, desde que as companhias "gerem fluxos de caixa futuros em moeda de outro país que se equivalham e tenham sentidos opostos", de acordo com a estatal.

Em outras palavras, a empresa terá de obter receitas em moeda estrangeira que compensem, por exemplo, o impacto negativo do câmbio em suas dívidas.

No caso da Petrobras, a nova regra contempla, inicialmente, cerca de 70% do total das dívidas expostas à variação cambial (ou seja, denominada em dólar ou outras moedas) por um período de sete anos. Desse modo, a estatal tem esse prazo para "compensar" eventuais perdas decorrentes do câmbio.

A compensação se dará por meio das exportações da estatal, protegendo cerca de 20% das vendas externas da companhia pelo mesmo período.

"Com a aplicação da contabilidade de hedge, os ganhos ou perdas oriundos das dívidas em dólares norte-americanos, provocados por variações cambiais, somente afetarão o resultado da companhia na medida em que as exportações forem realizadas.

Até que essas exportações sejam realizadas, as referidas variações serão acumuladas em conta do patrimônio líquido", diz a estatal em comunicado.

Para o banco britânico Barclays, espera-se com a introdução do mecanismo "reduzir o impacto causado pela variação cambial" no balanço da estatal.

No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a oscilação do câmbio gerou menor pressão sobre o endividamento da Petrobras e resultou num impacto positivo de R$ 925 milhões na comparação com o primeiro trimestre de 2012.

Às 15h27 (horário de Brasília), as ações mais negociadas da Petrobras (preferenciais, sem direito a voto) subiam 2,89%, para R$ 15,65, enquanto os papéis ordinários (com direito a voto) da petroleira avançavam 6,44%, para R$ 14,69. (Folha de S Paulo, grifo nosso, 
Petrobras muda contabilidade para reduzir impacto do câmbio, 11 julho 2013)

Observem a forma "torta" com que o texto trata a contabilidade por hedge: o texto dar a entender que o hedge é uma regra contábil, quando na verdade os lançamentos contábeis refletem este fato. Pensei em fazer uma série de observações, mas confesso que não tive paciência. 

06 julho 2013

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – A frase “[os relatórios contábeis correm o risco de ] se tornar simplesmente documentos de conformidade, em vez de instrumentos de comunicação” foi dita pelo
Andrew Fastow, ex-executivo da Enron
Dena Aubin, jornalista da Reuters
Hans Hoogervorst, Presidente do Iasb

2 – A Rede Globo foi multada, em 2002, pelo Fisco por conta dos direitos da Copa do Mundo. Esta notícia surgiu na semana. A empresa usou a seguinte conta para registrar os valores no exterior
Despesa com estoques
Investimentos e Participação Societária
Valores a Receber

3 – Este banco, fundado em 1690, sobre muito com a crise financeira. Mas há 117 anos possui o mesmo auditor:
Barclays
Citibank
RBS

4 – Com respeito ao banco da questão anterior, diante da pressão para mudar de auditor a entidade afirmou
Que estudaria o assunto, podendo escolher outra auditoria entre as Big Four
Que mudaria de auditor, já que recebeu dinheiro do contribuinte
Que não mudaria de auditor, pois poderia comprometer a qualidade

5 – Em setembro teremos um encontro do Iasb em São Paulo, onde será discutido
A norma de leasing
A participação do Brasil no ASAF
O financiamento das atividades da entidade

6 – Esta empresa, envolvida em escândalos contábeis no ano de 2011, teve seus ex-executivos julgados:
Lehman Brothers
Olympus
Wal-Mart

7 – Estes profissionais criaram um fundo de pensão que está sendo um sucesso:
Cabelereiros
Jogadores de futebol
Pastores evangélicos

8 – Esta empresa de auditoria poderá perder sua licença para atuar num país europeu por conta de problemas financeiros não detectados no Bankia:
Deloitte
KPMG
PwC

9 – O país onde está localizada esta instituição financeira é
Espanha
Itália
Reino Unido

10 - Caso exista um calote das empresas do Grupo X, cada contribuinte terá um prejuízo, por conta de empréstimos realizados por bancos oficiais, de no mínimo:
5 reais
10 reais
50 reais

Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze

Respostas: (1) Hans Hoogervorst, Presidente do Iasb; (2) Investimentos e Participação Societária; (3) Barclays; (4) não mudaria de auditor; (5) norma de leasing; (6) Olympus; (7) pastores evangélicos; (8) Deloitte; (9) Espanha; (10) 50 reais.

02 julho 2013

Barclays

O Barclays foi fundado em 1690 e foi uma das instituições financeiras que mais sofreram com a crise financeira. Por ter o mesmo auditor há 117 anos, o Barclays seria um candidato natural a abrir o fechado mercado de auditoria britânico, onde 95% das 350 maiores empresas são auditadas pelas maiores empresas contábeis, as Big Four.

Mas o banco alertou recentemente o regulador que a adoção do rodízio, incluindo a utilização de uma empresa menor de auditoria, poderia trazer prejuízo dos acionistas, incluindo comprometer a qualidade da auditoria. O banco estima que um eventual rodízio poderia levar dois anos, informou o Independent

11 maio 2013

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.

1 – Os fãs deste administrador poderão fazer um passeio pelos principais locais relacionados com sua vida:
Bill Gates
Steven Jobs
Warren Buffett

2 – O que as empresas Renner, Riachuelo e Telhanorte possuem em comum?
Todas estão construindo unidades fabris no Paraguai
Todas estão sendo investigadas por uso de trabalhador escravo
Todas já emitem nota fiscal com o imposto discriminado

3 – A maior empresa nas 500 maiores da Fortune
Apple
Exxon
Wal-Mart

4 – Três fatos (a aquisição de ativos do Lehman Brothers pelo Barclays, o uso de um novo modelo de Value-at-risk e o orçamento do estado de Utah para educação) possuem em comum
A presença de um brasileiro na decisão final
A utilização de mãe de santo para o auxílio à decisão
Erros cometidos com o Excel

5 – A frase “Alguém diga para ela que Youporn é grátis”. Ela refere-se:
Mary Jo White, presidente da SEC
Meg Whitman, CEO da HP
Rainha da Inglaterra

6 - A frase refere-se:
A tentativa de obter mais dinheiro do orçamento público
A venda de vídeos para clientes
O anúncio que a empresa dona do Youporn será adquirida

7 – Nunca as empresas dos EUA lucraram tanto. Mas elas estão evitando repatriar este dinheiro em razão
Da obrigatoriedade de pagar dividendos
Do sigilo exigido pelos paraísos fiscais
Dos impostos que seriam pagos

8 – Uma pesquisa com os erros cometidos por empresas de auditoria mostrou que estes erros
Estão associados às empresas onde se faz também consultoria
Ocorrem num ambiente de muito assédio moral
São simples e fáceis de serem descobertos

9 – O Banco Central está estudando mudar as regras sobre insolvência para as instituições financeiras. Mas o Banco Central afirma que a proposta
Não é um novo Proer
Não irá punir os executivos
Não irá usar recurso público

10 – A condenação de Berlusconi, esta semana, ocorreu em razão de
Crime de ocultação de informação do mercado
Crime tributários
Falsificação de documentos contábeis

Acertando 9 a 10 questões = medalha de ouro; 8 ou 7 = prata; 6 ou 5 = bronze

Resposta: (1) Jobs; (2) nota fiscal com imposto; (3) Wal-Mart; (4) Excel; (5) Mary Jo White, presidente da SEC; (6) A tentativa de obter mais dinheiro do orçamento público; (7) impostos; (8) simples e fáceis de serem descobertos; (9) Não é um novo Proer; (10) Crime tributários


08 maio 2013

Erro em planilha

Após o erro grosseiro cometido por dois economistas de Harvard (que Mankiw defendeu, afinal ele também é de Harvard), novas histórias sobre o uso errôneo da planilha Excel em ambientes de trabalho.

Segundo Baseline Scenario uma investigação do JP Morgan descobriu que a instituição financeira implantou um novo modelo de Value-at-Risk (VaR). O modelo era operado por uma série de planilhas do Excel, feitas manualmente, através do Control C Control V. O modelo foi aprovado, mas num determinado ponto dos cálculos a planilha usava a soma em lugar da média. O resultado final foi um VaR menor. O prejuízo ultrapassou a 1 bilhão de dólar.

Mas não são os únicos casos. Segundo a revista Fortune, quando o Barclays resolveu comprar o Lehman Brothers, durante a crise financeira, os analistas detalharam os ativos que gostariam de comprar, mas em lugar de excluir 200 células, ocultaram-nas. Quando o arquivo foi convertido para PDF as células apareceram e o Barclays foi forçado a comprar ativos tóxicos que não queria.

Na área pública, o estado de Utah subestimou o número de alunos que seriam matriculados nas escolas públicas, reduzindo o orçamento de educação. Aparentemente foi um erro de “referência”.

28 março 2013

Litígios

A conta dos grandes bancos globais com batalhas jurídicas está prestes a subir para além dos US$ 100 bilhões, à medida que investidores, seguradoras e municípios buscam ser ressarcidos por danos causados por ações ligadas ao colapso do mercado imobiliário, à crise financeira e ao escândalo de manipulação das taxas.

Este mês, o Citigroup Inc. concordou em pagar US$ 730 milhões em um acordo para pôr fim às acusações de que enganou investidores em mais de 40 emissões de ações e títulos de dívida. O Deutsche Bank AG reduziu sua meta de lucro para 2012 em 60%, citando um aumento nas reservas para cobrir litígios ligados a hipotecas nos EUA. A financiadora hipotecária controlada pelo governo, a Freddie Mac, processou mais de dez grandes bancos, alegando que conspiraram para manipular a taxa interbancária Libor.

Preocupações sobre a exposição dos bancos a caras batalhas legais, e se eles têm reservas suficientes para cobrir os custos sem reduzir o lucro futuro, continuam a pesar sobre a cotação das ações dessas instituições. Embora os lucros estejam aumentando, as reservas de capital continuem engordando e a economia americana dando sinais de expansão, as ações de muitas das maiores empresas financeiras estão sendo negociadas abaixo do seu valor contábil ou valor líquido.

"Parece que sempre há uma nova manchete negativa, o que tem mantido os investidores de fora", diz Jason Goldberg, analista da Barclays PLC.

Juntos, os maiores bancos dos EUA - Citigroup, J.P. Morgan Chase Co., Bank of America e Wells Fargo - pagaram o total de US$ 61,3 bilhões em acordos para resolver litígios ligados à crise de crédito e hipotecária nos últimos três anos, segundo a SNL Financial. A firma americana de pesquisa Compass Point Research Trading LLC estima que os bancos americanos vão acabar devendo outros US$ 24,7 bilhões relacionados à recompra de empréstimos hipotecários com problemas. E não está claro quão grande poderão ser as obrigações no caso de alegações de manipulação da Libor.

O caso da Libor ameaça superar os litígios relacionados à crise hipotecária por causa da escala das supostas infrações. A taxa de juros está ligada a trilhões de dólares em empréstimos e contratos financeiros e foi chamada de "número mais importante do mundo" em 2009 pela Associação dos Banqueiros Britânicos, uma frase que agora está sendo reproduzida em inúmeras ações coletivas. A associação é responsável pela administração do processo de definição das taxas.

As estimativas de ressarcimento de danos variam muito, desde os US$ 7,8 bilhões que o Morgan Stanley prevê que os bancos devem aos US$ 176 bilhões calculados pela Macquarie Research.

"A Libor é a grande incerteza agora, porque o caso ainda está apenas em fase preliminar", diz Micah Green, um dos presidentes da divisão de serviços financeiros do escritório de advocacia Patton Boggs LLP, em Washington.

Barclays, UBS AG e Royal Bank of Scotland Group PLC concordaram em fazer um acordo com reguladores dos EUA e Reino Unido sobre a Libor, totalizando cerca de US$ 2,5 bilhões. As investigações em outros bancos continuam. Representantes do Barclays, UBS e do RBS não quiseram comentar.

Entre os grandes investidores que estão considerando potenciais ações legais estão o California Public Emplyees' Retirement System, ou Calpers, o fundo de aposentadoria dos funcionários públicos da Califórnia; a BlackRock Inc.; a Vanguard Group Inc. e a Federated Investors Inc. As partes requerentes em processos civis individuais devem provar não só que os bancos manipularam a taxa de juros, mas que também foram vítimas de danos como resultado.

Analistas e investidores discordam sobre se os bancos têm reservas suficientes para cobrir ações legais futuras e os bancos não estão dando muita informação a respeito. Qualquer soma que os bancos devam que excedam suas reservas poderiam afetar os lucros futuros e restringir sua capacidade de recompensar investidores com dividendos e recompra de ações. Em geral, os executivos dos bancos dizem que suas ações estão subvalorizadas e consideram recompras e dividendos como ferramenta para ganhar a simpatia do mercado.

Decisões judiciais poderiam ter um peso considerável sobre se as reservas de capital dos bancos são adequadas. Uma decisão, em setembro, tomada pelo Tribunal de Recursos do 2º Circuito dos EUA, em Nova York, pode aumentar o tamanho das ações coletivas, permitindo que seus autores representem uma classe de valores mobiliários que vai além daqueles em que o autor investiu diretamente, dizem alguns analistas jurídicos.

"As ações coletivas poderão agora cobrir classes de ativos cada vez maiores", diz Isaac Gradman, um advogado do escritório Perry Anderson Miller  Johnson LLP Moskowitz, da Califórnia. "Requerentes que não conseguiram se organizar para processar podem agora optar em participar destas ações coletivas mais amplas."

Mesmo os investidores que estão otimistas sobre as cotações das ações dos bancos dizem que não podem deixar de se preocupar com os riscos dessas ações legais. "Não ajuda o fato de que o governo continua processando esses bancos", diz Randy Warren, diretor de investimentos de Warren Financial Services, que administra uma carteira de US$ 80 milhões.

Litígios podem custar US$ 100 bi a grandes bancos - 27 de Março de 2013 - Valor Econômico - Suzanne Kapner | The Wall Street Journal

19 março 2013

Quem controla a economia mundial?


 An analysis of the relationships between 43,000 transnational corporations has identified a relatively small group of companies, mainly banks, with disproportionate power over the global economy.
The study's assumptions have attracted some criticism, but complex systems analysts contacted by New Scientist say it is a unique effort to untangle control in the global economy. Pushing the analysis further, they say, could help to identify ways of making global capitalism more stable.
The idea that a few bankers control a large chunk of the global economy might not seem like news to New York's Occupy Wall Street movement and protesters elsewhere . But the study, by a trio of complex systems theorists at the Swiss Federal Institute of Technology in Zurich, is the first to go beyond ideology to empirically identify such a network of power. It combines the mathematics long used to model natural systems with comprehensive corporate data to map ownership among the world's transnational corporations (TNCs).
"Reality is so complex, we must move away from dogma, whether it's conspiracy theories or free-market," says James Glattfelder. "Our analysis is reality-based."
Previous studies have found that a few TNCs own large chunks of the world's economy, but they included only a limited number of companies and omitted indirect ownerships, so could not say how this affected the global economy - whether it made it more or less stable, for instance.
The Zurich team can. From Orbis 2007, a database listing 37 million companies and investors worldwide, they pulled out all 43,060 TNCs and the share ownerships linking them. Then they constructed a model of which companies controlled others through shareholding networks, coupled with each company's operating revenues, to map the structure of economic power.
The work, to be published in PLoS One, revealed a core of 1318 companies with interlocking ownerships (see image). Each of the 1318 had ties to two or more other companies, and on average they were connected to 20. What's more, although they represented 20 per cent of global operating revenues, the 1318 appeared to collectively own through their shares the majority of the world's large blue chip and manufacturing firms - the "real" economy - representing a further 60 per cent of global revenues.
When the team further untangled the web of ownership, it found much of it tracked back to a "super-entity" of 147 even more tightly knit companies - all of their ownership was held by other members of the super-entity - that controlled 40 per cent of the total wealth in the network. "In effect, less than 1 per cent of the companies were able to control 40 per cent of the entire network," says Glattfelder. Most were financial institutions. The top 20 included Barclays Bank, JPMorgan Chase & Co, and The Goldman Sachs Group.
John Driffill of the University of London, a macroeconomics expert, says the value of the analysis is not just to see if a small number of people controls the global economy, but rather its insights into economic stability.
Concentration of power is not good or bad in itself, says the Zurich team, but the core's tight interconnections could be. As the world learned in 2008, such networks are unstable. "If one [company] suffers distress," says Glattfelder, "this propagates."
"It's disconcerting to see how connected things really are," agrees George Sugihara of the Scripps Institution of Oceanography in La Jolla, California, a complex systems expert who has advised Deutsche Bank.
Yaneer Bar-Yam, head of the New England Complex Systems Institute (NECSI), warns that the analysis assumes ownership equates to control, which is not always true. Most company shares are held by fund managers who may or may not control what the companies they part-own actually do. The impact of this on the system's behaviour, he says, requires more analysis.
Crucially, by identifying the architecture of global economic power, the analysis could help make it more stable. By finding the vulnerable aspects of the system, economists can suggest measures to prevent future collapses spreading through the entire economy. Glattfelder says we may need global anti-trust rules, which now exist only at national level, to limit over-connection among TNCs. Sugihara says the analysis suggests one possible solution: firms should be taxed for excess interconnectivity to discourage this risk.
One thing won't chime with some of the protesters' claims: the super-entity is unlikely to be the intentional result of a conspiracy to rule the world. "Such structures are common in nature," says Sugihara.
Newcomers to any network connect preferentially to highly connected members. TNCs buy shares in each other for business reasons, not for world domination. If connectedness clusters, so does wealth, says Dan Braha of NECSI: in similar models, money flows towards the most highly connected members. The Zurich study, says Sugihara, "is strong evidence that simple rules governing TNCs give rise spontaneously to highly connected groups". Or as Braha puts it: "The Occupy Wall Street claim that 1 per cent of people have most of the wealth reflects a logical phase of the self-organising economy."
So, the super-entity may not result from conspiracy. The real question, says the Zurich team, is whether it can exert concerted political power. Driffill feels 147 is too many to sustain collusion. Braha suspects they will compete in the market but act together on common interests. Resisting changes to the network structure may be one such common interest.

The top 50 of the 147 superconnected companies

1. Barclays plc
2. Capital Group Companies Inc
3. FMR Corporation
4. AXA
5. State Street Corporation
6. JP Morgan Chase & Co
7. Legal & General Group plc
8. Vanguard Group Inc
9. UBS AG
10. Merrill Lynch & Co Inc
11. Wellington Management Co LLP
12. Deutsche Bank AG
13. Franklin Resources Inc
14. Credit Suisse Group
15. Walton Enterprises LLC
16. Bank of New York Mellon Corp
17. Natixis
18. Goldman Sachs Group Inc
19. T Rowe Price Group Inc
20. Legg Mason Inc
21. Morgan Stanley
22. Mitsubishi UFJ Financial Group Inc
23. Northern Trust Corporation
24. Société Générale
25. Bank of America Corporation
26. Lloyds TSB Group plc
27. Invesco plc
28. Allianz SE 29. TIAA
30. Old Mutual Public Limited Company
31. Aviva plc
32. Schroders plc
33. Dodge & Cox
34. Lehman Brothers Holdings Inc*
35. Sun Life Financial Inc
36. Standard Life plc
37. CNCE
38. Nomura Holdings Inc
39. The Depository Trust Company
40. Massachusetts Mutual Life Insurance
41. ING Groep NV
42. Brandes Investment Partners LP
43. Unicredito Italiano SPA
44. Deposit Insurance Corporation of Japan
45. Vereniging Aegon
46. BNP Paribas
47. Affiliated Managers Group Inc
48. Resona Holdings Inc
49. Capital Group International Inc
50. China Petrochemical Group Company
* Lehman still existed in the 2007 dataset used
Fonte: aqui


15 março 2013

Confiança do mercado

THE recovery in housing, the stock market and the overall economy has finally gained sustainable momentum — or so it is said.


That opinion seems to be based on several salient facts. Unemployment has been declining, from 10.0 percent in October 2009 to 7.7 percent last month. More spectacularly, the stock market has more than doubled since 2009 and has been especially strong for the last six months, with the Dow Jones industrial average reaching record closing highs last week and the S.& P. 500 flirting with superlatives, too.
And the housing market, seasonally adjusted, has been rising. The S.& P./Case-Shiller 20-city home price index gained 7 percent in 2012.
These vital signs make many people believe that we’ve turned the corner on the economy, that we’ve started a healing process. And their discussions often note one particular sign of systemic recovery: confidence. There is considerable hope that the markets are heralding a major development: that Americans have lost the fears and foreboding that have made the financial crisis of 2008 so enduring in its effects.
Hope is a wonderful thing. But we also need to remember that changes in the stock market, the housing market and the overall economy have relatively little to do with one another over years or decades. (We economists would say that they are only slightly correlated.) Furthermore, all three are subject to sharp turns. The economy is a complicated system, with many moving parts.
So, amid all those complications, there are other possibilities: Could we be approaching another major stock market peak? Will the housing market’s takeoff be short-lived? And could we dip into another recession?
There are certainly risks. Congress is mired in struggles over the budget crisis and thenational debt. The government is questioning the risk to taxpayers in its huge support of housing through Fannie Mae, Freddie Mac, the Federal Housing Administration and the Federal Reserve. Problems in Europe, Asia and the Middle East could easily shift people’s confidence. There have been abrupt and significant changes in confidence in European markets since 2009. Is there any reason to think that the United States is immune to similar swings?
For years, I’ve been troubled by the problem of understanding the social psychology and economic impact of confidence. There hasn’t been much research into the emotional factors and the shifts in worldview that drive major turning points. The much-quoted consumer sentiment and confidence indexes don’t yet seem able to offer insight into what’s behind the changes they quantify. It also isn’t clear which factors of confidence drive the separate parts of the economy.
Along with colleagues, I have been conducting surveys about aspects of stock market confidence. For example, since 1989, with the help of some colleagues at Yale, I have been collecting data on the opinions and ideas of institutional investors and private individuals. These data, and indexes constructed from them, can be found on the Web site of the Yale School of Management.
I have called one of these indexes “valuation confidence.” It is the percentage of respondents who think that the stock market is not overvalued. Using the six-month moving average ended in February, it was running at 72 percent for institutional investors and 62 percent for individuals. That may sound like a ton of confidence, but it isn’t as high as the roughly 80 percent recorded in both categories just before the market peak of 2007.
HOW do the these figures relate to other stock market measures? I rely on the measure of stock market valuation that Prof. John Campbell of Harvard and I developed more than 20 years ago. Called the cyclically adjusted price-earnings ratio, or CAPE, this measure is the real, or inflation-adjusted, Standard & Poor’s 500 index divided by a 10-year average of real S.& P. earnings. The CAPE has been high of late: it stands at 23, compared with a historical average of around 15. This suggests that the market is somewhat overpriced and might show below-average returns in the future. (The use of the 10-year average reduces the impact of short-run, or cyclical, components of earnings.)
For perspective, compare today’s valuation, confidence and CAPE figures to those of other important recent periods in the stock market. In the spring of 2000, a sharp market peak, only 33 percent of institutional investors and 28 percent of individual investors thought that the market was not overvalued. The CAPE reached 46, a record high based on data going back to 1871. (For the period before 1926, we rely on data from Alfred Cowles 3rd & Associates.) Yet most respondents in 2000 thought that the market would go up in the next year, so they hung in for the time being. That suggests that the 1990s boom was indeed a bubble, with investors suspecting that they might have to beat a hasty exit. They ended up trying to do just that, and brought the market down.
But then consider the valuation confidence in October 2007, another major peak, after which the stock market fell by more than 50 percent in real terms. At that peak, the CAPE was at 27 — a little higher than it is now, though not extraordinarily lofty. In 2007, valuation confidence was 82 percent for institutional investors and 74 percent for individual investors, or not far from today’s levels. Investors at the time didn’t think that they were floating on a bubble, and they saw the probability of a stock market crash as unusually low. Yet a plunge soon occurred. The cause appears not to have been so much the bursting of an overextended bubble but the subprime mortgage crisis and a string of financial failures that most investors couldn’t have known about.
Clearly, confidence can change awfully fast, and people can suddenly start worrying about a stock market crash, just as they did after 2007.
Today, the Dodd-Frank Act and other regulatory changes may help prevent another crisis. Even so, regulators can’t do much about some of the questionable thinking that seems to drive changes in confidence.
[...] 



31 dezembro 2012

2012: Fraudes




Apesar de os escândalos contábeis serem casos extremos por natureza – geralmente envolvem contabilidade criativa e fraude (como ressaltado por Michael Jones) – não faltaram burburinhos de desordens financeiras neste ano que se finda. Particularmente achei impressionante a quantidade de “fraudes do café”: Companhia Iguaçu de Café Solúvel, Café Pilão, Green Mountain Coffee. Para os ‘alimentos em geral’ não ficarem de fora, a rede Walmart foi acusada de prática de suborno no México, China, Índia e Brasil. Ninguém se sente excluído por aqui.

O escândalo do Banco BVA revelou um caso de conflito de interesses na Austing Ratings. No setor financeiro, houve ainda problemas com: Barclays, Cruzeiro do Sul, HSBC, JP Morgan, Schahim, Standard Chartered.


A Groupon já adentrou o ano com problemas, assim como a Olympus, cujas confusões surgiram em 2011 e, em setembro de 2012, se iniciaram os julgamentos. Não esqueçam a HP com as repercussões de seus conflitos nas Big Four e no papel da auditoria. Ainda, no terceiro trimestre, relatórios da PWC demonstraram que problemas na Sony eram tão expressivos que não havia competência o suficiente para a emissão de parecer. A empresa Yahoo chegou ao cúmulo de ser presidida por Scott Thompson, que enviou à SEC informações falsas sobre seu currículo acadêmico (incluindo a formação em contabilidade – aparentemente a única verdadeira). Sim, ele já está novamente empregado como CEO da ShopRunner.

E não esqueçamos a estrela brasileira nas manchetes deste ano: Petrobras.

Aguardemos o que 2013 nos trará. E quando se houver fraude, que a culpa não seja do mordomo ou do contador. De todo modo, estaremos atentos para reportar em detalhes cada um dos casos.


21 novembro 2012

Eletrobras perde 1/3 do valor

As ações da Eletrobrás despencaram ontem mais uma vez, fechando o pregão da BMFBovespa com a maior queda do Ibovespa: 15,43% para as preferenciais (sem direito a voto e com maior liquidez), seguida pelo recuo de 13,40% das ordinárias. Nos últimos três pregões, a ação preferencial perdeu um terço (28,96%) de seu valor de mercado. A ação preferencial encerrou o pregão de ontem na mínima do dia, cotada a R$ 9,81 - o mais baixo valor desde agosto de 2005.

Na semana passada, a empresa anunciou que terá perda de receita de R$ 9,629 bilhões em 2013 em suas operações de geração e transmissão com a renovação das concessões, o que corresponde a cerca de 47% do total previsto para o ano. Diante de um cenário tão nebuloso, o Barclays rebaixou a recomendação para as ações da empresa elétrica. O banco reduziu o preço-alvo de 12 meses para R$ 1, tanto para as ações ordinárias quanto para as preferenciais. A estimativa anterior era de R$ 20 e R$ 29, respectivamente.

A revisão leva em conta as condições desfavoráveis para a renovação das concessões e o plano da estatal de aceitar a proposta governamental de prorrogação dos contratos. Além disso, a empresa não vai pagar dividendos no fechamento de 2012 se o resultado financeiro no ano for negativo e ultrapassar a reserva de lucros, disse o diretor Financeiro, Armando Casado de Araújo.

O diretor-financeiro da Eletrobrás não só confirmou as estimativas do mercado, como destacou que a geração de caixa em 2013 deverá ser nula. A corrosão da reserva de lucro ainda neste ano será uma resposta contábil imediata da desvalorização dos ativos, imposta pelo governo. (...)


Fonte: Aqui

29 setembro 2012

Teste da Semana

O teste a seguir tenta verificar se você acompanhou as principais notícias no mundo contábil que ocorreu na última semana. Se você acertar 9 ou 10 questões = medalha de ouro; 7 e 8 questões = medalha de prata; 5 e 6 questões = medalha de bronze; menos que 5 = troféu Felipe Massa (ou Barrichello). Vamos lá:

1 – Os problemas do banco Cruzeiro do Sul não foram descobertos de imediato por um problema na amostragem do Banco Central. O órgão regulador fixava como limite mínimo para investigar as operações de crédito nas instituições financeiras o valor de R$5 mil, que foi reduzido para:
Dois mil reais
Mil reais
Três mil reais

2 – Numa declaração à imprensa, o procurador geral do Banco Central afirmou que o sistema financeiro nacional está “hígido”. Este termo significa:
Ampliado
Inflexível
Saudável

3 – Numa pesquisa mundial feita neste setor mostrou um retorno sobre investimento desde 1982 nas empresas mundiais de 6% em média, para um custo de captação de 9%. Este setor é:
Mineração
Petróleo
Telecomunicações

4 – Os sítios financeiros, como o Google Finance, informa que o valor do Facebook é de 39 bilhões de dólares. No entanto, segundo Blodget, um especialista em avaliação de empresas, os endereços financeiros comentem um erro crasso ao submestimar:
O lucro projetado
O número dos acionistas
O valor das ações

5 – Esta semana começou o julgamento de uma fraude contábil ocorrida num país desenvolvido. A empresa é:
Barclays
Olympus
RBS

6 – O Banco Central está desconfiado de uma série de operações de crédito que instituições financeiras estão realizando nos últimos meses. Estas operações envolvem
Compra de dívidas no mercado secundário
Debêntures
Financiamentos para capital de giro

7 – Este político esteve envolvido nos últimos dias numa polêmica sobre o pagamento dos seus impostos. Trata-se de
Capriles, concorrente de Chavez na Venezuela
Romney, candidato dos republicanos nos EUA
Russomano, concorrente a prefeito de São Paulo

8 – Uma Comissão de Concorrência, que está investigando o oligopólio das big four na área de auditoria, concluiu que estas empresas não fazem arranjo entre si para evitar a disputa empresarial. O país onde isto ocorreu:
Brasil
Estados Unidos
Inglaterra

9 – Um hacker foi absolvido por tentar invadir quase sem querer o Banco Central da França. Para isto ele digitou a seguinte senha:
123456
Asdfg
CarlaBrunni

10 – O que James Taylor, REO Speedwagon e Boz Scaggs possuem em comum?
Estão processando as gravadoras
Estão produzindo um disco para o AICPA
Estão sendo acusados de fraudar o fisco

09 setembro 2012

Golpes 2


O Royal Bank of Scotland foi multado em entre 200 milhões e 300 milhões de libras (US$ 481 milhões ou R$ 884 milhões) pela participação em um escândalo global de manipulação da taxa de juros, informou o Financial Times neste sábado, sem citar fontes.

Segundo o jornal, o banco britânico está sofrendo penalidades similares às aplicadas ao Barclays, que pagou 290 milhões de libras em multas, após chegar a um acordo coletivo junto a autoridades do Reino Unido e dos Estados Unidos, envolvendo tentativas de manipular a taxa interbancária Libor.

A Reuters informou em 24 de agosto que o Royal Bank of Scotland deveria firmar um acordo similar nos próximos dois meses.

Matt Scuffham, Reuters

02 setembro 2012

Bônus de volta

Um dos maiores impactos provocados pela crise de 2008 foi a percepção, pela opinião pública, de que os executivos financeiros são uma categoria mais que privilegiada.Independentemente dos resultados bons ou ruins das instituições que dirigiam, os principais executivos dos bancos comerciais e de investimentos eram premiados com bônus generosos. Movimentos de protesto, como o Ocupe Wall Street, espalharam-se pelo mundo. Pois agora os “senhores do universo”, imortalizados no romance “Fogueira das Vaidades”, do americano Tom Wolfe , terão de devolver alguns milhões de bônus indevidos.

Bancos como HSBC, Royal Bank of Scotland, Barclays, Lloyds Bank, Deutsche Bank, J.P. Morgan Chase e Standard Chartered seguiram as demandas da sociedade, dos governos e dos acionistas e partem para cima dos executivos e ex-funcionários agraciados com generosas remunerações após prejuízos fabulosos. Um dos envolvidos é Michael Geoghegan, ex-presidente do HSBC no Brasil e ex-CEO da matriz. A instituição britânica estuda retomar cerca de 2 milhões de libras esterlinas (R$ 6,4 milhões) concedidos a Geoghegan e a Sandy Flockhart, ex-diretora da divisão mexicana do HSBC.
Outro que está com os bônus contados (ou cortados) é Eric Daniels, ex-CEO do Lloyds. O banco quer reaver parte de seus bônus pagos em 2010 e já segurou 2 milhões de libras em pagamentos devidos a Daniels e ex-executivos por conta de metas alcançadas. A retomada dos bônus pelos bancos é uma resposta à má gestão de alguns líderes, principalmente após os milionários escândalos do setor, que vão desde as vendas ilegais de produtos financeiros à manipulação da taxa de juros referencial no mercado interbancário londrino, a Libor. Nesse escândalo, o britânico Barclays foi multado em 290 milhões de libras. Seu ex-CEO Robert Diamond pode ter de devolver 20 milhões de libras (R$ 64,2 milhões).

Quero meu bônus de volta - 1 de Setembro de 2012 - Isto É Dinheiro - Patrícia ALVES

27 agosto 2012

HSBC

O HSBC está sendo investigado nos EUA por lavagem de dinheiro. O gigante bancário é acusado de ajudar pessoas do Irã e Sudão.

O HSBC é considerada a maior instituição bancária mundial. O problema referente a lavagem de dinheiro pode prejudicar as operações em países desenvolvidos; por esta razão, a entidade tem muito interesse em resolver o problema, informou a Bloomberg. Para isto, em julho o HSBC fez uma provisão de 700 milhões de dólares para uma eventual multa por parte do comitê do Senado, mas o valor pode aumentar. Este valor corresponderia a maior multa, superando os 619 milhões pagos pelo ING em junho.

O HSBC parece que já sofre as consequências da acusação: sua classificação de crédito foi cortada pela Standard and Poors. 

Além do HSBC, o Standard Chartered também está sendo acusado do mesmo crime. Outros bancos, como ABN Amro, Barclays, ING, Deutsche e RBS estão cooperando com os reguladores em investigações similares.

24 julho 2012

Barclays

A seguir, trechos de um artigo de James Surowiecki (do livro A Maldição das Multidões) para New Yorker. O assunto é o escândalo da manipulação das taxas Libor pelo Barclays:

Para funcionar bem, os mercados precisam de um nível básico de confiança. Como Alan Greenspan disse que, em 1999, "Em praticamente todas as transações confiamos na palavra das pessoas com quem fazemos negócios." Então o que acontece com um mercado em que a premissa mais fundamental é uma mentira?


Manipular a LIBOR era chocantemente fácil. As estimativas não são auditados. Eles não são comparados com os preços de mercado. E a LIBOR é montada por um grupo comercial, sem qualquer supervisão efetiva partindo de órgãos reguladores do governo. Em outras palavras, manipular a LIBOR não requer muita ginástica financeira complicada. Os bancos só tinha de dizer algumas mentiras simples. (...)


A coisa mais impressionante sobre esse escândalo é que era previsível; a maneira com que a LIBOR foi projetada praticamente convidou a corrupção e ainda ninguém fez nada para detê-la. Isso porque, durante décadas, os reguladores e as pessoas na indústria financeira assumiram que o desejo dos bancos era proteger a sua reputação manteria-os honestos. Se os bancos apresentassem estimativas falsas da LIBOR, o argumento era que o mercado inevitavelmente descobriria e as pessoas iriam parar de confiar neles, com terríveis consequências para os seus negócios. LIBOR era supostamente um grande exemplo de evidência da auto-regulação, que o mercado poderia cuidar melhor do que os reguladores poderiam.


Mas, se a história recente nos ensinou alguma coisa, é que a auto-regulação não funciona em finanças, e a preocupação com a reputação é um impedimento fraco para prevaricação corporativa.

Leia o restante aqui

11 julho 2012

Frase

O problema do Barclays não era que Bob Diamond é uma má pessoa - o fato de que ele é um fã Chelsea prova isso - mas sim que as pressões estruturais levou a desonestidade.

Fonte: Aqui

05 julho 2012

Manipulação da Libor

Bob Diamond, de 60 anos, renunciou ao cargo nesta semana após o Barclays ter concordado em pagar quase um bilhão de dólares em multas por manipular as taxas de juros que são referência no sistema global financeiro.


Políticos britânicos consideram o caso como um símbolo de uma cultura de cobiça que tem manchado todo o sistema financeiro. Jornais destacaram os e-mails revelados no caso, que mostram operadores se parabenizando por manipular números.


Pensativo e mostrando humildade perante o comitê parlamentar, o homem que até terça-feira era um dos executivos financeiros mais bem pagos e poderosos e dono de uma reputação agressiva, reconheceu o comportamento "indesculpável" de seu grupo de operadores.


"Quando leio os e-mails desses operadores, fico fisicamente doente", disse Diamond. "Esse comportamento foi repreensível, foi errado. Peço desculpas, estou decepcionado e muito bravo".


Ele disse que os envolvidos na manipulação das taxas de juros estariam sujeitos a investigação criminal e devem ser tratados com severidade. A contravenção "não representou a companhia que eu amo tanto", disse o executivo norte-americano.


Mas ele também insistiu que o Barclays estava sendo usado como bode espiatório por ter cooperado com as autoridades a ajudar a revelar suas infrações.


"O foco desta semana tem estado sobre o Barclays porque foi o primeiro", disse Diamond, descrevendo anos de cooperação com agências regulatórias para revelar a prática.


A decisão do banco de cooperar com reguladores aparentou ter sido feita para limitar os danos causados pela polêmica, mas o tiro saiu pela culatra, prejudicando a reputação do banco e custando a Diamond seu emprego, disseram analistas do setor.


O Barclays reconheceu que seus operadores agiram conjuntamente com outros a fim de manipular a London Interbank Offered Rate, ou Libor, a taxa que grandes bancos dizem emprestar uns dos outros e que serve de referência para trilhões de dólares em contratos globais.


Além dessa manipulação, que aconteceu de 2005 a 2009, o banco britânico também admitiu que suas contribuições para as taxas Libor no alto da crise financeira de 2008 fizeram seu balanço parecer mais robusto.


Fonte: Reuters

22 fevereiro 2012

Grécia será o novo Lehman ?


Aviso do John R. Taylor:

Global investors either have extremely short memories or they are far too concrete, as my wife the psychologist would say. Saying that Greece is not a bank but a country means nothing. Almost all Europeans argue that a default by the Greek government would now be more straightforward and not as significant as the collapse and bankruptcy of Lehman Brothers in September 2008, especially since the Eurozone, under the influence of the surplus countries, has effectively ‘ring-fenced’ Greece from the other 16 members. Lehman was not a very large factor in the global banking scene with less than one quarter the capital of the biggest US banks and with assets below those of more than 100 banks around the world. Greece might represent less than 3% of the GDP of the Eurozone, but when lined up against Lehman, Greece stands larger in its relevant market.
Anyone can read the newspapers, blogs, and Internet scribblings before the Lehman collapse and see that the impact of its collapse was not expected to be significant. Tim Geithner, then head of the New York Fed, worked to arrange the emergency liquidation of Lehman’s assets and there were expectations that the company could be sold to Bank of America or Barclays, but the Bank of England vetoed a sale to Barclays and the US government refused to lend any support to Bank of America in its effort to buy Lehman.

Rereading the documents and remembering the situation as I set out for a weekend cruise on the Chesapeake, the world was not worried. The market had already seen the rescues or restructuring of Washington Mutual, Countrywide, Fannie Mae, and Freddie Mac, so no one was worried. This looked like another Bear Stearns, a manageable problem but this time the Bush administration was not interested in getting involved – ‘let the market solve this, don’t throw good money after the bad.’ So, what is the difference now? The world is as blasé about a Greek default or departure from the euro as it can be – credit spreads are dropping, the other weak Eurozone sovereigns are financing themselves easily, and everyone thinks the LTRO has solved the problem for the next year or two. Why should we worry about Greece? Who cares if their unemployment is 20.9% and climbing very fast, or that it is now in its fifth year of declining GDP? Let’s teach them a lesson!

Hubris is at the heart of this. Everyone says this cannot happen – we won’t allow it. Says who? The EU says: if it is written in an agreement, it must be totally correct, unchangeable, and followed at all costs. New realities can’t intervene and no slippage is allowed. Why the Germans are so sure that they know the future is beyond me. They are fallible too, but they won’t admit it, and the Greeks can’t make them budge. Haven’t they looked around? Santorini has a different economic and social cost structure than Wiesbaden. Humanity (and common sense) seems totally lacking in the negotiations with the Greeks and a violent backlash would be totally understandable.
Why the countries that have been fattening up their current account surpluses selling products to Greeks, whom they should have known were basically broke – just as they always have been – should be paid 100% on the euro is beyond me. Major losses should apply not only to sovereign borrowings but also to accounts receivable for cars, electronics, and other consumer goods. The market has not opened its eyes to the impact this Greek unraveling will have.
The Eurozone will be mortally wounded and the world will suffer a significant recession – maybe as deep as 2008. European banks will lose much of their capital base and many should be bankrupt, but just as in the Lehman aftermath, the governments will try to save the banks and the banks’ bondholders, solvent or not. As the bank appetite for Eurozone sovereign paper will be decimated, austerity will probably follow shortly, followed by deflation and uncontrollable money creation. The European recession should be one for the record books.