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30 julho 2025

Incerteza nas Demonstrações financeiras


Do CFC:

A Fundação IFRS publicou, nesta segunda-feira (28), exemplos quase finais [1] que demonstram como as empresas podem melhorar a divulgação de incertezas em suas demonstrações financeiras, usando exemplos relacionados ao clima como ilustrações práticas. Essa publicação tem objetivo de apoiar a aplicação oportuna e informada.

Embora os exemplos usem padrões de fatos relacionados ao clima, eles fornecem orientações que se aplicam amplamente a todos os tipos de incertezas [2]. Os exemplos demonstram como as empresas podem aplicar as Normas Contábeis IFRS para melhorar a divulgação de incertezas nas demonstrações financeiras.

continue lendo aqui . Os exemplos estão aqui. Imagem daqui

[1] Imagino que seja pelo fato de ser uma minuta ainda

[2]  Aqui um exemplo de economia de escopo. 

Café e a contabilidade


Com quase 30 mil postagens, já falamos de um bocado de coisa. Café é um dos temas recorrentes — talvez pelo prazer que a bebida provoca nos blogueiros. Mas, ao ler Sob efeito de plantas, de Michael Pollan, eis que surge uma vinculação direta entre a bebida e a contabilidade.

Todos devem saber que a contabilidade por partidas dobradas surgiu no final dos anos 1400. Evoluiu rapidamente e foi adotada pelos primeiros empreendimentos capitalistas na Inglaterra, Holanda, França e Itália. O café, por sua vez, foi amplamente adotado na Europa no século XVII. As primeiras cafeterias surgem por volta de 1650.

Em 1660, James Howell — citado por Pollan (embora a obra de onde foi extraída a citação não conste na bibliografia selecionada) — afirmava que a bebida provocava sobriedade. A citação de Howell é a seguinte (grifo no livro):

Já se descobriu que esta bebida de café causou maior sobriedade entre as Nações; pois, enquanto anteriormente os Aprendizes e Escriturários, entre outros, costumavam tomar seus goles matinais de Cerveja ou Vinho, que pela tontura que causam no Cérebro, tornam os homens bastante impróprios para os negócios, agora bancam os Bons companheiros com esta bebida estimulante e civilizada. (p. 150)

Aí está. O café melhorou a qualidade do trabalho do profissional contábil. Imagem, aqui 

Outros mapas

 Do site Bored Panda. Primeiro, onde os alemães acham que é seguro (ou não seguro) viajar. 

Qual o emoji mais usado. Veja o uso de bandeiras do país naqueles onde o nacionalismo parece mais forte:
Qual a colônia de imigrante mais relevante, por estado dos EUA. Inclui Brasil. 
Percentagem de pessoas que leram um livro em um ano. 
Países que nunca perderam uma guerra. Mas deixaram de considerar a derrota de Pedro I na Cisplatina. 


29 julho 2025

IA e a indústria de consultoria


Mais sobre IA e emprego. Agora do The Observer (via aqui):

Consultorias estão enfrentando a tarefa desconfortável de pesquisar cortes de empregos provocados por inteligência artificial dentro da própria indústria. Na semana passada, um relatório da McKinsey revelou que as vagas de emprego na economia do Reino Unido caíram 43% desde 2022, sendo que o declínio nas ofertas para cargos administrativos e técnicos foi quase o dobro daquele observado em outros setores.

Em todo o setor de serviços profissionais, começa a surgir uma percepção incômoda: os agentes de disrupção tornaram-se os alvos da disrupção. A crise nas consultorias é multifacetada e inclui a substituição de cargos de entrada e para recém-formados por IA, a redução dos gastos governamentais com consultores e problemas de reputação ligados aos serviços prestados, como marketing para opioides ou elaboração de planos de reconstrução em zonas de guerra.

O chamado “ajuste de tamanho” — termo preferido pelas empresas — era inevitável após o boom das consultorias no pós-Covid ser interrompido pelo crescimento econômico lento e pelo aumento do custo de financiamento. No entanto, dados recentes mostram que a IA agente — capaz de tomar decisões e agir em nome dos usuários — tem provocado uma redução severa de cargos na base da pirâmide salarial, ao produzir apresentações de PowerPoint e relatórios de pesquisa razoáveis [grifo do blog. Ótimo isso].

Esse fenômeno é especialmente evidente em um subconjunto de consultorias. As quatro grandes empresas de contabilidade — Deloitte, EY, PricewaterhouseCoopers e KPMG — divulgaram 44% menos vagas para recém-formados em 2024 em comparação com 2023.

Imagem aqui 

Balanços dos bancos e nova norma

(...) os bancos passaram ao ter limitações em reconhecer juros vindos de operações de crédito em estágio 3, o maior grau de risco de inadimplência. Não se pode mais contabilizar essa receita pelo regime de competência, apenas pelo regime de caixa, ou seja, quando ela for efetivamente paga ao banco. Além disso, a norma amplia a necessidade de provisionamento em momentos de inadimplência elevada

A previsão é que isso irá afetar muito o Banco do Brasil. A conferir. 

Profissões de risco, segundo a Microsoft


A Microsoft realizou um estudo com cerca de 200 mil interações anônimas do Bing Copilot e criou uma “pontuação de aplicabilidade de IA”, classificando 40 profissões mais e menos vulneráveis à automação. As mais afetadas incluem tradutores, historiadores, redatores, autores, agentes de vendas e atendimento ao cliente — ferramentas de IA já conseguem substituir grande parte de tarefas que envolvem informação e comunicação. 

Em contrapartida, funções que exigem trabalho físico ou contato humano direto — como operadores de máquinas, massagistas, faxineiros e lavadores de pratos — mostram-se menos suscetíveis a substituição pela IA. O estudo destaca que a automação não elimina completamente um cargo, mas impacta atividades específicas dentro dele.

O trabalho pode ser encontrado aqui . Não há nenhuma referência específica ao contador, mas profissões próximas estariam no meio da tabela. 

Universidades chinesas incentivam o uso de IA


Universidades na China estão abraçando com entusiasmo a inteligência artificial (IA), tanto professores quanto estudantes, e o nível de excitação pública é consideravelmente maior do que nos EUA ou Reino Unido. Até pouco tempo atrás, alunos eram desencorajados a usar IA para trabalhos acadêmicos; hoje, o uso é incentivado, com foco em tarefas interativas e no aprendizado de competências como “prompting” e avaliação crítica dos resultados da IA.

Um estudo recente que compara políticas universitárias nos EUA, Japão e China destaca que as instituições chinesas seguem um modelo centralizado por políticas estaduais, priorizando a aplicação tecnológica em vez da formulação precoce de diretrizes éticas ou educacionais para IA.

Esse cenário reflete a estratégia nacional chinesa de promover inovação tecnológica através da integração sistemática da IA na educação superior.

Veja mais aqui