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16 novembro 2025

Equivalente Caixa e Ativos Digitais: Fasb


No final de outubro, a entidade que regula o maior mercado de capitais do mundo iniciou um projeto sobre a possibilidade de considerar certos ativos digitais como equivalentes de caixa. Os stablecoins e outros ativos digitais estão sendo cada vez mais usados como meios de pagamento.

Há vários caminhos que podem ser seguidos pelo FASB. Um primeiro seria revisar a definição de equivalente de caixa para incorporar os stablecoins e similares; para isso, bastaria alterar a definição do termo no glossário. Outra possibilidade é criar a categoria de “equivalente de caixa digital”, também no glossário das normas, que englobaria somente esses ativos digitais. Finalmente, o FASB pode manter tudo como está e apenas adicionar exemplos sobre esses ativos digitais.

Nesta fase, o FASB começa a discutir o assunto e ainda não possui uma posição definida. De qualquer forma, a decisão poderá mudar a classificação dos ativos digitais no balanço e na DFC das empresas.

OpenAI: esperando um milagre

Da newsletter do NYT:

Para a OpenAI, números gigantescos são a norma, incluindo o recente anúncio de que possui 800 milhões de usuários ativos semanais e está planejando US$ 1,4 trilhão em investimentos em infraestrutura nos próximos oito anos. E há especulações de que ela pode almejar uma avaliação de US$ 1 trilhão quando abrir seu capital.


Mas a empresa também está projetando que terá perdas incrivelmente grandes até 2028 — e então se tornará lucrativa de forma estrondosa apenas dois anos depois. A grande questão, escreve Brian O’Keefe, é se isso é possível.

A OpenAI espera que suas perdas operacionais aumentem para US$ 74 bilhões até 2028, relata o The Wall Street Journal, citando documentos financeiros que a OpenAI compartilhou com investidores. Em comparação, a Meta reportou US$ 68,2 bilhões em receita operacional no ano passado. (A Anthropic, uma das principais rivais de I.A., espera se tornar lucrativa até 2028, acrescenta o Journal.)

No entanto, as projeções da OpenAI preveem uma reviravolta acentuada em suas finanças, revertendo rapidamente de cerca de US$ 50 bilhões em fluxo de caixa livre negativo para mais de US$ 25 bilhões em fluxo de caixa livre positivo em apenas dois anos.

A OpenAI espera uma reviravolta nos negócios nunca antes vista nos mercados de capitais dos EUA. Uma análise de todas as empresas de capital aberto nos EUA desde 1950, compartilhada com o DealBook, não encontrou nenhuma empresa de porte comparável que tenha crescido em receita em cinco anos tão rapidamente quanto a OpenAI espera crescer de 2024 (US$ 3,7 bilhões) para 2029 (US$ 145 bilhões).

Um capitalista de risco com uma pequena participação na OpenAI, falando anonimamente para discutir finanças privadas, comparou as ambições da empresa por uma rápida virada para a lucratividade a "esperar pela Imaculada Conceição."

A OpenAI está apostando em grande parte em um rápido crescimento da receita. Atualmente, ela está gerando cerca de US$ 13 bilhões em receita anualizada, principalmente de assinantes pagantes, que representam cerca de 5% de seus usuários.

A OpenAI tem corrido para adicionar novos serviços e produtos que poderiam impulsionar sua receita principal, incluindo ferramentas de comércio eletrônico, seu aplicativo gerador de vídeo Sora e, eventualmente, um dispositivo de hardware movido a I.A. projetado por Jony Ive, famoso pela Apple.

As finanças da OpenAI têm sido objeto de crescente escrutínio nos últimos dias. Críticos levantaram preocupações sobre os investimentos circulares que a startup firmou com fabricantes de chips, operadoras de data center e outros parceiros de negócios.

Mais sinais de alerta surgiram na semana passada, quando Sarah Friar, a Diretora Financeira (C.F.O.) da OpenAI, levantou a ideia de um "apoio governamental" para os gastos com infraestrutura de I.A. Tanto Friar quanto Sam Altman, o C.E.O. da OpenAI, rapidamente minimizaram a ideia.

Ainda assim, a onda de gastos da OpenAI pode valer a pena. Se a OpenAI conseguir dominar a I.A. da mesma forma que o Google dominou a pesquisa, sua previsão de lucros começa a parecer mais realista, de acordo com Jay Ritter, professor emérito de finanças da Universidade da Flórida, que estuda Ofertas Públicas Iniciais (I.P.O.s) há muito tempo.

"Não está claro se a I.A. é um mercado onde 'o vencedor leva tudo', mas pode ser", disse ele ao DealBook. "Nesse caso, gastar quantias enormes de dinheiro para ter o melhor produto que todos querem usar pode ser uma estratégia de negócios legítima."

14 novembro 2025

Rankings

 Eis alguns rankings interessantes:

Exercitos mais poderosos

  1. Estados Unidos 
  2. Rússia 
  3. China 
  4. Índia 
  5. Coreia do Sul 
  6. Reino Unido 
  7. França 
  8. Japão 
  9. Turquia 
  10. Itália 
  11. Brasil 
  12. Paquistão 
  13. Indonésia 
  14. Alemanha 
  15. Israel 
  16. Irã 
  17. Espanha 
  18. Austrália 
  19. Egito 
  20. Ucrânia

 A Maioria das Pessoas pode ser Confiável (Percentual de resposta):

  1. Dinamarca 
  2. Noruega 
  3. Finlândia 
  4. China 
  5. Suécia 
  6. Islândia 
  7. Suíça 
  8. Países Baixos 
  9. Nova Zelândia 
  10. Áustria

(Nesse ranking, a Dinamarca obteve 74%. O Brasil, somente 7% ou 83o. lugar de 90 países) 

Bandeiras mais reconhecidas

  • Japão — sol vermelho sobre fundo branco 
  • Canadá — folha de bordo vermelha entre barras vermelhas 
  • Reino Unido — cruzes vermelhas e brancas sobre azul 
  • Brasil — verde com losango amarelo e globo azul 
  • Coreia do Sul — yin-yang com trigramas sobre branco 
  • Itália — listras verticais verde, branca e vermelha 
  • França — listras verticais azul, branca e vermelha 
  • Índia — laranja, branco e verde com roda azul 
  • Alemanha — listras horizontais preta, vermelha e dourada 
  • China — vermelho com cinco estrelas amarelas

Total de presos:

  1. China - 1,952 milhão
  2. EUA - 1,726
  3. Brasil - 664 mil
  4. India - 448 mil
  5. Rússia - 356 mil
  6. Turquia - 246 mil
  7. Tailândia - 230 mil 
  8. Indonésia - 199 mil 

(Por habitante, El Salvador é imbatível)

Países que mais usam dinheiro:

1    Myanmar    98% 
2    Etiópia    95% 
3    Gâmbia    95% 
4    Albânia    90% 
5    Camboja    90% 
6    Laos    90% 
7    Líbano    90% 
8    Nepal    90% 
9    Paquistão    90% 
10    Iraque    85% 

Menos usam dinheiro

1. Coréia do Sul

2. Noruega

3. China

4. Islândia

5. Austrália 

Mudança no IAS 21

Do excelente IASPlus:

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu o documento “Translation to a Hyperinflationary Presentation Currency (Amendments to IAS 21)”. As alterações entram em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2027, sendo permitida a aplicação antecipada.

Contexto

Em junho de 2022, o IFRS Interpretations Committee (IFRS IC) discutiu uma consulta sobre o tratamento contábil aplicado por uma controladora cuja moeda funcional é de uma economia hiperinflacionária ao consolidar uma subsidiária cuja moeda funcional pertence a uma economia não hiperinflacionária. Durante a análise, o IFRS IC também identificou um tema relacionado: situações em que uma entidade com moeda funcional não hiperinflacionária apresenta suas demonstrações financeiras em uma moeda de apresentação hiperinflacionária.

O IFRS IC decidiu encaminhar o assunto ao IASB, recomendando o desenvolvimento de uma alteração de escopo limitado que fornecesse um método de conversão adequado para responder tanto à questão original quanto ao tema relacionado. Em julho de 2024, o IASB propôs alterações ao IAS 21 para tratar desses pontos, as quais agora foram finalizadas após a consideração dos comentários recebidos.

Alterações

As alterações introduzidas por Translation to a Hyperinflationary Presentation Currency (Amendments to IAS 21) são as seguintes:

  1. Quando uma entidade converte valores de uma moeda funcional de economia não hiperinflacionária para uma moeda de apresentação de economia hiperinflacionária, ela deve converter esses valores — inclusive valores comparativos — utilizando a taxa de fechamento da data da demonstração da posição financeira mais recente;

  2. Quando a moeda de apresentação da entidade deixa de pertencer a uma economia hiperinflacionária e sua moeda funcional continua sendo de uma economia não hiperinflacionária, a entidade deve aplicar prospectivamente (sem reexpressar valores comparativos) o método atualmente previsto no IAS 21 para tais situações;

  3. A entidade deve divulgar que aplicou esse método, incluindo informações financeiras resumidas sobre suas operações no exterior convertidas conforme o método proposto; também deve divulgar se a economia em questão deixou de ser hiperinflacionária.

Após considerar custos e benefícios esperados, o IASB também decidiu incluir uma exceção ao método de conversão acima (item 1) para entidades que aplicam o IAS 29 e são obrigadas a converter os resultados e a posição financeira de uma operação no exterior conforme as novas alterações.

Data de vigência e transição

As alterações entram em vigor para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2027. Devem ser aplicadas retroativamente, com certas disposições transitórias.

(Traduzido pelo GPT) 

Doação ou Investimento:

Eis a notícia: 

A Casa Branca acaba de divulgar sua lista de 37 doadores que estão financiando a ampliação de 300 milhões de dólares do salão de festas de Trump, e ela parece um verdadeiro “quem é quem” do mundo corporativo americano tentando manter-se em boas relações com o presidente.

Segundo a AP, gigantes de tecnologia dominam a lista — Amazon, Apple, Google, Meta, Microsoft — cada uma contribuindo com valores não revelados após anos de disputas regulatórias. O YouTube, do Google, já fez um acordo com Trump no valor de 24,5 milhões de dólares por causa da suspensão de sua conta, sendo que 22 milhões irão para o Trust for the National Mall (que pode ajudar a financiar a construção do salão). Mark Zuckerberg, da Meta, que havia banido Trump após o 6 de janeiro, agora aparece ao lado de bilionários das criptomoedas, como os gêmeos Winklevoss.

Há muitas questões contábeis e financeiras envolvidas aqui. Esse tipo de doação não seria feito a fundo perdido, já que os doadores estariam pensando em recompensas futuras. Provavelmente, a contabilidade registrou o valor como despesa, mas, na essência, talvez se tratasse de um ativo — um investimento.

Imagem aqui 

Sobre os Correios

Há muitos anos, prestei, por duas vezes, serviços aos Correios. Na época, aprendi a admirar a empresa pela eficiência dos serviços e qualidade dos recursos humanos. Por esse motivo, é triste ver a situação da empresa, que busca 10 bilhões de reais de recursos para garantir a continuidade operacional, e tem uma grande desconfiança, não somente das instituições financeiras, mas também da população. 


Mesmo a presença da garantia da União de uma potencial dívida não parece animar os financiadores.  Em maio, os Correios obtiveram um empréstimo de quase dois bilhões com três instituições bancárias. O custo seria de CDI mais 3%, com garantia do Tesouro. Mas o fato de a entidade não ter cumprido algumas cláusulas, fez com que a taxa aumentasse para CDI mais 5%. 

A empresa tem um grande número de precatórios, uma intensa concorrência da iniciativa privada no negócio mais lucrativo - entrega de encomenda, obrigatoriedade de prestar serviço que geram prejuízo, como carta social, e um passado nada aconselhável em termos de relacionamento com o fundo de pensão e má gestão. E para agravar, há diversos exemplos internacionais de correios de outros países que estão "saindo" do mercado. 

Quando se olha para o desempenho operacional, a situação é grave e parece irreversível. 

13 novembro 2025

Imposto Mínimo aumenta os tributos da Meta em quase 16 bilhões de dólares

A visão de uma grande empresa pagando uma alíquota ridícula de imposto de renda parece revoltar muita gente. E as grandes empresas, com empregados especializados em tributos, possuem uma vantagem pois acham brechas nas normas para reduzir sua carga tributária. É por esse motivo que é cômico alguém falar que a alíquota do imposto de renda no Brasil é de 34%. Se uma empresa estiver pagando essa alíquota é que o departamento contábil é ineficiente e incompetente.

O que é válido para o Brasil também é válido para outros países do mundo. As multinacionais usam um grande número de artimanhas para pagar um imposto de renda muito reduzido. E isso é revoltante para algumas pessoas. 


Nos últimos anos, os políticos se juntaram em um esforço de cobrar mais dessas empresas.  A OCDE, uma entidade que agrega algumas dos maiores economias do mundo, instituiu o Pillar Two, um imposto mínimo global de 15% para multinacionais, tentando evitar que uma empresa tenha receita em um país e pague imposto de renda em um paraíso fiscal. O objetivo é equalizar os impostos cobrados entre os países, a partir de uma base padronizada. 

Nos Estados Unidos tem-se o Corporate Alternative Minimum Tax (CAMT), aprovado em 2022, no governo Biden. Nesse caso, a alíquota incide sobre o lucro contábil, apurado conforme o US GAAP. As empresas que tiveram um lucro contábil superior a 1 bilhão nos últimos três anos, aplica a alíquota de 15% e compara com o valor apurado pelas regras atuais da receita daquele país. O que for maior é o valor a ser pago. 

O CAMT está fazendo a primeira vítima famosa. A empresa Meta (leia-se Instagram) terá um impacto tributário de 15,9 bilhões de dólares de tributos adicionais com esse novo imposto mínimo corporativo.