25 fevereiro 2014
Recondução
Amaro Luiz Oliveira Gomes foi reconduzido como membro do colegiado do IASB. Com mandato finalizando na metade do ano, a recondução é uma garantia que o Brasil continuará sendo representado no colegiado.
BNDES e Caixa financiam MST
Eduardo Bresciani - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação de R$ 200 mil e R$ 350 mil, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento, há duas semanas, terminou em conflito com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes que deixou 32 feridos, sendo 30 policiais. Houve, ainda, uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal.
A Associação Brasil Popular (Abrapo) recebeu os recursos para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu de centro de gravidade para os integrantes do congresso do MST. As entidades têm relação próxima, tanto que a conta corrente da Abrapo no Banco do Brasil aparece no site do MST como destino de depósito para quem deseja assinar publicações do movimento social, como o jornal Sem Terra.
O contrato de patrocínio da Caixa, no valor de R$ 200 mil, está publicado no Diário Oficial da União de 3 de fevereiro de 2014. Foi firmado pela Gerência de Marketing de Brasília por meio de contratação direta, sem licitação. A oficialização do acordo do BNDES com a mesma entidade foi publicada três dias depois. O montante é de até R$ 350 mil. A contratação também ocorreu sem exigência de licitação e foi assinada pela chefia de gabinete da presidência do banco de fomento.
A Mostra Nacional de Cultura Camponesa, objeto dos patrocínios, ocorreu na área externa do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O congresso teve suas plenárias na área interna. Os dois eventos tiveram divulgação conjunta e o objetivo da mostra era mostrar os diferentes produtos cultivados pelos trabalhadores rurais em assentamentos dentro de um discurso do MST da valorização da reforma agrária.
Marcha. O congresso foi realizado de 10 a 14 de fevereiro e reuniu 15 mil pessoas. No dia 12, uma marcha organizada pelo movimento saiu do ginásio e percorreu cerca de cinco quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo declarado era a entrega de uma carta ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com compromissos não cumpridos pela presidente Dilma Rousseff na área da reforma agrária.
BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fecharam contratos sem licitação de R$ 200 mil e R$ 350 mil, respectivamente, com entidade ligada ao Movimento dos Sem Terra para evento realizado no 6.º Congresso Nacional do MST. O evento, há duas semanas, terminou em conflito com a Polícia Militar na Praça dos Três Poderes que deixou 32 feridos, sendo 30 policiais. Houve, ainda, uma tentativa de invasão do Supremo Tribunal Federal.
A Associação Brasil Popular (Abrapo) recebeu os recursos para a Mostra Nacional de Cultura Camponesa, atividade que serviu de centro de gravidade para os integrantes do congresso do MST. As entidades têm relação próxima, tanto que a conta corrente da Abrapo no Banco do Brasil aparece no site do MST como destino de depósito para quem deseja assinar publicações do movimento social, como o jornal Sem Terra.
O contrato de patrocínio da Caixa, no valor de R$ 200 mil, está publicado no Diário Oficial da União de 3 de fevereiro de 2014. Foi firmado pela Gerência de Marketing de Brasília por meio de contratação direta, sem licitação. A oficialização do acordo do BNDES com a mesma entidade foi publicada três dias depois. O montante é de até R$ 350 mil. A contratação também ocorreu sem exigência de licitação e foi assinada pela chefia de gabinete da presidência do banco de fomento.
A Mostra Nacional de Cultura Camponesa, objeto dos patrocínios, ocorreu na área externa do ginásio Nilson Nelson, em Brasília. O congresso teve suas plenárias na área interna. Os dois eventos tiveram divulgação conjunta e o objetivo da mostra era mostrar os diferentes produtos cultivados pelos trabalhadores rurais em assentamentos dentro de um discurso do MST da valorização da reforma agrária.
Marcha. O congresso foi realizado de 10 a 14 de fevereiro e reuniu 15 mil pessoas. No dia 12, uma marcha organizada pelo movimento saiu do ginásio e percorreu cerca de cinco quilômetros até a Esplanada dos Ministérios. O objetivo declarado era a entrega de uma carta ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, com compromissos não cumpridos pela presidente Dilma Rousseff na área da reforma agrária.
Lucro do Bacen
Com reservas cambiais de US$ 377 bilhões, e uma desvalorização nominal da taxa de câmbio de 14,6% (a desvalorização real é estimada na Pesquisa Focus em 10,4%), em 2013, não é surpresa o resultado positivo do Banco Central (BC) de R$ 31,9 bilhões, dos quais R$ 17,7 bilhões obtidos no primeiro semestre e R$ 14,2 bilhões, no segundo. "Quando o valor das reservas (expressas) em real aumenta, a gente tem um ganho em reais", notou o chefe do Departamento de Contabilidade e Execução Financeira do BC, Eduardo Rocha.
Mas esse lucro do Banco Central é contábil. Decorre da administração das reservas internacionais e das operações com derivativos (swaps) cambiais. Embora sua transferência para o Tesouro Nacional já esteja marcada (ocorrerá até 2 de março), o lucro só pode ser empregado para abater dívida, segundo as regras oficiais. Não pode, portanto, ser empregado para elevar gastos fiscais.
A constatação não é novidade, mas se deve enfatizá-la num governo que tende a gastar mais do que arrecada e que acaba de anunciar um superávit primário ligeiramente mais elevado, neste ano, para enfrentar as desconfianças internas e externas.
O resultado do BC tem como origem a diferença entre receitas e despesas com juros que incidem sobre as operações em moeda local e com o reembolso do custo de captação das reservas internacionais. Assim como houve lucro, em 2013 - explicável pela valorização das reservas -, poderia ter havido prejuízo contábil, caso o real se tivesse valorizado. Foi o que ocorreu, por exemplo, em 2009. Houve uma expressiva desvalorização do dólar e o Banco Central teve, naquele ano, prejuízo contábil de R$ 4,86 bilhões no item moedas estrangeiras da demonstração de resultados do balanço.
Mais importante é que, ante o expressivo lucro contábil do ano passado, um recorde na história do Banco Central, não se ignore que a manutenção das reservas cambiais tem custos para o País. Um deles é que o governo tem de emitir títulos públicos para adquirir moeda estrangeira - e a remuneração que paga aos tomadores dos papéis governamentais é superior àquela que obtém aplicando as reservas no exterior.
Outro custo é o da venda de swaps no mercado local, para evitar oscilações excessivas do câmbio. No ano passado, o BC perdeu R$ 2,4 bilhões com essas operações de venda de dólares no mercado futuro. Evita-se, com o mecanismo dos swaps, o risco de perda de reservas, mas não o ônus fiscal.
Fonte: aqui
Listas: Netflix e ranking da velocidade de banda larga no Basil
-> Líder em velocidade no Brasil é a GVT, com 2,85 Mbps.
-> Brasil e Chile têm as melhores taxas de conexão entre os países latinos.
O serviço de vídeo por streaming Netflix lançou no dia 10 de fevereiro uma ferramenta de medição do desempenho da banda larga no Brasil. As taxas de velocidade captadas no país são, ao lado do Chile, as mais altas da América Latina, informa a companhia norte-americana.
[...]
O ranking é elaborado com base na velocidade de internet dos usuários do Netflix e nas operadoras que fornecem a conexão. Segundo a companhia, as velocidades refletem o desempenho geral das transmissões.
Em janeiro, a primeira do Brasil é a GVT, com taxa de 2,85 Mbps (Megabit por segundo), seguido da Live TIM (2,81 Mbps), Net Virtua (2,26 Mbps), Algar (1,9 Mbps), Telefonica (1,44 Mpbs) e Oi Velox (1,36 Mbps). No Chile, a operadora líder é a GTD.
De acordo com o Netflix, conexões mais rápidas permitem uma melhor imagem, início da exibição do vídeo mais rápidos e um menor número de interrupções durante o filme.
Outros serviços de vídeo, como o YouTube, também possuem medidores. No caso da ferramenta do Google, porém, o intuito é auxiliar os internautas a encontrarem a velocidade de internet ideal para que os vídeos sejam exibidos sem problema.
Do G1, em São Paulo
-> Brasil e Chile têm as melhores taxas de conexão entre os países latinos.
O serviço de vídeo por streaming Netflix lançou no dia 10 de fevereiro uma ferramenta de medição do desempenho da banda larga no Brasil. As taxas de velocidade captadas no país são, ao lado do Chile, as mais altas da América Latina, informa a companhia norte-americana.
[...]
O ranking é elaborado com base na velocidade de internet dos usuários do Netflix e nas operadoras que fornecem a conexão. Segundo a companhia, as velocidades refletem o desempenho geral das transmissões.
Em janeiro, a primeira do Brasil é a GVT, com taxa de 2,85 Mbps (Megabit por segundo), seguido da Live TIM (2,81 Mbps), Net Virtua (2,26 Mbps), Algar (1,9 Mbps), Telefonica (1,44 Mpbs) e Oi Velox (1,36 Mbps). No Chile, a operadora líder é a GTD.
De acordo com o Netflix, conexões mais rápidas permitem uma melhor imagem, início da exibição do vídeo mais rápidos e um menor número de interrupções durante o filme.
Outros serviços de vídeo, como o YouTube, também possuem medidores. No caso da ferramenta do Google, porém, o intuito é auxiliar os internautas a encontrarem a velocidade de internet ideal para que os vídeos sejam exibidos sem problema.
Do G1, em São Paulo
Acordo
A justiça brasileira está percebendo que as vezes é melhor fazer acordo do que brigar. Eis mais um exemplo:
O Ministério Público de São Paulo, a Prefeitura da capital paulista e o Deutsche Bank firmaram nesta segunda-feira acordo em que a instituição alemã se compromete a pagar aos cofres públicos US$ 20 milhões (cerca de R$ 47 milhões) para evitar qualquer discussão jurídica sobre irregularidades na movimentação de cerca de US$ 200 milhões em contas no exterior por parentes do ex-prefeito e atual deputado Paulo Maluf (PP-SP). A movimentação foi feita por empresas de fachada (offshore) na Ilha de Jersey, de 1996 a 2000.
Isto pode ajudar a melhorar a percepção de corrupção existente no Brasil.
O Ministério Público de São Paulo, a Prefeitura da capital paulista e o Deutsche Bank firmaram nesta segunda-feira acordo em que a instituição alemã se compromete a pagar aos cofres públicos US$ 20 milhões (cerca de R$ 47 milhões) para evitar qualquer discussão jurídica sobre irregularidades na movimentação de cerca de US$ 200 milhões em contas no exterior por parentes do ex-prefeito e atual deputado Paulo Maluf (PP-SP). A movimentação foi feita por empresas de fachada (offshore) na Ilha de Jersey, de 1996 a 2000.
Isto pode ajudar a melhorar a percepção de corrupção existente no Brasil.
Desenvolvimento numa fotografia
Fisco Espanhol
O FC Barcelona anunciou nesta segunda-feira ter depositado uma "regularização voluntária" de € 13,5 milhões à Receita Federal espanhola, cinco dias após ser indiciado por "delito contra o Tesouro Público" em um caso envolvendo a contratação de Neymar em 2013.
O Barça afirmou em um comunicado que "em vista da existência de uma possível divergência interpretativa quanto às obrigações fiscais derivadas da citada contratação, (...) o clube apresentou nesta manhã a correspondente autoliquidação".
O clube garante, contudo, estar convencido "da licitude do inicial cumprimento das obrigações fiscais".
É óbvio que o clube não irá dizer que cometeu um erro. Mas ele deve ter avaliado que poderia perder mais ainda se não fizesse o reconhecimento.
A justiça espanhola suspeita de divergências entre o valor declarado e o valor real da transferência de Neymar.
E o fisco brasileiro? Será que observou este aspecto. Neymar é importante para a equipe brasileira vencer o mundial e este pode ter sido o critério. No passado as importações de "muambas" que jogadores trouxeram do exterior não passaram pela alfandega.
A procuradoria da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, estimou em € 9,1 milhões (R$ 30,1 milhões) o montante devido ao Tesouro Público na contratação do jogador, ao qual poderia somar-se uma multa, cujo valor pode ser negociados em caso de acordo com o fisco.
"Para saldar qualquer possível dívida tributária derivada desta operação e para melhor defender o nome e a boa reputação de nosso clube, o Barcelona apresentou nesta manhã a correspondente autoliquidação complementar na importância de € 3.550.830,56", escreveu o clube.
"O FC Barcelona sempre cumpriu suas obrigações fiscais no devido tempo e mantém, neste caso, uma colaboração da mais estreita com a administração dos impostos. O FC Barcelona não deve nada ao Tesouro Público", concluiu o Barça.
A transferência do astro brasileiro do Santos provocou uma grande turbulência na Espanha depois que um sócio do Barça, Jordi Cases, apresentou uma denúncia contra o presidente do clube, Sandro Rosell, por "apropriação indébita" na contratação.
Após a renúncia do presidente do clube no dia 23 de janeiro e sua substituição por Josep Maria Bartomeu, a nova administração avaliou em € 57,1 milhões o valor da transferência de Neymar, montante que chega a € 86,2 milhões se forem levadas em contra despesas adicionais ligadas à contratação do jogador, sem contar os salários.
O juiz Pablo Ruz da Audiência Nacional, que denunciou o Barça na semana passada, ordenou uma investigação para esclarecer a situação fiscal do clube, solicitando ao Tesouro Público que determine o impacto das transações realizadas à margem da transferência, avalie a extensão da possível fraude e proponha uma regularização para a situação.
Fonte: Aqui
O Barça afirmou em um comunicado que "em vista da existência de uma possível divergência interpretativa quanto às obrigações fiscais derivadas da citada contratação, (...) o clube apresentou nesta manhã a correspondente autoliquidação".
O clube garante, contudo, estar convencido "da licitude do inicial cumprimento das obrigações fiscais".
É óbvio que o clube não irá dizer que cometeu um erro. Mas ele deve ter avaliado que poderia perder mais ainda se não fizesse o reconhecimento.
A justiça espanhola suspeita de divergências entre o valor declarado e o valor real da transferência de Neymar.
E o fisco brasileiro? Será que observou este aspecto. Neymar é importante para a equipe brasileira vencer o mundial e este pode ter sido o critério. No passado as importações de "muambas" que jogadores trouxeram do exterior não passaram pela alfandega.
A procuradoria da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, estimou em € 9,1 milhões (R$ 30,1 milhões) o montante devido ao Tesouro Público na contratação do jogador, ao qual poderia somar-se uma multa, cujo valor pode ser negociados em caso de acordo com o fisco.
"Para saldar qualquer possível dívida tributária derivada desta operação e para melhor defender o nome e a boa reputação de nosso clube, o Barcelona apresentou nesta manhã a correspondente autoliquidação complementar na importância de € 3.550.830,56", escreveu o clube.
"O FC Barcelona sempre cumpriu suas obrigações fiscais no devido tempo e mantém, neste caso, uma colaboração da mais estreita com a administração dos impostos. O FC Barcelona não deve nada ao Tesouro Público", concluiu o Barça.
A transferência do astro brasileiro do Santos provocou uma grande turbulência na Espanha depois que um sócio do Barça, Jordi Cases, apresentou uma denúncia contra o presidente do clube, Sandro Rosell, por "apropriação indébita" na contratação.
Após a renúncia do presidente do clube no dia 23 de janeiro e sua substituição por Josep Maria Bartomeu, a nova administração avaliou em € 57,1 milhões o valor da transferência de Neymar, montante que chega a € 86,2 milhões se forem levadas em contra despesas adicionais ligadas à contratação do jogador, sem contar os salários.
O juiz Pablo Ruz da Audiência Nacional, que denunciou o Barça na semana passada, ordenou uma investigação para esclarecer a situação fiscal do clube, solicitando ao Tesouro Público que determine o impacto das transações realizadas à margem da transferência, avalie a extensão da possível fraude e proponha uma regularização para a situação.
Fonte: Aqui
24 fevereiro 2014
História da Contabilidade: O ano de 1972
O ano de 1972 na história da contabilidade brasileira é
muito relevante. É o ano da auditoria externa e da padronização das
demonstrações contábeis. É bem verdade que já estavam discutindo estas mudanças
em 1971, mas a entrada em vigor foi atrasada em razão da complexidade, para
época, da mudança (1).
Ambiente
O Brasil vivia uma fase de grande crescimento econômico e
poucas liberdades políticas. Em 1971 o mercado de ações brasileiro cresceu
substancialmente. O pequeno investidor começou a comprar ações e a bolsa
brasileira chegou a ser a quarta maior do mundo (2). A queda da bolsa afastou o
investidor e manteve o mercado de capitais estagnado.
Ao divulgar as resoluções, o Banco Central destacou ser um
passo para aprimorar o mercado de capitais brasileiro, com maior acesso a
informações, permitindo julgar as condições de risco (3). Ou seja, permitir a
retomada de confiança no mercado de capitais.
O governo respondeu a crise do mercado com padronização dos
balanços, auditoria externa e dinheiro. Mesmo assim, a desconfiança persistia.
Um conhecido analista da época chegou a comentar (4):
“Enquanto os meios
financeiros do mundo inteiro são unanimes em atestar o vigor e a pujança das
finanças brasileiras, a Bolsa de Valores dos principais centros do nosso País, num
verdadeiro contraste, mantem-se em baixa há quase um ano. Não é possível que os
técnicos das mais variadas escolas e tendências estejam todos absolutamente
errados e só os grandes corretores do Rio e São Paulo conheça a grande verdade
que, o mundo inteiro é incapaz de vislumbrar”
Após a promulgação das medidas, estabeleceu-se um clima de
confiança em algumas autoridades. O presidente do CRC-RS afirmou que as normas
cortariam a “possibilidade de malabarismos na contabilidade das empresas.” (5)
Apesar da ditadura, ainda persistia um nacionalismo,
inclusive com respeito a contabilidade. Num periódico, em 1972, chamava a
atenção para o seguinte aspecto:
“é simplesmente
inacreditável que grande número das maiores empresas do país continue
prestigiando firmas de auditoria do exterior em detrimento das nossas. A Varig,
apenas para citar um exemplo, é uma dessas empresas que tem sua auditoria
entregue à firma estrangeira Grahlert & Axthelm S.C. (Sociedade Civil). Por
que as associações e sindicatos de classe não se rebelam contra esse estado de
coisas, por sinal, deprimente?” (6)
Discutia-se também a reforma da lei das SA. Entre as
propostas, a imposição de auditoria externa e relatórios trimestrais
padronizados (7). Anunciava-se que as normas permitiriam o full disclosure das empresas (8).
Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade
A resolução 317, de 14 de janeiro de 1972, criou o Cadastro
Especial de Auditores Independentes com os profissionais que trabalhavam na
auditoria, assim como as empresas. A
resolução 321, de 14 de abril, aprova as “normas e procedimentos de auditoria”,
que foram elaboradas pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (9). Este
instituto foi criado a partir da junção do Instituto dos Contadores Públicos do
Brasil e o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes, um pouco antes
deste período (10).
Normas da bolsa
No início de 1972 a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro
aprovou uma série de exigências para registro. É importante destacar que
naquele ano bolsa do Rio era a principal
bolsa brasileira. Através da Resolução 72/72, a bolsa exigia serviço de
auditoria externa, contratada com empresas registradas no Banco Central (11)
Resolução 220 do CMN
Esta norma trata da auditoria das informações contábeis para
as empresas registradas no Banco Central. Trata também do registro de auditores
independentes. As inovações da resolução foram as seguintes (12):
1. No primeiro caso,
a norma obriga a auditoria do Balanço Geral, da Demonstração do Resultado do
Exercício, do Demonstrativo de Lucros e Perdas ou Prejuízos em Suspenso e das
Notas Explicativas da Diretoria. Ocorre que a lei societária não fazia previsão
da Demonstração do Resultado do Exercício, mas sim da informação de Lucros e
Perdas. Assim como as Notas Explicativas é algo novo, apesar de existir desde o
século XIX;
2. Para a auditoria, devem-se observar as “normas gerais de
auditoria” e os “princípios e normas de contabilidade”. Isto também é uma
novidade. Mas quais normas? Quais princípios? A resolução afirma que será
baixada uma regulamentação posterior por parte do Banco Central.
3. Para o registro de auditores seria exigido que os sócios
e responsáveis fossem bacharéis em ciências contábeis. Além disto, a resolução
estabelecia a exigência de independência, listando algumas hipóteses sobre o
assunto.
4. Estabelecia punição para o auditor que fizesse auditoria
inepta ou fraudulenta. E o Banco Central informaria ao Conselho de
Contabilidade as irregularidades.
5. Toda empresa que pretenda ter suas ações negociadas na
bolsa de valores ficaria subordinada aos princípios e normas de contabilidade.
Circular 178 do Banco
Central
É um complemento da resolução 220, estabelecendo as
condições para o registro do auditor. Somente os bacharéis em ciências
contábeis com registro há pelo menos três anos no Conselho Regional de
Contabilidade. Também foi inovadora por reconhecer, e aproveitar, curso de
pós-graduação na área de auditoria externa. Assim como reconhece o membro do
Instituto de Auditores Independentes do Brasil.
Circular 179 do Banco
Central
Esta resolução detalhou as normas gerais de auditoria e os
princípios e normas de contabilidade. O segundo ponto é também uma inovação e
está dividido em quatro tópicos: normas de escrituração; critérios de
avaliação, amortização e depreciação patrimoniais para efeitos de balanço;
critérios gerais para formação de reservas e provisões; e critérios gerais para
classificação do balanço patrimonial. Explicitamente a circular adota o regime
de competência e a uniformidade. Adotava-se o custo de aquisição, com
incorporação da depreciação e correções monetárias. Também utilizava o custo ou
mercado para estoques e a provisão de liquidação duvidosa para os créditos a
receber. Reconhecia-se o fundo de comércio adquirido, amortizado em cinco anos.
Um aspecto interessante, e diferente do adotado nos dias hoje, é que a
separação entre curto e longo prazo é de 180 dias, embora fosse possível adotar
o ciclo operacional.
As mudanças da auditoria foram ditadas, basicamente, pela
Comissão de Normas Técnicas do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.
Já a questão contábil sofre uma grande variação. Correa (13) fez uma
interessante comparação entre a Lei 2.627, de 1940, e a Circular 179, de 1972:
A mudança proposta pela Circular 179 dá uma grande ênfase a
liquidez. O mesmo Correa (14) destaca que os auditores muitas vezes divergiam
da opinião de muitos conceitos, por falta de pronunciamento. Quanto a apuração
e evidenciação do resultado, a lei anterior apresentava mais um razonete do que
propriamente uma demonstração. Eis a visão anterior:
Já a nova demonstração tinha a seguinte aparência:
É bem verdade que a nova proposta apresentava alguns vícios:
despesas financeiras como operacional, por exemplo. Mas representou uma grande
evolução.
Obrigatoriedade da
Auditoria
Um aspecto importante foi à obrigatoriedade da auditoria. Em
muitos casos o conselho fiscal era figurativo (15). Mas as normas tornam
obrigatória a auditoria externa. Mas não existia na época uma grande quantidade
de profissionais para fazer este trabalho (16). Para resolver este gargalo, o
Brasil assinou um empréstimo para o Fumcap destinado a treinamento em
contabilidade e auditoria, incluindo 500 professores universitários de
disciplinas relacionadas com o mercado de capitais (17).
Fumcap
O Fumcap era a sigla do Fundo de Desenvolvimento do Mercado
de Capitais. Aprovado pelo Conselho Monetário Nacional e criado pelo Decreto
69554, de 18 de novembro de 1971 e tinha diversos objetivos vinculados ao
mercado de capitais. Os recursos do Fumcap, juntamente com a regulamentação da
auditoria e as novas informações financeiras, tinha como finalidade promover a
retomada da bolsa de valores.
Padronização dos
Balanços
A questão da padronização dos balanços ainda não tinha sido resolvida
na época. A figura abaixo mostra o balanço de uma empresa de café, Cacique
A seguir, outro balanço, agora da Sadia, uma empresa de
transportes aéreos (futura Transbrasil)
Apesar de terem sido publicados no mesmo dia de fevereiro de
1972, referente ao exercício de 1971, os balanços são bem diferentes. O balanço
da Sadia (18) possui as contas ordenadas pela liquidez e exigibilidade. E ao
final “ativo pendente” e contas de compensação. Já o balanço do Café Cacique (19)
inicia seu ativo pelo imobilizado, depois disponível, finalizando com
realizável a curto prazo, ativo pendente e compensado. O passivo começava com o
não exigível, depois as provisões, seguida o passivo de curto prazo, longo
prazo, pendente e compensado.
Referências
(1) Um dos grandes
problemas era a questão fiscal. O Estado de S Paulo, 10 de junho de 1971, ed
20502, p 40.
(2) DOMINGUES, Heron. Guerra ao boato. Diário de notícias,
25 de maio de 1972, ed 15205, p. 6.
(3) O Estado de S Paulo, 12 de maio de 1972, ed 29788, p 31.
(4) Trata-se do
apresentador do telejornal Heron Domingues na sua coluna do jornal Correio da
Manhã, edição 15235, 27 de junho de 1972, p. 10.
(5) Correio da Manha, ed 24259, p 22, Diretor Econômico, p.
6
(6) ALEXANDRIA, Francisco. Negócios e Investimentos.
Politika. Ed 29, p. 22, 1972. Na edição 30, o mesmo Alexandria comentava da
eleição do Sindicato dos Contabilistas e a necessidade do mesmo em dar
satisfação para os seu pares. Ver Politika, ed. 30, p. 22.
(7) Correio da Manha, 12 julho de 1972, ed 15248, p 6.
(8) Correio da Manhã ed 24248, p 85
(9) IMPROTA, Milton. Uma auditoria indispensável. O Estado
de São Paulo, 16 de julho, ed 29844, p. 72.
(10) IMPROTA, Milton. Uma auditoria indispensável. O Estado
de São Paulo, 16 de julho, ed 29844, p. 72.
(11) Vide resolução Correio da Manhã, 5 de fevereiro de
1972, ed 24177, p 21.
(12) Além disto, o relatório da subcomissão da Comissão
Consultiva de Mercado de Capitais apresentou uma série de sugestões e análises,
particularmente à resolução 220. Vide O Estado de S Paulo, 6 de agosto de 1972,
p. 74 ed 29862.
(13) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece
Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(14) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece
Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(15) CORREA, Francisco Moreno. Nova Técnica Favorece
Projeções. O Estado de S. Paulo, 4 jun de 1972, ed 29808, p 62.
(16) Segundo análise de um conhecido articulista. BETING,
Joelmir. A lei e o código. Diário de Notícias, 13 de setembro de 1972, ed
15302, p. 9
(17) Pelo menos este era o plano. Diário de Notícias, 15 de
setembro de 1972, ed 15304, p. 8.
(18) Publicado no Correio da Manhã, 22 de fevereiro de 1972,
p. 3.
(19) Publicado no Correio da Manhã, 22 de fevereiro de 1972,
p. 7.
Déficit em transações correntes
Mais um recorde negativo foi batido nas contas externas, em janeiro, com o déficit de US$ 11,59 bilhões em transações correntes, o cálculo mais amplo das trocas de bens e serviços do Brasil com suas dezenas de parceiros. O déficit de US$ 11,35 bilhões de janeiro do ano passado foi, em toda a série histórica, o número mais parecido com esse. Mas o resultado foi bem recebido no mercado financeiro, por ter sido ligeiramente melhor que as previsões correntes. Divulgado o número, o dólar caiu, como se o Banco Central (BC), responsável pelos cálculos do balanço de pagamentos, houvesse divulgado uma notícia positiva, justificando, portanto, algum otimismo em relação ao setor externo. Esquisitices à parte, os números principais continuam preocupantes para quem se preocupa com os fundamentos da economia e com as perspectivas de crescimento. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, evitou considerações mais comprometedoras. O Brasil, segundo ele, está em posição intermediária. Há economias com cifras piores. É verdade, mas isso de nenhum modo torna a posição brasileira mais confortável.
O déficit acumulado em 12 meses ficou em US$ 81,61 bilhões, soma equivalente a 3,67% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelos técnicos do BC. Mais uma vez o investimento estrangeiro direto - US$ 65,44 bilhões acumulados no período - foi insuficiente para cobrir o buraco. Não faltou dinheiro de fonte externa para isso, mas a qualidade da cobertura continuou insatisfatória. Aplicações em papéis são em geral menos estáveis e menos seguras que o investimento direto.
Resultado ligeiramente pior havia ocorrido em outubro, com saldo negativo de US$ 82,22 bilhões (3,68% do PIB). Com pequenas oscilações, o buraco da conta corrente permaneceu acima de US$ 80 bilhões em 12 meses desde agosto do ano passado. Para este ano o BC projeta um déficit de US$ 78 bilhões, mas isso dependerá principalmente da melhora da balança comercial, isto é, de mercadorias. Pela projeção, o superávit nessa conta passará dos US$ 2,56 bilhões do ano passado para US$ 10 bilhões em 2014.
Não há sinal, por enquanto, de avanço nessa direção. A depreciação cambial em 2013 deveria ter barateado os produtos brasileiros e tornado a indústria nacional mais competitiva, mas o efeito foi frustrante. Talvez o câmbio produza resultado mais significativo neste ano, mas isso, por enquanto, é apenas uma esperança manifestada por empresários e analistas. Todos continuam, por enquanto, à espera de outros fatores potencialmente favoráveis ao comércio exterior brasileiro.
Até agora, o câmbio parece ter produzido algum efeito positivo na conta de serviços, com a redução de um de seus principais componentes - os gastos de brasileiros no exterior. Esses gastos somaram US$ 2,12 bilhões em janeiro, pouco abaixo do valor de um ano antes, de US$ 2,30 bilhões. Neste ano, a conta de serviços teve um déficit de US$ 3,36 bilhões, pouco inferior ao de janeiro de 2013, quando chegou a US$ 3,66 bilhões. Foi um ganho muito modesto.
A presidente Dilma Rousseff e seus auxiliares normalmente se mostram pouco ou nada preocupados com o déficit em conta corrente. Quando se menciona o assunto, costumam lembrar as reservas cambiais superiores a US$ 370 bilhões, suficientes para cobrir um ano e meio de importações como as de janeiro deste ano. O volume de reservas é de fato um importante fator de segurança, mas dólares tendem a evaporar-se com espantosa rapidez quando as apostas no mercado se voltam contra um país. Além disso, a qualidade da cobertura do déficit em conta corrente tem-se deteriorado, porque o investimento estrangeiro direto tem sido insuficiente para isso.
A piora do saldo em transações correntes tem sido causada, já há alguns anos, pela redução do superávit na conta de mercadorias. Normalmente deficitário nas contas de serviços e de rendas, o Brasil precisa de um grande saldo positivo no comércio de bens para manter uma razoável segurança no setor externo. Isso depende, agora, principalmente de um melhor desempenho comercial da indústria. Não há indício, por enquanto, dessa melhora.
Fonte: aqui
Multiplicador Keynesiano: evidências empíricas
Back in the 1980s, many commentators ridiculed as voodoo economics the extreme supply-side view that across-the-board cuts in income-tax rates might raise overall tax revenues. Now we have the extreme demand-side view that the so-called "multiplier" effect of government spending on economic output is greater than one -- Team Obama is reportedly using a number around 1.5.
To think about what this means, first assume that the multiplier was 1.0. In this case, an increase by one unit in government purchases and, thereby, in the aggregate demand for goods would lead to an increase by one unit in real gross domestic product (GDP). Thus, the added public goods are essentially free to society. If the government buys another airplane or bridge, the economy's total output expands by enough to create the airplane or bridge without requiring a cut in anyone's consumption or investment.
The explanation for this magic is that idle resources -- unemployed labor and capital -- are put to work to produce the added goods and services.
If the multiplier is greater than 1.0, as is apparently assumed by Team Obama, the process is even more wonderful. In this case, real GDP rises by more than the increase in government purchases. Thus, in addition to the free airplane or bridge, we also have more goods and services left over to raise private consumption or investment. In this scenario, the added government spending is a good idea even if the bridge goes to nowhere, or if public employees are just filling useless holes. Of course, if this mechanism is genuine, one might ask why the government should stop with only $1 trillion of added purchases.
What's the flaw? The theory (a simple Keynesian macroeconomic model) implicitly assumes that the government is better than the private market at marshaling idle resources to produce useful stuff. Unemployed labor and capital can be utilized at essentially zero social cost, but the private market is somehow unable to figure any of this out. In other words, there is something wrong with the price system.
[...]
What do the data show about multipliers? Because it is not easy to separate movements in government purchases from overall business fluctuations, the best evidence comes from large changes in military purchases that are driven by shifts in war and peace. A particularly good experiment is the massive expansion of U.S. defense expenditures during World War II. The usual Keynesian view is that the World War II fiscal expansion provided the stimulus that finally got us out of the Great Depression. Thus, I think that most macroeconomists would regard this case as a fair one for seeing whether a large multiplier ever exists.
I have estimated that World War II raised U.S. defense expenditures by $540 billion (1996 dollars) per year at the peak in 1943-44, amounting to 44% of real GDP. I also estimated that the war raised real GDP by $430 billion per year in 1943-44. Thus, the multiplier was 0.8 (430/540). The other way to put this is that the war lowered components of GDP aside from military purchases. The main declines were in private investment, nonmilitary parts of government purchases, and net exports -- personal consumer expenditure changed little. Wartime production siphoned off resources from other economic uses -- there was a dampener, rather than a multiplier.
We can consider similarly three other U.S. wartime experiences -- World War I, the Korean War, and the Vietnam War -- although the magnitudes of the added defense expenditures were much smaller in comparison to GDP. Combining the evidence with that of World War II (which gets a lot of the weight because the added government spending is so large in that case) yields an overall estimate of the multiplier of 0.8 -- the same value as before. (These estimates were published last year in my book, "Macroeconomics, a Modern Approach.")
There are reasons to believe that the war-based multiplier of 0.8 substantially overstates the multiplier that applies to peacetime government purchases. For one thing, people would expect the added wartime outlays to be partly temporary (so that consumer demand would not fall a lot). Second, the use of the military draft in wartime has a direct, coercive effect on total employment. Finally, the U.S. economy was already growing rapidly after 1933 (aside from the 1938 recession), and it is probably unfair to ascribe all of the rapid GDP growth from 1941 to 1945 to the added military outlays. In any event, when I attempted to estimate directly the multiplier associated with peacetime government purchases, I got a number insignificantly different from zero.
Lista: Onde é perigoso dirigir
Os países com maior número de fatalidades por habitantes:
1 Chade
2 Guinea-Bissau
3 República Centro-Africana
4 Ucrânia
5 Malawi
6 Afeganistão
7 Rep. Democrática do Congo
8 Somália 1560
9 Lesoto 1559
10 Moçambique
145 Brasil
Como percentagem das mortes
1 Emirados Árabes Unidos 15,9
2 Catar
3 Kuwait
4 Bahrain
5 Venezuela
6 Irã
7 Belize
8 Malasia
9 Jordania
10 Mongólia
31 Brazil 3,5%
Fonte: Aqui
1 Chade
2 Guinea-Bissau
3 República Centro-Africana
4 Ucrânia
5 Malawi
6 Afeganistão
7 Rep. Democrática do Congo
8 Somália 1560
9 Lesoto 1559
10 Moçambique
145 Brasil
Como percentagem das mortes
1 Emirados Árabes Unidos 15,9
2 Catar
3 Kuwait
4 Bahrain
5 Venezuela
6 Irã
7 Belize
8 Malasia
9 Jordania
10 Mongólia
31 Brazil 3,5%
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