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29 março 2020

Por que a reforma da comunicação científica parece tão difícil e lenta?

Jan Velterop responde a pergunta para o blog Scielo. Achei confusa, mas gostei da seguinte parte:

A pesquisa em si precisa de tempo necessário para que seja feita de forma responsável e completa, mas uma vez que haja resultados sólidos, a comunicação deles com outros cientistas pode e deve ser mais rápida. A velocidade é essencial para tirar o máximo proveito dos esforços coletivos da comunidade científica. Qualquer atraso na comunicação dos resultados da pesquisa é um atraso na busca de soluções. Atrasos desnecessários são devastadores em casos de vida ou morte.

Ele usa um termo interessante: o bolismo. Ou seja, você não pode ter tudo.

Mas há um problema subjacente que impede a comunicação científica rápida, eficiente e aberta necessária para fazer o progresso necessário. Em inglês se usa a expressão “ficar com o bolo e comê-lo”. Não é possível. Depois de comer o bolo, você não o terá mais. Em outras palavras, “você não pode ter tudo”. A crença teimosa de que você pode é conhecida como “bolismo”. Há um sabor diferente de “bolismo” no sistema. Vários atores na área da comunicação científica têm desejos difíceis de conciliar, ou apenas incompatíveis entre si. Quais são estes desejos? Por parte dos pesquisadores, geralmente temos: o desejo de publicar rapidamente; ter seus artigos revisados pelos pares; ser publicado em um periódico de prestígio; ser citado amplamente e com frequência; ter acesso ilimitado a trabalhos de outros pesquisadores; enfrentar pouco ou nenhum custo para publicar em acesso aberto; obter reconhecimento pelo trabalho publicado quando avaliados para promoção, estabilidade, convites para conferências e similares. Pesquisadores individuais podem até mesmo ter mais desejos.