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29 novembro 2013
A nova postura da SEC
Um artigo da CFO discute a nova postura da SEC com Mary Jo White na sua presidência. O foco será no combate a fraudes e a criação de um programa de detecção, meses atrás, indica isto. Nos últimos anos o número de investigação da Comissão caiu; alguns consideram que isto seria decorrente da Sarbox, mas os mais céticos desconfiam desta relação. White parece também duvidar disto e resolveu direcionar a agência dos Estados Unidos para esta área. Isto inclui dar uma atenção especial as denúncias e a insistência em forçar que as empresas (e as pessoas) reconheçam publicamente as fraudes. Isto, segundo a CFO, ajudou a obter resultados rápidos, economizar recursos e evitar o risco de litígio.
09 maio 2013
Frase
Alguém diga para ela que Yourporn é grátis ! (Adrianne Gonzalez, GoingConcern)
Referindo ao pedido de Mary Jo White, feito ao Congresso dos Estados Unidos, de aumentar o orçamento da SEC em 26%. Recentemente descobriu que alguns computadores da SEC estavam sendo usados para visitar endereços na internet para adultos.
Referindo ao pedido de Mary Jo White, feito ao Congresso dos Estados Unidos, de aumentar o orçamento da SEC em 26%. Recentemente descobriu que alguns computadores da SEC estavam sendo usados para visitar endereços na internet para adultos.
09 abril 2013
SEC
O Senado dos Estados Unidos confirmou a indicação da Mary Jo White para SEC. Existia uma preocupação que a indicação poderia enfrentar resistências, por conta das vinculações de White com algumas firmas de Wall Street.
White irá assumir o posto de Elisse Walter que, por sua vez, tinha assumido a SEC com a saída de Mary Schapiro em dezembro de 2012.
Existe uma expectativa que a experiência de Mary Jo White seja útil para uma posição mais forte da SEC com as fraudes financeiras. Esta talvez seja a sua principal preocupação. A decisão sobre a posição dos Estados Unidos com respeito as normas contábeis internacionais deverá ficar em segundo plano.
White irá assumir o posto de Elisse Walter que, por sua vez, tinha assumido a SEC com a saída de Mary Schapiro em dezembro de 2012.
Existe uma expectativa que a experiência de Mary Jo White seja útil para uma posição mais forte da SEC com as fraudes financeiras. Esta talvez seja a sua principal preocupação. A decisão sobre a posição dos Estados Unidos com respeito as normas contábeis internacionais deverá ficar em segundo plano.
01 março 2013
Mais sobre a Heinz
A investigação sobre um possível uso indevido de informações privilegiadas antes da aquisição bilionária da H.J. Heinz Co. foi ampliada, com reguladores e investigadores criminais examinando o que eles veem como compras suspeitas de ações da fabricante de ketchup, segundo pessoas a par do inquérito.
A Autoridade Regulatória da Indústria Financeira, a Finra, pela sigla em inglês, que é um autorregulador de Wall Street, e o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, estão revendo numerosas operações com ações da Heinz realizadas pouco antes do anúncio da compra da empresa, por US$ 23 bilhões, o qual fez as ações dispararem em 14 de fevereiro.
O inquérito se soma à investigação — revelada em 15 de fevereiro pela comissão de valores mobiliários dos EUA, a SEC — do que a agência reguladora chamou de uma compra "altamente suspeita" de US$ 90.000 em opções sobre ações na véspera do negócio da Heinz e que gerou um possível lucro de US$ 1,7 milhão.
O FBI também informou que abriu uma investigação criminal dessas operações com opções ocorridas antes da aquisição.
Segundo pessoas a par das investigações, a compra das opções, que não era parte da apuração da Finra, foi apenas uma das operações suspeitas ligadas à aquisição da Heinz pela firma brasileira de investimento em participações 3G Capital e a Berkshire Hathaway Inc., holding do famoso investidor americano Warren Buffett.
A grande quantidade de operações com ações da Heinz antes do anúncio da aquisição está chamando a atenção dos investigadores. A cotação das ações da Heinz, que são negociadas na bolsa de Nova York, saltou 20% com a notícia, fechando a um preço de oferta de US$ 72,50 no dia em que a aquisição se tornou pública.
Na véspera, 13 de fevereiro, o volume de ações da Heinz negociadas bateu nos 3,5 milhões, mais que o dobro da média diária no mês antes daquela data, segundo a FactSet, uma firma de dados de mercado. Até ali, aquele havia sido o dia em que mais se negociou ações da Heinz desde 20 de novembro, quando o volume foi impulsionado pela divulgação do resultado trimestral da companhia.
As operações com grandes lotes — de 10.000 ações ou mais — também aumentaram. Em 13 de fevereiro, foram registradas 15 destas operações, segundo dados da FactSet, comparado com apenas três em 12 de fevereiro e duas em 11 de fevereiro.
Às 9:31 da manhã de 13 de fevereiro (horário de Nova York), por exemplo, houve uma compra de 68.755 ações, avaliada em US$ 4 milhões. Na última operação do dia, 108.351 ações trocaram de mãos, numa transação de US$ 6,5 milhões.
O inquérito dos reguladores não vai necessariamente levar a ações judiciais. A SEC não divulga que proporção das suas investigações de uso de informações privilegiadas gera processos. Uma fonte dessas investigações são as indicações da Finra sobre operações suspeitas. Mas geralmente menos de 10% dessas indicações resultam em processos, segundo pessoas que conhecem o funcionamento da agência.
A aquisição da Heinz é a segunda que a 3G faz de uma marca de alimentos conhecida cujas ações se tornaram alvo de investigações, pela SEC, de uso indevido de informações privilegiadas. A agência tem uma investigação em andamento sobre compras de opções de ações da Burger King antes da aquisição da rede de lanchonetes pela 3G, em 2010, por US$ 3,3 bilhões.
A firma está cooperando com a SEC nas investigações ligadas à Heinz e à Burger King, segundo pessoas a par do assunto.
A 3G é um entre os vários participantes dos negócios que foram solicitados pela SEC a fornecer informações, à medida que a agência tenta descobrir se houve vazamento de informações críticas para operadores, seja intencionalmente ou não, disseram pessoas com conhecimento das investigações da agência.
A firma não foi acusada de nenhuma irregularidade. Um porta-voz da 3G não quis comentar.
A 3G, uma firma de private-equity com escritórios no Rio de Janeiro e Nova York, vem desempenhando um papel cada vez mais visível em aquisições internacionais desde sua criação, em 2004.
Como parte de suas investigações sobre as operações com ações da Burger King, a SEC alegou no ano passado, numa ação civil, que um ex-corretor do banco Wells Fargo lucrou com informações privilegiadas sobre a iminente aquisição. A agência alegou que Waldyr da Silva Prado Neto, que trabalhava em Miami na época, soube da planejada compra da rede de fast-food por um cliente que investiu pelo menos US$ 50 milhões num fundo da 3G usado na aquisição.
Prado está agora no Brasil, segundo documentos do processo; um tribunal americano congelou ativos pertencentes a ele, sob a alegação da SEC de que ele teve ganhos ilegais de US$ 175.000 nas suas operações com ações da Burger King. Prado não pôde ser contatado para comentar e seu advogado não pôde ser imediatamente identificado.
Em novembro, a SEC abriu um processo civil acusando um dos clientes de Prado, o ex-banqueiro brasileiro Igor Cornelsen, de ter supostamente avisado Prado sobre o negócio da Burger King. A agência afirmou que Cornelsen embolsou mais de US$ 1,68 milhão em lucros ilícitos com operações de opções antes da aquisição da Burger King.
Cornelsen e a firma através da qual ele fez as supostas operações ilegais concordaram em pagar mais de US$ 5,1 milhões para arquivar o processo, sem admitir ou negar as irregularidades.
O advogado dele não quis comentar além de um comunicado emitido na época, dizendo que Cornelsen é "um homem honrado e com uma carreira notável. Ele está satisfeito por ter resolvido esta situação lamentável".
Pelo menos outros três clientes foram avisados por Prado e negociaram ações da Burger King antes da aquisição da 3G, segundo as acusações da SEC contra ele. Nenhum desses clientes foi identificado publicamente ou processado.
Os investigadores da SEC ainda estão tentando determinar o operador ou operadores por trás da operação de US$ 90.000 com ações da Heinz. Na semana passada, um juiz concordou em prorrogar uma ordem que dá à SEC poderes para congelar a conta de corretagem na Suíça usada para realizar a compra de opções, depois de o dono da conta não ter se apresentado para depor num tribunal de Manhattan.
A SEC pediu ajuda aos reguladores suíços para identificar a pessoa ou pessoas responsáveis pelas operações, que usaram uma conta do segmento de gestão de fortunas do banco Goldman Sachs Group Inc. na Suíça, disseram autoridades ao tribunal americano. Um porta-voz do Goldman disse que o banco está cooperando com as investigações.
Fonte: Aqui
A Autoridade Regulatória da Indústria Financeira, a Finra, pela sigla em inglês, que é um autorregulador de Wall Street, e o FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, estão revendo numerosas operações com ações da Heinz realizadas pouco antes do anúncio da compra da empresa, por US$ 23 bilhões, o qual fez as ações dispararem em 14 de fevereiro.
O inquérito se soma à investigação — revelada em 15 de fevereiro pela comissão de valores mobiliários dos EUA, a SEC — do que a agência reguladora chamou de uma compra "altamente suspeita" de US$ 90.000 em opções sobre ações na véspera do negócio da Heinz e que gerou um possível lucro de US$ 1,7 milhão.
O FBI também informou que abriu uma investigação criminal dessas operações com opções ocorridas antes da aquisição.
Segundo pessoas a par das investigações, a compra das opções, que não era parte da apuração da Finra, foi apenas uma das operações suspeitas ligadas à aquisição da Heinz pela firma brasileira de investimento em participações 3G Capital e a Berkshire Hathaway Inc., holding do famoso investidor americano Warren Buffett.
A grande quantidade de operações com ações da Heinz antes do anúncio da aquisição está chamando a atenção dos investigadores. A cotação das ações da Heinz, que são negociadas na bolsa de Nova York, saltou 20% com a notícia, fechando a um preço de oferta de US$ 72,50 no dia em que a aquisição se tornou pública.
Na véspera, 13 de fevereiro, o volume de ações da Heinz negociadas bateu nos 3,5 milhões, mais que o dobro da média diária no mês antes daquela data, segundo a FactSet, uma firma de dados de mercado. Até ali, aquele havia sido o dia em que mais se negociou ações da Heinz desde 20 de novembro, quando o volume foi impulsionado pela divulgação do resultado trimestral da companhia.
As operações com grandes lotes — de 10.000 ações ou mais — também aumentaram. Em 13 de fevereiro, foram registradas 15 destas operações, segundo dados da FactSet, comparado com apenas três em 12 de fevereiro e duas em 11 de fevereiro.
Às 9:31 da manhã de 13 de fevereiro (horário de Nova York), por exemplo, houve uma compra de 68.755 ações, avaliada em US$ 4 milhões. Na última operação do dia, 108.351 ações trocaram de mãos, numa transação de US$ 6,5 milhões.
O inquérito dos reguladores não vai necessariamente levar a ações judiciais. A SEC não divulga que proporção das suas investigações de uso de informações privilegiadas gera processos. Uma fonte dessas investigações são as indicações da Finra sobre operações suspeitas. Mas geralmente menos de 10% dessas indicações resultam em processos, segundo pessoas que conhecem o funcionamento da agência.
A aquisição da Heinz é a segunda que a 3G faz de uma marca de alimentos conhecida cujas ações se tornaram alvo de investigações, pela SEC, de uso indevido de informações privilegiadas. A agência tem uma investigação em andamento sobre compras de opções de ações da Burger King antes da aquisição da rede de lanchonetes pela 3G, em 2010, por US$ 3,3 bilhões.
A firma está cooperando com a SEC nas investigações ligadas à Heinz e à Burger King, segundo pessoas a par do assunto.
A 3G é um entre os vários participantes dos negócios que foram solicitados pela SEC a fornecer informações, à medida que a agência tenta descobrir se houve vazamento de informações críticas para operadores, seja intencionalmente ou não, disseram pessoas com conhecimento das investigações da agência.
A firma não foi acusada de nenhuma irregularidade. Um porta-voz da 3G não quis comentar.
A 3G, uma firma de private-equity com escritórios no Rio de Janeiro e Nova York, vem desempenhando um papel cada vez mais visível em aquisições internacionais desde sua criação, em 2004.
Como parte de suas investigações sobre as operações com ações da Burger King, a SEC alegou no ano passado, numa ação civil, que um ex-corretor do banco Wells Fargo lucrou com informações privilegiadas sobre a iminente aquisição. A agência alegou que Waldyr da Silva Prado Neto, que trabalhava em Miami na época, soube da planejada compra da rede de fast-food por um cliente que investiu pelo menos US$ 50 milhões num fundo da 3G usado na aquisição.
Prado está agora no Brasil, segundo documentos do processo; um tribunal americano congelou ativos pertencentes a ele, sob a alegação da SEC de que ele teve ganhos ilegais de US$ 175.000 nas suas operações com ações da Burger King. Prado não pôde ser contatado para comentar e seu advogado não pôde ser imediatamente identificado.
Em novembro, a SEC abriu um processo civil acusando um dos clientes de Prado, o ex-banqueiro brasileiro Igor Cornelsen, de ter supostamente avisado Prado sobre o negócio da Burger King. A agência afirmou que Cornelsen embolsou mais de US$ 1,68 milhão em lucros ilícitos com operações de opções antes da aquisição da Burger King.
Cornelsen e a firma através da qual ele fez as supostas operações ilegais concordaram em pagar mais de US$ 5,1 milhões para arquivar o processo, sem admitir ou negar as irregularidades.
O advogado dele não quis comentar além de um comunicado emitido na época, dizendo que Cornelsen é "um homem honrado e com uma carreira notável. Ele está satisfeito por ter resolvido esta situação lamentável".
Pelo menos outros três clientes foram avisados por Prado e negociaram ações da Burger King antes da aquisição da 3G, segundo as acusações da SEC contra ele. Nenhum desses clientes foi identificado publicamente ou processado.
Os investigadores da SEC ainda estão tentando determinar o operador ou operadores por trás da operação de US$ 90.000 com ações da Heinz. Na semana passada, um juiz concordou em prorrogar uma ordem que dá à SEC poderes para congelar a conta de corretagem na Suíça usada para realizar a compra de opções, depois de o dono da conta não ter se apresentado para depor num tribunal de Manhattan.
A SEC pediu ajuda aos reguladores suíços para identificar a pessoa ou pessoas responsáveis pelas operações, que usaram uma conta do segmento de gestão de fortunas do banco Goldman Sachs Group Inc. na Suíça, disseram autoridades ao tribunal americano. Um porta-voz do Goldman disse que o banco está cooperando com as investigações.
Fonte: Aqui
30 janeiro 2013
Conflito de interesses na SEC
Como observou DealBook , a Sra. White representou os maiores bancos de Wall Street e de outras grandes empresas, durante os tempos de Debevoise Plimpton [empresa de advocacia]. Os clientes recentes incluíram JPMorgan Chase, em casos de crise financeira, a News Corporation, com seus problemas dos celulares e um ex-executivo do Bank of America, Kenneth D. Lewis. Ela tinha outros clientes que não foram reveladas (...)
Mas algumas decisões envolvendo estas empresas e pessoas deveria contar com a abstenção da Sra. White. Como são cinco comissários, poderá haver empate.
Mas algumas decisões envolvendo estas empresas e pessoas deveria contar com a abstenção da Sra. White. Como são cinco comissários, poderá haver empate.
20 janeiro 2013
SEC: Mary Jo White, nova líder?
A ex-procuradora federal Mary Jo White, que ganhou destaque nos Estados Unidos por perseguir terroristas em Nova York, é apontada como a provável escolha do governo Obama para liderar a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, na sigla em inglês) do país, de acordo com pessoas familiarizadas ao governo.
White foi a primeira mulher a atuar como procuradora dos Estados Unidos em Manhattan. Se nomeada pela Casa Branca e confirmada pelo Senado, ela também será a primeira procuradora a chefiar a SEC, o que pode significar uma gestão mais severa em uma instituição manchada por erros de execução e prejudicada por um contexto de crise financeira.
Fonte: Aqui
White foi a primeira mulher a atuar como procuradora dos Estados Unidos em Manhattan. Se nomeada pela Casa Branca e confirmada pelo Senado, ela também será a primeira procuradora a chefiar a SEC, o que pode significar uma gestão mais severa em uma instituição manchada por erros de execução e prejudicada por um contexto de crise financeira.
Fonte: Aqui
02 dezembro 2012
Frase
Se o objetivo da SEC é servir como defensor do investidor, não há muito para Ms Schapiro para se vangloriar.
The Economist - sobre o legado de Mary Schapiro na SEC (via Business Insider)
The Economist - sobre o legado de Mary Schapiro na SEC (via Business Insider)
27 novembro 2012
Schapiro deixa a SEC
Em setembro avisamos aos nossos leitores que Mary Schapiro (foto) estaria deixando a SEC. Ontem a SEC distribuiu um comunicado confirmando o fato. Schapiro destacou que na gestão, que iniciou em janeiro de 2009, no período da crise, a SEC aumentou a fiscalização. Mesmo assim, os críticos afirmam que SEC continua dócil aos fraudadores. Anteriormente, em meados do ano, o contador chefe já tinha se afastado.
Schapiro também deixará o cargo no Comitê de Monitoramento da IFRS.
Para substituir Schapiro dois candidatos tinham sido cogitados. Surgiu outro nome: Sally Krawcheck, presidente do Bank of America.
Em termos da contabilidade, o nome do novo presidente pode ser fundamental para a questão da convergência internacional.
Schapiro também deixará o cargo no Comitê de Monitoramento da IFRS.
Para substituir Schapiro dois candidatos tinham sido cogitados. Surgiu outro nome: Sally Krawcheck, presidente do Bank of America.
Em termos da contabilidade, o nome do novo presidente pode ser fundamental para a questão da convergência internacional.
23 novembro 2012
Quem irá comandar a SEC?
Com a eleição, o presidente Obama precisa definir quem irá ocupar os principais cargos da sua segunda administração. Já se sabe que a atual presidente da SEC não irá permanecer para mais um mandato. Dois candidatos aparecem no momento, segundo Simon Johnson, no New York Times: Mary Miller ou Neil Barofsky. Miller representa o status quo para Wall Street: seria representante da indústria de investimentos e provavelmente não mudaria muita coisa. Barofsky seria o contrário: com um longo histórico na luta contra fraudes, este contador tem o apoio de quem gostaria que o mercado fosse mais honesto.
Caberá ao novo presidente da SEC a definição sobre o rumos da convergência contábil. O texto de Johnson não informa nada sobre a posição dos dois postulantes sobre o assunto.
Caberá ao novo presidente da SEC a definição sobre o rumos da convergência contábil. O texto de Johnson não informa nada sobre a posição dos dois postulantes sobre o assunto.
20 julho 2012
Mais Ducha
Esta semana - dias depois que a Securities and Exchange Commission dos EUA deixou claro que não irá mover em breve na direção a adoção de padrões internacionais - as duas entidades se encontraram em desacordo sobre uma das questões mais controversas para sair da crise financeira: como os bancos devem contabilizar os empréstimos ruins.
As duas entidades fecharam acordos provisórios na primavera deste ano - eu vou chegar a alguns dos detalhes mais tarde - mas Leslie Seidman, presidente da SEC disse numa reunião conjunta das duas entidades que reguladores bancários e outros manifestaram preocupação com as regras e que ela queria mais tempo para trabalhar com orientações e detalhes.
"Isso é profundamente embaraçoso", respondeu Hans Hoogervorst, o presidente do conselho internacional, que se reunia em Londres e estava ligado por vídeo-conferência para a reunião do conselho da American em Norwalk, Connecticut. Ele disse temer que "essa coisa toda vai desandar" depois de três anos de esforço.
Accounting Détente Delayed - New York Times - Floyd Norris - 19 jul 2012
As duas entidades fecharam acordos provisórios na primavera deste ano - eu vou chegar a alguns dos detalhes mais tarde - mas Leslie Seidman, presidente da SEC disse numa reunião conjunta das duas entidades que reguladores bancários e outros manifestaram preocupação com as regras e que ela queria mais tempo para trabalhar com orientações e detalhes.
"Isso é profundamente embaraçoso", respondeu Hans Hoogervorst, o presidente do conselho internacional, que se reunia em Londres e estava ligado por vídeo-conferência para a reunião do conselho da American em Norwalk, Connecticut. Ele disse temer que "essa coisa toda vai desandar" depois de três anos de esforço.
Accounting Détente Delayed - New York Times - Floyd Norris - 19 jul 2012
19 julho 2012
Ainda a Ducha
Alguns dos aspectos do relatório da SEC sobre a adoção das
normas internacionais merecem destaque:
a)
Muitos países adotam as normas internacionais com
algum tipo de mecanismo de endosso. As razões são várias, incluindo a
necessidade legal para isto (talvez seja o caso do Brasil) ou manter o controle
sobre os padrões contábeis. Isto naturalmente tem efeito sobre a
comparabilidade e a influência das normas internacionais;
b)
As US GAAP estão presente em regulamentos e
contratos. A adoção das normas internacionais pode representar um grande
problema legal;
c)
Existem algumas grandes diferenças entre as
normas dos EUA e a IFRS. As razões para estas diferenças são várias. O
documento lista as principais diferenças, que inclui impairment, passivos não
financeiros (e a questão da terminologia da palavra “provável”), mensuração de
certos ativos, estoques (em particular a adoção do UEPS), pesquisa e
desenvolvimento, impostos e ativo permanente. Além disto, as IFRS não
contemplam normas específicas para setores como petróleo, enquanto os US GAAP
possuem regulações próprias sobre o assunto;
d)
A dicotomia entre princípios e regras também é
analisada de maneira critica pelo documento. Em alguns trechos, o texto parece
não concordar com esta dicotomia.
e)
O relatório lembra que o EUA é o principal financiador
do Iasb (e isto é verdade, já que segundo as últimas demonstrações do Iasb,
este país doou 3,65 milhões de libras, de um total de 20,56 de doações, que
corresponde a 18% do total de doação). E que o Iasb não está conseguindo
sucesso em melhorar as fontes de financiamento. Além disto, o texto
ressalta a importância de se ter fontes
de recursos estáveis e independente de contribuições de empresas contábeis e
outras.
f)
Cerca de 30 países participam financeiramente do
Iasb. Como o número de países de adotam, de alguma maneira, as normas
internacionais ultrapassa a cem, isto significa que 75% dos países que adotam
não fazem qualquer tipo de contribuição (um parênteses nosso: na América Latina
só o Brasil faz doações para o Iasb).
17 julho 2012
Normas Internacionais 2
16 julho 2012
Ducha de Água Fria na Convergência
A SEC, entidade que regula o mercado acionário dos
Estados Unidos, soltou na última sexta-feira um relatório de sua assessoria
sobre a convergência internacional. Sob a denominação de Work Plan
for the Consideration of IncorporatingInternational Financial Reporting
Standards intothe Financial Reporting System for U.S. Issuers este relatório era bastante aguardado pelo
mercado (veja aqui a
cópia do relatório).
Como é sabido, as normas internacionais de contabilidade, elaboradas e
aprovadas pelo Iasb, são aceitas, totalmente ou parcialmente, em dezenas de
países. Entretanto, em alguns países a adoção precisa avançar mais. A maior
economia do planeta, os Estados Unidos, permite que empresas estrangeiras
possam usar as normas internacionais, denominadas IFRS. Mas as empresas locais
não podem usar estas normas: é obrigatório o uso das normas dos Estados Unidos,
elaboradas pelo Fasb.
Em razão disto, a adoção das normas internacionais por empresas dos
Estados Unidos tem sido aguardada com ansiedade. O relatório, divulgado na
sexta, é uma das etapas neste processo. O relatório serve de base para
discussão, muito embora não signifique que exista uma decisão de incorporar as
normas internacionais, conforme destaca a nota introdutória do relatório.
Pelo contrário. As notícias não são boas para os defensores da IFRS.
Segundo Sean Lager, um especialista consultado pelo Journal of Accountancy , a decisão da SEC
não será tomada em 2012. Entretanto, existe uma grande pressão para que as
empresas abertas sejam obrigadas a usar as normas internacionais.
Para o Iasb, a adoção das normas pelos Estados
Unidos é crucial. Conforme comentou o seu ex-presidente, Sir David Tweedie, a
demora pode atrapalhar os esforços realizados até o momento em torno da
convergência internacional. Isto poderia gerar “variações regionais” da IFRS.
Um estudo da SEC, de 2011, mostrou que as
demonstrações contábeis com as normas internacionais possuem muitas
divergências, o que contraria seu objetivo de promover comparabilidade. Além
disto, existe sempre a preocupação com o custo da adoção das normas
internacionais. Isto pode ter influenciado bastante a mudança de rumo, em
relação ao otimismo de quatro anos atrás, sobre a
convergência.
A indefinição dos Estados Unidos quanto a adoção
das normas pode reduzir sua influência sobre as normas internacionais. Dois
membros dos Estados Unidos, que participam do Iasb, terão seu mandato
finalizado em 2012, com a possibilidade de outros países indicarem os
substitutos, conforme ameaçou David Tweedie recentemente.
Mas Dena Aubin, da Reuters, lembra que o relatório indica que existe
pouco apoio para adoção em grande escala das normas internacionais, tanto das
empresas quanto dos investidores. Apesar do relatório não ter nenhuma
recomendação, a listagem de desvantagens da IFRS é grande. Conforme lembra
Aubin, o texto não trouxe surpresas. Já se sabia que a SEC será muito
conservadora na adoção das normas e que não se sente confortável com a
convergência. Entretanto, como se trata de um relatório do staff, os
comissários da SEC podem tomar uma decisão diferente. Neste caso, os
comissários estariam, de certa forma, ignorando o relatório. De qualquer forma,
o relatório defende um papel ativo para o FASB.
É interessante notar que o relatório saiu depois que o contador chefe da
SEC, James Kroeker, deixou a entidade. Kroeker era, pretensamente, um defensor
das normas internacionais. Floyd Norris, do New York Times, destaca que o relatório
foi preparado durante a gestão de Kroeker.
Outro aspecto importante é que o relatório, de 127
páginas, não se preocupa com estabelecer prazos. Apesar de destacar a qualidade
das normas internacionais, o texto informa que existem áreas subdesenvolvidas,
que inclui seguros e setores regulados. Com respeito a questão do financiamento:
apesar de ser adotado em mais de 100 países, a fundação IFRS é financiada por
menos de 30 países. (Na América do Sul somente o Brasil participa deste esforço
financeiro).
Em resumo, o relatório representa uma ducha de água fria para a adoção
das normas internacionais nos Estados Unidos.
11 julho 2012
Conflito de Interesses: Investidores x Brokers
A Fancy Financial Adviser Title Does Not Ensure High Standards
By TARA SIEGEL BERNARD
The New York Times
Published: July 6, 2012
Most investors don’t realize that when they walk into a bank or brokerage firm branch, the representatives there are essentially free to emblazon their business cards with whatever titles they please — financial consultants, advisers, wealth managers, to name a few. But if you’re looking for someone who is qualified to give smart advice about all aspects of your financial life while keeping costs down, you may not be in the right place.
The issue came up again earlier this week in an article by my colleagues at The New York Times, who quoted former JPMorgan Chase brokers as saying they were encouraged to promote the firm’s own funds to customers even when more competitive investments were available. Not only were the funds expensive, but the bank also exaggerated at least one investment portfolio’s returns.
This may be one of the more blatant examples of the possible pitfalls when working with a bank or brokerage firm. Investors can’t be blamed for failing to recognize the differences between a glorified salesman pushing a particular fund and a true investment adviser who is required to act in your best interest, but there are many.
Let us name a few. If two similar mutual funds are available, brokers can choose to put you in the one that lines their pocket at your expense as long as it’s considered “suitable” for your needs (that goes for brokers selling investments or insurance). They aren’t always required to disclose conflicts of interest that may influence what they ultimately decide to recommend, experts said. Nor are they always obliged to tell you how they are compensated or who is ultimately paying them. True investment advisers are supposed to do all of those things, by law.
Two years ago, the Dodd-Frank financial overhaul law gave the Securities and Exchange Commission the authority to write rules that would require brokers to adhere to the same standard as advisers — a standard known as “fiduciary duty” — but the law stopped short of requiring that the rules be written. Not surprisingly, the S.E.C. has yet to write the rules. While the insurance and financial industries initially pushed back against the rule, the most recent delay was reportedly tied to the commission’s efforts to study the costs and benefits of a rule so that it could withstand a court challenge. So its fate and timing are still uncertain.
Still, some experts might argue that even after a fiduciary rule is passed there will still be reasons to take extra care when working with a broker (in fact, some brokers are already subject to the fiduciary rules because they collect a fee or have discretionary control over their customers’ accounts). That’s not to say there aren’t many capable advisers who work at banks and brokerage firms — they just might be limited in the type of advice they can provide because they’re working within the confines of their firm’s longtime business model, one with a deep-rooted sales culture that can’t entirely change its spots.
Indeed, several former brokers quoted in my colleagues’ article echoed a point that I’ve also heard from former brokers in recent years: As much as their firms would like to recast brokers’ images as trusted advisers, it is still hard for them to fully shed the sales mentality.
“A fiduciary duty will help at the margins, raising the amount of due diligence brokers will have to do before recommending a security, but a fiduciary standard will not rewrite the history and culture of the brokerage services industry that has existed since before the Great Depression,” said Arthur Laby, a professor at Rutgers School of Law-Camden, and a former assistant general counsel at the S.E.C.
Brokers, for instance, aren’t typically paid for advice — that is, they aren’t paid for creating a financial plan, and they rarely charge by the hour (though there also aren’t enough independent advisers that operate this way). Instead, they make money after they sell you something. “The more they sell, the more they make,” said Alois Pirker, research director at the Aite Group, a financial research firm. He says that brokers might take a 45 percent cut of the commission they collect, or, if they collect an annual fee, they will be paid a portion of that (and typically the more business they bring in, the higher the percentage they will collect).
The average fee that brokerage firms charge customers for a managed account — or an account that includes a mix of investments like mutual funds — is 2.02 percent, according to Cerulli Associates, an asset management research firm. That includes a 1.1 percent management fee, while the remainder is for the underlying investments. Accounts with cheaper underlying investments like exchange-traded funds will cost slightly less, though that data wasn’t available. (The proprietary JPMorgan portfolio charged an annual fee of as much as 1.6 percent, plus the cost of the investments.)
Independent financial planners typically include an annual charge of 0.85 percent to 1.15 percent of your money, according to Cerulli, plus the investment costs. Alternatively, you can seek out a planner who will charge either a flat fee or by the hour. But the biggest difference between a broker and a financial planner is that the planner’s fee, more often than not, will include a holistic financial checkup — a detailed analysis of where your money goes, how to approach paying down debts, how much life insurance to buy and how to set up a saving and investment plan to reach your goals, whether that includes saving for a down payment on a house, college or your retirement. They’ll also go over your estate plan, among other things.
Brokers, on the other hand, may work for firms that encourage the kind of training that would allow them to offer similar advice, but you have to ask yourself if they will be willing to spend the time with you if they get paid only after they make a sale, particularly if that portfolio isn’t worth millions of dollars. On top of that, many brokers’ training is quite limited. (Only about 17 percent of the advisers at brokerage firms are certified financial planners, according to Cerulli.) “ ‘How much do I need to have to retire?’ is the sole focus of the majority of these investment planners,” said Scott Smith, an associate director at Cerulli, though he added that many larger firms had professionals on hand with broader experience if you requested that kind of help.
(...) Still, the biggest danger right now, experts say, goes back to the fact that most consumers don’t know who they are dealing with when they sit down with a broker. “The greatest risk the average investor runs is the risk of being misled into thinking that the broker is acting in the best interest of the client, as opposed to acting in the firm’s interest,” Professor Laby said.
Imposing a higher standard will go a long way to solving a large part of the problem, experts said, but it won’t necessarily eradicate it. “I do not believe a fiduciary standard would be a panacea by any means,” Professor Laby added. “It would, however, raise the industry standard, requiring the larger firms with good compliance programs to think very carefully about whether their brokers’ recommendations could be defended in court, or before the S.E.C., as consistent with a fiduciary standard.”
Mercer E. Bullard, an associate professor at the University of Mississippi School of Law who served on the commission’s Investor Advisory Committee, said that a fiduciary duty wouldn’t necessarily ensure that investors would always be told about the myriad ways the brokerage firm makes money, including revenue sharing, where mutual fund managers may share a portion of their revenue with the brokerage firm (which may cause the funds to land on its list of preferred funds). Some brokerage firms disclose this information on their Web site now, or at the point of sale, but good luck deciphering all of it.
Regardless of what the law says now or how it may change, you can always ask any adviser you are working with who is paying them. And then, ask the adviser to sign a fiduciary pledge, something you can find in a blog post I wrote in 2010, which is attached to the online version of this column.
Because with or without a stronger law, the burden will always be on the investor to find a conflict-free “financial planner,” in the purest sense of the title.
Veja um exemplo de "nota de compromisso":
The Fiduciary Pledge
I, the undersigned, pledge to exercise my best efforts to always act in good faith and in the best interests of my client, _______, and will act as a fiduciary. I will provide written disclosure, in advance, of any conflicts of interest, which could reasonably compromise the impartiality of my advice. Moreover, in advance, I will disclose any and all fees I will receive as a result of this transaction and I will disclose any and all fees I pay to others for referring this client transaction to me. This pledge covers all services provided.
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Date______________________________
By TARA SIEGEL BERNARD
The New York Times
Published: July 6, 2012
Most investors don’t realize that when they walk into a bank or brokerage firm branch, the representatives there are essentially free to emblazon their business cards with whatever titles they please — financial consultants, advisers, wealth managers, to name a few. But if you’re looking for someone who is qualified to give smart advice about all aspects of your financial life while keeping costs down, you may not be in the right place.
The issue came up again earlier this week in an article by my colleagues at The New York Times, who quoted former JPMorgan Chase brokers as saying they were encouraged to promote the firm’s own funds to customers even when more competitive investments were available. Not only were the funds expensive, but the bank also exaggerated at least one investment portfolio’s returns.
This may be one of the more blatant examples of the possible pitfalls when working with a bank or brokerage firm. Investors can’t be blamed for failing to recognize the differences between a glorified salesman pushing a particular fund and a true investment adviser who is required to act in your best interest, but there are many.
Let us name a few. If two similar mutual funds are available, brokers can choose to put you in the one that lines their pocket at your expense as long as it’s considered “suitable” for your needs (that goes for brokers selling investments or insurance). They aren’t always required to disclose conflicts of interest that may influence what they ultimately decide to recommend, experts said. Nor are they always obliged to tell you how they are compensated or who is ultimately paying them. True investment advisers are supposed to do all of those things, by law.
Two years ago, the Dodd-Frank financial overhaul law gave the Securities and Exchange Commission the authority to write rules that would require brokers to adhere to the same standard as advisers — a standard known as “fiduciary duty” — but the law stopped short of requiring that the rules be written. Not surprisingly, the S.E.C. has yet to write the rules. While the insurance and financial industries initially pushed back against the rule, the most recent delay was reportedly tied to the commission’s efforts to study the costs and benefits of a rule so that it could withstand a court challenge. So its fate and timing are still uncertain.
Still, some experts might argue that even after a fiduciary rule is passed there will still be reasons to take extra care when working with a broker (in fact, some brokers are already subject to the fiduciary rules because they collect a fee or have discretionary control over their customers’ accounts). That’s not to say there aren’t many capable advisers who work at banks and brokerage firms — they just might be limited in the type of advice they can provide because they’re working within the confines of their firm’s longtime business model, one with a deep-rooted sales culture that can’t entirely change its spots.
Indeed, several former brokers quoted in my colleagues’ article echoed a point that I’ve also heard from former brokers in recent years: As much as their firms would like to recast brokers’ images as trusted advisers, it is still hard for them to fully shed the sales mentality.
“A fiduciary duty will help at the margins, raising the amount of due diligence brokers will have to do before recommending a security, but a fiduciary standard will not rewrite the history and culture of the brokerage services industry that has existed since before the Great Depression,” said Arthur Laby, a professor at Rutgers School of Law-Camden, and a former assistant general counsel at the S.E.C.
Brokers, for instance, aren’t typically paid for advice — that is, they aren’t paid for creating a financial plan, and they rarely charge by the hour (though there also aren’t enough independent advisers that operate this way). Instead, they make money after they sell you something. “The more they sell, the more they make,” said Alois Pirker, research director at the Aite Group, a financial research firm. He says that brokers might take a 45 percent cut of the commission they collect, or, if they collect an annual fee, they will be paid a portion of that (and typically the more business they bring in, the higher the percentage they will collect).
The average fee that brokerage firms charge customers for a managed account — or an account that includes a mix of investments like mutual funds — is 2.02 percent, according to Cerulli Associates, an asset management research firm. That includes a 1.1 percent management fee, while the remainder is for the underlying investments. Accounts with cheaper underlying investments like exchange-traded funds will cost slightly less, though that data wasn’t available. (The proprietary JPMorgan portfolio charged an annual fee of as much as 1.6 percent, plus the cost of the investments.)
Independent financial planners typically include an annual charge of 0.85 percent to 1.15 percent of your money, according to Cerulli, plus the investment costs. Alternatively, you can seek out a planner who will charge either a flat fee or by the hour. But the biggest difference between a broker and a financial planner is that the planner’s fee, more often than not, will include a holistic financial checkup — a detailed analysis of where your money goes, how to approach paying down debts, how much life insurance to buy and how to set up a saving and investment plan to reach your goals, whether that includes saving for a down payment on a house, college or your retirement. They’ll also go over your estate plan, among other things.
Brokers, on the other hand, may work for firms that encourage the kind of training that would allow them to offer similar advice, but you have to ask yourself if they will be willing to spend the time with you if they get paid only after they make a sale, particularly if that portfolio isn’t worth millions of dollars. On top of that, many brokers’ training is quite limited. (Only about 17 percent of the advisers at brokerage firms are certified financial planners, according to Cerulli.) “ ‘How much do I need to have to retire?’ is the sole focus of the majority of these investment planners,” said Scott Smith, an associate director at Cerulli, though he added that many larger firms had professionals on hand with broader experience if you requested that kind of help.
(...) Still, the biggest danger right now, experts say, goes back to the fact that most consumers don’t know who they are dealing with when they sit down with a broker. “The greatest risk the average investor runs is the risk of being misled into thinking that the broker is acting in the best interest of the client, as opposed to acting in the firm’s interest,” Professor Laby said.
Imposing a higher standard will go a long way to solving a large part of the problem, experts said, but it won’t necessarily eradicate it. “I do not believe a fiduciary standard would be a panacea by any means,” Professor Laby added. “It would, however, raise the industry standard, requiring the larger firms with good compliance programs to think very carefully about whether their brokers’ recommendations could be defended in court, or before the S.E.C., as consistent with a fiduciary standard.”
Mercer E. Bullard, an associate professor at the University of Mississippi School of Law who served on the commission’s Investor Advisory Committee, said that a fiduciary duty wouldn’t necessarily ensure that investors would always be told about the myriad ways the brokerage firm makes money, including revenue sharing, where mutual fund managers may share a portion of their revenue with the brokerage firm (which may cause the funds to land on its list of preferred funds). Some brokerage firms disclose this information on their Web site now, or at the point of sale, but good luck deciphering all of it.
Regardless of what the law says now or how it may change, you can always ask any adviser you are working with who is paying them. And then, ask the adviser to sign a fiduciary pledge, something you can find in a blog post I wrote in 2010, which is attached to the online version of this column.
Because with or without a stronger law, the burden will always be on the investor to find a conflict-free “financial planner,” in the purest sense of the title.
Veja um exemplo de "nota de compromisso":
The Fiduciary Pledge
I, the undersigned, pledge to exercise my best efforts to always act in good faith and in the best interests of my client, _______, and will act as a fiduciary. I will provide written disclosure, in advance, of any conflicts of interest, which could reasonably compromise the impartiality of my advice. Moreover, in advance, I will disclose any and all fees I will receive as a result of this transaction and I will disclose any and all fees I pay to others for referring this client transaction to me. This pledge covers all services provided.
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21 junho 2012
Kroeker deixa a SEC
James Kroeker está deixando o cargo de contador-chefe da SEC, entidade que regula o mercado acionário dos Estados Unidos. No passado, Kroeker defendeu as regras do valor justo. Apesar de ter origem profissional numa das big 4 e da defesa da convergência, antes de assumir o posto , durante o período que esteve no cargo a adoção das IFRS nos Estados Unidos não avançou muito (ou tanto quanto as Big Four esperavam). Kroeker acreditava na relevância das IFRS.
Em 2010 Kroeker avisava que o prazo para convergência, anteriormente estipulado para 201, iria atrasar. Na ocasião, enfatizou que a qualidade deveria prevalecer sobre a quantidade. Em meados do ano passado, ele comentava sobre o cuidado na incorporação das IFRS.
Em janeiro de 2012 colocou panos quentes na intenção do presidente do Iasb de forçar a adoção das normas internacionais. O comunicado do afastamento afirma somente que Kroeker irá para a iniciativa privada, sem informar os motivos do afastamento.
Em 2010 Kroeker avisava que o prazo para convergência, anteriormente estipulado para 201, iria atrasar. Na ocasião, enfatizou que a qualidade deveria prevalecer sobre a quantidade. Em meados do ano passado, ele comentava sobre o cuidado na incorporação das IFRS.
Em janeiro de 2012 colocou panos quentes na intenção do presidente do Iasb de forçar a adoção das normas internacionais. O comunicado do afastamento afirma somente que Kroeker irá para a iniciativa privada, sem informar os motivos do afastamento.
01 junho 2012
O vocábulo inovação nos Relatórios de Administração
Na sua empresa há inovação? Praticamente todas diriam que sim. O termo é usado a torto e a direito por empresas. É um modo de mostrar que estão na vanguarda, seja lá do que for: da tecnologia, da medicina, dos salgadinhos, dos cosméticos. É um tal de exibir diretores de inovação, equipes de inovação, estratégias de inovação. Há até "dia" da inovação.
Não significa, no entanto, que a empresa esteja realmente inovando em alguma coisa. Nada disso: embora o termo remeta a uma transformação monumental, o progresso sendo descrito volta e meia é bem ordinário.
Como outros motes popularíssimos no passado - "sinergia", "otimização" -, a inovação corre o risco de virar um clichê. Se é que já não virou. "A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimento onde não há", diz Clayton Christensen, professor da Faculdade de Administração Harvard e autor de "O Dilema da Inovação", de 1997.
Uma busca em informes de resultados anuais e trimestrais apresentados à agência reguladora do mercado aberto nos Estados Unidos, a SEC, revela que empresas citaram alguma variação do termo "inovação" 33.528 vezes no ano passado, alta de 64% em relação a cinco anos antes. Mais de 250 livros com o termo "innovation" no título foram lançados nos últimos três meses - a maioria na seção de administração, segundo pesquisa na Amazon.com.
(...)Hoje consultor de inovação, Berkun aconselha clientes a banir a palavra da empresa. "É uma palavra camaleônica [usada] para ocultar a falta de substância", diz.
Para Berkun, a popularização do termo inovação remonta à década de 90, época da bolha da internet e do lançamento de "Dominando a Dinâmica da Inovação", de James M. Utterback, e do livro de Christensen. O termo seduz empresas estabelecidas por indicar algo ágil e bacana, como seriam uma empresa nova e seus criadores, explica.
Nos Estados Unidos, mais de 250 livros com a palavra "innovation" no título foram lançados nos últimos três meses Nem sempre empresas de tecnologia são as que mais abusam do termo. A Apple e o Google usaram a palavra inovação 22 vezes e 14 vezes, respectivamente, nos mais recentes relatórios anuais. Junto com elas vieram Procter & Gamble (22 vezes), Scotts Miracle-Gro (21) e Campbell Soup (18).
A febre da inovação fez nascer toda uma indústria de consultoria. Empresas do ranking das cem maiores da revista "Fortune" pagam a consultores de inovação entre US$ 300 mil e US$ 1 milhão para a colaboração em um único projeto, o que pode chegar a US$ 1 milhão e US$ 10 milhões ao ano, estima Alex Kandybin, consultor de estratégia de inovação da Booz & Co.
Além disso, quatro de cada dez executivos dizem que sua empresa hoje tem um diretor de inovação, de acordo com um estudo recente do fenômeno divulgado no mês passado pela consultoria Capgemini.
Os resultados, baseados em uma sondagem pela internet de 260 executivos do mundo todo, além de 25 entrevistas mais detalhadas, sugerem que o título pode ser mera "propaganda". A maioria dos executivos admitiu que sua empresa ainda não tem uma estratégia de inovação clara para respaldar o posto(...)
A palavra inovação de nova não tem nada. O primeiro registro do termo - que vem do latim "innovatus" (renovação, mudança) - em um documento impresso da do século 15, diz Robert Leonard, presidente do programa de linguística da Universidade Hofstra, nos EUA. Com a aceleração do ciclo de produtos em empresas, a palavra passou a significar não só fazer algo novo, mas fazê-lo com mais rapidez, diz ele.
Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas de progresso comum - e normalmente não criam mais empregos nem negócios. Como a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele, muita empresa perde a paciência. Para a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando. "Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação"(...)
Fonte :Inovação vira clichê no dicionário empresarial - Leslie Kwoh - Valor Econômico - 25/05/2012 - Publicado originalmente no WSJ no dia 23/05/2012.
Não significa, no entanto, que a empresa esteja realmente inovando em alguma coisa. Nada disso: embora o termo remeta a uma transformação monumental, o progresso sendo descrito volta e meia é bem ordinário.
Como outros motes popularíssimos no passado - "sinergia", "otimização" -, a inovação corre o risco de virar um clichê. Se é que já não virou. "A maioria das empresas diz que é inovadora na esperança de levar o investidor a crer que há crescimento onde não há", diz Clayton Christensen, professor da Faculdade de Administração Harvard e autor de "O Dilema da Inovação", de 1997.
Uma busca em informes de resultados anuais e trimestrais apresentados à agência reguladora do mercado aberto nos Estados Unidos, a SEC, revela que empresas citaram alguma variação do termo "inovação" 33.528 vezes no ano passado, alta de 64% em relação a cinco anos antes. Mais de 250 livros com o termo "innovation" no título foram lançados nos últimos três meses - a maioria na seção de administração, segundo pesquisa na Amazon.com.
(...)Hoje consultor de inovação, Berkun aconselha clientes a banir a palavra da empresa. "É uma palavra camaleônica [usada] para ocultar a falta de substância", diz.
Para Berkun, a popularização do termo inovação remonta à década de 90, época da bolha da internet e do lançamento de "Dominando a Dinâmica da Inovação", de James M. Utterback, e do livro de Christensen. O termo seduz empresas estabelecidas por indicar algo ágil e bacana, como seriam uma empresa nova e seus criadores, explica.
Nos Estados Unidos, mais de 250 livros com a palavra "innovation" no título foram lançados nos últimos três meses Nem sempre empresas de tecnologia são as que mais abusam do termo. A Apple e o Google usaram a palavra inovação 22 vezes e 14 vezes, respectivamente, nos mais recentes relatórios anuais. Junto com elas vieram Procter & Gamble (22 vezes), Scotts Miracle-Gro (21) e Campbell Soup (18).
A febre da inovação fez nascer toda uma indústria de consultoria. Empresas do ranking das cem maiores da revista "Fortune" pagam a consultores de inovação entre US$ 300 mil e US$ 1 milhão para a colaboração em um único projeto, o que pode chegar a US$ 1 milhão e US$ 10 milhões ao ano, estima Alex Kandybin, consultor de estratégia de inovação da Booz & Co.
Além disso, quatro de cada dez executivos dizem que sua empresa hoje tem um diretor de inovação, de acordo com um estudo recente do fenômeno divulgado no mês passado pela consultoria Capgemini.
Os resultados, baseados em uma sondagem pela internet de 260 executivos do mundo todo, além de 25 entrevistas mais detalhadas, sugerem que o título pode ser mera "propaganda". A maioria dos executivos admitiu que sua empresa ainda não tem uma estratégia de inovação clara para respaldar o posto(...)
A palavra inovação de nova não tem nada. O primeiro registro do termo - que vem do latim "innovatus" (renovação, mudança) - em um documento impresso da do século 15, diz Robert Leonard, presidente do programa de linguística da Universidade Hofstra, nos EUA. Com a aceleração do ciclo de produtos em empresas, a palavra passou a significar não só fazer algo novo, mas fazê-lo com mais rapidez, diz ele.
Christensen observa que as demais modalidades poderiam muito bem ser chamadas de progresso comum - e normalmente não criam mais empregos nem negócios. Como a inovação de ruptura pode levar de cinco a oito anos para dar frutos, diz ele, muita empresa perde a paciência. Para a empresa é bem mais fácil, acrescenta o autor, apenas dizer que está inovando. "Todo mundo está inovando, pois qualquer mudança virou inovação"(...)
Fonte :Inovação vira clichê no dicionário empresarial - Leslie Kwoh - Valor Econômico - 25/05/2012 - Publicado originalmente no WSJ no dia 23/05/2012.
21 setembro 2011
Normas de captação para empresas fechadas
SEC reavalia normas para captação de empresa fechada
Valor Econômico
Por Alexandra Alper Reuters, de Washington
A Securities and Exchange Commission (SEC), o principal órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, instaurou um comitê assessor para empresas de crescimento acelerado e fundos de compras de participações em empresas iniciantes de alto potencial de crescimento, num momento em que reavalia se precisará atualizar as normas que regulamentam a maneira pela qual as companhias fechadas podem recorrer ao público investidor.
O órgão regulador americano informou que está examinando suas normas sobre emissão de ações para empresas fechadas a fim de verificar se elas continuam relevantes diante das novas características do mercado.
A questão ganhou destaque recentemente, num instante em que os bancos e as bolsas eletrônicas de Wall Street passaram a oferecer aos investidores a oportunidade de comprar e negociar intensivamente participações em empresas de internet de grande sucesso, como o Facebook e o Twitter, antes de elas abrirem seu capital.
Os parlamentares também levantaram preocupações sobre se as restrições da SEC às empresas fechadas prejudicam a inovação e as contratações.
A SEC disse na terça-feira que o recém-criado comitê vai assessorar a agência em questões como captação de recursos, transações com papéis de companhias de crescimento acelerado e a divulgação pública de resultados dessas empresas. "Nossos mercados de capitais são uma fonte decisiva de financiamento para as empresas emergentes e as empresas negociadas em bolsa de menor porte", disse a presidente da SEC, Mary Schapiro, em comunicado. "Um elemento fundamental da missão da nossa agência é facilitar a formação de capital e, ao mesmo tempo, proteger os investidores."
O grupo especial da SEC será composto de representantes do setor privado, como Karyn Smith, vice-chefe do departamento jurídico da Zynga, fabricante de jogos eletrônicos para o Facebook com sede na Califórnia, que defende energicamente o financiamento em massa.
As empresas de capital fechado estão limitadas pela norma dos 500 acionistas, que determina que, quando uma companhia tem esse número de acionistas - e pelo menos US$ 10 milhões em ativos -, precisa divulgar as mesmas demonstrações de resultados financeiros que uma empresa aberta.
Mas há maneiras legalmente aceitáveis de contornar essas determinações. O Goldman Sachs lançou mão de veículos para fins específicos (SPVs, na sigla em inglês) para atrair novos clientes e evitar o limite de 500 a fim de possibilitar que os investidores aplicassem no Facebook, que ainda é uma empresa de capital fechado.
Bolsas privadas on-line, como a Second Market, também permitem que os investidores comprem e negociem participações em empresas como Groupon e Zynga antes de elas abrirem o capital.
Opositores dizem que essas estruturas de mercado prejudicam os investidores de varejo, que não atendem às altas exigências de renda anual ou de patrimônio líquido para participar das bolsas on-line.
E os investidores em compras de participações em empresas iniciantes, com alto potencial de crescimento - que normalmente lucram quando as companhias em que investiram abrem o capital - podem ser prejudicados pelo adiamento das ofertas públicas iniciais de ações, enquanto todos os investidores ficam mais vulneráveis a fraudes, alegam eles.
Outros participantes do mercado tendem mais a apoiar estratégias que dão às empresas privadas maior acesso ao capital sem obrigá-las a requerer uma oferta inicial de ações na SEC.
Sherwood Neiss, do Startup Exemption, diz que o financiamento em massa, a partir de compras de participações, tem capacidade para criar um total líquido de 1,5 milhão de novos postos de trabalho nos próximos cinco anos.
Valor Econômico
Por Alexandra Alper Reuters, de Washington
A Securities and Exchange Commission (SEC), o principal órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, instaurou um comitê assessor para empresas de crescimento acelerado e fundos de compras de participações em empresas iniciantes de alto potencial de crescimento, num momento em que reavalia se precisará atualizar as normas que regulamentam a maneira pela qual as companhias fechadas podem recorrer ao público investidor.
O órgão regulador americano informou que está examinando suas normas sobre emissão de ações para empresas fechadas a fim de verificar se elas continuam relevantes diante das novas características do mercado.
A questão ganhou destaque recentemente, num instante em que os bancos e as bolsas eletrônicas de Wall Street passaram a oferecer aos investidores a oportunidade de comprar e negociar intensivamente participações em empresas de internet de grande sucesso, como o Facebook e o Twitter, antes de elas abrirem seu capital.
Os parlamentares também levantaram preocupações sobre se as restrições da SEC às empresas fechadas prejudicam a inovação e as contratações.
A SEC disse na terça-feira que o recém-criado comitê vai assessorar a agência em questões como captação de recursos, transações com papéis de companhias de crescimento acelerado e a divulgação pública de resultados dessas empresas. "Nossos mercados de capitais são uma fonte decisiva de financiamento para as empresas emergentes e as empresas negociadas em bolsa de menor porte", disse a presidente da SEC, Mary Schapiro, em comunicado. "Um elemento fundamental da missão da nossa agência é facilitar a formação de capital e, ao mesmo tempo, proteger os investidores."
O grupo especial da SEC será composto de representantes do setor privado, como Karyn Smith, vice-chefe do departamento jurídico da Zynga, fabricante de jogos eletrônicos para o Facebook com sede na Califórnia, que defende energicamente o financiamento em massa.
As empresas de capital fechado estão limitadas pela norma dos 500 acionistas, que determina que, quando uma companhia tem esse número de acionistas - e pelo menos US$ 10 milhões em ativos -, precisa divulgar as mesmas demonstrações de resultados financeiros que uma empresa aberta.
Mas há maneiras legalmente aceitáveis de contornar essas determinações. O Goldman Sachs lançou mão de veículos para fins específicos (SPVs, na sigla em inglês) para atrair novos clientes e evitar o limite de 500 a fim de possibilitar que os investidores aplicassem no Facebook, que ainda é uma empresa de capital fechado.
Bolsas privadas on-line, como a Second Market, também permitem que os investidores comprem e negociem participações em empresas como Groupon e Zynga antes de elas abrirem o capital.
Opositores dizem que essas estruturas de mercado prejudicam os investidores de varejo, que não atendem às altas exigências de renda anual ou de patrimônio líquido para participar das bolsas on-line.
E os investidores em compras de participações em empresas iniciantes, com alto potencial de crescimento - que normalmente lucram quando as companhias em que investiram abrem o capital - podem ser prejudicados pelo adiamento das ofertas públicas iniciais de ações, enquanto todos os investidores ficam mais vulneráveis a fraudes, alegam eles.
Outros participantes do mercado tendem mais a apoiar estratégias que dão às empresas privadas maior acesso ao capital sem obrigá-las a requerer uma oferta inicial de ações na SEC.
Sherwood Neiss, do Startup Exemption, diz que o financiamento em massa, a partir de compras de participações, tem capacidade para criar um total líquido de 1,5 milhão de novos postos de trabalho nos próximos cinco anos.
06 agosto 2011
Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte I
Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte I - Por Isabel Sales
Devido aos últimos acontecimentos em torno da economia norte-americana, achei interessante relembrar (ou ressaltar? ou aprender?) alguns pontos da história da contabilidade norte-americana que afetaram o desenvolvimento da nossa profissão.
Com a Revolução Industrial, segundo Hendriksen e Van Breda (1999), a manufatura se desenvolveu para atender a demanda. Como houve aumento da necessidade por capital, os bancos surgiram para fornecê-lo. De tal modo, em 1773 foi criada a Bolsa de Valores de Londres, seguida pela Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1792. Nessa época a contabilidade norte-americana começou as suas tentativas de melhoria. Foi o momento em que a contabilidade evoluiu de ferramenta de controle de riqueza patrimonial à importante instrumento de prestação de informações para a decisão de usuários (NIYAMA; SILVA, 2009).
Conforme Schroeder, Clark e Cathey (2009), as ferrovias se tornaram grande influência para a economia. As companhias ferroviárias criaram a necessidade de indústrias de suporte, o que, em troca, levou ao aumento de empresas acionárias no mercado e, consequente, ao aumento da demanda por contadores treinados.
Em 1876 a Railway Commissioners of Massachusetts exigiu que as ferrovias contratassem contadores e em 1879, com a iniciativa da Interstate Commerce Commission (ICC), um sistema de contabilidade foi adotado nacionalmente. Em 1907 a ICC publicou regras para classificar despesas operacionais. Nessa publicação havia um esquema para que a depreciação fosse debitada mensalmente, com a opção de não o fazer (ou incluir como despesa acumulada) se a empresa estivesse perdendo dinheiro. Em 1923 a ICC tornou a depreciação obrigatória, despertando a manifestação opositora das ferrovias que alegaram a esse ser um mecanismo desnecessário, enganoso e impossível de ser calculado com precisão. Em 1932 a contabilização da depreciação foi imediatamente suspensa, até 1943, em conseqüência à Depressão. Segundo Most (1982), a omissão do cálculo da depreciação foi indubitavelmente um dos fatores que permitiu às ferrovias operar e atrair capital mesmo após a obsolescência as tornarem um fardo para a economia.
Ainda conforme os relatos de Most (1982), a Bolsa de Valores de Nova Iorque é mais antiga que a Revolução Americana, porém apenas em 1866 foi determinado que as empresas listadas arquivassem seus demonstrativos financeiros. Uma das principais razões para isso foi a flutuação dos preços das ações de ferrovias em consequência tanto à ignorância de investidores quanto à manipulação dos barões das ferrovias.
Niyama e Silva (2009) apontam que essa foi uma época em que a economia americana apresentou crescimento nas atividades industriais, demandando atenção do governo para que não houvesse monopólio das atividades. Para tanto, em 1890 surgiu a Lei Antitruste Sherman, posteriormente substituída, em 1914, pela Lei Antitruste Clayton com a finalidade de regular a contabilidade societária. No mesmo ano foi criada a Federal Trade Commission para proteger o consumidor e suprimir práticas de negócios desleais.
A queda da Bolsa em 1929 prejudicou a confiança dos usuários do mercado de capitais. Em 1934, o Congresso norte-americano criou a Securities and Exchange Comission (SEC) para restabelecer a confiança da sociedade. Niyama e Silva (2009) acrescentam que:
“até essa data, os investidores estavam protegidos por leis estaduais que regulavam a oferta e venda de títulos para protegê-los de fraudes. Estas leis são conhecidas coloquialmente como blue sky law. Neste mesmo ano [1934] surgiu o Securities Exchange Act, que regulava o mercado secundário de títulos. É interessante notar que esta legislação considerava uma obrigação da empresa em apurar, de forma precisa, sua contabilidade e manter um sistema de controle interno suficiente, de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos”.
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
MOST, K. S. Accounting Theory. 2 ed. Ohio: Grid Publishing, 1982.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
SCHROEDER, R. G.; CLARK, M. W.; CATHEY, J. M. Financial Accounting Theory and Analysis: Text and Cases. Estados Unidos: Wiley, 2009.
Devido aos últimos acontecimentos em torno da economia norte-americana, achei interessante relembrar (ou ressaltar? ou aprender?) alguns pontos da história da contabilidade norte-americana que afetaram o desenvolvimento da nossa profissão.
Com a Revolução Industrial, segundo Hendriksen e Van Breda (1999), a manufatura se desenvolveu para atender a demanda. Como houve aumento da necessidade por capital, os bancos surgiram para fornecê-lo. De tal modo, em 1773 foi criada a Bolsa de Valores de Londres, seguida pela Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1792. Nessa época a contabilidade norte-americana começou as suas tentativas de melhoria. Foi o momento em que a contabilidade evoluiu de ferramenta de controle de riqueza patrimonial à importante instrumento de prestação de informações para a decisão de usuários (NIYAMA; SILVA, 2009).
Conforme Schroeder, Clark e Cathey (2009), as ferrovias se tornaram grande influência para a economia. As companhias ferroviárias criaram a necessidade de indústrias de suporte, o que, em troca, levou ao aumento de empresas acionárias no mercado e, consequente, ao aumento da demanda por contadores treinados.
Em 1876 a Railway Commissioners of Massachusetts exigiu que as ferrovias contratassem contadores e em 1879, com a iniciativa da Interstate Commerce Commission (ICC), um sistema de contabilidade foi adotado nacionalmente. Em 1907 a ICC publicou regras para classificar despesas operacionais. Nessa publicação havia um esquema para que a depreciação fosse debitada mensalmente, com a opção de não o fazer (ou incluir como despesa acumulada) se a empresa estivesse perdendo dinheiro. Em 1923 a ICC tornou a depreciação obrigatória, despertando a manifestação opositora das ferrovias que alegaram a esse ser um mecanismo desnecessário, enganoso e impossível de ser calculado com precisão. Em 1932 a contabilização da depreciação foi imediatamente suspensa, até 1943, em conseqüência à Depressão. Segundo Most (1982), a omissão do cálculo da depreciação foi indubitavelmente um dos fatores que permitiu às ferrovias operar e atrair capital mesmo após a obsolescência as tornarem um fardo para a economia.
Ainda conforme os relatos de Most (1982), a Bolsa de Valores de Nova Iorque é mais antiga que a Revolução Americana, porém apenas em 1866 foi determinado que as empresas listadas arquivassem seus demonstrativos financeiros. Uma das principais razões para isso foi a flutuação dos preços das ações de ferrovias em consequência tanto à ignorância de investidores quanto à manipulação dos barões das ferrovias.
Niyama e Silva (2009) apontam que essa foi uma época em que a economia americana apresentou crescimento nas atividades industriais, demandando atenção do governo para que não houvesse monopólio das atividades. Para tanto, em 1890 surgiu a Lei Antitruste Sherman, posteriormente substituída, em 1914, pela Lei Antitruste Clayton com a finalidade de regular a contabilidade societária. No mesmo ano foi criada a Federal Trade Commission para proteger o consumidor e suprimir práticas de negócios desleais.
A queda da Bolsa em 1929 prejudicou a confiança dos usuários do mercado de capitais. Em 1934, o Congresso norte-americano criou a Securities and Exchange Comission (SEC) para restabelecer a confiança da sociedade. Niyama e Silva (2009) acrescentam que:
“até essa data, os investidores estavam protegidos por leis estaduais que regulavam a oferta e venda de títulos para protegê-los de fraudes. Estas leis são conhecidas coloquialmente como blue sky law. Neste mesmo ano [1934] surgiu o Securities Exchange Act, que regulava o mercado secundário de títulos. É interessante notar que esta legislação considerava uma obrigação da empresa em apurar, de forma precisa, sua contabilidade e manter um sistema de controle interno suficiente, de acordo com os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos”.
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
MOST, K. S. Accounting Theory. 2 ed. Ohio: Grid Publishing, 1982.
NIYAMA, J. K.; SILVA, C. A. T. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2009.
SCHROEDER, R. G.; CLARK, M. W.; CATHEY, J. M. Financial Accounting Theory and Analysis: Text and Cases. Estados Unidos: Wiley, 2009.
20 junho 2011
SEC X Agências de rating
Por Pedro Correia
As agências de rating como a Moodys, Fitch e Standard & Poor têm uma grande parcela de culpa pela crise financeira. Estas agências deram ratings "AAA" para milhares de títulos lastreados por hipotecas do subprime.
O Wall Street Journal informa que a SEC irá impetrar ações judiciais contra as agências de rating por seu papel no desenvolvimento da crise financeira. No entanto, a SEC não está fazendo nada a respeito do conflito de interesses entre as empresas que pagam pelo rating e estas agências.Em verdade, os investidores precisam de informação livre de conflitos.
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13 junho 2011
Funcionários da SEC
Por Pedro Correia
A cada dois anos o governo federal americano realiza uma pesquisa junto aos empregados federais. O objetivo é verificar a satisfação e condições de trabalho destes trabalhadores.Segundo David Albretch,é importante observar os resultados da SEC, pois é agência que regula a contabilidade e auditoria(através do PCAOB).Os resultados não são muito animadores.A SEC ficou em 35º lugar entre 37 agências federais em termos de satisfação.Além disso,de 46 itens de avaliação individual, houve 5% de declínio em 25 itens para os funcionários da SEC. Outrossim, em 39 destes 46 itens as respostas dos funcionários da SEC foram, significativamente, abaixo da média federal.(veja a tabela).Em suma, os funcionários estão bastante desanimados.
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