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03 julho 2008

O futuro da GM 2

Ainda sobre o futuro da GM veja a reportagem do WSJ:

Por que Wagoner resiste à frente da GM?
GEORGE ANDERS
The Wall Street Journal Americas - 2/7/2008

Rick Wagoner pintou um quadro bonito quando assumiu a presidência executiva da General Motors Corp., em junho de 2000. A participação da GM e suas afiliadas no mercado mundial poderia aumentar de 25% para 28%, disse. As margens de lucro continuariam altas. As ações da empresa ficariam entre as 25% com melhor desempenho no mercado. “As oportunidades futuras são virtualmente ilimitadas”, declarou.

As coisas não funcionaram assim. Em vez disso, Wagoner tornou-se o Sísifo da indústria americana, lutando constantemente para corrigir o incorrigível. Às vezes ele consegue um pequeno progresso cortando custos e reanimando a linha de produtos. Só que aí novas crises deixam a GM num estado pior do que antes.

Na semana passada, as ações da empresa chegaram ao ponto mais baixo em 53 anos. Elas caíram 83% desde que Wagoner assumiu. A participação da GM no mercado mundial está em 12,5%.

Na maioria das empresas, acionistas e conselheiros furiosos já teriam chutado o diretor-presidente para fora há muito tempo. Poderiam ter encontrado alguém melhor. Ou teriam feito o jogo do bode expiatório, assim como times perdedores ficam trocando de técnico, sem contar como muitos outros fatores podem estar prejudicando a atuação.

Então por que Wagoner ainda está no emprego? Alguns fatores incomuns que estiveram em jogo na GM nos últimos anos merecem uma olhada mais de perto.

As peculidaridades da empresa começam com sua base de acionistas. Empresas com ações debilitadas geralmente são alvo de investidores ativistas, que adquirem grandes fatias delas e daí partem para mudanças na diretoria. Mas na GM ativistas de renome tiveram tanto impacto quanto uma criancinha estapeando o capô de um utilitário esportivo: uns pequenos estragos na lataria, mas nenhum resultado capaz de mudar o destino das coisas. Carl Icahn fez uma rápida incursão nas ações da GM em 2000. Kirk Kerkorian adquiriu muito mais em 2006. Nenhum liderou um golpe de sucesso; ambos acabaram vendendo.

Parece que ativistas não conseguem fazer consertos rápidos nos grandes problemas da GM, como seus custos com empregados ou mix de produtos. Por isso, a tendência de acionistas frustrados é passar suas ações adiante, em vez de ficar para lutar.

Conselheiros da GM também têm um papel crucial na longevidade de Wagoner. Em vários momentos críticos, o principal conselheiro independente, George Fisher, ex- presidente da Kodak Corp., disse acreditar que a GM está no caminho certo com sua atual liderança. Em entrevistas ao Wall Street Journal em maio e junho, Fisher endossou a estratégia de Wagoner e afirmou que a cotação das ações da empresa não é uma grande preocupação do conselho ou da diretoria.

Os defensores dizem que Wagoner obteve grandes avanços ao negociar custos trabalhistas menores na América do Norte. Também lhe dão crédito pela expansão da GM na China, no Brasil e em outros mercados emergentes, por estimular a empresa a desenvolver carros elétricos e pela melhora das suas posições em rankings de qualidade.

Mas o prejuízo operacional da empresa está corroendo seu caixa, que era de US$ 24 bilhões em 31 de março e vem encolhendo uns US$ 3 bilhões por trimestre. Analistas estimam que ela precisa de pelo menos US$ 7 bilhões em caixa disponível a qualquer momento. Ou seja, ela pode se ver num sufoco para captar mais dinheiro dentro do próximo ano.

A GM poderia fazer muitas coisas para captar recursos rapidamente, como vender ativos ou desmembrar seus lucrativos negócios no exterior. Por volta de 2010, parte da redução nos custos salariais negociados por Wagoner no ano passado deve começar a aliviar a pressão financeira da companhia.

Mas as ações da GM e sua classificação de crédito não dão certeza aos participantes do mercado de que a empresa possa atravessar o próximo período difícil. Se o destino da GM em 2009 depender de sua capacidade financeira, os conselheiros podem querer rever se Wagoner ainda é a melhor pessoa para o trabalho.

O futuro da GM


Uma possibilidade, apresenta pela Business Week em A GM-FORD Marriage (via Merging GM with Ford?, Brian White), é a junção da GM e Ford.

A longo prazo é uma opção interessante para ambas. Mas o problema é que a GM necessita de uma solução de curto prazo. White acredita que seja uma distração para ambas.

Para Paolo Pezzutti (Is General Motors Closer to a Default?) a estratégia de resultado baseado em carros grandes está errada no atual mercado.

Greg Bensinger e Jeff Green, da Bloomberg, acreditam que um default na GM seja algo possível de acontecer.

Mas como mudar para adaptar a uma situação de maior eficiência e competição no preço?

Victoria Erhart questiona se a estratégia do carro elétrico poderia ser a solução. A GM está incentivando a divisão Volt na tentativa de derrotar a Toyota.

No Gráfico, a cotação da GM nos últimos dozes meses.

21 junho 2008

Montadoras em dificuldades

Chryler - A agência Moody's mudou a perspectiva de "estável" para "negativa".

"Durante o mês de maio, esta mudança na demanda do consumidor destacou os desafios de competitividade que a Chrysler enfrenta: a participação geral da companhia no mercado de veículos leves caiu para 10,7%, de 12,7% na comparação anual, em grande medida devido a erosão na posição de sua carteira de carros e declínio nos embarques de frota. Conforme a demanda do consumidor muda dos caminhões e SUVs para os carros, a participação da Chrysler no segmento carros caiu de 8,8% para 5,7%. Em contraste, a participação da companhia no mercado em contração de caminhões leves e SUVs aumentou modestamente de 16,9% para 17,6%. Enquanto o mercado geral dos EUA tenha um mix carros/caminhões de aproximadamente 60/40, o mix carros/caminhões da Chrysler estava ao redor de 32/68. Além disso, considerando o lançamento de 2008 da nova pickup Dodge Ram - tradicionalmente um veículo de alta rentabilidade para a Chrysler - a habilidade da companhia em competir com as mudanças em andamento na demanda do consumidor vão se mostrar desafiadoras", disse a agência. As informações são da Dow Jones. (Suzi Katzumata)


Moody's Revisa Perspectiva Da Chrysler Para Negativa - 20 Junho 2008
DJ em Portuguese

Ford

A agência Moody's revisou a perspectiva de "estável" para "negativa".

A agência observou que, como resultado, da deterioração dos fundamentos do mercado, a Ford anunciou mais cedo que: seu desempenho em 2008 será pior do que de 2007, quando teve um prejuízo pré-impostos de US$ 1,8 bilhão, excluindo Jaguar e Land Rover e itens especiais; a Ford Credit vai incorrer em um prejuízo operacional pré-impostos em 2008; é improvável que a companhia alcance um equilíbrio financeiro durante 2009; e o ritmo de dois anos de "cash burn" (capital consumido pela companhia) para 2008 e 2009 vai exceder o nível estimado anteriormente de US$ 12 bilhões a US$ 14 bilhões.

"A perspectiva negativa para a Ford Credit reflete os negócios e conexões com a Ford e o impacto do declínio dos valores dos veículos usados (em particular caminhões e utilitários SUV) na qualidade de ativo da companhia. Espera-se que este declínio nos valores dos veículos usados venha a resultar em custos de crédito mais altos e despesas de depreciação adicional na Ford Credit, pressionando o resultado operacional. A Ford Credit espera reportar um prejuízo pré-impostos em 2008, excluindo qualquer pagamento potencial relacionado ao acordo de manutenção de lucro da Ford", diz a agência. Contudo, a agência avalia que a Ford Credit possui recursos adequados para honrar suas demandas de caixa no curto prazo. As informações são da Dow Jones. (Suzi Katzumata)


Moody's Revisa Perspectiva Do Rating Da Ford Para Negativa
DJ em Portuguese

GM

A General Motors Corp. suspendeu o desenvolvimento de quase todos os veículos programados para os Estados Unidos nos próximos 18 a 24 meses, para reavaliar se a nova linha atende à demanda numa era de combustível bem mais caro, segundo pessoas a par da questão.

Uma das medidas, a de cancelar a nova geração de picapes e utilitários esportivos, é considerada sintomática de como as modificações na montadora podem ser drásticas. “Eu nunca vi uma mudança tão grande e tão rápida no planejamento dos ciclos de uma empresa deste tamanho”, disse um executivo de um importante fornecedor da GM.

A GM estuda lançar uma picape derivada de um carro de passeio que possa representar uma alternativa às picapes maiores e busca meios de prolongar o ciclo da atual linha de picapes grandes e utilitários em pelo menos três a quatro anos, disseram pessoas que foram informadas sobre o plano. Além disso, a GM está buscando em suas operações asiáticas — como Coréia do Sul e China — carros pequenos que possam ser transportados para os EUA ou eventualmente produzidos no país, para atender à demanda crescente por carros com consumo menor de combustível.

A montadora também tem estudado mais como expandir rapidamente a sua oferta de carros elétricos, que planeja lançar no fim de 2010. “É como agarrar o volante e dar uma guinada à esquerda”, disse um executivo de uma fornecedora que foi informado sobre os planos da empresa.

A mudança de estratégia começou a tomar forma umas duas semanas atrás, na mesma época em que Frederick Henderson foi escolhido pelo conselho para ser o diretor operacional. Henderson e seu porta-voz não responderam a pedidos de entrevista.

Juntamente com seu chefe, o diretor-presidente Rick Wagoner, Henderson está apostando alto que o mercado americano continuará a preferir carros de consumo menor.

GM reavalia todo plano de veículos para os EUA
John D. Stoll, The Wall Street Journal, de Detroit
20/06/2008

29 maio 2008

General Motors e efeitos da greve


A General Motors evidenciou os efeitos de uma greve na empresa American Axle: perdas de 1,8 bilhão de dólares, conforme notícia do Blogging Stocks (General Motors (GM) discloses implications of AXL strike, Brent Archer) O gráfico, com a cotação da empresa até o dia 28 de maio, mostra a reação do mercado

13 fevereiro 2008

Prejuízo da GM

GM tem perda de US$38 bi em 2007
O Globo - 13/2/2008 - 27

Prejuízo foi recorde. Montadora pretende cortar 74 mil vagas até 2010

DETROIT. A americana General Motors anunciou ontem que teve prejuízo recorde em 2007, de US$38,7 bilhões. Foi o terceiro ano consecutivo de perdas. Numa tentativa de reduzir custos trabalhistas e melhorar o desempenho da empresa em 2008, a montadora afirmou que vai oferecer um plano de demissão voluntária a 74 mil funcionários filiados ao sindicato United Auto Workers (UAW). O programa não atinge o Brasil.

O prejuízo de 2007 inclui uma despesa de US$39 bilhões do terceiro trimestre relacionada a mudanças na contabilidade fiscal. No quarto trimestre, as perdas foram de US$722 milhões, ante lucro de US$950 milhões em igual período do ano anterior. Em 2006, a GM perdeu US$1,98 bilhão.

De acordo com a empresa, o prejuízo do quarto trimestre reflete a redução na produção nos Estados Unidos, a estratégia de oferta de descontos no preço do seu novo modelo de picape e os fracos resultados na Alemanha, tradicionalmente seu mercado mais lucrativo na Europa.

— Esse foi um trimestre duro nos Estados Unidos — disse Fritz Henderson, diretor financeiro da empresa. — Os volumes caíram, e a concorrência de preços ficou mais difícil porque nós concedemos incentivos para nossas picapes.

O resultado ruim fez a empresa acelerar as negociações com o United Auto Workers. Aos funcionários que aderirem ao plano de demissão voluntária serão oferecidos benefícios de US$70 mil a US$140 mil, dependendo do tempo de casa. (...)

Os efeitos dos cortes só serão sentidos a partir do segundo semestre deste ano. A GM estima que, após 2010, quando o plano estiver totalmente implementado, a economia anual com a medida será de US$4 bilhões a US$5 bilhões. (...)

O objetivo da empresa não é reduzir o número de funcionários, e sim contratar novos a custos mais baixos. O programa de demissão voluntária segue outros acordos firmados entre o sindicato e as montadoras Ford e Chrysler LLC. Com os acordos, as montadoras sediadas em Detroit foram autorizadas a contratar funcionários por US$14 a hora, metade do salário atual.

07 novembro 2007

Notícias da GM

A GM irá baixar 39 bilhões em razão dos prejuízos nos Estados Unidos, Canadá e Alemanha, além dos problemas financeiros da GMAC Financial Services, o que inclui hipotecas. (Fonte, aqui e aqui.

Já não bastava os problemas do Citi e Morgan

Abaixo a cotação da ação do Morgan nos últimos seis meses:



E a seguir, da GM (antes do efeito da notícia):

25 abril 2007

Toyota, a maior empresa de automóveis do mundo

A notícia já era esperada: a Toyota tornou-se a maior montadora em vendas do mundo. Segundo o Wall Street Journal

Agora líder, Toyota tende a reduzir a marcha
25/04/2007
Por Amy Chozick em Tóquio e Norihiko Shirouzu em Detroit

A Toyota Motor Corp. ultrapassou a General Motors Corp. em vendas trimestrais pela primeira vez, um fato que ressalta a profunda mudança ocorrida na indústria automobilística mundial antes dominada pelas Três Grandes de Detroit.

Ultrapassar a GM nas vendas mundiais, ainda que apenas num trimestre, é um feito que coroa a notável expansão da montadora japonesa, que tinha pouco mais de metade do volume de vendas da rival americana uma dúzia de anos atrás. Mas a Toyota também tem de lidar com alguns dos desafios de ser grande: a empresa teve mais recalls nos Estados Unidos, sua equipe de engenharia tem dificuldades para dar conta de uma gama crescente de veículos e a empresa até se tornou um alvo de críticas de alguns grupos ambientalistas.

Além disso, a batalha pelo domínio do mercado mundial vai nos próximos anos migrar dos EUA — onde a Toyota se beneficiou durante anos de um legado de erros das montadoras de Detroit — para mercados emergentes como China e Índia, onde a GM é um rival mais forte e empresas locais cheias de energia estão aprendendo a competir ao seguir a cartilha da própria Toyota.

(...) A empresa decidiu no ano passado adiar os lançamentos de alguns novos modelos em até meio ano para desacelerar o ritmo de desenvolvimento de produtos, de modo que os engenheiros possam realizar mais testes de qualidade, como a montagem de protótipos. Watanabe disse ao Wall Street Journal no ano passado que seus engenheiros podem ter em alguns casos apressado o lançamento de produtos, pulando esses testes e confiando demais em simulações de computador para assegurar a qualidade. (...)

Para a GM, o salto da Toyota pode ser um ponto a favor, enquanto seu presidente Rick Wagoner tenta acelerar cortes de custos e melhorar a rentabilidade na América do Norte. A GM está dentro do cronograma para obter cortes de US$ 9 bilhões em despesas fixas este ano, ante 2006, mas analistas dizem que ela precisa ainda cortar quase a mesma quantia. Por mais de um ano, a empresa seguiu uma estratégia de reduzir capacidade e abdicar de vendas pouco lucrativas para frotas de locadoras nos EUA, reconhecendo na prática que estava pagando um preço muito alto para ser a número 1.

"É melhor vender 4 milhões (de veículos) com lucro de US$ 5.000 (em cada) do que 5 milhões sem lucro", disse este ano o vice-presidente do conselho da GM, Bob Lutz.

21 março 2007

GM e controles internos

A GM apresentou o primeiro lucro em 2006. Ao mesmo tempo, relatou que seus controles internos não eram efetivos:

We have determined that our internal controls over financial reporting are currently ineffective. The lack of effective internal controls could adversely affect our financial condition and ability to carry out our strategic business plan.


As discussed in Item 9A, Controls and Procedures, our management team for financial reporting, under the supervision and with the participation of our chief executive officer and chief financial officer, conducted an evaluation of the effectiveness of the design and operation of our internal controls. As of December 31, 2006, they concluded that GM's disclosure controls and procedures and GM's internal control over financial reporting were not effective. Although we have made and are continuing to make improvements in our internal controls, if we are unsuccessful in our focused effort to permanently and effectively remediate the weaknesses in our internal control over financial reporting over time, it may adversely impact our ability to report our financial condition and results of operations in the future accurately and in a timely manner, and may potentially adversely impact our reputation with stakeholders.


Fonte: Blogging Stocks

24 fevereiro 2007

1 bilhão por dia

Em 1955 a GM foi a primeira empresa com um faturamento de 1 bilhão por ano. Em 2006 tivemos a Wal-Mart e a Exxon com um faturamento de 1 bilhão por dia. Apesar da comparação ser prejudicada pela inflação do período e pelo fato da economia ter crescido no período. (Clique aqui para ler mais)

17 fevereiro 2007

Notícias Breves

1. O Iasb tenta simplificar suas normas para pequenas e médias empresas, propondo um rascunho (exposure draft) para essas empresas. A idéia é simplificar a enorme quantidade de normas das empresas, geralmente baseadas em empresas com ações negociadas em bolsa, eliminando tópicos que não são importantes e simplificando o reconhecimento e mensuração.

2. Notícia da Reuters informa que a GM concluiu uma revisão na sua contabilidade, abrangendo o período de 2002 a 2006. O foco são os impostos e derivativos.

(clique aqui para sobre esse assunto)