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25 julho 2019

Como aumentar o rating no Xadrez: método Carlsen

Enquanto uns conseguem aumentar o desempenho usando as regras ou por trapaça, veja a evolução do rating de Magnus Carlsen:
Depois de atingir um bom desempenho em 2015, o campeão norueguês teve uma redução no rating, chegando perto dos 2820 e bem abaixo do seu máximo. Mas o ano de 2019 tem sido glorioso para ele. Recentemente ele venceu um torneio de Zagreb, com seis empates e cinco vitórias. Em 190 dias, ele ganhou 54 partidas, empatou 55 e perdeu somente três. Os últimos oito torneios que participou, ele venceu ... oito.

Cowen, do blog Marginal Revolution, economista e ex-jogador de xadrez, afirmou que Carlsen está melhor nas aberturas que seus oponentes pela primeira vez na carreira.  Mas a estratégia dele é surpreendente:

Outros grandes mestres preparam a abertura na esperança de conseguir uma vantagem antecipada sobre seus oponentes. A preparação de Magnus, em contraste, é direcionada para alcançar uma desvantagem inicial no jogo, talvez disposta a tolerar até -0,5 ou -0,6 pelos padrões do computador ... No entanto, essas são posições "fora do livro" onde Magnus, no entanto, sente que pode superar seu oponente

Ou seja, ele busca o desconhecido. É bem verdade que a opinião de Cowen não é unânime.

Mas o próprio Carlsen cita que busca a inspiração no AlphaZero, um programa desenvolvimento originalmente para jogar Go e que foi adaptado para jogar xadrez também.

Como aumentar o rating no Xadrez: lição de Rausis

A figura acima mostra a incrível evolução no rating de xadrez de Igors Rausis. Até meados de 2013 seu rating era em torno de 2500. Desde então, seu desempenho aumentou consideravelmente, chegando perto da barreira dos grandes jogadores, os 2.700 pontos. É bem verdade que o rating de xadrez rápido e blitz, onde o jogador tem menos tempo para jogar, não mudou muito nos últimos anos.

O surpreendente é que Rausis tem 58 anos de idade. Nesta idade, poucos jogadores possuem um desempenho tão expressivo. Entre os jogadores com mais de 2700 pontos, o ex-campeão Anand é o mais velho, com 49 anos. Qual o segredo de Rausis?

Duas respostas possíveis. A primeira é que ele aproveitou uma regra do xadrez para fazer pontos. Quando um jogador de melhor nível joga com um muito ruim, a regra da confederação de xadrez manda contar como se a diferença entre os jogadores fosse de 400 pontos. Se um jogador de 2500 joga com outro de 1700 (um rating de um diletante, como eu), provavelmente o jogador de 2500 irá ganhar. Só que se calcula como se a partida estivesse sendo jogada entre um jogador de 2500 versus 2100. Parece que Rausis disputou muitos torneios fracos e usou esta regra para aumentar seu rating.

A segunda explicação também ajuda a entender o bom desempenho no xadrez normal contra o xadrez mais rápido: Rausis foi pego usando um celular no banheiro. Ou seja, trapaceando. Eis uma imagem de Rausis:
Depois da notícia, um jogador chegou a afirmar nas redes sociais que não estava surpreso.

Mais um mês decepcionante no mercado de trabalho

O Ministério do Trabalho divulgou os dados do mercado de trabalho formal no Brasil para junho. Enquanto a economia teve um desempenho positivo, criando mais vagas que existiam no mês anterior, o setor contábil, que inclui os profissionais que trabalham como técnico, escriturário, contador e auditor, aconteceu o inverso. O gráfico mostra em azul o comportamento ao longo do tempo do setor contábil. Em vermelho, para fins comparativos, o desempenho da economia como um todo.
Enquanto a economia encontra-se em um processo de lenta recuperação da maior recessão da nossa história, o mesmo parece não ocorrer com a contabilidade. A distância entre as linhas está aumentando cada vez mais. Assim, a recessão continua castigando a área contábil. Mas será que é só a recessão?

A tabela mostra o comparativo entre junho de 2019 e o ano anterior. É possível perceber que nenhuma das classificações apresentadas ficaram isentas do desempenho ruim de junho.

Viés de publicação

Taxa de sucesso

Rir é o melhor remédio


24 julho 2019

Qualis novo

Uma discussão para quem está envolvido em pesquisa (e ensino) foi a mudança no Qualis. O que significa isto? Como isto pode afetar a pesquisa contábil? São perguntas interessantes para serem respondidas.

Tudo começou no início dos anos 2000. Com o crescimento da pós-graduação, o governo entendeu que deveria continuar avaliando os cursos de pós-graduação. Em muitos países, isto é uma tarefa de empresas, mas no Brasil, o governo optou por construir uma avaliação para ajudá-lo na concessão de bolsas de estudos, na destinação de verbas e na autorização de funcionamento dos cursos. Um dos grandes problemas deste processo é como avaliar um curso. Muitas vezes os efeitos da educação só serão notados muitos anos depois. Para resolver isto, a avaliação da pós-graduação utiliza os resultados obtidos pelos cursos. Como geralmente estes resultados são publicados em periódicos ou congressos, esta seria uma escolha natural. A questão era como diferenciar uma pesquisa de boa qualidade de outra de baixa qualidade. Sabendo que as melhores pesquisas são publicadas sob forma de artigos em periódicos de boa fama, o governo estabeleceu que este seria o parâmetro.

No exterior, a qualidade geralmente é medida por uma variável chamada Fator de Impacto. Quando um artigo é muito citado, isto poderia indicar que a pesquisa teve uma influencia e foi importante para a sociedade. Por uma série de razões, há quase vinte anos o governo brasileiro decidiu não usar o Fator de Impacto. Quais eram estas razões? São várias as respostas: muitas áreas não publicavam regularmente, não publicavam em um idioma que fosse relevante em termos de ciência (inglês, geralmente) ou não tinham uma tradição de pesquisa. Para suprir o Fator de Impacto, o governo federal criou uma listagem de periódicos com uma classificação respectiva. No início, um especialista olhava a listagem, consultava alguns colegas e com base no seu conhecimento decidia qual nota dar para cada periódico. O processo era realmente rudimentar, mas com o tempo foi melhorando. Os editores de periódicos passaram a ter uma listagem de tarefas que conduzia uma melhoria na classificação: cadastro em algumas bases, publicação em língua estrangeira, corpo editorial de renome etc.

Existia um grau elevado de subjetividade no processo. Mas dois problemas eram notórios. O primeiro era que cada área da Capes tinha sua análise. Por exemplo, a revista Espacios, originária da Venezuela, era considerada de boa qualidade pela área de Educação e na área de História, recebendo a nota B1, a terceira maior nota de um total de oito. Mas em muitas áreas este periódico tinha nota C, a pior de todas. Além desta incoerência, cada área tinha seu critério de análise. A área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo tinha uma regrinha interessante: se alguém publicasse em periódico de outra área, a nota da outra área seria válida, menos um grau. Se um pesquisador de contabilidade publicasse uma pesquisa no Advances in Quantum Chemistry, que possui a classificação B3 na área de Astronomia e Física, o artigo seria considerado como equivalente a um B4, um degrau abaixo do B3. Isto fez com que a área de Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo classificasse um artigo publicado na Science, talvez o periódico de maior prestígio em termos mundiais, como sendo A2. O que é um absurdo.

Além disto, em algumas áreas existia um grande número de periódicos de “alta qualidade” (A1, A2 e B1) e em outras este número era menor. Não tínhamos uma distribuição igualitária. Na área Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo eram 323 periódicos A1, mas 427 na classe B2.

O “novo” Qualis resolveu estes dois problemas. Em primeiro lugar, a avaliação de um periódico será a mesma para qualquer área. Afinal, uma boa ciência é sempre boa independente do assunto tratado. Assim, a publicação na Science será sempre A1 (espera-se). Em segundo lugar, o número de periódicos em cada classe será o mesmo. Aqui temos uma consequência interessante: se um periódico melhorar de qualidade, deve também melhorar sua nota. Mas isto irá fazer com que um periódico melhor classificado seja rebaixado.

Como isto pode afetar a pesquisa contábil? Acredito que o novo Qualis irá fortalecer alguns periódicos, mas penalizar outros. Existe hoje uma tendência de cada IFES, cada programa de pós, ter o "seu" periódico. Isto não faz muito sentido nos dias atuais. Provavelmente os periódicos que possuem o patrocínio de mais de uma entidade sairão fortalecidos.

Erros Comuns na Pesquisa

Eis alguns erros comuns quando se faz uma pesquisa, adaptado daqui:
Cherry Picking (Evidência Suprimida) - A tendência das pessoas em destacarem somente os dados que respaldam o que querem provar. Ocorre muito na política e nos debates públicos. Pode ser proposital ou não. 

Efeito cobra - O império Britânico queria reduzir as mortes por cobra na Índia e ofereceram um incentivo financeiro para cada pele de cobra trazida, para motivar a caça à cobra. As pessoas começaram a criar cobra. Neste caso, um incentivo para resolver um problema criou consequências negativas.
 P-Hacking (ou Data Dredging) - Testes estatísticos depende da definição prévia da hipótese. Caso contrário, haveria uma "drenagem" dos dados e mudança no que está sendo testado. Para reduzir este efeito, é importante registrar antecipadamente o que está sendo testado.
Causalidade Falsa (ou correlação espúria) - No gráfico, enquanto a temperatura na terra aumentou nos últimos anos, o número de piratas diminuiu. Isto não significa dizer que a redução dos piratas aumentou o aquecimento global. A existência de correlação não significa relação de causa-efeito. 

 Gerrymandering - A origem do termo é manipular os distritos políticos para permitir a vitória de um partido. Na figura, na parte de cima, a simples contagem mostra a vitória das pretas; mas ao dividir os "votos" em "distritos", as verdes vencem, mesmo não tendo maioria dos votos. Na análise dos dados, algumas escolhas podem afetar a conclusão, assim como a escala usada.
Sobre ajuste (overfitting) - Ao analisar os dados é possível obter um modelo que faça a descrição matemática. Mas um modelo muito complexo pode ajustar melhor os dados, mas são mais frágeis, pois funcionam bem com os dados usados para construir o modelo, que pode estar explicando variações aleatórias. Modelos mais simples são mais robustos e melhores para previsão. 

Viés da publicação - Geralmente o estudo com resultados significantes é mais interessante de ler e mais provável de ser publicado. Quando um milionário afirma o que ele fez para vencer na vida, "esquecemos" de pessoas que fizeram as mesmas coisas, mas fracassaram. 

Reversão à média - Ocorre quando o acaso pode desempenhar um papel importante no resultado. Um jogador de futebol de baixa habilidade que marcou três gols em uma partida poderá voltar ao seu desempenho normal no próximo jogo. Um fundo de investimento que apostou certo, pode reverter a média no próximo ano.
Viés de amostragem - quando as pessoas que participam de uma pesquisa não representam a população. Na figura, uma pesquisa com uma pessoa que está passeando com um cão pergunta se gosta de cão ou gato. Fazer uma pesquisa pela internet irá excluir as pessoas sem acesso a rede. Pesquisar a opinião de eleitores em um reduto conservador irá trazer um viés no resultado da pesquisa. 

Paradoxo de Simpson - Uma tendência que existe em um grupo de dados pode desaparecer ou inverter quando os grupos são combinados. Na década de 70 a Universidade de Berkeley foi acusada de sexismo na seleção dos alunos. Mas ao analisar a questão descobriu que a taxa de aceitação das mulheres era maior; isto ocorreu pela diferença na escolha do curso que homem/mulher fazia. 

Viés de sobrevivência - é importante saber quais os dados que não estão disponíveis. O desenho acima é um exemplo clássico que ocorreu na segunda guerra mundial. Foi solicitado aos engenheiros reforçar a fuselagem dos aviões. Olhando os aviões que voltavam das batalhas aéreas a escolha era fácil. Mas o correto é reforçar onde não tinha marca de bala - motor e cockpit - pois os aviões que foram atingidos nestes locais não voltaram. 

Sobre ser uma auditora senior em uma Big Four


Infelizmente está sem legendas em português e em inglês.

Mais: Aqui

Rir é o melhor remédio


23 julho 2019

Auditoria no Reino Unido

Segundo o The Guardian, o último relatório do Financial Reporting Council (FRC) chegou e descreve mais do mesmo. Uma em cada quatro auditorias em todo o setor, no Reino Unido, está abaixo do padrão, portanto, o desempenho não chega nem perto da meta de aceitabilidade do regulador de 90%. Nenhuma das empresas alcançou essa pontuação. A PwC substituiu a KMPG como a retardatária das Big Four, com apenas 65% de suas auditorias consideradas aceitáveis. A PwC marcou 90% recentemente, há dois anos.

O pior desempenho foi o da Grant Thornton, onde quatro das oito auditorias inspecionadas não estavam à altura. A qualidade da Grant Thornton é "inaceitável" e "uma questão de profunda preocupação", disse o FRC.

Naturalmente, todos podem divulgar um plano de ação mostrando como mais dinheiro será investido em tecnologia, pessoas e treinamento. Ano após ano, no entanto, o estudo da FRC aponta o mesmo fracasso cultural profundo: a incapacidade dos auditores em empregar o ceticismo profissional e em desafiar as suposições da administração.

A familiaridade, o regulador sugere, é um fator. Um auditor pode vir ver a empresa, e não os investidores, como “o cliente”. Até que essa mentalidade mude, é questionável se algum nível de investimento moverá o indicador de maneira significativa.

O remédio proposto pela Autoridade de Concorrência e Mercados é uma “separação operacional” entre as divisões de auditoria e consultoria das empresas. As duas metades teriam equipes de gerenciamento, contas e bônus pools separados.

Segundo Nils Pratley, editor financeiro do The Guardian, a política representaria um começo. No entanto, essa situação também exige multas que realmente doam.

Em casos particularmente cruéis, o FRC pode se incitar a impor multas de 10 milhões de libras aos auditores. Tal soma pode soar robusta, mas mal conta como pequena mudança nesta indústria. Os lucros da PwC no Reino Unido no ano passado foram de £ 935 milhões, o que permitiu que os 915 sócios ganhassem uma média de £ 712.000 cada, um aumento de 9% no ano. Os números são semelhantes em outras grandes empresas.

Fonte: Aqui, com adaptações.

Rir é o melhor remédio

Se você topar com alguém que não vê há 7 anos, todas as suas células já foram substituídas e ela/ele é algo completamente novo. Você não precisa dar oi.

22 julho 2019

Pessoas usam menos informações do que pensamos

Em um mundo onde cada vez mais temos informações em excesso, uma pesquisa mostra que usamos menos informações que imaginamos. Nadav Kleina e Ed O’Brienb, em People use less information than they think to makeup their minds, mostram isto. Eis o resumo:

A world where information is abundant promises unprecedented opportunities for information exchange. Seven studies suggestthese opportunities work better in theory than in practice: People fail to anticipate how quickly minds change, believing that they and others will evaluate more evidence before making up their minds than they and others actually do. From evaluating peers, marriage prospects, and political candidates to evaluating novel foods, goods,and services, people consume far less information than expected before deeming things good or bad. Accordingly, people acquire and share too much information in impression-formation contexts:People overvalue long-term trials, overpay for decision aids, and overwork to impress others, neglecting the speed at which conclusions will form. In today’s information age, people may intuitively believe that exchanging ever-more information will foster better-informed opinions and perspectives—but much of this informationmay be lost on minds long made up. 

Novamente, a solução encontrada pelos reguladores é dar mais informação. Mas o ser humano não consegue absorver tanta coisa ao mesmo tempo. Como resolver esta equação?

China inaugura bolsa de ações de tecnologia

A euforia tomou conta com a estreia nesta segunda-feira do STAR Market, nova plataforma chinesa ao estilo Nasdaq voltada para empresas de tecnologia de origem local, com as ações disparando até 520% e os preços superando até mesmo as expectativas de investidores veteranos. A animação com a nova plataforma do mercado levou os índices tradicionais das bolsas da Ásia a caírem.

A nova plataforma ainda aumentou o valor combinado das empresas em 44 bilhões de dólares. Dezesseis da primeira leva de 25 empresas –que vão de fabricantes de chips a empresas de saúde — mais do que dobraram os já fortes preços de oferta pública inicial de ações (IPO) no STAR Market, que é operado pela bolsa de Xangai.

As empresas registraram ganhos médios de 140% no primeiro dia de negociações. O desempenho mais fraco foi um salto de 84,22%.

No total, o dia teve criação de cerca de 305 bilhões de iuanes (44,3 bilhões de dólares) em nova capitalização de mercado, de acordo com cálculos da Reuters.

“Os ganhos de preços são mais loucos do que esperávamos”, disse Stephen Huang, vice-presidente da Shanghai See Truth Investment Management. “São boas empresas, mas os valores são altos demais. Comprá-las agora não faz sentido.”

Com base no Nasdaq e completo com um sistema de IPOs ao estilo dos EUA, o STAR pode ser a tentativa mais ousada da China de reformas no mercado de capital até agora.
(...)

Fonte: Aqui

Origem do cifrão

Também conhecido como sinal ou símbolo de dólar, hoje é ligado ao consumismo e à mercantilização. Significa ao mesmo uma tempo ambição ensolarada, a ganância turbulenta e o capitalismo desenfreado. (...)

No entanto, apesar de sua onipresença, sua origem permanece longe de ser clara, com teorias concorrentes que falam em moedas da Boêmia, nos Pilares de Hércules e mercadores atormentados.

Muitas pessoas acreditam que é um "S" sobreposto por um "U" espremido e sem dobra. Na verdade, um dos equívocos mais comuns sobre a origem do cifrão é que ele significa "United States" (Estados Unidos, em inglês).(...)

No entanto, não há uma resposta direta para a questão de onde surgiu o cifrão. Ninguém parece ter se sentado para projetá-lo, e sua forma ainda varia - às vezes, tem duas barras, mas, cada vez mais, apenas uma.

Não que não haja muitas hipóteses diferentes. Por exemplo, voltando à ideia de que há um "U" e um "S" escondidos em sua forma, se sugere que eles representam "units of silver" (unidades de prata, em inglês).

Uma das teorias mais esotéricas o liga ao thaler da Boémia, que apresentava uma serpente numa cruz cristã. Este em si foi uma alusão à história de Moisés enrolando uma cobra de bronze em torno de um bastão para curar pessoas que foram mordidas. O dólar, por assim dizer, seria derivado disso.

Outra versão centra-se nos Pilares de Hércules, termo usado pelos gregos antigos para descrever os penhascos na entrada do estreito de Gibraltar.

Os pilares aparecem no brasão nacional da Espanha e, durante os séculos 18 e 19, apareceram no dólar espanhol, que era conhecido como "peso de ocho reales", ou simplesmente "peso". Os pilares têm bandeiras enroladas em torno deles em forma de "S" e não é preciso se esforçar muito para ver ali uma semelhança com o cifrão.

A teoria mais aceita envolve a cunhagem espanhola: nas colônias, o comércio entre os hispano-americanos e os ingleses-americanos era intenso, e o peso era legal nos Estados Unidos até 1857.

Foi com frequência abreviado, dizem os historiadores, para a inicial "P" com um "S" pairando ao lado dele sobrescrito. Gradualmente, graças ao rabisco de comerciantes e escribas pressionados pelo tempo, aquele "P" fundiu-se com o "S" e perdeu sua curva, deixando o traço vertical no centro do "S".

Um dólar espanhol valia mais ou menos um dólar americano, então, é fácil ver como o sinal pode ter sido adotado.

Como em tudo que é ligado aos Estados Unidos no momento, há uma dimensão partidária no debate sobre a origem do cifrão: por razões políticas, uma facção favorece a ideia de que é doméstica, outra que foi importada.

Independentemente de como tenha sido, certamente é uma invenção americana: uma correspondência do irlandês Oliver Pollock, um rico comerciante e antigo defensor da Revolução Americana, fez com que ele seja frequentemente citado pelos historiadores como seu criador.

E o primeiro cifrão impresso, feito em uma impressora na década de 1790, foi o trabalho de um americano patriota - ou pelo menos um veementemente anti-inglês - chamado Archibald Binny, que é hoje lembrado como o criador do tipo de letra Monticello.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Quando eu encontrei quem estava gastando todo o meu dinheiro

21 julho 2019

Neuralink irá conectar cérebros diretamente com a internet

Uma das empresas do multi-empresário Elon Musk, a Neuralink, está trabalhando em uma tecnologia inovadora baseada em “fios” ou eletrodos que serão implantados no cérebro humano.
O objetivo de tal tecnologia? Conectar nossos cérebros a potenciais interfaces computacionais, como a internet. 
Por enquanto, os fios ultrafinos serão testados para fins médicos, mas a longo prazo a ideia é “alcançar uma espécie de simbiose com a inteligência artificial”. (...)

A Neuralink foi fundada em 2017 e é presidida por Max Hodak. A tecnologia para “hackear” cérebros humanos ainda está em estágio inicial, e há um longo caminho pela frente antes que possa ser comercializada.

Por enquanto, o plano é usar robôs para operar uma espécie de “máquina de costura” a fim de implantar os fios (que tem aproximadamente um terço do diâmetro de um fino cabelo humano) no tecido cerebral de uma pessoa, onde serão capazes de realizar operações de leitura e escrita de informações em grandes volumes de dados. 


No futuro, o método deve evoluir para o uso de lasers que farão minúsculos buracos no crânio humano para implantar os fios ultrafinos. Isso seria muito menos invasivo e os pacientes não sentiriam nada. Os eletrodos podem teoricamente ser utilizados para propósitos médicos, como permitir que amputados reganhem mobilidade através de membros protéticos, ou restaurar visão e audição, por exemplo. Esse tipo de teste pode começar já no ano que vem, inclusive.

A Neuralink demonstrou a tecnologia em ratos em laboratório recentemente, e a performance excedeu os melhores sistemas de interface cérebro-computador que existem hoje. 
Os dados foram recolhidos via USB-C e geraram cerca de dez vezes mais transferência de informação do que os melhores sensores atuais. Por enquanto, a fim de avançar na pesquisa, a Neuralink está recrutando talentos e divulgando suas descobertas justamente para poder trabalhar mais abertamente esse campo de estudo, alcançando melhores resultados.

Por exemplo, existe a questão sobre a longevidade dos fios/eletrodos quando expostos ao cérebro humano, uma vez que o órgão possui uma mistura salina que pode danificar e degradar plásticos ao longo do tempo. Em última análise, o plano é que os eletrodos implantados sejam capazes de se comunicar com chips fora do cérebro sem necessidade de nenhuma conexão, proporcionando monitoramento em tempo real e com liberdade de movimento sem precedentes.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


20 julho 2019

Por que tentar melhorar?

Tenho curtido este canal do Craig Benzine, o Wheezy Waiter. Ele posta alguns vídeos nos quais fala de uma forma peculiar, nerd e leve sobre ter passado um mês fazendo algo diferente... Como quando abriu mão da internet, se tornou vegano, manteve uma boa postura ou ficou sem açúcar. Neste ele troca algumas ideias sobre constante autoaperfeiçoamento... Há legendas em inglês.