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15 novembro 2018

Educação financeira funciona?

Uma questão (muito importante) em aberto nas finanças pessoais é se a educação financeira funciona. Há algumas pessoas que defendem que isto realmente não funciona. Mas alguns estudos mostram que a realidade é bastante complexa: geralmente os conceitos são absorvidos pela maioria étnica, homens e de meia idade.

Mitchell e Lusardi especulam que essas diferenças são explicadas pela forma como diferentes grupos adquirem educação financeira. Isso sugere que a educação financeira não apenas funciona, mas é importante garantir que as pessoas tenham acesso a ela.

O treinamento deveria ser específico, levando em consideração as diferenças de cada pessoa. Não ajuda muito, mas programas amplos não é uma maneira adequada de ensinar finanças pessoais.

Ou, como mostra a minha experiência, o programa mais eficaz é adaptado especificamente às necessidades financeiras das pessoas a quem se destina.

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Rafael Mantesso e seu cachorro, via aqui

14 novembro 2018

Governança no Brasil

O gráfico abaixo mostra uma série histórica com indicadores de governança do Brasil, de 1996 a 2017. Estes índices foram reunidos pelo Banco Mundial, a partir de cálculos efetuados por outras entidades. A linha azul é o valor observado e as duas linhas laranjas correspondem aos limites de cada medida. Neste endereço aqui estão os gráficos interativos, por país, grupo de países, etc.

A análise é bastante difícil, já que não existe uma tendência clara em alguns índices. Exceto, talvez, o último, relacionado com o controle da corrupção, que apresenta um tendência de redução nos anos recentes. O que seria controverso.

Baseado nesses índices, a Fundação BBVA fez um relatório sobre o custo econômico da corrupção na Espanha. Mais sobre este assunto: aqui

Ação e reação

Em setembro, o governo do Nepal proibiu os sites adultos. O gráfico mostra o que ocorreu na prática. Inicialmente, o volume de acesso a um destes sites caiu, mas depois voltou ao padrão normal. Segundo o Boing Boing, as pessoas aprenderam como usar o VPN.

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Manipulação

13 novembro 2018

Escândalo PCAOB + KPMG

Em 2015, a empresa de auditoria KPMG contratou alguns funcionários do PCAOB. O problema é que o PCAOB é a entidade que fiscaliza as empresas de auditoria. E mais agravante é que esses funcionários levaram informações confidenciais sobre a fiscalização que seria feita na empresa de auditoria.

Recentemente, Cynthia Holder, um dos funcionários contratados pela KPMG, confessou que realmente conspirou contra o governo dos Estados Unidos. Sua sentença deve sair em abril de 2019, podendo pegar, em uma hipótese otimista, 40 meses de prisão.

Leia mais aqui, aqui e aqui

Falta seriedade no PISA

O PISA é um teste de avaliação bastante usado no mundo para comparar a qualidade educacional do ensino de cada país. Como em toda avaliação, existem estudantes com elevado interesse em fazer uma boa prova. Mas existem estudantes que não estão interessados em fazer o teste. O problema é que estes alunos não fazem com seriedade o teste e o exame pode não ser um reflexo da habilidade. Mais ainda, o resultado pode distorcer a classificação de cada país.

Usando informações sobre o tempo que os estudantes fazem as questões, três pesquisadores conseguiram isolar este grupo de alunos. Este grupo corresponde a 26% da amostra. Eles também mostraram que é possível melhorar a posição do país dando incentivos para que os estudantes façam o teste de maneira mais séria. Especialmente se os outros não fizerem o mesmo já que, segundo a pesquisa, a influencia destes alunos no resultado pode ser importante no resultado.

Um dos países onde a proporção de alunos que não fazem o PISA com seriedade é mais elevada é ...

Brazil stands to gain the most. This gain is driven by the large proportion of non-serious students and the high extent of non-seriousness. However, the contribution of ability is relatively small: even if the exam had been taken seriously, the performance would not have improved much as non-serious students in Brazil are of low ability. 

A participação dos alunos não sérios brasileiros no PISA é de 67%. Mas a qualidade é tão ruim, que se a seriedade mudasse, o país conquistava somente uma posição no ranking.

Taking PISA Seriously - S Pelin Akyol, Kala Krishna e Jinwen Wang - NBER 24930 - Agosto de 2018

Fair-play

Segundo dados da UEFA, divulgados em outubro, o chamado Fair Play Financeiro parece estar funcionando. O resultado agregado dos clubes mostra que o prejuízo de 1,7 bilhão de euros foi transformado em lucro, de 600 milhões. Outra consequência foi a melhoria do patrimônio líquido, que aumentou de 1,9 bilhão (em 2011) para 7,7 bilhões.

Em termos de ligas, 29 das 54 foram rentáveis.

Leia mais aqui. Foto: Garrincha, o criador do fairplay dentro de campo.

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A versão

12 novembro 2018

Estimativa de riqueza pessoal

Um texto do NY Times chama a atenção para a riqueza das celebridades. Ou melhor, das falhas da estimativa desta riqueza. Durante sua campanha para o governo de Nova York, Cynthia Nixon, a atriz de séries de televisão, foi questionada sobre sua fortuna, de 60 milhões de dólares. De onde surgiu esta informação? Segundo o jornal, de um site sobre riqueza das celebridades, o Celebrity New Worth. Segundo o site, a fonte dos seus números é um "algoritmo proprietário". Como o site CNW não possui programadores na sua equipe, é estranho esta afirmação.


Este site foi fundado em 2009 e traz muitas curiosidades sobre as finanças de celebridades.  O seu principal produto são os números da riqueza das celebridades. A questão é a veracidade da informação. E no site existe um alerta: expressamente excluem a responsabilidade por quaisquer imprecisões ou erros em toda a extensão permitida por lei

Eis um caso curioso: Geoffrey Owens, ator de The Cosby Show, tinha uma fortuna de meio milhão de dólares, segundo o site. Mas fotos dele mostraram o ator trabalhando no comércio e seu número caiu para US $ 300.000. Em geral os números são maiores do que a realidade. Explica o NYTimes:


Há um sentido compreensível para isso: os publicitários são menos propensos a reclamar se você errar do lado de chamar seus clientes de ricos. (...)A CNW está oferecendo respostas para perguntas que não têm respostas precisas e rápidas. As pessoas ricas não sabem quanto dinheiro têm, e o "patrimônio líquido" inclui avaliações de todos os tipos, de ativos não líquidos, de carros e casas a frações de empresas.

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Fonte: Aqui

11 novembro 2018

Big Four expandem nos serviços jurídicos

A ameaça a quebra do oligopólio não está impedindo as grandes empresas de auditoria de promoveram uma forte expansão. Especial destaque no mercado de serviços jurídicos, com potencial de 600 bilhões de dólares. Os escritórios de serviços jurídicos já estão cientes desta ameaça. Um sócio de um deles afirmou:

“[As Big Four] terão um impacto muito grande no mercado intermediário. Eles têm uma base de clientes tão forte e são tão bons em integrar os serviços de negócios em suas ofertas”.

Para isto, as empresas de auditoria estão promovendo uma série de aquisições. Recentemente, a EY anunciou a aquisição de um empresa de tecnologia voltada para área jurídica. Em alguns países, como é o caso do Reino Unido, algumas mudanças regulatórias favoreceram esta expansão, ao permitir de não advogados tivessem escritórios de advocacia.

Um dado revelador desta expansão: somente a PwC possui 2.500 advogados em 85 países. O número das demais (KPMG, EY e Deloitte) é próximo disso: 2.200, 2.100 e 1.800. Ainda é pouco em relação ao total de 890 mil funcionários, mas é um começo.

Uma grande empresa de auditoria é muito grande em relação a um escritório de advogados. A Deloitte tem uma receita de 39 bilhões de dólares, enquanto um grande escritório de rábulas dificilmente tem receita acima de 3 bilhões. A receita combinada das Big Four é de 134 bilhões, ou 22% do mercado potencial de serviços jurídicos, de 600 bilhões.

Leia mais aqui. Fonte da imagem aqui