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25 junho 2018

Reduzir a alíquota pode ajudar no investimento e no endividamento

No final de 2017, o Congresso dos EUA aprovou uma reforma tributária, reduindo a carga tributária das empresas. Este é um assunto que interessa também ao Brasil, já que um dos argumentos é que esta redução permitiria um aumento nos investimentos, uma redução no endividamento e até mesmo um aumento na arrecadação, já que as empresas aumentaria suas receitas e isto teria um efeito positivo sobre o lucro, mesmo com a redução da alíquota.

Usando dados de outra lei, aprovada em 2005 nos Estados Unidos, um pesquisador verificou se a redução da alíquota pode realmente trazer benefício em termos de investimento, endividamento e impostos. É bom ressalvar que um trabalho como este sempre apresenta algumas simplificações, mas os resultados são apresentados na figura abaixo:

A linha azul apresenta os valores para as empresas que tiveram redução de impostos e a pontilhada são as empresas que não receberam nenhum benefício fiscal. O corte é o ano de 2005. Os resultados mostram que há um benefício claro na questão do investimento e endividamento. Entretanto, o pagamento de impostos não sofreu mudança expressiva (último gráfico)

Segurança alimentar e WalMart

A empresa WalMart tem sido acusada de diversas aspectos negativos. Com suas lojas imensas, a WalMart, por exemplo, eliminou muito pequeno comércio. Um estudo realizado por dois pesquisadores da Georgia State, outro da Samford e outro de Nairobi tentaram mensurar o efeito dos Supercenters na segurança alimentar da população. O foco no baixo custo por parte da empresa conduziu a um resultado até certo ponto surpreendente:

Os resultados sugerem que a proximidade com o Walmart Supercenter melhora a segurança alimentar de famílias e crianças, medida pelo número de respostas afirmativas a um questionário de insegurança alimentar e um indicador de insegurança alimentar. Os efeitos são maiores entre as famílias e crianças de baixa renda, mas também são importantes para as crianças de renda média.

Aqui e aqui

24 junho 2018

Ator falido

A revista Rolling Stones informa que o ator Johnny Deep está falido (ou quase). O ator, conhecido pelo papel de Jack Sparrow, teve ter, ao longo de sua carreira, arrecadado 650 milhões de dólares. E achou um culpado na figura dos antigos empresários, que por sua vez estão processando o ator.

Os problemas do ator incluem uso de drogas e péssimos hábitos de consumo, que inclui um pagamento de 5 milhões de dólares para que as cinzas de Hunter S. Thompson saísse de um canhão.

(via aqui)

Rir é o melhor remédio




21 junho 2018

Apostas e Copa do Mundo

Um texto mostrando alguns problemas comportamentais nas apostas esportivas durante a Copa do Mundo:

Na quinta-feira, começa a Copa do Mundo de 2018, uma competição de um mês com equipes masculinas de 32 países, quando a Rússia enfrenta a Arábia Saudita. A Copa do Mundo, que acontece a cada quatro anos, atrai muitas pessoas que normalmente não se consideram fãs de futebol. A final da Copa do Mundo de 2014, entre a Argentina e os vencedores da Alemanha, foi assistida por mais de um bilhão de pessoas.

A Copa do Mundo também é uma época em que muitas pessoas que normalmente não se consideram apostadores decidem jogar . Para muitas pessoas, a aposta pode adicionar de forma mais simples emoção aos jogos de futebol. Mas a aposta também pode levar muitas pessoas a perder mais do que ganhar. Este "guia de apostas" irá apresentar algumas das principais descobertas da pesquisa que podem manter suas perdas sob controle e aumentar suas chances de sair na frente.

# 1: não aposte na sua equipe

Uma estratégia popular é apostar no próprio país (embora os torcedores da Itália e dos EUA não possam fazê-lo desta vez, porque as duas equipes não conseguiram se classificar, a primeira vez desde 1958 e 1986, respectivamente). Isso é conhecido como “ viés da própria equipe ” e há duas razões principais para evitar essa estratégia. A primeira razão é que as casas de apostas tendem a conhecer por essa preferência e oferecem pagamentos injustamente baixos à própria equipe do apostador . A segunda razão é devido ao aspecto emocional. Você ficará feliz se sua própria equipe vencer. Faz sentido fazer uma proteção (hedge) de sua felicidade para diferentes resultados, apostando que sua equipe não irá ganhar. Dessa forma, você está garantindo que não terá um duplo golpe se seu time perde e você perder a aposta. Se você adotar este conselho, você estará entre poucos; as pessoas realmente não gostam de apostar contra sua própria equipe, mesmo quando oferece uma aposta grátis de $ 5 .


# 2: não apostar no “azarão”


(...) Enquanto escrevo isso, as probabilidades do jogo de abertura dizem que uma aposta de $ 1 poderia retornar $ 1,28 (lucro = $ 0,28) se a Rússia ganhasse, $ 11 (lucro = $ 10) se a Arábia Saudita ganhasse ou $ 5 (lucro = $ 4) se as equipes empatarem. Portanto, os mercados de apostas consideram a Rússia "favorita" e a Arábia Saudita o “azarão”. Muitos jogadores ingênuos podem ser atraídos pelos pagamentos potenciais mais altos e pelo drama de apostar nos azarão, como a Arábia Saudita aqui.

Este impulso reflete o viés de apostas esportivas estabelecido. Já em 1949, constatou-se que, em corridas de cavalos, as apostas em azarões tinham perdas muito maiores (como uma porcentagem do valor apostado) do que as apostas em favoritos. Embora nenhuma categoria de apostas tenha sido vantajosa no longo prazo após contabilizar a parte do bookmaker , a perda acima da média dos azarões é um padrão já confirmado em muitos esportes (incluindo futebol; veja aqui e aqui). 

# 3: Não seja sugado por apostas específicas

Apostar em azarões não é a única maneira que os apostadores de futebol podem perseguir altas recompensas. As apostas “Acumulador” envolvem a previsão de todos os resultados de vários jogos de futebol separados. Com, digamos, cinco jogos independentes, os payoffs podem aumentar rapidamente, porque a aposta só compensa quando todos os jogos terminam como previsto. No entanto, é fácil superestimar a conjunção de vários eventos, tanto na vida quanto no futebol. Uma alternativa é apostar em resultados mais específicos, como uma aposta na Rússia para vencer por 3-0, ou um jogador específico marcar o primeiro gol, ou até mesmo um jogador para marcar o primeiro gol e a Rússia para ganhar por 3-0. Essas apostas específicas se destacam na publicidade de jogos de azar britânicos. Mas evite apostar em todas essas categorias específicas. (...)

# 4: É fácil esquecer as apostas em azarões

Por que as pessoas continuam apostando em azarões? Uma razão é que as apostas bem-sucedidas ficam na mente. Por exemplo, se tornou viral um apostador que jogou um bilhete em “Sami Khedira irá marcar e Alemanha irá ganhar de 7-1” no famoso jogo da semifinal da Copa de 2014, onde a Alemanha ganhou do Brasil. (A aposta inicial de US $ 20 pagou mais de US $ 40.000.) Nenhuma glória, no entanto, vai para as apostas de sucesso mais mundana de "Alemanha irá vencer".

Enquanto isso, azarões mal sucedidos são esquecidos instantaneamente. Reserve um momento para pensar na angústia das pessoas que apostaram na vitória da Alemanha por 7x0, que tiveram suas esperanças frustradas pelo gol de consolação de Oscar do Brasil no último minuto do jogo. Tenha cuidado: “quase-acidentes”, como esse, são conhecidos por motivar os apostadores quase tanto quanto ganhar apostas, e podem ser um fator pelo qual tantas pessoas continuam apostando de forma específica. (...)

Dolly

Com acusação de sonegar 4 bilhões em impostos, a empresa de bebidas Dolly resolveu fehcar uma das fábricas. O motivo do fechamento, segundo a empresa, é “a impossibilidade de acessar o caixa da empresa”.

Codonho [proprietário da empresa] passou oito dias preso temporariamente no 77º DP (Distrito Policial) de Santa Cecília, região central de São Paulo. Foi preso no dia 18 de maio. O executivo é suspeito dos crimes de fraude fiscal continuada, sonegação, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Investigadores estimam que as fraudes praticadas pelo empresário tenham gerado um prejuízo de R$ 4 bilhões ao longo de 20 anos.

Marca: O mundo é da tecnologia

Em rosa, as empresas de tecnologia, que são as maiores marcas do mundo (via aqui)

Casas Bahia

Em 2009, a Globex fez um acordo com as Casas Bahia. Antes da divulgação do acordo, alguns investidores, que sabiam da informação, fizeram negociações e tiveram retornos pelo uso de informação privilegiada. Agora, em 2018, a CVM finalmente puniu estes investidores, com multa de 684 mil reais.

No voto, o diretor-relator Gustavo Borba rejeitou as alegações de prescrição da irregularidade e também destacou que os acusados tinham relações pessoais entre si e com pessoas que tiveram acesso às negociações entre as duas empresas. Segundo ele, as operações de compra e venda em datas próximas ao anúncio, comprovam isso.

GE sai da Dow Jones

Por 111 anos, a empresa General Electric fez parte do índice Dow Jones. Ao participar deste índice, a empresa é considerada uma blue chip.

A GE participava do índice desde 1896 e, de forma ineterrupta desde 1907. Há 15 anos, a GE era a empresa com maior valor de mercado do mundo. A crise de 2008, que afetou a parte financeira da empresa, e os problemas contábeis recentes (aqui também) fizeram com que a empresa perdesse 80% do preço da ação.

A retirada já era esperada e pode afetar ainda mais o valor da empresa, na medida em que o preço da ação é afetado pela presença nos índices de mercado. Parece estranho, mas não é. Uma empresa que participa de um índice de mercado tende a se valorizar, já que muitos fundos de investimentos procuram reproduzir a carteira de mercado. Assim, sair de um índice como o Dow Jones pode levar os fundos a venderem as ações da empresa para “reproduzir” a nova ponderação do índice. O efeito talvez não seja maior em razão da pequena participação atual da GE no Dow Jones.

Outro aspecto interessante é que a GE era o único “membro fundador” do índice.

Rir é o melhor remédio

A diferença entre Chefe e Líder explicada de forma bem didática:









20 junho 2018

Crise passa na economia, mas continua no setor contábil

Em maio de 2018, o setor contábil novamente demitiu mais empregados que contratou. Foram admitidos 9.340 e demitidos 10.143, representando uma diferença de 803 empregos a menos no mercado formal de emprego. Desde janeiro 2014, o número de redução de empregos foi de 39.685. Não é o pior resultado, já que o desempenho de março e janeiro deste ano. A questão é que a economia como um todo contratou mais que demitiu. E isto ocorre desde janeiro de 2018 deste ano. Nos últimos 17 meses, somente quatro tiveram um sinal negativo no saldo de movimentação na economia, enquanto no setor contábil foram 14 meses com mais demissões que contratações. Em outras palavras, parece que a crise está passando na economia, mas persiste no setor contábil.

Além disto, as demissões no setor contábil acontecem com trabalhadores com um tempo de experiência longo (35 meses em média em maio de 2018 versus 24 meses para a economia) e uma idade de 32 anos. É interessante notar que no passado a economia obtida com a contratação, comparando o salário médio do trabalhador admitido e o salário do demitido, já foi maior no passado; em maio foi de 16%.

Em maio, aqueles com curso superior completo tiveram um saldo de movimentação positivo. Em termos de ocupação, apenas os técnicos apresentaram saldo positivo. Nos demais casos, o saldo foi negativo.