Translate

09 maio 2017

Perigo da Economia sem Dinheiro

Num artigo publicado na Fortune, Milo M. Benningfield chama atenção para os perigos da ausência do dinheiro. O primeiro destaque do autor refere-se ao fato de que geralmente consumimos mais com cartão de crédito do que com dinheiro físico. Quando abrimos nossa carteira e tiramos um nota de dez reais, sentimos muito mais a perda do que quando entregamos nosso cartão para passar numa máquina. E a diferença é muito maior com um cartão de crédito, já que o ser humano utiliza o desconto hiperbólico nas suas decisões pessoais: pesamos mais o presente do que o futuro, o que faz com que a pessoa não pondere adequadamente o esforço do pagamento futuro da fatura do cartão.

Mas o futuro pode ser pior, segundo as experiências potenciais que estão sendo feitas por algumas empresas. A Amazon está criando uma loja onde o cliente sequer precisa passar pelo caixa, bastando pegar o produto e levar para sua casa. Isto será feito a partir de dispositivos que dispensaria a existência do cartão de crédito. Se no mundo atual já não é vantajoso a compra com a fricção de retirar um cartão da sua carteira, imagine sem necessitar deste gesto. Benningfield pergunta: como vamos garantir que estaremos vivendo dentro dos nossos recursos?

Um dos principais instrumentos de controle das finanças pessoais, o fluxo de caixa, também deve sofrer. Afinal, será que teremos paciência para listar nossas despesas e as receitas, fazendo o controle do que gastamos? O exercício de montar um fluxo de caixa pessoal ajuda não somente verificar se estamos vivendo dentro dos nossos limites, mas também sugere questionamentos sobre os gastos que fazemos. Os especialistas em finanças pessoais consideram o fluxo de caixa como uma atividade muito importante no controle dos gastos.

A princípio, num mundo sem dinheiro, seria mais fácil fazer e controlar o fluxo de caixa. As informações podem ser usadas num app do celular, agregando as informações dos cartões de débito, de crédito, das contas correntes e outros. Mas ter acesso a um instrumento de controle não garante seu uso. Na realidade, usar um app de finanças pessoais exige um certo trabalho e tempo que muitas vezes não estamos dispostos a fazer.

Além disto, o mundo sem dinheiro tende a valorizar mais o gasto presente, conforme já dizemos anteriormente. E o dinheiro para aposentadoria? E os recursos para a viagem dos sonhos? E a reserva para um problema de saúde ou um potencial desemprego? Conforme lembra o autor, o “custos emocional” de olhar um fluxo de caixa é, muitas vezes, a maior barreira para usar este instrumento. Muito embora os custos de não usar são maiores. Em outras palavras, o maior custo de não ter um fluxo de caixa é ficar vulnerável as influências invisíveis: as compras por impulso e todos os instrumentos que o marketing usa para empurrar produtos para os idiotas clientes.

Finalmente, num mundo sem dinheiro o comprador está dando, de graça, algo extremamente valioso: informação detalhada sobre ele. Com esta informação, as ofertas serão direcionadas especialmente para fazer você consumir mais, mesmo sem necessidade. Lembra Milo M. Benningfield: fluxo de caixa pessoal nos permite ser um participante pleno, não um espectador, da nossa vida.

The Perils Of A Cashless Economy, Fortune

Rir é o melhor remédio

Enquanto isto, na Espanha...


Fonte: Aqui

08 maio 2017

Peritos confirmam irregularidades no Bankia

En ese proceso, ayer se conoció otro capítulo: los peritos judiciales del caso Bankia, Antonio Busquets y Víctor Noguera, han ratificado la existencia de irregularidades en las cuentas de Bankia en salida a Bolsa de 2011 al “no reflejar la imagen fiel” y “no cumplir la normativa de aplicación”, informa Efe. Los peritos se apoyan en los correos del inspector José Antonio Casaus a sus superiores, críticos con el estado y la viabilidad del grupo BFA-Bankia. Busquets que la institución “no incluyó información sensible” y rebate el contenido de los contraperitajes realizados por expertos de las defensas y pide que se investigue a la auditora Deloitte.

Fonte: Aqui. Para entender o caso, leia aqui

Links

Analisando a coluna "Modern Love" do NY Times

A justiça precisa pensar em termos estatísticos

As máquinas reproduzem os estereotipos culturais humanos

Os primeiros produtos antes da empresa ser famosa (ao lado)

Cobertura da imprensa e ataque terrorista

Estereotipos de tenistas (video)

Rir é o melhor remédio

Paixão por leitura e livros. Adaptado de Grant Snider

06 maio 2017

Pergunta

por que ainda estamos usando o modelo de ‘periódicos’ para nossa comunicação primária, mesmo embora nossa tecnologia moderna, a Internet, não os requeira mais?

Jan Velterop - Abertura é a única qualidade de um artigo científico que pode ser objetivamente aferida - Aqui

Uma reflexão importante sobre o fator de impacto, os problemas dos periódicos e a possibilidade de publicar pesquisa através do preprint.

Links

Espião suíço tentava identificar compradores de informações sigilosas de clientes de banco (foi preso na Alemanha)

Prêmio Nat Geo de fotografia da natureza (ao lado)

Quando Harvard tentou consertar o capitalismo (ou Elton Mayo)

A contribuição de Baumol

Replicando o experimento de Milgram: 90% dos participantes são obedientes

Auditores são descuidados com o risco de mensuração

Fato da Semana: A falência do governo

Fato: Quando um Estado está em falência

Data: 3 de maio de 2017

Contextualização - Durante a semana, o blog postou um provocação: O Brasil vai Falir. Efetivamente, os dados que temos e as projeções não são boas para o País. O crescimento das despesas públicas e a falta de reformas estruturais levam a esta projeção.

Também na semana tivemos a notícia de que o estado livre associado de Porto Rico estava com sérios problemas financeiros. Uma solicitação de reestruturação da sua dívida foi arquivada. Trata-se do maior default - em termos nominais - dos Estados Unidos. Porto Rico não possui representação no legislativo, mas vota para presidente, geralmente nos democratas. A dívida corresponderia, segundo o El Mundo, a um título municipal.

Relevância - A dívida por habitante de Porto Rico é de 12 mil dólares. A economia está em crise há anos e não existe muita perspectiva a curto e médio prazo.

Pelo status de Porto Rico - não é uma nação, nem um estado - os problemas jurídicos são grandes. Pelo tamanho da dívida, o problema não é preocupante. Mas pode ser um alerta para uma nação que se recusa a se reinventar.

Notícia boa para contabilidade? Não. Problema de finanças públicas. Qual a razão para a informação contábil não apresentar de forma fiel a realidade de um país?

Desdobramentos - Para Porto Rico, tudo parece indicar que existe agora mais possibilidade de um acordo com os devedores. Mas a contabilidade não irá discutir, desta vez, como fazer com que a situação financeira do governo seja exposta de forma clara e fiel.

Mas a semana só teve isto? Os problemas da Roll-Royce e a perda de Baumol foram outros dois fatos de destaque da semana.

Rir é o melhor remédio

Mais aqui