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02 outubro 2014

Retórica, incremento e desorientação

Retórica, incremento e desorientação
Afonso Farias
Correio Braziliense, 29 Setembro  2014


A nação transformou-se em monopólio de negociadores governamentais de plantão. Ocupam cargos para construir suas riquezas materiais e organizar estruturas e sistemas (aparentemente do bem) para se perpetuarem estrategicamente nas posições ocupadas.

Sobre a educação, depois de analisada por organismos internacionais e constatado que o Brasil está mal, foi a vez de o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) apontar os desmandos da gestão nacional do setor. As notas do Ideb caíram no ensino médio de 16 redes públicas estaduais entre 2011 e 2013.

O país não atingiu as metas previstas para 2013 nos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e no ensino médio. A meta de 2013 só foi atingida nos primeiros anos do ensino fundamental (1º ao 5º ano).

Um fato chama a atenção: as escolas particulares não alcançaram as metas em nenhuma das três fases de ensino. Nos anos iniciais do ensino fundamental, as instituições privadas foram as únicas a não alcançar a meta do Ideb. A situação se repete nos anos finais. Tecnicamente, a educação é pouco eficiente.

Relativamente à economia, nos três primeiros trimestres de 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou recuo de 0,6%. O Banco Central, como tem feito costumeiramente, revisou para baixo a expectativa de crescimento deste ano, passando a previsão do PIB de 0,70% para 0,52%.

Com esse percentual, 2015 tem previsão de crescimento em torno de 1%. Crescendo menos que os demais Brics, o Brasil perdeu a confiança do investidor estrangeiro. Hoje, verificando 44 economias que tiveram o desempenho dos três primeiros trimestres analisado pela revista Economist, apenas Japão e Ucrânia estão numa situação pior que a do Brasil.

Com o menor percentual de investimento entre os componentes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e Árica do Sul), 18% do PIB, o Brasil está comprometendo seu futuro econômico e afastando os investidores. Tecnicamente, o país está em recessão.

Sobre a violência, no que toca aos homicídios, morrem mais de 56 mil pessoas por ano no Brasil. Isso é quase que a totalidade de americanos mortos na sangrenta Guerra do Vietnã (58 mil), durante mais de 10 anos de conflito.

Sobre suicídios, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou um relatório recente, sobre a América Latina, no qual apenas cinco países tiveram aumento percentual no número de suicídios entre 2000 e 2012: Guatemala (20,6%), México (16,6%), Chile (14,3%), Brasil (10,4%) e Equador (3,4%).

Torna-se relevante perceber que, no Brasil, o número de mulheres que tiraram a própria vida cresceu mais (17,80%) do que o número de homens (8,20%) no período de 12 anos. A OMS afirmou que há aproximadamente 800 mil suicídios/ano no planeta — a cada 40 segundos, suicida-se uma pessoa. Tecnicamente, matam-se e suicidam-se mais pessoas neste país.

Assim, apenas pela abordagem desses três pontos (educação, economia e violência), é notório que a correção urge e que as estruturas governamentais e institucionais passem realmente a funcionar. Ações retóricas, promessas vazias, mudar para nada acontecer e o politicamente correto afundaram as instâncias públicas nacionais e estão corroendo o tecido social.

O petróleo sempre foi objeto de lucro, de esperança e de sucesso nesta terra. Nunca na história deste país, ele foi notado e carimbado como problema. Agora, depois de sucessivas denúncias e, mais recentemente, da delação, a Petrobras emaranhou-se e afunda-se nos pântanos de uma administração completamente enviesada pela politicagem e fraudulentos procedimentos.

Por fim, os dois grandes problemas nacionais residem na ética tropeçante e na ineficiência da gestão. Ultimamente, as notícias, floridas pelas campanhas eleitorais, explodem desvios, má-gestão e pífios resultados dos governos. A ineficiência só aumenta e as mentiras de autoridades seguem o incremento. Qual é a proa? Onde está a bússola? Socorro! Furtaram o compasso.

» AFONSO FARIAS Especializado em política e estratégia, mestre em administração e doutor em desenvolvimento sustentável, é professor do Programa de Pós-Graduação da Universidade da Força Aérea - 

Pacioli e Criatividade

A invenção [1] das partidas dobradas pelo monge e matemático Luca Pacioli no final do século 15 [2] foi tão importante que ninguém menos que Max Weber marca o início do capitalismo a partir deste evento. A ideia de um registro fiel das transações econômicas foi, sem dúvida, revolucionária ao possibilitar o cálculo capitalista [3], ou, nas palavras do próprio Weber: "a contabilidade monetária atinge o mais alto grau de racionalidade como meio de orientação da atividade econômica pelo cálculo quando tomar a forma de contabilidade do capital". 

Menos conhecido que Luca Pacioli é seu irmão gêmeo malvado, Guido Pacioli, o inventor da contabilidade criativa, que, diferentemente da tradicional, se ocupa em criar registros que pouco ou nada se relacionam com o fenômeno econômico. (...)


Continua aqui

[1] não é razoável falar que as partidas dobradas foram inventadas. E que Pacioli foi seu inventor.
[2] Provavelmente a criação das partidas dobradas ocorreu cem anos antes.
[3] Acredito que o autor queira dizer "lucro".

Contador


O ator Ben Affleck pode estrear o filme "The Accountant",que está sendo produzido pelo estúdio Warner Bros. O filme é sobre um contador e um assassino. Originalmente Mel Gibson seria o diretor, mas isto talvez não ocorra mais.

DFC repensada

O FASB está repensando, desde abril de 2014, em alguns aspectos da demonstração dos fluxos de caixa. Um dos pontos que está em discussão é o item “caixa restrito” onde existe uma grande divergência de tratamento. Algumas empresas classificam este item como operacional, outras como investimento e assim por diante. Entretanto, algumas pesquisas (via aqui) mostram que estes são itens de pouca relevância. 

Sexo, Drogas e Cabelos

A entidade que faz o cálculo das contas nacionais está considerando, pela primeira vez, a inclusão dos gastos com drogas ilegais e prostituição. O gráfico apresenta os valores e é possível perceber que os gastos com prostituição são quase do mesmo montante que se gasta com cabeleireiros.


A prostituição adicionou 5,65 bilhões de libras esterlinas na economia ou 22 bilhões de reais. Isto corresponde ao valor que a Telefonica ofereceu para adquirir a GVT.

Mas segundo o The Telegraph este número pode estar subestimado. Na prostituição, por exemplo, não está sendo considerados os trabalhadores masculinos, que representam 42% do total.

Listas: Os países mais endividados do mundo

Fonte: Aqui

01 outubro 2014

Rir é o melhor remédio

Photoshop

Curso de Contabilidade Básica: Apresentação das demonstrações

As informações preparadas pela contabilidade podem ser apresentadas de diversos formatos aos usuários. Algumas empresas permitem que o usuário possa ter acesso a mais de uma forma. Nos dias de hoje é normal imaginar que uma empresa estará apresentando suas demonstrações na rede mundial de computadores. Entretanto, algumas entidades de pequeno porte ou que não possuem uma contabilidade mais avançada ou são refratárias à evidenciação não disponibilizam estas informações na rede. Iremos tratar aqui somente das empresas que apresentam as informações na rede e neste caso prevalece uma grande variedade de possibilidades.

Quanto ao formato as demonstrações contábeis podem ser apresentadas em formato PDF, documento de texto (Word, por exemplo), apresentação de slides (caso do PowerPoint) ou planilha de dados (como o Excel). O formato PDF é o preferido, pois impede, a princípio, a edição do conteúdo. Além disto, a formatação do conteúdo não será alterada ao baixar a informação da rede. Mas o fato de impedir a edição pode ser um obstáculo para o usuário que deseja usar os dados para fazer uma análise. O documento de texto pode ser uma opção interessante, mas pode ser alterado e sua formatação pode mudar conforme o computador do usuário. Os dois últimos formatos – apresentação de slides e planilha de dados - geralmente impede a apresentação completa das informações e por este motivo são usadas com ressalvas. Os slides são disponibilizados para os usuários que estão interessados na apresentação que foi realizada pela empresa para investidores; já a planilha de dados é útil quando o usuário pretende “manipular”, no bom sentido, as informações.

Vamos mostrar os casos mais comuns. A figura abaixo apresenta a divulgação do Itau BBA SA . Neste caso, o banco optou por simplesmente reproduzir aquilo que foi publicado no jornal Diário do Comércio no dia 26 de agosto de 2014 (no centro da figura, no alto, aparece o nome do jornal).



Este tipo de divulgação evita a possibilidade da mesma informação aparecer de maneira diferente conforme a forma de divulgação. Mas realmente não é criativa, além de ser pouco amigável com o leitor. Muito número com letras minúsculas.

A seguir tem-se a divulgação conforme a determinação da CVM feita pela Energisa. A vantagem deste formato é a padronização da apresentação. O usuário mais acostumado com as demonstrações irá rapidamente localizar as informações que procura. Mas este tipo de formato inibe a presença do elemento gráfico.

A figura a seguir mostra uma planilha preparada pela Petrobrás. Para aqueles que gostam de “manipular” os dados é o ideal. O usuário pode escolher qual a conta deseja utilizar (basta clicar no marcador), quais os anos, a ordem, a demonstração, etc. É o ideal para quem deseja fazer uma análise mais profunda sobre o desempenho da empresa. (Mas poucas disponibilizam este formato, infelizmente)

Finalmente, a figura abaixo apresenta o slide da Vale. Aqui a empresa destaca os principais pontos do seu desempenho. Apesar do visual agradável o usuário deve tomar muito cuidado com este formato em razão do viés da seleção: a empresa destaca aquilo que acredita mais relevante e provavelmente terá mais destaque os fatos positivos e favoráveis para a empresa.

A escolha do formato dependerá das necessidades do usuário, se a empresa disponibilizar diversas alternativas. Em geral a apresentação de slides é interessante como o primeiro contato. O Formulário Referência ou a publicação do jornal são uteis para ter a informação completa da empresa. Particularmente tenho preferência pelo Formulário da CVM. A planilha Excel é muito útil quando você precisa de uma análise mais aprofundada. Assim, a preferência irá depender das necessidades e preferência de cada usuário.

A vida na Terra como um índice de mercado

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-deficit-primario-de-r-14-5-bi-em-agosto-contas-publicas-batem-recordes-negativos,1568484If animals were stocks, the market would be crashing. 

The chart below shows the performance of an index that tracks global animal populations over time, much like the S&P 500 tracks shares of the biggest U.S. companies. The Global Living Planet Index,updated today by the World Wildlife Foundation, tracks representative populations of 3,038 species of reptiles, birds, mammals, amphibians and fish.
To say the index of animals is underperforming humans is an understatement. More than half of the world's vertebrates have disappeared between 1970 and 2010. (In the same period, the human population nearly doubled.) The chart starts at 1, which represents the planet's level of vertebrate life as of 1970.
The global LPI shows a decline of 52 per cent between 1970 and 2010. The LPI is based on trends in 10,380 populations of 3,038 mammal, bird, reptile, amphibian and fish species. The white line shows the index values and the shaded areas represent the 95 per cent confidence limits. Source: WWF, ZSL, 2014
The global LPI shows a decline of 52 per cent between 1970 and 2010. The LPI is based on trends in 10,380 populations of 3,038 mammal, bird, reptile, amphibian and fish species. The white line shows the index values and the shaded areas represent the 95 per cent confidence limits. Source: WWF, ZSL, 2014
It makes sense that the WWF is framing of biodiversity loss as an index that may look more familiar to financial analysts than environmentalists. The research group's message is as much economic as environmental: Not only do animal populations represent valuable natural systems that economies rely on, in many cases they are actual tradable goods, like stocks of wild fish.
"In less than two human generations, population sizes of vertebrate species have dropped by half," writes WWF Director General Marco Lambertini. "We ignore their decline at our own peril."
Humans are currently drawing more from natural resources than the Earth is able to provide. It would take about 1.5 planet Earths to meet the present-day demands that humanity currently makes on nature, according to the WWF. If all the people of the world had the same lifestyle as the typical American, 3.9 planet Earths would be needed to keep up with demand.
Source: WWF/Global Footprint Network, 2014
Source: WWF/Global Footprint Network, 2014
The report reads like one of the "alarm bells" U.S. President Barack Obama referenced in his climate change speech last week. Unfortunately, according to the WWF, the effects of climate change are only starting to be felt; most of the degradation of the past four decades has other causes. The biggest drivers are exploitation (think overfishing) responsible for 37 percent of animal population decline, habitat degradation at 31 percent, and habitat loss at 13 percent.
Global warming is responsible for 7.1 percent of the current declines in animal populations, primarily among climate-sensitive species such as tropical amphibians. Latin American biodiversity dropped 83 percent, the most of any region. But the toll from climate change is on the rise, the WWF says, and the other threats to animal populations aren't relenting.
For social and economic development to continue, humans need to take better account of our resources. Because right now, life on Earth is not a bull market.
fonte: aqui

EY pagar 8 milhões

Segundo o Financial Post, a empresa de auditoria Ernst Young LLP aceitou pagar 8 milhões de dólares canadenses para a Comissão de Valores Mobiliários de Ontário. O pagamento refere-se aos problemas com as empresas chinesas Sino-Forest e Zungui Haixi, conforme já noticiado neste blog. A auditoria realizada pela EY foi bastante criticada e anteriormente a empresa já tinha concordado em pagar mais de 100 milhões para os investidores.

Para a empresa, o acordo evita despesas adicionais com advogados e prejuízo a marca.

Piolhos

A curiosidade de investigar temas intrigantes e torná-los acessíveis ao público fez os autores Neuza Rejane Lima, Suzete Oliveira e Phillipe Ferreira publicarem em formato inédito pela Editora da UFF (Eduff) o audiolivro “Contando a história dos piolhos”. O lançamento da obra ocorre dia 1º de outubro, às 18h, na Livraria Icaraí, Reitoria da UFF, Rua Miguel de Frias 9, anexo, Icaraí, Niterói.

Primeiro audiolivro da Eduff, “Contando a história dos piolhos” surgiu da vontade de compartilhar com o maior número de pessoas, neste caso deficientes visuais e aqueles que não têm tempo ou disposição de parar e ler, a divulgação científica de temas incomuns e de interesse popular. De acordo com uma das autoras e também professora do Instituto de Biologia Neuza Rejane Wille, a iniciativa é fruto de pesquisa bibliográfica em artigos científicos e livros que buscou narrar a história dos piolhos e a sua relação com a história da humanidade.

O audiolivro descreve, por exemplo, como diferentes sociedades eliminavam os piolhos, insetos sem asas que podem causar doenças por meio da transmissão de bactérias. O livro aborda aspectos médicos e evolutivos e relata a história capilar do homem por meio do combate ao parasita.


Fonte: Aqui

Listas: Livros de Custos mais usados no Brasil

1. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos
2. LEONE, George S. Guerra. Curso de contabilidade de custos: contém critério do custeio ABC
3. HORNGREN, Charles T. DATAR, Srikant M., FOSTER, Georg. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial
4. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial
5. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil
6. LEONE, George S. Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle
7. CREPALDI, Silvio A. Curso básico de contabilidade de custos
8. BRUNI, Adriano L.; FAMA, Rubens. Gestão de custos e formação de preços
9. PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L.M.; GUEDES, R. Gestão estratégica de custos
10. CREPALDI, Silvio A. Contabilidade gerencial: teoria e prática

Fonte: Aqui