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15 julho 2014

Rir é o melhor remédio

30 gifs que resumem a Copa do Mundo

Fonte: Aqui

O que os jogadoress ganham?

By winning the World Cup, players achieve fame, immortality, and an unassailable spot in the pantheon of their nation's sporting heroes. But what do they actually win? Immortality is nice and all, but it doesn't keep strudel on the table.

Every World Cup, FIFA designates a portion of their total revenue earned from TV deals, sponsorship rights, and other streams for the participating nations' football federations. (For a more comprehensive and enraging look at how FIFA handles their finances, check out this clip from Last Week Tonight With John Oliver).

Of the estimated $4.5 billion FIFA made on Brasil 2014, around $400 million was set aside for the various federations. From there, each football federation can do what they please with it, but player compensation is usually negotiated ahead of time. The Ghanaian team threatened to strike mid-tournament unless they got their promised wages, and some $3 million in cash had to be flown via private jet to Brazil before their final group stage game. According to IBN, Germany agreed to pay each member of the 23-man squad a 300,000 euro (about $408,000) bonus if they won the World Cup.

Not bad for one month's work.

One prize Germany won't be allowed to take home with them is the actual trophy. Because it's a magnet for thieves, the winning team only gets a replica.

After it is passed around, kissed, and hoisted into the air by each player, the famous trophy is locked away and eventually engraved with the triumphant nation's name. According to Yahoo!, there is only space for three more winners' names after Germany's is etched onto the gold. 2030's winners may be celebrating with a new trophy — or one with an oblong and extended base.

Fonte: Aqui

Devido à regulamentação, bancos encolhem operações

A sala de negociações do banco UBS AG em Stamford, Connecticut, costumava ser apinhada de operadores, ocupando um espaço igual a dois campos de futebol. O livro "Guinness World Records" reconheceu o lugar como a maior sala desse tipo do planeta. E o banco suíço costumava exibi-la como prova de sua forte presença em Wall Street.
Stu Taylor, um ex-diretor de negociações do UBS que agora dirige a empresa de tecnologia de negociação Algomi Ltd., lembra de convidados sendo levados até a galeria frequentemente. "Era um lugar para ser mostrado", diz ele.
Hoje, já não há operadores gritando em seus telefones ou monitorando terminais. A sala cavernosa do UBS agora está ocupada por funcionários dos setores administrativo, jurídico e de tecnologia, segundo pessoas próximas ao banco.
Uma porta-voz do UBS afirmou que o espaço foi construído para 1.400 operadores, mas não revelou o número de funcionários que hoje ocupa o local.
Uma redução profunda na atividade de negociação de todo tipo de ativos, de ações a títulos de dívida e até câmbio, está mudando o perfil de Wall Street. Operações que contribuíam desproporcionalmente com a receita dos maiores bancos do mundo agora estão cortando vagas e semeando temores de um declínio permanente.
Os mercados atuais são "um tédio", diz Thomas Thees, um ex-diretor de negociação de crédito para América do Norte do Morgan Stanley e ex-codiretor de renda fixa do Jefferies Group. "Isso está afetando as oportunidades de ganhar dinheiro, e consequentemente os lucros que esses negócios podem fornecer."
O faturamento global de operações de renda fixa, câmbio e commodities, ou FICC (na sigla em inglês), caiu para US$ 112 bilhões no ano passado, um recuo de 16% ante o ano anterior e de 23% ante 2010, segundo o Boston Consulting Group.
À medida que grandes bancos com volumosas operações de negociações comoJ.P. Morgan Chase & Co., Goldman Sachs Group Inc.e o Citigroup Inc. divulgam seus resultados do segundo trimestre nesta semana, investidores e analistas buscarão sinais que indiquem se a retração é temporária ou permanente.
As forças investidas contra as operações de negociação dos bancos são poderosas. Desde a crise financeira, reguladores limitam sua capacidade de tomar riscos com dinheiro próprio, o que elevou os custos do processo, levando muitos a recuar ou mudar de rota. Ao mesmo tempo, os mercados globais entraram numa trajetória de estabilidade inusual que amorteceu o desejo dos clientes de fazer negócios.
"Está absolutamente morto", diz Jarrod Dean, um operador de títulos de dívida municipal da Sierra Pacific Securities em Las Vegas. Os volumes negociados desses papéis caíram 30% desde agosto, diz ele, enquanto os lucros recuaram mais de 70%.
O mal-estar levou a um êxodo de operadores de grandes empresas para as pequenas firmas que são menos sujeitas a supervisão do governo. No fim do ano passado, a Sound Point Capital Management LP, uma administradora com uma carteira de US$ 5,2 bilhões focada no mercado de crédito, roubou cinco analistas e operadores de crédito da UBS.
O ambiente barulhento que costumava ser celebrado em Wall Street já estava sumindo quando a crise chegou, à medida que plataformas de negociação eletrônica começaram a trazer uma era mais silenciosa. Mas a crise e as novas regras que vieram depois esvaziaram as mesas e deixaram menos pessoas para realizar vendas e operações com títulos.
[...]
Fonte: aqui

Entrevista com Francis Fukuyama

Em 1989, o cientista político e economista americano Francis Fukuyama publicava seu famoso artigoO fim da história? na revista The National Interest. Nele, argumentava que a difusão mundial das democracias liberais e do livre capitalismo de mercado possivelmente sinalizavam o fim da evolução sociocultural da humanidade. Três anos mais tarde, ele publicaria o livro O fim da história e o último homem, onde expandia essas ideias.
Decorrido um quarto de século, os pontos de vista de Fukuyama continuam sendo debatidos e criticados. Em entrevista à DW, o filósofo de 61 anos afirma que tais ataques a seu texto são decorrentes de uma interpretação equivocada, e defende suas teses à luz de eventos geopolíticos recentes.
DW: Em 1989, o senhor publicou seu artigo mais conhecido, O fim da história?. Vinte e cinco anos atrás, numerosos críticos diziam: "Esse cara está errado." O senhor sente que foi mal entendido ou admite agora que estava errado?
Francis Fukuyama: Acho que os maiores problemas têm a ver com um mal entendido. O conceito de "fim da história" era a questão: em que rumo a história aponta? Para o comunismo – que era o ponto-de-vista de muitos intelectuais, antes – ou na direção da democracia liberal? E acho que, neste ponto, ainda estou certo.
História, no sentido filosófico, é realmente o desenvolvimento, ou a evolução – ou modernização – de instituições, e a questão é: nas sociedades mais desenvolvidas do mundo, que tipo de instituições são essas?
Acho que está bem claro que qualquer sociedade que pretenda ser moderna ainda precisa ter uma combinação de instituições políticas democráticas com uma economia de mercado. E eu não acho que a China, a Rússia ou qualquer outro concorrente invalidem esse argumento.
No tocante a sistemas e governos que funcionem, qual é a sua visão de seu próprio país, os Estados Unidos?
Eu argumento, num próximo livro, que o sistema político americano se deteriorou em muitos aspectos por ter sido seriamente sequestrado por diversos grupos de interesses poderosos. Muitos dos instrumentos de freio e contrapeso (checks and balances), de que nos orgulhamos, resultaram, na prática, no que eu chamo de "vetocracia", ou seja: grupos demais detêm o poder de barrar decisões. Como resultado, o Congresso ficou paralisado, o que eu considero um grande problema para nós.
As instituições democráticas americanas estão em decadência? O que isso significaria para os EUA, como um todo: eles são uma superpotência em retirada?
Não, não vejo a coisa assim, absolutamente, porque na verdade a economia americana está bem de saúde e é, provavelmente, a mais saudável de todas as grandes economias democráticas. Gás de xisto, Silicon Valley: há muitas fontes de crescimento e inovação. Eu apenas acho que o sistema político não vai bem. Mas a sociedade americana é sempre um pouco mais o setor privado do que o setor público.
Voltando a O fim da história, qual é a sua previsão para os próximos 10 ou 20 anos?
Acho que nós estamos passando por um período difícil, em que tanto a Rússia quanto a China se expandem. Mas estou convencido de que é um fenômeno limitado, que, a longo prazo, só existe uma ideia organizadora importante: a ideia de democracia numa economia de mercado. Portanto, a longo prazo, eu continuo otimista.
Fonte: aqui

Avião e o custo unitário

Um texto da Foreign Policy informa sobre os problemas do avião de combate F35 (aqui também). O avião é o mais caro da história e está apresentando uma série de problemas. Cada unidade deverá ter um preço de venda de 112 milhões de dólares e como só o governo dos EUA pretende comprar 2.443 unidades, o valor total será de 400 bilhões de dólares.

Para garantir que o projeto não seria cortado no orçamento público dos Estados Unidos, a empresa produtora, Lockhead, contratou fornecedores e empresas em quase todos os estados dos EUA. Assim, os representantes não teriam interesse em cortar empregos gerados no projeto. Mas o custo do avião tem aumentado: dos 34 milhões em 2001 para 50 milhões em 2011. Entretanto, o custo de um avião é bastante complexo. Eis o que diz um texto da revista:

É crucial para o Pentágono que cada um desses países mantenha suas compras para evitar que o preço unitário de cada aeronave aumente mais. 

Existe uma redução no custo unitário de um avião diretamente associado a quantidade vendida. Isto decorre não somente da economia de escala como também da curva de aprendizagem.

Quanto custa um artigo?

Quanto custa um artigo? A pergunta não se refere ao valor intelectual das pesquisas publicadas, mas ao custo monetário envolvido nos processos de publicação, e a resposta – em cifras – varia a depender da influência do periódico, ou seja: quanto mais relevante, mais alto o custo para publicar um artigo de pesquisa, que muitas vezes ultrapassa a fronteira de mil dólares, podendo chegar a facilmente à quantia de cinco mil nos periódicos de ponta.

Os custos de publicação do periódico científico é um tópico que tem sido muito questionado nos últimos anos. Mesmo que o critério que defina a relevância de um periódico seja a qualidade dos artigos que publica, o que se reverte em maiores custos para quem submete um artigo mas também em maior visibilidade e credibilidade do conteúdo publicado, muitos questionam se os valores praticados não seriam abusivos e não iriam de encontro ao sentido primeiro do fazer científico, que é divulgar à comunidade descobertas relevantes.

Diante deste cenário, muitos têm colocado em cheque quais seriam os reais custos de publicação para periódicos e se os mesmos não poderiam ser reduzidos de modo a, consequentemente, reduzir o custo para publicar um artigo de pesquisa. O “calcanhar de Aquiles” da questão é a revisão realizada com avaliadores pagos e que aumenta em muito o custos de publicação dos artigos para os periódicos.

Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria Outsell in Burlingame (Califórnia) em 2011 concluiu que os periódicos gastam, em média, até quatro mil dólares por artigo publicado (com margem de lucro que varia de 20% a 30%).

Neste mesmo ano uma outra pesquisa constatou que 11% de todos os artigos científicos publicados mundialmente foram veiculados em periódicos de acesso livre, nos quais é realizada a revisão por pares gratuita, fazendo os custos de publicação para periódicos e o custo para publicar um artigo de pesquisa caírem drasticamente.

Sobre a diminuição de custos em toda a cadeia do processo de publicação, os periódicos tradicionais alegam que os gastos existentes são necessários à manutenção da qualidade do conteúdo publicado, alegação que insinua um possível descuido dos periódicos de acesso livre em relação a este aspecto.

Se voltarmos os olhos para o contexto brasileiro, no qual muitos periódicos não possuem fins lucrativos e são formados por equipes voluntárias, conclui-se facilmente que a avaliação por pares voluntária não compromete a qualidade dos artigos publicados.

Para entender tal alegação é importante lembrar que estes periódicos internacionais tradicionais são empresas nas quais a circulação de capital é fundamental à manutenção do negócio.

A composição de suas receitas inclui quotas de publicidade e uma intrincada relação entre vários outros aspectos que não passam pela delicada questão da qualidade editorial.

A monetização do circuito de publicação acadêmica acaba sendo a principal questão por trás do questionamento sobre os custos de publicação para periódicos e das propostas para reduzi-los.

Outra crítica corrente no circuito acadêmico internacional recais sobre o fato de que publicar nos mais renomados periódicos seja muitas vezes o principal critério para determinar a qualidade de um artigo de pesquisa, ao invés da avaliação da contribuição do conteúdo apresentado pelo mesmo.

Neste complexo contexto, periódicos de acesso livre se multiplicam e se consolidam cada vez mais no cenário acadêmico internacional, oferecendo uma alternativa frente aos periódicos tradicionais e seus altos custos. Ainda assim, os critérios de avaliação dos artigos publicados ainda passa em muito pelo filtro dos periódicos mais renomados e a ausência de novos parâmetros de avaliação adequados a este novo cenário compromete a consolidação e popularização dos periódicos de acesso livre, que encontram muitas vezes resistências de pesquisadores renomados para neles publicar seus trabalhos.

Fonte: PosGraduando

Listas: As empresas inimigas da Governança

1. ALL
2. B2W
3. BR Malls
4. Bradesco
5. Bradespar
6. Braskem
7. Brookfield
8. CCR
9. Cielo
10. Cosan
11. CPFL Energia
12. CSN
13. Duratex
14. Embraer
15. Even
16. Fibria
17. Gerdau
18. Gol
19. Iguatemi
20. Itaú Unibanco
21. Lojas Americanas
22. Minerva
23. Multiplus
24. Oi
25. Pão de Açúcar
26. Santander Brasil
27. Suzano Papel
28. Telefônica Brasil
29. Tim Participações
30. Vale

Fonte: Blog da Governança

14 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Entrevista com Marcos Mendes

Ao longo dos 30 anos de redemocratização do Brasil, o Estado incorporou programas de proteção social aos mais pobres ao mesmo tempo em que ampliou as políticas de proteção e benefícios aos mais ricos e à classe média. Para dar conta de atender a todos – alguns com voto, outros com poder econômico, outros com poder de formar opinião na sociedade -, o gasto público passou de algo próximo a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) para os mais de 35% atuais. Com isso, o Brasil ficou preso na armadilha de país ainda muito desigual e com baixo crescimento, sustenta o economista Marcos Mendes, consultor legislativo do Senado.
Para voltar a crescer, o Brasil precisa ser menos desigual, e o caminho passa por escolher as reformas que, ao mesmo tempo, tragam mais eficiência e redistribuam renda. Na mira do que precisa ser desmontado, diz Mendes, estão muito mais as transferências de renda via BNDES, do que via Bolsa Família.
A tese de Mendes – que virou o livro “Por que o Brasil cresce pouco? “, editado pela Campus – é de que o conflito distributivo no país ficou tão sério que ninguém sabe quem ganha mais ou quem perde mais, e qual a conta de cada um. Em parte polêmica de sua análise, ele defende que a democracia agravou esse conflito. Mas para quem acha que isso significa uma defesa de governos autoritários, Mendes deixa claro que pensa justamente o contrário. O livro de Mendes, doutor pela Universidade de São Paulo (USP), começou a ser desenvolvido em 2012, quando esteve no Departamento de Economia da London School of Economics, tem prefácio do ex-diretor de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Marcos Lisboa, e apresentação de Samuel Pessôa, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas Ibre/(FGV). A seguir, os principais trechos da entrevista.
 Valor: Por que o sr. avalia que a combinação de alta desigualdade e democracia afeta o crescimento?
Marcos Mendes: Eu trabalho há 20 anos com política fiscal e há 20 anos eu e todos os economistas fiscais estamos falando que é preciso controlar o crescimento do gasto público, da carga tributária. Você já teve um governo do PSDB que não fez isso, um do PT que não fez isso. Quer dizer, você já teve alternância no poder e as coisas continuam as mesmas. Então não é simplesmente uma opção de política de gastar mais ou gastar menos, de tributar mais, ou tributar menos.
 Valor: Então, o que está em jogo?
Mendes: Tem alguma coisa por trás disso. O que era o Estado brasileiro antes da redemocratização? Só quem tinha acesso ao Estado brasileiro antes da redemocratização eram os grandes grupos econômicos e a classe média alta. Você conseguia atender esse público com uma tributação e um gasto público na faixa de 20% do PIB, e os pobres simplesmente não tinham vez. Os indicadores sociais eram africanos, a assistência à saúde não era integral, a escola pública não era acessível aos pobres. Com a redemocratização, os mais ricos continuaram com canal de acesso ao poder e continuaram obtendo do Estado o que obtinham antes, como crédito subsidiado, proteção comercial às indústrias, perdão às dívidas agrícolas, uma Justiça que favorece quem tem dinheiro para pagar advogado mais caro, regulação fraca, ou seja, uma série de mecanismos favoráveis aos mais ricos. Com a redemocratização, os mais pobres começaram a ter voz, porque o político precisa de voto, que está na mão dos mais pobres. Então, você teve um boom de políticas pró-pobre que se somaram às políticas pró-ricos. E não foi só isso. Você abriu espaço para a pressão dos sindicatos e outras associações, e por meio delas a classe média também teve espaço para demandar mais do Estado. Então, com desigualdade e democracia você tem um Estado que redistribui para os ricos, para os muito pobres e para a classe média, não só através de gasto público, mas também de regulação econômica. E essas duas coisas – gasto público excessivo e regulação que protege a renda de determinados grupos – atuam contra a produtividade e o crescimento econômico.
 Valor: E como se poderia desmontar esse mecanismo do Estado concentrador?
Mendes: A primeira reação das pessoas a esse argumento é: então você está dizendo que tem que acabar coma democracia. Não é isso. Primeiro, porque a democracia tem seu valor intrínseco, de liberdade de opinião, de expressão. Segundo, a não democracia não funciona, vide a crise no governo militar. Quando você não tem transparência, não tem liberdade de imprensa, grupos mais fortes economicamente dominam o Estado e excluem o restante da sociedade. Você precisa, dentro do marco democrático, encontrar políticas que ao mesmo tempo reduzam a desigualdade e estimulem o crescimento econômico. Estamos numa situação de tanta ineficiência que é possível ter políticas que atuem nas duas direções.
 Valor: Quais são essas políticas?
Mendes: Três delas são mais importantes: primeiro, a reforma da Previdência Social, que é altamente concentradora de renda, porque, apesar da grande parcela de benefícios pelo mínimo, tem outra parcela grande, com peso financeiro razoável, que não é de salário mínimo. Também tem uma regra de pensões por morte muito benevolente, e tem a previdência dos servidores públicos. A Previdência tem dois problemas: ela não se sustenta sozinha e ela bloqueia o crescimento, porque absorve poupança da sociedade.
 Valor: Quais as outras políticas?
Mendes: A segunda é educação. Com ela, você aumenta a produtividade do trabalhador, aumenta a produtividade geral da economia e a igualdade de oportunidades. Com uma reforma da educação no Brasil que diminua os custos do Estado com ensino superior e foque no ensino básico, onde a maioria da população pobre está, você tem, no longo prazo, uma melhoria da qualidade da educação e, portanto, maior igualdade de oportunidades. Hoje, o país gasta cinco vezes mais com um aluno na universidade pública que no ciclo fundamental. Por fim, na infraestrutura você tem espaço para fazer gastos que melhorem a qualidade de vida dos mais pobres e melhorem o funcionamento da economia, como transporte público nas grandes cidades e saneamento básico.
 Valor: E qual o caminho para essas reformas?
Mendes: Temos tanta dificuldade para fazer reformas que é preciso estabelecer prioridades. Nenhum presidente eleito pode chegar no governo com uma cesta enorme de reformas, porque o espaço político para fazê-las é muito pequeno. Você tem que escolher reformas, e um critério seria aquelas que ao mesmo tempo tenham um impacto significativo sobre crescimento e redistribuição.
“Com democracia e desigualdade, você tem um Estado que redistribui para os muito pobres, os ricos e para a classe média.”
Valor: Isso passaria por reduzir as políticas que favorecem a concentração pelo lado dos ricos?
Mendes: Exatamente. Não adianta hoje você dizer que vai fazer uma reforma tributária no Brasil. Qualquer reforma vai reduzir a arrecadação, e aí não vai ter dinheiro para pagar todas essas despesas. Primeiro tem que reformar pelo lado do gasto. Tem que reforçar as instituições fiscais, a lei de responsabilidade fiscal, acabar com contabilidade criativa, criar mecanismos de transparência, cumprir metas fiscais. Quando você tem uma restrição fiscal sobra menos espaço para os grupos se organizarem e conseguirem despesas a seu favor. Esse é um ponto. O segundo ponto é colocar muito peso político para bloquear as contrarreformas. No Congresso há uma série de projetos de lei que aumentam as despesas da Previdência e desfazem as reformas feitas no passado, reduzem tempo de contribuição, criam aposentadorias especiais, acabam com o fator previdenciário. Uma série de coisas que, se aprovadas, são uma bomba fiscal.
Valor: Nessas escolhas, algumas políticas que ajudaram na redução da desigualdade nos últimos anos, poderiam ser mantidas?
Mendes: Claro. Você precisa fazer uma escolha das políticas que são mais eficientes. Então, nitidamente, o que os especialistas da área social mostram, é que o Bolsa Família é muito mais eficiente que qualquer outro programa social. Com um custo muito menor, ele tira muito mais gente da pobreza, e reduz muito mais o índice de desigualdade. Agora, você tem políticas que são mais controversas, como a do aumento real do salário mínimo. Ela tem diminuído a desigualdade, mas a um custo fiscal muito alto. Ao mesmo tempo, se você simplesmente acabar com o aumento real do mínimo e não colocar nenhuma outra política social eficaz no lugar, você vai ter problemas com relação ao indicador de desigualdade. Então, é preciso focar nos programas que geram, efetivamente, maior resultado. Mas também não pode pensar só em resultado de curto prazo.
 Valor: Que programas são esses?
Mendes: Você precisa migrar de uma ideia de programa social que coloca dinheiro no bolso das pessoas para programas sociais que dão condições para as pessoas viverem bem e serem produtivas. Qual a ideia? Se a desigualdade está caindo, e cair forte no médio e longo prazo, esse problema pode se resolver por si só. Se a gente continuar reduzindo a desigualdade por mais 15 anos em ritmo razoável, você vai ter uma grande sociedade de classe média no Brasil e essa sociedade vai ser menos dependente de assistência social e vai demandar mais serviços públicos de qualidade. Ela não vai estar interessada em ficar recebendo benefício social, ela vai estar um patamar acima. Esse é o cenário que eu chamo de virtuoso, com a desigualdade caindo fortemente e, no futuro, acaba esse conflito redistributivo. Mas esse não é o único cenário.
 Valor: Qual é o outro cenário?
Mendes: Os dados que os especialistas estão levantando mostram que a desigualdade está estacionando em um patamar ainda muito alto. Então, se a desigualdade parar de cair – e há motivos para ela parar de cair – o Brasil pode ficar nesse modelo de alto conflito distributivo e baixo crescimento por muitos anos.
 Valor: O que estaria levando a esse estacionamento da queda?
Mendes: São vários fatores e aí estou me servindo da literatura da área. Primeiro, as frutas mais fáceis de serem colhidas já foram colhidas. Se você já botou as pessoas na escola, se elas já chegaram ao mercado de trabalho com mais escolaridade, e isso já elevou o salário, daqui pra frente você vai precisar melhorar a qualidade da educação. E melhorar a qualidade da educação é muito mais difícil que colocar as pessoas na escola. Segundo, os programas sociais, como Bolsa Família, já atingiram a universalização, já não tem mais quem incluir, então você só vai melhorar a redução da desigualdade por meio deles se você aumentar o valor desses benefícios. Em terceiro lugar, você passou por um boom de commodities que aumentou a renda do país e havia mais renda para distribuir. Agora, o cenário internacional está mais difícil. Daqui para frente, ou é melhorando a qualidade da educação ou é melhorando a qualidade dos empregos oferecidos. É muito mais difícil do que foi feito até agora.
 Valor: E já existe maturidade no país para desfazer essa política de Estado distribuidor de benefícios?
Mendes: Não acredito. Acho que a polarização política é muito forte, ninguém está disposto a abrir mão dos seus privilégios, dos seus benefícios. E essa tensão tende a aumentar ainda mais com o país crescendo pouco. Quando falo que o Brasil cresce pouco não estou falando desse pibinho dos últimos três anos. O Brasil cresce pouco nos últimos 30 anos. E isso vem de vários fatores que baixam a produtividade da economia e baixam a taxa de investimento. Nossa economia é muito fechada, temos pouca poupança para investir, temos infraestrutura ruim, população com baixo nível de educação, empresas pequenas e pouco produtivas; e todos esses fatores decorrem ou de uma regulação feita para proteger grupos específicos, ou de uma pressão sobre o gasto do Estado que leva a um aumento da carga tributária, que leva a um déficit público que reduz a poupança agregada da economia. E eu não vejo a sociedade brasileira com maturidade para admitir que precisa sentar à mesa, negociar e cada um ceder um pouco.
“Não vejo a sociedade brasileira com maturidade para sentar à mesa, negociar e cada um ceder um pouco.”
 Valor: Algo poderia detonar uma mudança nesse cenário, ou vamos ficar presos no baixo crescimento?
Mendes: O que poderia detonar uma mudança de percepção seria uma crise econômica. Na história recente do Brasil você teve dois grandes momentos de reforma, os dois detonados por crise. Primeiro você teve a crise que levou ao golpe militar, quando a economia estava numa crise forte. E logo depois do golpe, você teve uma reforma que criou o Banco Central, uma reforma tributária que levou ao imposto sobre valor agregado, uma abertura da economia. Mas tão logo a crise se dissipou, os grupos de pressão foram comendo essa reforma. E a outra foi nos anos 90, quando você teve uma crise fiscal forte, de balanço de pagamentos, que forçou o governo a fazer privatização, a controlar o gasto público, a criar o famoso tripé, com câmbio flutuante, meta de inflação e resultado fiscal. Tão logo o período de crise se dissipou, a abertura dos anos 90 foi sendo revertida, a questão fiscal vem se deteriorando, a contrarreforma foi se fazendo e não se consegue reforma nenhuma. Então, a possibilidade de o Brasil fazer um ajuste é uma crise, o que é um perigo, porque a crise traz oportunidade, mas traz também problemas sérios.
 Valor: Esse é o único cenário?
Mendes: Outro cenário é ficarmos muitos anos com baixo crescimento, redistribuindo para rico, para pobre, para classe média, e, à medida que a economia não cresce, o cobertor vai ficando curto e você ruma para uma crise fiscal grave. E no limite até a democracia corre risco. Ou há a possibilidade de, mediante uma coalizão política forte, o país fazer as reformas certas e andar em direção ao círculo virtuoso. Se fizer as reformas que mantenham a queda na desigualdade, permitam o controle do gasto público, e o governo suportar a pressão por alguns anos, você pode puxar o fio da meada. Uma reforma faz a outra reforma ficar mais fácil, você entra no círculo virtuoso, mas eu sou pessimista.

Valor: Se fosse colocar em uma balança, dá para saber onde, de que lado – dos pobres, da classe média ou dos ricos – o Estado gasta mais?
Mendes: Vou fazer uma conta simples. Só o subsídio do BNDES – a diferença entre o que o Tesouro paga para tomar no mercado e o que ele recebe de volta pela taxa subsidiada do BNDES – custa R$ 24 bilhões por ano, que é exatamente o que ele gasta por ano no Bolsa Família. Junta isso com o que a economia perde com o comércio internacional protegido, com agências reguladoras fracas, eu acredito que os benefícios que vão a para a classe média e a classe alta são muito maiores do que o que pinga para os mais pobres.

Valor: Se o Brasil fosse menos desigual, poderíamos crescer mais?
Mendes: Sim. No Brasil hoje, que é muito desigual, o rico quer bolsa-BNDES, o pobre quer Bolsa Família, a classe média quer universidade de graça e mercado de trabalho protegido, isso faz uma pressão sobre o Estado para gastar a favor de todo mundo, e regular a favor de todo mundo, diminuindo não só a poupança, como a eficiência da economia. Quando a sociedade fica mais parecida entre si, primeiro você tem menos necessidade de programas sociais. Segundo, a sociedade vai querer menos programas sociais porque a maior parte dela terá patrimônio, casa, ter poupança, renda fixa, e para gerar mais benefício social, vai ter que tributar isso. Hoje, você tributa só os 10% mais ricos. Se mais gente for classe média, mais gente vai pagar Imposto de Renda e ter restrição a financiar gasto público. De qualquer forma, é preciso transparência para deixar os custos claros para a sociedade, porque aí ela vai ficar mais receptiva às reformas.

Valor: A sociedade tem consciência de quem paga o quê?
Mendes: Não. Nessa situação de alta desigualdade você fica numa confusão distributiva danada. Você pensa, eu estou pagando alguma coisa, mas tenho emprego público, meu avô recebe aposentadoria, o empresário paga, mas recebe algum benefício. Então, ninguém sabe quem está ganhando ou quem está perdendo, quem está pagando mais ou quem está recebendo mais. Todo mundo sabe que depois de uma reforma econômica, vai diminuir o gasto público, vai diminuir a regulação, e que na média o país vai estar melhor. Mas você não sabe se você vai estar acima da média ou abaixo dela. Prefiro ficar como eu estou a dar um salto no escuro, prefiro manter meu benefício para não ficar atrás dos outros. Coordenar esse acordo social, em que todos abrem mão do seu benefício em prol de uma sociedade mais eficiente, menos desigual e com menos custo tributário, é muito difícil.
 Valor: O sr. acha que em algum momento das manifestações estava se caminhando para esse consenso redistributivo?
Mendes: Você pode fazer duas leituras das manifestações do ano passado. Uma delas é: você aumentou a classe média e a gente está chegando no consenso da classe média, que está falando: eu quero educação melhor, quero transporte melhor, quero saúde melhor, quero gasto público melhor, não quero gastar dinheiro com estádio. Poderia ser a maioria da sociedade tendo um pensamento racional em prol do coletivo. Essa é uma leitura positiva, mas tem uma leitura negativa: cada um foi para a rua pedir uma coisa diferente. Como o modelo de distribuir para todo mundo está se extinguindo, vou para a rua defender o meu privilégio. Acaba com o privilégio do outro e mantém o meu. Estou mais propício a enxergar essa leitura.

Congresso Nacional AdCont 2014

Saiu no Blog Ideias Contábeis:

V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2014

O Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis – AdCont é uma realização do PPGCC - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro e co-realização do Ibmec Rio de Janeiro, tendo como objetivo propiciar aos acadêmicos e profissionais das áreas de Administração e Ciências Contábeis um espaço privilegiado para discussão de temas relevantes.

Informações:
Local: Ibmec - Rio de Janeiro
Data do evento: 16-17/10/2014
Submissão de trabalhos: 14/07/2014 - 11/08/2014

Maiores informações: http://adcont.ppgcc.ufrj.br/
Contatos: adcont@facc.ufrj.br - (21) 39385262



P. S. - Se você tem um blog de contabilidade com o qual ainda não temos contato, por favor nos envie a conta no Twitter. A nossa é @Blog_CF

Listas: 10 filmes de maior bilheteria até junho

1 - Noé
Bilheteria: R$ 68.450
O filme estrelado por Russell Crowe conta a história bíblica de Noé, desde a vida dele com a família em um mundo tomado pela violência e pelo caos, até receber uma mensagem do Criador, instruindo-o a encontrar Matusalém (Anthony Hopkins).

2 - Malévola
Bilheteria: R$ 66.126
O filme “Malévola” estreou nos cinemas do país em 29 de maio e já ocupa a segunda posição entre os de maior bilheteria até junho. O filme conta a história da bruxa má da história da Bela Adormecida, mostrando as passagens da vida da vilã Malévola (Angelina Jolie) que a tornaram amarga e vingativa.

3 - Rio 2
Bilheteria: R$ 63.995
O filme de animação “Rio 2” é a sequência da história das araras azuis Blu e Jade, que, após viverem grandes aventuras no Rio de Janeiro, viajam com seus filhos para a Amazônia.

4 - Capitão América 2 - O Soldado Invernal
Bilheteria: R$ 63.225
Desde 10 de abril nos cinemas, o filme “Capitão América 2 - O Soldado Invernal” se passa dois anos depois dos acontecimentos do longa-metragem “Os Vingadores”.

5 - X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
Bilheteria: R$ 62.171
“X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido” levou de volta os mutantes para os cinemas. O filme estreou no dia 22 de maio e já é o quinto mais visto pelos brasileiros nas telas.

6 - A Culpa é das Estrelas
Bilheteria: R$ 55.755
O filme, baseado no best-seller homônimo de John Green, estreou no dia 5 de junho – e já está entre os dez mais assistidos pelos brasileiros nos cinemas. O longa-metragem conta a comovente história de Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), uma jovem que, desde os 13 anos de idade, luta contra um câncer.

7 - O Espetacular Homem-Aranha 2
Bilheteria: R$ 55.231
Uma das sequências mais esperadas do ano, “O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro” estreia neste dia 1º nos cinemas – e já é o oitavo mais visto do país até junho. O longa mostra a vã tentativa de Peter Parker (Andrew Garfield) em se manter afastado de Gwen Stacey (Emma Stone), enquanto tem de combater o poderoso Electro (Jamie Foxx).

8 - Frozen, Uma Aventura Congelante
Bilheteria: R$ 47.489
"Frozen: Uma Aventura Congelante", do estúdio Walt Disney, se tornou, em maio, o quinto filme de maior bilheteria mundial da história, com US$1.219 bilhões no mundo todo. No Brasil, por enquanto, ele ocupa a d´cima posição entre as maiores bilheterias.

9 - 300: A Ascensão do Império
Bilheteria: R$ 40.545
Com estreia em 7 de março, “300 – A Ascensão do Império” traz um novo capítulo baseado na graphic novel de Frank Miller. Neste episódio, o mar é palco de uma nova batalha, entre o exército liderado pelo general grego Temístocles (Sullivan Stapleton) e os persas chefiados pelo homem-deus Xerxes (Rodrigo Santoro) e a vingativa Artemísia (Eva Green).

10 - Como Treinar Seu Dragão 2
Bilheteria: R$ 36.329
Em cartaz desde 19 de junho, “Como Treinar Seu Dragão 2” conta a história de Soluço (Jay Baruchel ) e o dragão Fúria da Noite, que tem agora o desafio de salvar os dragões das garras do malvado Drago Bludvist (Djimon Hounson).

Fonte: Aqui

Celular descarregado não entra

Como se não bastassem todos os atuais procedimentos de segurança no aeroporto – muitas vezes inconvenientes e até questionáveis – a TSA (Transportation Security Administration), órgão responsável pela segurança do transporte nos EUA, agora determinou que dispositivos eletrônicos que estiverem com a bateria descarregada não entram na aeronave. Ou seja – ou você perde o aparelho, que será confiscado, ou perde o voo. A medida é válida para voos com destino para os EUA vindos de determinados aeroportos internacionais, que não foram revelados. Oficiais da inteligência dos EUA acreditam que operaçoes da Al-Qaeda na Síria e no Iêmen conseguiram desenvolver bombas indetectáveis que podem ser colocadas em celulares. Com The Next Web e Venture Beat.via BlueBus

13 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Estatização do futebol

Ficaria melhor na Dilma Bolada - a falsa página da presidente nas redes sociais - do que na CNN, onde apareceu na quinta-feira, o que provavelmente foi o mais tosco chutão da chefe do governo nestes três anos e meio no Planalto. Numa entrevista gravada no dia seguinte à catástrofe do Mineirão, ao defender uma "renovação" do futebol brasileiro, Dilma disse que "o Brasil não pode mais continuar exportando jogador". E, para deixar claro que o "não pode" seria uma proibição pura e simples, ela emendou de bico: "Um país, com essa paixão pelo futebol, tem todo o direito de ter seus jogadores aqui e não tê-los exportados".
Em um surto provocado por uma mistura tóxica de oportunismo - para que o pó da derrota em campo não se deposite sobre o projeto da reeleição - e conhecido vezo autoritário, Dilma falou como quem quer cassar o direito constitucional dos brasileiros de ir e vir, dentro ou para além das fronteiras nacionais, como se o Brasil fosse uma Cuba ou Coreia do Norte. Para justificar a enormidade, deu uma pisada na bola de envergonhar um perna de pau. "Exportar jogador", caraminholou, "significa não ter a maior atração para os estádios ficarem cheios." Revelou involuntariamente, portanto, saber muito bem que boa parte ou o grosso dos US$ 4 bilhões despejados na construção e reforma das arenas da Copa serviu apenas para legar ao País uma manada de elefantes brancos.
Aprisionar os nossos jovens mais promissores - como se isso fosse possível - absolveria, nos descontos, a megalomania dos governos petistas de mostrar ao mundo o que o Brasil, sob a sua iluminada condução, é capaz de fazer. Pura má-fé. O fato singelo é que, no mundo globalizado, assim como profissionais de outras áreas, jogadores migram para países onde o seu trabalho se inscreve em um negócio extraordinariamente bem-sucedido. Ali podem ganhar em um mês o que aqui levariam anos. Isso porque a estrutura do futebol brasileiro é sabidamente arcaica, corrupta e falida. O povo não esperou a seleção ser goleada para desprezar os cartolas que enfeudam clubes, associações e, claro, a CBF.
Faz uma eternidade que essa estrutura precisa ser "renovada", como Dilma parece ter descoberto. Mas não a submetendo à tutela estatal, como prega o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do PC do B. Invocando nada menos do que o interesse da Pátria, ele defende uma "intervenção indireta" (sic) numa atividade da qual a própria lei (no caso, a Lei Pelé, promulgada em 1998) aparta o poder público. Para começar, como ele deveria saber, a Fifa proíbe a intromissão de governos nas federações nacionais. Agora mesmo a Nigéria foi suspensa por ter o governo removido dirigentes de sua entidade futebolística. De resto, a promiscuidade entre autoridades e cartolas multiplicaria os focos de corrupção, sem modernizar o esporte.
O Estado pode, sim, impor aos clubes uma série de condições para rolar as suas intermináveis dívidas com o erário, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) faz com os governos que lhe pedem socorro. O projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, pronto para ser votado na Câmara, condiciona o acesso dos clubes ao crédito oficial à arrumação de suas finanças, reforma administrativa e pagamento em dia dos salários de seus contratados. O Estado também pode - e deve - controlar a migração de menores de 18 anos. Embora a Fifa proíba que sejam importados por clubes estrangeiros, estes driblam a barreira contratando formalmente um de seus parentes. Como no gramado, bastam regras e juízes que punam os transgressores.
No mais, que o Brasil aprenda com o que os dirigentes e jogadores alemães fizeram para renovar o futebol nacional depois da sua vexatória eliminação da Eurocopa em 2004. Como relatou o repórter Jamil Chade no Estado de quinta-feira, eles traçaram e foram fiéis a um plano de renovação de quadros, no qual investiriam ao longo do tempo US$ 1 bilhão. Minguaram as contratações de estrangeiros em benefício do talento local. Os ingressos foram congelados. Ainda assim, o campeonato alemão é o mais rentável da Europa. Os clubes são prósperos. O Bayern de Munique tem 11 times completos - fora a equipe principal. E o Estado não teve nada com isso.
Fonte: aqui

Talento demais pode prejudicar equipes esportivas?

A ciência parece ter encontrado uma explicação para o fato de supertimes nem sempre se darem bem nas competições esportivas: talento demais. Isso mesmo.

Uma nova pesquisa indica que, após um certo ponto, a adição de mais superestrelas em uma equipe pode realmente ser prejudicial, resultando em pior desempenho do conjunto. Lembra da seleção brasileira na Copa de 2006, que tinha Kaká, Adriano, Ronaldinho, Ronaldo? Pois é.

A pesquisa, liderada pelo professor Roderick Swaab, da escola internacional de negócios INSEAD, mostra que a presença de muitos indivíduos muito talentosos pode minar a disposição dos jogadores para coordenarem as ações como um time, o que pode comprometer a eficácia do trabalho em equipe e o desempenho geral. Os resultados também revelam, porém, que a maioria das pessoas supõem o contrário, acreditando que acumular talento é a chave para o sucesso da equipe.

“A maioria das pessoas acredita que a relação entre talento e desempenho da equipe é linear – quanto mais sua equipe está repleta de talento, melhor ela vai se sair. No entanto, esta pesquisa documenta um efeito ‘talento demais’, que revela que, para as equipes que exigem altos níveis de interdependência, como no futebol e no basquete, o talento facilita o desempenho da equipe, mas só até certo ponto. Além deste ponto, os benefícios da adição de mais talentos vão diminuir e, eventualmente, prejudicar o desempenho da equipe porque eles não conseguem coordenar suas ações”, explica Swaab.

A pesquisa indica que o efeito talento demais só emerge em esportes que exigem um alto nível de interdependência entre os jogadores. Para esportes mais individualistas, como o beisebol, por exemplo, níveis muito elevados de talento não parecem prejudicar o desempenho.

Voltando ao exemplo de 2006: a seleção brasileira daquela Copa tinha, pelo menos, quatro jogadores espetaculares do meio para frente, mas que nunca conseguiram funcionar como um time. Parecia que cada um anulava o talento do outro. Naquele mesmo mundial, a final foi entre França e Itália. Se olharmos a parte ofensiva daqueles times, ambos possuíam um grande destaque no meio campo – Andrea Pirlo e Zinedine Zidane – e alguns excelentes coadjuvantes, que poderiam desempenhar o papel de estrelas, como Thierry Henry, pelo lado francês, e Francesco Totti e Alessandro Del Piero, pelo lado italiano, mas que não estavam exatamente no auge de suas carreiras.

O resto das escalações de ambos os times era formada pelos famosos “carregadores de piano”: não tão badalados, mas eficientes nas suas tarefas. Obviamente, esta não é uma regra absoluta. A seleção brasileira de 1970 é um bom exemplo disso.

“Na Copa do Mundo de 2014, há muitos times com uma lista de titulares impressionante, com os melhores jogadores do mundo atuando. No entanto, os treinadores que simplesmente montarem seus times com as supersestrelas à disposição podem, ao contrário da crença popular, voltar para casa mais cedo”, alerta Swaab.

Enquanto treinadores e comissões técnicas estão acostumados a lidar com esse tipo de situação, a lição pode ser levada para a sala de reuniões de grandes empresas.

“Como as equipes esportivas, as equipes nas organizações variam em seus níveis de interdependência. Quando o sucesso da equipe só depende da acumulação de desempenho individual (por exemplo, nas equipes de vendas), a empresa pode se concentrar em obter os indivíduos mais talentosos a bordo”, explica Swaab. “No entanto, essas mesmas estratégias podem prejudicar a coordenação de forma eficaz quando o sucesso da equipe depende de altos níveis de interdependência, como, por exemplo, nas equipes de estratégia. Quando a interdependência entre os membros da equipe é alta, as organizações poderiam contratar uma mistura de indivíduos com talento acima da média e outros com potencial dentro da média, ou investir mais na formalização dos papéis, graus e responsabilidades”, sugere.

A pesquisa foi realizada utilizando os dados dos período das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 2010 e 2014 e das temporadas entre 2002 e 2012 da Associação Nacional de Basquetebol dos Estados Unidos (NBA) e da Major League Baseball (MLB), também nos EUA. Uma quantidade sem precedentes de informações, incluindo dados de coordenação dentro dos campos e das quadras, permitiu a mensuração de desempenho das equipes em relação à quantidade de talento que elas tinham na teoria.


Fonte: Aqui e aqui

12 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Edital para o Mestrado em Ciências Contábeis da UFU

Informações sobre o mestrado em contabilidade da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), via Blog Convergência Contábil:

[...] o edital do processo seletivo para ingresso no mestrado em ciências contábeis da FACIC UFU foi publicado e está disponível no link http://www.ppgcc.facic.ufu.br/node/53Aqueles que tiverem interesse estão convidados participar do processo seletivo

A genética dos vieses financeiros

Segue o resumo de um paper publicado no Journal of Financial Economics:

For a long list of investment “biases,” including lack of diversification, excessive trading, and the disposition effect, we find that genetic differences explain up to 45% of the remaining variation across individual investors, after controlling for observable individual characteristics. The evidence is consistent with a view that investment biases are manifestations of innate and evolutionary ancient features of human behavior. We find that work experience with finance reduces genetic predispositions to investment biases. Finally, we find that even genetically identical investors, who grew up in the same family environment, often differ substantially in their investment behaviors due to individual-specific experiences or events. 

O artigo pode ser baixado aqui

Mesmo se perder terceiro lugar, Brasil levará R$ 44 mi da Fifa


Apesar de estar de fora da disputa do título, a seleção brasileira não sairá da Copa do Mundo de mãos vazias - mesmo que perca a disputa do terceiro lugar para a Holanda, neste sábado, em Brasília. Isso porque a premiação oferecida pela Fifa para o time que terminar em quarto lugar na Copa do Mundo é de US$ 20 milhões (R$ 44,44 milhões).

Caso supere a Holanda no Estádio Mané Garrincha, no sábado, a Confederação Brasileira de Futebol sairá da Copa do Mundo com R$ 22 milhões (R$ 48,89 milhões) mais rica. Parte deste valor será distribuído como prêmio ao elenco e comissão técnica.

Além de dar o título de campeão do mundo, o vencedor da partida de domingo, no Maracanã, receberá da Fifa US$ 35 milhões (R$ 77,78 milhões), cinco milhões de dólares a mais do que o segundo colocado.

De acordo com a Fifa, ao final da Copa do Mundo US$ 358 milhões (R$ 795,55 milhões) terão sido distribuídos em prêmios às 32 seleções que participaram do Mundial. (AE)

Fonte: Aqui

11 julho 2014

Rir é o melhor remédio


A derrota esmagadora da seleção brasileira aconteceu muito antes deste fatídico 8 de julho no Mineirão.
Foi preparada pela direita nacional organizada pelo imperialismo, pelos monopólios capitalistas do esporte, pela imprensa “nacional” (vendida para o capital estrangeiro) e, inclusive pela esquerda pequeno-burguesa que trabalha a serviço da direita como o Psol, o PSTU e outros grupos menores do mesmo quilate.
Acuaram os brasileiros para não torcer pelo Brasil, buscaram de todos os meios desestabilizar o time brasileiro.
A seleção foi derrotada pela política, mais precisamente pela pressão política.
Os jogadores brasileiros, todos muito jovens, provavelmente a seleção mais jovem que o Brasil já teve fez o que pode, não pode ser culpada de nada. Foi perseguida pela imprensa, caçada em campo, teve que lutar contra os juízes e todas as tramoias obscuras e não conseguiu. Tiraram da Copa o seu melhor jogador com o apoio cínico da imprensa. Desarticularam o time e a seleção verde amarela lutou como pode até o gol de honra contra a Alemanha no final do jogo. São o retrato do povo brasileiro e da classe trabalhadora da qual vieram: são grandes jogadores, lutaram muito contra tudo e contra todos e foram esmagados e humilhados.
O povo brasileiro que torceu pela seleção brasileira com todo o coração está sofrendo desta mesma humilhação.
Há os chacais, como a direita, que querem agora tirar proveito desta humilhação e desmoralização. Há os pequeno-burgueses de esquerda e de direita que vão festejar a tristeza do povo e a sua humilhação. É o seu ofício, por isso, merecem o justo desprezo do povo. O ódio é reservado à burguesia.
As apostas foram feitas. O jogo bruto de sempre, dentro e fora do campo, atropelou o Brasil, seu futebol e seu povo. Os que esperam ganhar têm que aguardar a reação real do povo a toda a operação política que conduziu o Brasil e seu futebol a um desastre ainda maior do que o de 1950 no Maracanã.
Aos jogadores e ao povo, nossa saudação.

Eliminação do Brasil e a economia

A humilhante eliminação do Brasil na Copa do Mundo terá um impacto insignificante nas perspectivas econômicas do país, onde as eleições presidenciais serão muito mais importantes que o torneio de futebol, concordaram vários analistas. "As perspectivas (de crescimento) já eram muito fracas para este ano. Isto não vai mudar muito", disse Mauro Toldo, especialista em América Latina do banco alemão Dekabank. O governo brasileiro prevê um crescimento de entre 2,3% e 2,5% para este ano, mas o mercado, menos otimista, projeta uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1,63%. Para Juan Carlos Rodado, do banco francês Natixis, "a derrota reforça o panorama sombrio para o consumo. Prevemos uma desaceleração a 1% do crescimento econômico em 2014, contra 2,5% em 2013". "O descontentamento social continuará sendo importante e a reeleição da presidente Dilma Rousseff não está garantida", completou. Os analistas entrevistados depois da goleada de 7-1 sofrida pelo Brasil na semifinal da Copa admitem, no entanto, que a sétima potência econômica mundial teria se beneficiado de um "leve efeito positivo" no caso de vitória. "Há pouca relação entre o futebol e os resultados econômicos do Brasil, mesmo que o hexacampeonato provoque um efeito positivo sobre a imagem do país", destaca um relatório de analistas do banco suíço publicado em junho.

Fonte: aqui

Tributos altos e fragilidade do segmento de veículos

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,tributos-altos-e-fragilidade-do-segmento-de-veiculos-imp-,1525839O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,tributos-altos-e-fragilidade-do-segmento-de-veiculos-imp-,1525839O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,arrecadacao-tem-queda-anual-de-quase-6-e-receita-piora-projecao-para-o-ano,1519613Houve um recuo generalizado dos indicadores de produção e comercialização de
veículos, tanto em junho como no primeiro semestre, segundo a associação das
montadoras (Anfavea). Isso explica a defesa do setor feita pelo presidente da
entidade, Luiz Moan, prevendo que o segundo semestre será melhor que o primeiro
e dando ênfase, em entrevista, anteontem, à contribuição positiva do setor para as
contas públicas.
Nos cálculos da Anfavea, a cadeia automobilística gerou, em 2013, uma receita
tributária de R$ 178,5 bilhões, ou 12% do total dos tributos considerados. (A
arrecadação federal de 2013 foi de R$ 1,138 trilhão, o que não inclui, obviamente,
o ICMS estadual, que incide sobre as vendas de veículos.)
O valor recolhido pelo setor justificaria, como se depreende da argumentação da
Anfavea, a alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) -
que vigorou em 2013 e começou a ser recomposta em janeiro. Se o IPI fosse
elevado, as previsões para o segundo semestre seriam piores. Moan estima que
cada ponto porcentual de aumento do IPI implicaria "um aumento no preço de
1,1% e impacto de 2,6% de queda no mercado".
Que a incidência de tributos sobre os veículos é mais alta no Brasil do que em
outros países não há dúvida. Mas tributos altos são a regra no Brasil, não a
exceção. O que, é claro, afeta o poder de compra de todos os consumidores em
todos os mercados.
Entre maio e junho, a produção de veículos caiu 23,3%, de 281,4 mil para 215,9
mil unidades, e os licenciamentos diminuíram 10,2%. Entre os primeiros semestres
de 2013 e 2014, a produção caiu para 1,57 milhão de unidades (-16,8%) e as
vendas, para 1,66 milhão de unidades (-7,6%). O recuo foi generalizado,Houve um recuo generalizado dos indicadores de produção e comercialização deveículos, tanto em junho como no primeiro semestre, segundo a associação das montadoras (Anfavea). Isso explica a defesa do setor feita pelo presidente da entidade, Luiz Moan, prevendo que o segundo semestre será melhor que o primeiro e dando ênfase, em entrevista, anteontem, à contribuição positiva do setor para as contas públicas.

Nos cálculos da Anfavea, a cadeia automobilística gerou, em 2013, uma receita tributária de R$ 178,5 bilhões, ou 12% do total dos tributos considerados. (A arrecadação federal de 2013 foi de R$ 1,138 trilhão, o que não inclui, obviamente, o ICMS estadual, que incide sobre as vendas de veículos.)

O valor recolhido pelo setor justificaria, como se depreende da argumentação da Anfavea, a alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - que vigorou em 2013 e começou a ser recomposta em janeiro. Se o IPI fosse elevado, as previsões para o segundo semestre seriam piores. Moan estima que cada ponto porcentual de aumento do IPI implicaria "um aumento no preço de 1,1% e impacto de 2,6% de queda no mercado".

Que a incidência de tributos sobre os veículos é mais alta no Brasil do que em outros países não há dúvida. Mas tributos altos são a regra no Brasil, não a exceção. O que, é claro, afeta o poder de compra de todos os consumidores em todos os mercados.

Entre maio e junho, a produção de veículos caiu 23,3%, de 281,4 mil para 215,9 mil unidades, e os licenciamentos diminuíram 10,2%. Entre os primeiros semestres de 2013 e 2014, a produção caiu para 1,57 milhão de unidades (-16,8%) e as vendas, para 1,66 milhão de unidades (-7,6%). O recuo foi generalizado,alcançando autoveículos e máquinas agrícolas e rodoviárias. As exportações caíram 23,7%, de US$ 1,12 bilhão, em maio, para R$ 850 milhões, em junho.Mas a queda não está circunscrita ao mercado de veículos. Estende-se à maioria dos setores da indústria e do comércio. Se a manutenção do incentivo de IPI, o acesso às linhas do Programa de Subsídios à Indústria (PSI) e a assinatura de um acordo automotivo com o maior cliente, a Argentina, vão contribuir para que o setor automobilístico evite um ajuste mais rápido, é algo que só se poderá confirmar nos próximos meses. Mas parece improvável que o desânimo de produtores e consumidores, confirmado e reconfirmado por pesquisas da CNI e da FGV, entre outras instituições, passe ao largo do setor de veículos.

Fonte: aqui

10 julho 2014

Rir é o melhor remédio


Banco dos BRICS


A presidência e sede do banco ainda não estão definidos
A presidência e sede do banco ainda não estão definidos (Sabelo Mngoma/AP)
O acordo que criará o banco de desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) está praticamente fechado e deve ser assinado pelos membros do grupo na 6.ª cúpula do bloco, que será realizada nos dias 15 e 16 de julho, em Fortaleza. A intenção dos líderes dos Brics é que a nova instituição ocupe parcialmente o espaço do Banco Mundial e do FMI, reduzindo a dependência dos países-membros desses organismos.

Segundo o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, o local da sede do banco de desenvolvimento ainda não está definido. Xangai, na China, e Nova Déli, na Índia, são as opções mais prováveis. A presidência do Conselho do banco, com um mandato de cinco anos, vai rodar entre os países-membros, mas a primeira também não foi decidida ainda.

Fonte: Veja

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A votação do parecer preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), prevista para ontem [9/7], foi adiada para terça-feira [15/7] porque não houve quórum para a deliberação da proposta. O parecer foi apresentado no dia 3 de junho e até hoje não foi votado. Só depois da aprovação do texto é que deputados e senadores poderão apresentar as emendas à proposta.

Depois da apresentação das emendas, o relator poderá elaborar o parecer final, a ser votado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e depois pelo plenário do Congresso Nacional. Pela Constituição, o Parlamento só entra em recesso a partir do mês de julho após a aprovação da LDO, que estabelece as diretrizes e metas para a elaboração da proposta orçamentária para o ano seguinte.

Diante dos sucessivos adiamentos da votação do parecer preliminar, o presidente da CMO, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), considera “praticamente impossível” a aprovação da LDO na comissão e no plenário do Congresso neste mês.

Devanir Ribeiro disse que fará um esforço para que a CMO vote pelo menos o parecer preliminar na próxima terça-feira para abrir o prazo de apresentação das emendas à LDO. “Agora, eu já não acredito mais que vote antes do recesso parlamentar. Na primeira semana de agosto, vai haver um esforço concentrado do Senado e da Câmara e espero votar a LDO nessa oportunidade,” disse.

Adaptado daqui.

O que é interessante é que não haverá recesso enquanto o processo não for concluído. Vamos relembrar e ressaltar?

A LDO, segundo o § 2º do art. 165 da Constituição Federal (1988) é:
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.
A LDO é encaminhada ao Legislativo em até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro (15 de abril) e a devolução ao Executivo deve ocorrer até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (17 de julho). Enquanto não ocorrer, não haverá recesso.

Voltemos à Constituição:
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. [...] § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Frase