Translate

06 abril 2013

Contabilidade pública

A consolidação das contas públicas, nos níveis federal, estadual e municipal, num sistema contábil de padrão internacional é o tema do 1º Fórum de Contabilidade Pública, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI), que acontecerá no dia 10 de maio, em São Paulo.

O encontro, que será aberto pelo economista Andrea Calabi, titular da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, e pelo presidente da FIPECAFI, Iran Siqueira Lima, reunirá especialistas em contabilidade e auditores, além de representantes da Secretaria do Tesouro Nacional e do Fundo Monetário Internacional.

Os participantes discutirão a experiência do governo de Minas Gerais, único Estado que já implementou as normas contábeis internacionais, e seu impacto na gestão pública brasileira.


Governo quer unificar sistema de contabilidade

É bom trabalhar nas Big 4

Segundo o Human Rights Campaign, entre as melhores empresas para se trabalhar, no setor de consultoria e serviços: 

A.T. Kearney Inc. Chicago, IL
Accenture Ltd. New York, NY
Aon Corp. Chicago, IL
Bain Co. Inc./ Bridgespan Group Boston, MA
Booz Allen Hamilton Inc. McLean, VA
Boston Consulting Group Boston, MA
Deloitte LLP New York, NY
Ernst Young LLP New York, NY
International Business Machines Corp. (IBM) Armonk, NY
KPMG LLP New York, NY
Marsh McLennan Companies Inc. New York, NY
McKinsey & Co. Inc. New York, NY
Navigant Consulting Inc. Chicago , IL
PricewaterhouseCoopers LLP New York, NY

Quatro empresas de contabilidade.

Wesley Snipes

Wesley Snipes, ator de Blade e Demolidor, saiu da prisão para prisão domiciliar. O ator foi condenado em 2008 por não ter entregue o imposto do período de 1999 a 2001. Em 2010 ele perdeu o recurso e foi condenado a três anos.

Fundo Partidário

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) anunciou nesta sexta-feira (5/4) que desaprovou as contas anuais do diretório estadual do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), referentes a 2010.

A condenação definida na sessão plenária de quinta-feira (4/4) determina o ressarcimento de R$ 718.723,58 ao Fundo Partidário, provenientes de origem não identificada, bem como à suspensão de 12 meses desse Fundo.

De acordo com Paulo Hamilton, relator do processo, a prestação de contas da agremiação apresenta irregularidades gravíssimas. Além de não comprovar a origem de recursos no montante de R$ 223.310,86, o documento não demonstra receitas de R$ 100.000,00 de doações recebidas de pessoa jurídica, bem como de receitas de R$ 263.000,00 referentes a jantar de adesão, realizado em maio daquele ano. Outras falhas foram identificadas no balanço contábil.

Entre as sanções, a legislação prevê a suspensão do repasse de novas cotas do fundo partidário por desaprovação total ou parcial da prestação de contas de partido pelo período de um mês a 12 meses.

TRE-SP desaprova contas anuais de 2010 do PTB - Brasil Econômico

05 abril 2013

Rir é o melhor remédio

Entenda como atua as áreas de uma empresa: o balanço

10 dicas para identificar o plágio

Além dos programas de caçam plágio, um leitor poderá desconfiar que um texto seja plagiado a partir de algumas dicas. Apresento, a seguir, uma lista incompleta de alguns dos indícios:

1. O nível do texto é superior à capacidade do autor – Isto pode ocorrer quando você conhece quem escreveu o texto. Se o trabalho que você estiver lendo tiver uma qualidade muito acima do que você esperaria daquela pessoa, isto pode ser um sinal de plágio;
2. O texto mudou de estilo e de qualidade – O texto segue um estilo normal e, de repente torna-se muito técnico. O novo trecho tem grande chance de ter sido copiado de alguém. Outra situação próxima a esta é a mudança brusca de assunto.
3. A análise dos dados para num ano sem uma explicação plausível – Li um artigo este ano em que os autores fizeram uma análise de algumas demonstrações financeiras no ano de 2010. Não existia nenhuma razão de fazer a análise para 2010 se existiam informações disponíveis de 2011.
4. Citações difíceis de serem obtidas – Existem algumas obras que dificilmente as pessoas conseguem acesso, como artigos antigos e livros com edições esgotadas.
5. Não existe vínculo entre as partes – Alguns textos parecem Frankenstein: as partes não estão interligadas, a análise de dados não tem uma coerência com o referencial teórico e assim por diante.
6. Citações defasadas – Quando não existe nenhuma obra recente sobre o assunto no trabalho: isto pode ser um sinal de que o autor buscou em terceiros sua citação.
7. Tradução em citações literais – Alguns textos possuem citações literais de obras em outras línguas. Em geral que faz ele próprio a tradução, informa que a tradução é própria.
8. Tema pouco usual na literatura acadêmica brasileira – Há meses fui convidado a avaliar um artigo encaminhado para um periódico nacional. O assunto era pouco usual na nossa literatura, assim como a abordagem usada – baseada excessivamente em modelagem. O texto era uma tradução de um artigo publicado em língua inglesa.
9. Gráficos com baixa resolução – Se no trabalho aparecer uma figura, um gráfico, uma tabela ou fórmula com baixa resolução visual desconfie. Pode ter sido usado o Control C + Control V.
10. A formatação difere das regras pré-estabelecidas – Eis um caso típico: foi solicitado expressamente para usar as normas da ABNT na citação e o texto traz citações pelas normas da APA. Qual a razão para o autor desobedecer as normas?

Preço e valor

Eis um exemplo de diferença entre preço e valor:

Uma das frases lapidares do lendário empresário brasileiro Jorge Paulo Lemann é que “pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho.” Nada mais salutar para quem transformou a envelhecida e estagnada Brahma, comprada por ele e seus parceiros, Marcel Telles e Beto Sicupira, em 1989, na AB InBev, a maior cervejaria do mundo. Na semana passada, Lemann pensou grande, de novo. O fundo Innova, que tem entre seus cotistas o homem mais rico do Brasil, comprou 20% da Diletto, pequena sorveteria com faturamento de R$ 30 milhões, fundada em 2007 pelo empresário paulista Leandro Scabin. De acordo com alguns relatos, Lemann e Verônica Serra, filha do ex-governador de São Paulo José Serra e candidato derrotado à Presidência da República, em 2002 e 2010, que administra o fundo, avaliaram a empresa em R$ 500 milhões.

Daí terem pago R$ 100 milhões para adquirir uma fatia minoritária da pequena sorveteria. Na verdade, DINHEIRO apurou que a dupla desembolsou metade desse valor, avaliando a Diletto em R$ 250 milhões.
(Isto é Dinheiro, Ele vale mesmo R$500 milhões, Rodrigo Caetano, 22 de marco de 2013)

Dois aspectos relevantes na questão:

a) existe um prêmio pelo controle. Isto pode ajudar a explicar a diferença entre o valor (500 milhões) e o preço pago (R$250 milhões, proporcional)

b) O acordo de aquisição pode ter envolvido cláusulas próximas a opções reais. Neste caso, o valor pode ser maior em razão do "preço pela flexibilidade".

Ex-executivo da Enron pode sair da prisão

Segundo a CNBC (via aqui), o ex-CEO da Enron, Jeffrey Skilling, tem chance de sair mais cedo da prisão por conta de um acordo com o governo dos EUA para reduzir a pena. Skilling foi condenado a 24 anos de cadeia pelo escândalo e seus advogados estão pensando em solicitar um novo julgamento por problemas processuais. Assim, para evitar um novo julgamento, o governo poderia fazer o acordo.

O escândalo da Enron é um dos eventos recentes mais marcantes da história contábil. A empresa de energia manipulava seus resultados, aparentemente com o conhecimento da empresa de auditoria, Anderson. A quebra da empresa conduziu ao fechamento da auditoria, a criação do PCAOB para fiscalizar as auditorias, a aprovação da Sarbox para regular o controle interno. Em 2006 o executivo, com 52 anos, foi condenado. Em 2009 um tribunal manteve a sentença.

(in) Experiência

Veja que figura interessante, do sítio Quartz. Alguns dos maiores bancos do mundo e o board. De branco, o executivo; roxo, membros sem experiência em finanças ou instituições financeiras; de preto, com experiência em regulação ou banco central; e cinza com experiência na área. Qual a cor que predomina? A inexperiência dos membros do conselho. Uma explicação para isto? Acredito que a presença de pessoas sem experiência faz com que as decisões não sejam questionadas.

Tributos em Coligadas

O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a cobrança de Imposto de Renda e de Contribuição Social do Lucro Líquido (CSLL) sobre lucros obtidos por empresas sediadas no Brasil que possuam controladas no exterior ou estejam coligadas com outras firmas fora do País. No entanto, o tribunal não proclamou o resultado do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e mantém em suspenso o destino do caso. (...)

Os ministros decidiram adiar o julgamento para a próxima semana na tentativa de achar uma solução para o caso. Se os ministros considerarem que não há maioria para concluir o julgamento da ADI, o tribunal deixaria a ação de lado e passaria a julgar os recursos extraordinários.

O assunto interessa a grandes companhias, como a Vale, que trava na Justiça uma briga contra a cobrança de cerca de R$ 30 bilhões junto à Receita Federal. A causa deve representar R$ 36,6 bilhões em impostos, segundo cálculos da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional vistos como subestimados, já que apenas a mineradora Vale possui valor próximo a esse em disputa.


STF julga sem concluir tributo de lucro de coligadas - Por Felipe Recondo e Mariângela Gallucci

04 abril 2013

Rir é o melhor remédio

Café da manhã no império:

Instituição de Ensino e Plágio

O que tem em comum Tom Jobim, o presidente Putin, o filho de Kadhafi, Chris “Cauda Longa” Anderson e a revista Fortune? Todos já foram acusados de plágio.

Na universidade, o plágio é considerado um dos maiores problemas. Alguns sugerem uma punição severa, mesmo que a cópia seja de algumas linhas, com a reprovação ou a retirada de circulação do artigo publicado. Em certas instituições de ensino, somente após receber um certificado de originalidade é que o aluno recebe o título de graduado.

Apesar da existência de softwares que permitem a descoberta do plágio, o problema continua a acontecer.

Mas o que fazem as universidades? Elas possuem uma política clara sobre o assunto? Uma pesquisa de Marcelo Krokoscz, publicada na Revista Brasileira de Educação (e sugerida por Alexandre Alcantara, grato) faz um estudo comparativo entre as diversas instituições. Krokoscz escolhe três instituições de ensino classificadas como as melhores de cada continente e pesquisa para saber se existe uma política institucional contra o plágio. Usa, para fins comparativos, informações da USP, Unicamp e UFSC. O resultado é assustador. Enquanto as universidades dos EUA, Europa, Ásia e Oceania possuem medidas institucionais sobre o assunto, medidas preventivas e corretivas, as instituições brasileiras restringem sua política em algumas soluções preventivas e, no caso da USP, algumas medidas corretivas. E tão somente. Isto significa dizer que o problema do plágio não é atacado pelas nossas universidades, sendo objeto de algumas ações individuais.

Sendo avaliador de artigos científicos e professor universitário convivo com o plágio rotineiramente. No último semestre solicitei artigos para meus alunos. Mesmo avisando para não fazerem cópias, dos 30 trabalhos que recebi, cinco receberam nota zero por plágio. Isto apesar dos avisos em sala de aula e da minha fama de ser intolerante quanto ao assunto. Como avaliador, já tive a experiência de ler um texto para um periódico e ao final descobrir que o mesmo era uma tradução de um artigo publicado em língua inglesa.

Talvez seja necessário que os professores que acreditam que o plágio seja algo errado tenham um apoio das suas instituições de ensino. Que, pela pesquisa, parece não acontecer nos dias de hoje no Brasil.

Leia mais em: KROKOSCZ, Marcelo. Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos continentes e do Brasil. Revista Brasileira de Educação. Volume 16, n. 48, 2011.