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18 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio





Fotografias no exato momento

1862 a 1864 na Contabilidade Brasileira


É razoável imaginar que nos idos de 1860 a contabilidade no Brasil estivesse muito atrasada em relação aos países europeus. Entretanto, quando analisamos de forma mais detalhada este período encontramos algumas surpresas agradáveis. E também revela que alguns males atuais tem sua origem nos séculos passados.

Recentemente tivemos o governo manipulando as contas públicas. Em 1862 o jornal A Actualidade trazia o seguinte texto: 

Ora, é a imprensa liberal, que, pelo órgão do nobre deputado, Sr. Francisco Octaviano, ensino ao thesouro a sommar algarismos, e convence-o de inqualificáveis espertezas na escripturação dos creditos supplementares. Ora, é o próprio ex-ministro da fazenda, o Sr. Paranhos, que da tribuna reclama contra uma picardia da contabilidade do thesouro que, para fazer serviço ás sombrias prophecias do assessor do Sr. Viana, insiste em figurar um déficit aonde havia um saldo.” 

Muito próximo ao que temos hoje: uso de creditos suplementares, manipulação da contabilidade pública, “espertezas” dos políticos.

Uma descoberta interessante nas páginas do A Actualidade é a existência de uma organização de contadores – na época denominada de guarda-livros. Em 1863 o jornal publica as normas da sociedade “Club dos Guarda-livros”, que passou a denominar-se de “Circulo Commercial”. No artigo 2º.

1.      Estudar as importantes questões comerciaes e a sua jurisprudencia peculiar
2.      Analysar os usos e costumes das diversas praças mercantis, e comparal-os entre si, fazendo por adoptar o que hover de melhor nas praças estrangeiras, quando isso não fôr contrario á nossa legislação
3.      Procurar uniformisar o systema das transacções e dos contractos mercantis de todas as praças do Brasil, bem como as escripturações e mais actos relativos á sua contabilidade.

Isto indica que em 1863 tínhamos um embrião de uma associação profissional no Brasil que estava interessada em padronização da escrituração. E isto incluía o estudo do que era feito em outros países para sua adoção no Brasil. Ou seja, a convergência no Brasil começou bem antes do CPC. Esta entidade, para atingir suas finalidades, se propunha ensinar ciências comerciais, como aparece no artigo terceiro.

Um fato interessante é que o profissional cuidava da escrituração e contabilidade (eram termos de uso distinto para época) e o serviço poderia ser feito pelo guarda livros ou pela figura do “caixeiro”:

Naquele ano, algumas empresas já publicavam suas demonstrações contábeis. Eis o caso de uma ferrovia, onde se apresenta as receitas, as despesas e o lucro (denominados de rendimento, despeza e saldo creditado ao thesouro).


Esta mesma empresa publicava um relatório da diretoria:

Para finalizar, eis o que diz um artigo publicado em 1863 sobre a atuação do guarda livros em casos de falência. O texto é de João Lessa e comentava a condenação de um guarda-livros no caso da falência de uma empresa da época.

Mais adiante, o autor afirma que a responsabilidade da contabilidade é do dono da empresa, não do funcionário:


Análise das empresas de auditorias

Uma análise das receitas das grandes empresas de auditoria - as denominadas Big 4 - revela algumas coisas interessantes. Em primeiro lugar, a receita combinada é de 110 bilhões de dólares. Mas a competição entre elas é intensa: a diferença de receita entre a Price e a Deloitte é de 200 milhões de dólares.

Os gráficos mostram que a participação do serviço de auditoria caiu em todas as empresas em 2008. Hoje, menos da metade da receita é com auditoria. Por outro lado, a receita com consultoria aumentou para quase 40% (Deloitte). Nos últimos anos o crescimento anual da receita tem sido substancial, principalmente o derivado de consultoria. É o que mostra o último gráfico abaixo.



Proporção áurea

A proporção áurea é uma das constantes da matemática. É representada pela letra phi (\phie possui um valor aproximado de 1,618. Esta proporção tem sido empregada na arte e pode ser encontrado nas conchas, nos seres humanos, nas colméias e outros exemplo. Por estar associado ao crescimento, esta proporção é muito frequente na natureza. E isto torna o número "quase mágico".

A seguir uma explicação usando Kate Upton:


17 fevereiro 2013

Rir é o melhor remédio


Fato da Semana

Fato: A aquisição da Heinz, por 23 bilhões de dólares, por parte da Berkshire Hathaway e 3 G Capital

Qual a relevância disto? A 3G Capital tem suas origens no banco de investimento Garantia. Esta instituição tomou o controle da Brahma, para mais tarde formar a Ambev. A empresa de bebidas passou a controlar a maior parte do mercado de cervejas no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Antevendo um processo de concentração no mercado de bebidas – até então com muitos fabricantes locais – a Ambev uniu-se a Interbrew, da Bélgica, formando a Inbev, em 2004. Quatro anos depois, a Inbev adquire a Anheuser-Busch. Agora, a 3 G Capital faz uma oferta para adquirir a campeã do ketchup.

O crescimento dos controladores da 3G está sustentado, em grande parte, na utilização obsessiva de medidas de desempenho. Os gestores das empresas administradas por eles são promovidos (ou demitidos) conforme os resultados apresentados. Em outras palavras, a controladoria exerceu um papel crucial na trajetória de Lemann, Telles e Sicupira, os donos da 3G

Positivo ou Negativo? – Positivo, pois valoriza o papel do controller nas organizações.

Desdobramentos – A aquisição chamou a atenção para o estilo brasileiro de gestão. Mostra que a abertura da economia pode gerar riqueza para os investidores estrangeiros, mas é capaz de trazer frutos para os capitalistas locais.

Outros candidatos a fato da semana: Esta foi uma semana de carnaval, o que significa pouca movimentação nas notícias. É interessante notar que uma festa que gerar tanta riqueza tenha sido tão pouco analisada sob o ponto de vista contábil-financeiro.

Gerador de Improbabilidade Infinita

Em 1997, em mares russos, uma vaca caiu do céu e acertou em cheio um barco pesqueiro japonês, cujos marinheiros tiveram de ser resgatados. A história, contada no jornal Scottish Daily, parece improvável. Mas qual será, de fato, a chance de uma vaca despencar de um avião e se estatelar em uma embarcação?

No Guia do Mochileiro das Galáxias, cômica série de livros de ficção científica do escritor inglês Douglas Adams, a exploração espacial dos personagens é agilizada com o uso de um equipamento chamado Gerador de Improbabilidade Infinita. Acioná-lo acarreta uma sucessão de situações extremamente improváveis, como uma baleia cachalote caindo do céu. No livro, a mente criativa de Adams pode parecer imbatível. Mas a vida na Terra tende a superá-la, até em variedade de absurdos cadentes.


Talvez nem o Gerador de Improbabilidade Infinita proporcionasse tamanho caos na ordem natural dos eventos. Mas, assim como no episódio da vaca cadente, parece que um aparelho semelhante é ligado aqui na Terra de vez em quando.


Os chamados eventos raros também podem ser por conta da Distribuição de Poisson, do matemático francês Siméon Denis Poisson, que diz respeito às chances de uma série de eventos acontecerem em um determinado período de tempo, pois suas ocorrências são independentes. “Esta distribuição possui algumas hipóteses razoáveis sobre o fenômeno aleatório a ser modelado por ela e tem um parâmetro a se estimar que representa a taxa média esperada por certa unidade de tempo da ocorrência do fenômeno”, afirma o professor Nei Carlos dos Santos Rocha, coordenador do curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Confira a seguir 11 coisas estranhas que já caíram do céu: Vaca voadora; Chuva de carne; Aranhas; Fezes; Dinheiro; Peixes e tubarão; Passarinhos (mortos...); Neve colorida; Geleia estranha; Sangue; Fórmulas.

Indicado por André Luchine, a quem agradecemos.

Frase

Some people want to be bank presidents. Other people want to rob banks.

- Richard Ford

Tempo é dinheiro

Japanese proverb 時は金なり toki wa kane nari "Time is money"


16 fevereiro 2013

Horário de Verão 2012-2013


Rir é o melhor remédio



Fonte: Primeiro encontro

Ainda a convergência

Michel Barnier, francês funcionário da Comunidade Europeia, falando num almoço em Nova Iorque, que os Estados Unidos deveriam adotar as normas internacionais de contabilidade.

"Eu continuo decepcionado com a lentidão que os EUA estão movendo na direção dos padrões internacionais de contabilidade. É essencial ter normas básicas comuns. Caso contrário, corremos o risco dos nossos padrões prudenciais terem efeitos diferentes."

Barnier não descartou o risco do retorno a um sistema fragmentado, com abordagens nacionais, informou o jornal New York Times. A França tem uma grande parcela de culpa neste processo, segundo o colunista Floyd Norris, ao pressionar a União Europeia a não usar as normas internacionais nos bancos. Ou seja, alguns países adotam normas internacionais que são interessantes. Barnier, inclusive, ameaçou não repassar recursos para o Iasb se este aprovasse normas que não agradasse a Europa, lembra Norris.

O apoio dos Estados Unidos diminuiu nos últimos tempos: exceto algumas empresas multinacionais e as grandes empresas de contabilidade, muitas empresas acham que a despesa é maior que o benefício. A próxima presidente da SEC, que irá tomar a palavra final sobre a convergência dos EUA, não tem uma posição conhecida sobre o assunto. (Fonte da Figura aqui)