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23 novembro 2012

IASB publica proposta de emenda ao IAS 28

O IAS 28 (Investimento em Coligada e em Controlada) determina o tratamento a ser dado aos investimentos em coligadas associadas. Ontem (22 de novembro) o IASB publicou a Exposure Draft com propostas de alterações na norma. O objetivo da emenda proposta é fornecer informações adicionais ao IAS 28 quanto à aplicação do método de equivalência. De forma mais específica, procura fornecer instruções quanto a como os investidores devem reconhecer sua participação nas alterações dos ativos líquidos de uma investida que não são reconhecidos da demonstração do resultado e que não são outras distribuições recebidas (outras alterações em ativos).

A Exposure Draft está disponível aqui e os comentários devem ser enviados até o dia 22 de março de 2013.

Nervosismo e Desempenho

Sabemos que o nervosismo afeta o desempenho das pessoas. Ontem tivemos um exemplo interessante desta relação. Está sendo realizado a Copa do Mundo de Xadrez Feminino. As melhores jogadoras de xadrez do mundo (com exceção de Judit Polgar, que é a melhor de todos os tempos e geralmente não participa deste tipo de torneio) estão competindo num sistema de mata-mata. Ou seja, quem perder sai do torneio.

O torneio iniciou com 128 jogadoras e depois de quatro rodadas sobraram somente oito jogadoras. Cada rodada disputavam dois jogos, com cores invertidas: numa partida uma das jogadoras estava com as peças brancas e na segunda partida com as pretas. Existindo empate nas duas partidas ou uma vitória e uma derrota, disputa-se uma nova rodada de duas partidas, até a eliminação de uma das jogadoras.

A partida entre Stefanova e Sebag, a primeira do desempate, foi a seguinte:


Stefanova - Sebag (playoff game 1) 
1. Nf3 d5 2. c4 c6 3. g3 Nf6 4. Bg2 dxc4 5. O-O Nbd7 6. Qc2 Nb6 7. a4 a5 8. Na3 Be6 9. Ng5 Bg410. Nxc4 Bxe2 11. Ne5 Bh5 12. b4 e6 13. b5 Bd6 14. Bb2 O-O 15. bxc6 Rc8 16. Qb1 Bxe517. cxb7 Rc5 18. d4 Bg6 19. Ne4 Rc4 20. Rd1 Bc7 21. Ba3 Re8 22. Nxf6+ gxf6 23. Qb5 Bc224. Re1 Bxa4 25. Qh5 Bc6 26. Qg4+ Kh8 27. Bxc6 Rxc6 28. Rab1 Qd5 29. Qe2 Nc4 30. Bc5 Bd631. Rec1 Bxc5 32. b8=Q Rxb8 33. Rxb8+ Kg7 34. Qxc4 Bxd4 35. Qxc6 Qa2 36. Qf3 f5 37. Rbc8 a438. R8c2 Qb3 39. Qxb3 1-0

Somente para se ter uma ideia, Stefanova (lado esquerdo da foto) tem um rating de 2491 e Sebag (de óculos, na foto) de 2521. Stefanova é bulgara e já foi campeã feminina mundial de xadrez. Sebag, francesa, já ganhou de um ex-campeão de xadrez. Na partida acima, os lances em azul são jogadas normais. Aqueles em cor roxa são lances medianos, existindo alternativas melhores naquele momento. E os lances em vermelho são jogadas ruins, fracas. Foram nove jogadas, de 77 lances, considerados fracos. Ou mais de 10% das jogadas. Num jogo normal, entre dois enxadristas de nível elevado, dois ou três lances fracos podem ocorrer (as vezes não ocorre nenhum).

Segredo de Bangladesh: as mulheres



A despeito do aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho de Blangadesh, casos de assédio sexual e discriminação são cada vez mais comuns. Eis um excerto do artigo Urbanisation in Bangladesh proves a double-edged sword for women:

[...]Yet even as urbanisation has galvanised women's march towards greater economic freedom, the equality and safety of Bangladesh's new workers are still major issues.
In the garment industry, women are an easy target for exploitation and discrimination. With an average age of 19, usually unmarried and with little education or training, many women enter urban employment with a comparative disadvantage in terms of pay, working conditions, the possibility of promotion and even getting paid for overtime. They earn 60% of the salary of male colleagues.
According to a 2003 report (pdf) by the Centre for Policy Dialogue and UN Population Fund, there is a clear link between the increased sexual harassment of Bangladeshi women and their improved economic status, increased mobility and newfound visibility away from the home.
2011 War on Want report (pdf) on the Bangladesh garment industry found that 297 out of a total of 998 women workers interviewed reported unwanted sexual advances, while 290 said they had been touched inappropriately. A further 328 reported "threats of being forced to undress", while almost half said they had been beaten and hit in the face by their supervisors.
Sexual harassment of women on the street and in urban schools is on the increase, according to Bangladeshi NGO Brac, which in 2010 launched Mejnin, a project to tackle the increasing harassment of women and girls. 


Quem irá comandar a SEC?

Com a eleição, o presidente Obama precisa definir quem irá ocupar os principais cargos da sua segunda administração. Já se sabe que a atual presidente da SEC não irá permanecer para mais um mandato. Dois candidatos aparecem no momento, segundo Simon Johnson, no New York Times: Mary Miller ou Neil Barofsky. Miller representa o status quo para Wall Street: seria representante da indústria de investimentos e provavelmente não mudaria muita coisa. Barofsky seria o contrário: com um longo histórico na luta contra fraudes, este contador tem o apoio de quem gostaria que o mercado fosse mais honesto.

Caberá ao novo presidente da SEC a definição sobre o rumos da convergência contábil. O texto de Johnson não informa nada sobre a posição dos dois postulantes sobre o assunto.

Notícias da Bolsa


- Ibovespa: ações da Eletrobras continuaram entre as maiores quedas do índice.
Ação ordinária caiu 8,74%, a R$ 6,16.
Ação preferencial caiu 6,89%, a R$ 7,30.

- A Petrobras perdeu para a Ambev o posto de maior empresa brasileira na Bolsa de Valores. As ações da Ambev subiram 1,6% e acumulam valorização de 27% neste ano. O valor de mercado atual, segundo dados da Bloomberg, é de R$ 248,8 bilhões. As ações da Petrobrás caíram mais 2,7%, acumulando desvalorização desde o início do ano de 13,4%. Ela vale agora R$ 247,2 bilhões. Um dos motivos para a queda nas ações foi a empresa estatal não ter compensado a defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado externo.

Fonte: Aqui

22 novembro 2012

Rir é o melhor remédio

A fórmula do sucesso de Einstein: Leite (= milk) vezes Coffee (café) ao quadrado

HP


Sobre a fraude contábil na HP: a Deloitte resolveu responder sobre a acusação de omissão por parte da HP com respeito a auditoria da Autonomy. Segundo comunicado da auditoria, não havia conhecimento sobre qualquer fraude e a última auditoria foi de fevereiro de 2011. A empresa evitou discutir o assunto, alegando problemas de confidencialidade. Mas a Deloitte reconhece que era a empresa de auditoria no momento da aquisição.

Uma discussão importante diz respeito ao papel de uma empresa de auditoria. Deveria incluir ou não a detecção de fraude?

A HP não forneceu muitos detalhes do problema contábil. Um analista de fraudes, John Hempton, havia realizado recentemente uma palestra num fórum de investidores, e usou o caso da Autonomy como exemplo. A analise de Hempton indicava que a empresa de software estava gerando muito valores a receber em relação a sua receita. Outro analista comentou que já tinha sinal de problemas com a contabilidade da empresa.

Efeito da contabilidade



Os gráficos mostram o comportamento das ações da Eletrobras e HP no mercado acionário no último mês. A Eletrobras deverá ter uma baixa nos próximos meses, para refletir as recentes medidas do governo. A HP anunciou a descoberta de fraude contábil.

Economia

A economia que é atualmente apresentada nos livros didáticos e ensinada na sala de aula não tem muito a ver com a gestão de negócios, e menos ainda com o empreendedorismo. O grau com que a economia está isolada dos negócios comuns da vida é extraordinário e infeliz.

Que não era o caso no passado. Quando a economia moderna nasceu, Adam Smith imaginou-a como um estudo da "natureza e as causas da riqueza das nações." Seu trabalho seminal, A Riqueza das Nações, foi amplamente lido por empresários, embora Smith os menospreze muito por sua ganância, falta de visão e outros defeitos. (...)


Saving Economics from the Economists - Ronald Coase - Harvard Business Review

Fantástico. Coase, ganhador do Nobel por ideias que ainda hoje são debatidas, tem 102 anos.

Produção de petróleo norte-americano


Sometimes the revolution politicians seek isn't the one they get. Consider the irony—and the opportunity—in Monday's report that the U.S. is likely to surpass Saudi Arabia as the world's largest oil producer as early as 2020.
In its annual world energy outlook, the Paris-based International Energy Agency (IEA) says the global energy map "is being redrawn by the resurgence in oil and gas production in the United States."
The U.S. will increase its production to about 23 million barrels a day in 10 years from about 18 million barrels a day now, the IEA predicts. That's more optimistic than current U.S. government estimates and a change from a year ago when the IEA said Russia and the Saudis would vie for number one.
As readers of these pages know, the key to this U.S. energy boom has been technological innovation and risk-taking funded by private capital. Specifically, the private oil and gas industry pioneered the use of horizontal drilling and hydraulic fracturing (or fracking) to tap unconventional deposits such as shale that once were technologically out of reach. It also wouldn't have happened if the industry wasn't able to drill on private land, free from federal regulation.
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This is a real energy revolution, even if it's far from the renewable energy dreamland of so many government subsidies and mandates. In his 2007 State of the Union, George W. Bush—the Oil Man President of liberal myth—said America was "on the verge of technological breakthroughs that will enable us to live our lives less dependent on oil."
[...]New York state has imposed a moratorium on fracking, even while the economy of neighboring Pennsylvania is being transformed by the exploitation of the Marcellus Shale that lies under both states. The French, who import 98% of their natural gas, have also banned fracking, despite sitting on shale reserves estimated to be the second-largest in Europe. The British, unsure of what to do, are supposed to make a fracking announcement sometime next month.
[...] Historians will one day marvel that so much political and financial capital was invested in a green-energy revolution at the very moment a fossil fuel revolution was aborning. But politicians failing to spot the trend until they start taking credit for it is an old story. Let's hope they don't ruin it now that they've noticed.

Petróleo e vantagem comparativa


Your Nov. 13 editorial "Saudi America" notes that the U.S. has the "opportunity" to "surpass Saudi Arabia as the world's largest oil producer as early as 2020."

By this comparative-advantage ignoring of logic, the U.S. similarly has the "opportunity" to surpass Guatemala in the growing of bananas, Japan in television-set manufacturing and Italy in the design of luxury leather shoes.

Of course, none of the previously mentioned scenarios will reveal themselves, and they won't because our import of all three gives us time to pursue other work that is far more profitable.

Oil is no different, so while investors should be free to fund any activity deemed worthy, including pursuit of "scarce" oil only made to appear that way by a weak dollar, plentiful oil reserves within these 50 states do not on their own recommend a headlong rush into energy exploration.

In truth, low profit margins in the energy sector probably recommend the opposite, whereby we import crude, not to mention that it's far easier for politicians to tax energy profits, as this editorial page has plainly told readers for years and years.

21 novembro 2012

Valor das janelas

Um artigo de 1984, do prestigioso New York Times, critica o uso de janelos no software Windows. O texto sugere um programa integrado no lugar de inúmeras janelas. O texto conclui: o "Windows falhou".