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20 outubro 2009

Amor e Criatividade

Os pesquisadores sugerem que o amor romântico induz a uma perspectiva de longo prazo, ao passo que o desejo sexual induz a uma perspectiva de curto prazo. Isto é porque o amor tipicamente envolve desejos e metas de apego prolongado com uma pessoa, enquanto que o desejo sexual é normalmente se engajar em atividades sexuais no "aqui e agora".

Ficar apaixonado pode ajudar a criatividade pois pensamos "globalmente"

Falling in Love… Creatively

Taxa de Juros comparada


Fonte: Aqui

Diz respeito a taxa de juros do banco central de diferentes países da América Latina. Observe que durante todo o período, o Brasil adotou taxa de juros acima dos outros países.

19 outubro 2009

Rir é o melhor remédio

Paz



Prêmio da Paz para o Não Bush


Fonte: Aqui


A melhor bandeira do mundo: Esta é a bandeira do Império do Benin (1440 a 1897), um país africano pré-colonial, onde hoje é a Nigéria.

Teste #159

Alan Ternagem comprou um carro usado por $900 e o anunciou no jornal local por $2900. Um cavalheiro idoso de aparência respeitável, vestido de padre, bateu à sua porta e perguntou sobre o carro, comprando-o pelo preço pedido. No entanto, equivocou-se ao escrever o cheque, preenchendo-o no valor de $3.000, e era a última folha do talão.

O problema é que Ternagem não tinha dinheiro em casa, portanto deu um pulo na banca de jornais de Desiré Vista, sua amiga, que lhe trocou o cheque. Ternagem deu os $100 de troco ao padre. No entanto, quando Desiré tentou descontar o cheque no banco, ele voltou sem fundos. Para conseguir pagar à dona da banca de jornais, Ternagem foi obrigado a pegar $3000 emprestados com outro amigo, Haroldo O. Nesto.

Depois que conseguiu paar essa outra dívida, Ternagem se queixou clamorosamente:

- Perdi $2000 de lucro no carro, $100 de troco, $3000 que paguei à dona da banca de jornais e mais $3000 que paguei à dona da banca de jornais e mais $3000 que paguei a Haroldo O. Nesto. Isto dá $8.100.

Quanto dinheiro ele perdeu, na verdade?

Fonte: Ian Stewart. Almanaque das curiosidades matemáticas. Zahar, p. 91.

Resposta do Anterior: 50 milhões, conforme a The Economist. Inclui gastos com lobistas, marketing, viagens e outros itens.

Links

Citibank, contabilidade questionável e reservas

Basiléia, securitização e capital dos bancos

O perigo dos e-mails: Bear Stearns

Prêmio disputado: a maior bobagem do mercado financeiro irá render uma viagem a Roma (para o primeiro, para lembrar a falência do Império Romano sob uma montanha de dívida), uma viagem a Islândia (para o segundo e terceiro lugar)

Capitalismo, Liberdade econômica, expectativa de vida, PIB, corrupção e política

Valor do Desembolso

Copa e Olimpíada vão exigir mais do que o governo investiu em 7 anos

Estimativa é de quase R$ 130 bilhões, ante R$ 116 bilhões desembolsados pelo governo Lula entre 2003 e 2009 - Renée Pereira - Estado de São Paulo - 19/10/2009

As obras para abrigar a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e a exploração do pré-sal vão exigir um enorme esforço do Brasil em investimentos [1]. Estima-se que só os dois principais eventos esportivos do mundo vão demandar quase R$ 130 bilhões em infraestrutura, reforma e modernização de estádios e urbanização - valor bem acima dos R$ 116 bilhões investidos em toda economia (sem considerar as estatais), entre 2003 e 2009, pelo governo Lula, diz estudo do economista José Roberto Afonso, ligado ao PSDB [2].

Além dos dois eventos, outros projetos ambiciosos vão requerer investimentos bilionários nos próximos anos, como a exploração do pré-sal, o financiamento à indústria nacional para atender à Petrobrás (estimado em US$ 400 bilhões). Sem contar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

Entre os especialistas, a dúvida é de onde virá tanto dinheiro. "Diante do histórico de baixo investimento, o governo precisa mostrar de forma clara o que fará para ser mais eficiente. Ou correrá o risco de não fazer os projetos necessários aos eventos esportivos e outras obras para garantir o crescimento sustentável do País", diz Afonso.

A preocupação do economista tem fundamento. Isso porque, apesar do forte apetite da iniciativa privada pelo Brasil, a grande maioria dos projetos da Copa e da Olimpíada terá de ser bancada com recursos públicos [3]. Com a falta de capacidade de muitos municípios e Estados [4], é provável que o governo federal tenha de arcar com fatia expressiva dos investimentos ou usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destaca o presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia, José Roberto Bernasconi.

APOIO DO BNDES

No caso dos estádios, o governo federal já disse - pelo menos por enquanto - que não vai injetar nenhum centavo, mas abriu uma linha de crédito de quase R$ 5 bilhões no BNDES para as obras. Mas os Estados querem mais. Além de empréstimos, esperam por recursos do PAC. "Do jeito que está, a equação não fecha", alerta o economista Raul Velloso, especialista em finanças públicas.

Na opinião de Velloso, para atender toda a demanda do mercado, o BNDES não escapará de nova captação ou elevação do capital com dinheiro do Tesouro. Isso se não tiver de fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Além das obras dos eventos esportivos, o governo já sinalizou que o desenvolvimento da indústria nacional para atender a Petrobrás será financiado pelo banco estatal. Mas ainda não definiu como vai fazer novas capitalizações no banco.

O Trem de Alta Velocidade (TAV, com R$ 34 bilhões), a Usina de Belo Monte (R$ 16 bilhões) e outros investimentos das estatais também serão financiados pela instituição. Velloso destaca que, no caso de o BNDES fazer captações no mercado, há limites de capacidade que precisam ser obedecidos. O mesmo ocorre com a capitalização do Tesouro, que significaria aumentar o endividamento público.

Segundo especialistas, o fato é que, apesar das necessidades e dos cronogramas que precisam ser cumpridos, pouco tem sido visto na prática. Na opinião deles, o governo precisa elencar todas as obrigações para os próximos anos e definir o que é investimento público, Parceria Público-Privada e concessões. No caso da Copa, o Ministério do Esporte promete soltar um programa de gestão até o fim do ano. Para a Olimpíada, a Secretaria da Fazenda do Rio divulgou a alguns investidores um orçamento do evento, que está perto de R$ 30 bilhões.

O valor inclui portos, aeroportos, estradas e ferrovias, entre outros. Nesses casos, boa parte dos investimentos seria do governo federal. "O grande desafio para o País será aumentar o peso dos investimentos nos gastos globais, sem causar inflação e déficits externos excessivos", diz Velloso. "E isso só se consegue se for possível fazer com que os gastos correntes cresçam abaixo do PIB." Pelos cálculos do economista, em 2008 os investimentos da União, Estados e Municípios atingiram só 2,4% do PIB.

"Acredito que uma parte dos projetos terá de ser feita por meio do regime de concessão. Recurso público sozinho não segura toda essa necessidade de investimentos nos próximos anos", afirma o economista Amir Khair, especialista em finanças públicas. Ele acredita, no entanto, que a retomada da economia deverá fortalecer a arrecadação dos governos e melhorar as contas públicas. "Normalmente, as receitas crescem até 2 pontos porcentuais acima do PIB."

O fato é que o País não tem muito tempo, já que 2010 é ano eleitoral e pouca coisa tende a sair do papel [5]. "Por isso, precisamos atacar um outro problema, que é a gestão dos recursos públicos", diz o presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy. Para ele, será preciso um novo modelo, que simplifique os processos de licitação, licenciamento e liberação do dinheiro. "Precisamos ter agilidade, mas de forma regular e dentro da lei."

No PAC, por exemplo, que é um programa prioritário do governo federal, não se consegue gastar o dinheiro disponível no orçamento. Um estudo feito recentemente pelo professor da Coppead/UFRJ, Paulo Fleury, mostra que, no ritmo atual, o governo demoraria 25 anos para gastar todo o dinheiro de um programa previsto para o período 2007/2010.

[1] O termo mais adequado é desembolso.
[2] A questão da fonte é importante. O governo tende a subestimar o valor. A oposição, superestimar. Mas é inegável que os valores serão elevados.
[3] Vamos pagar a conta. Per capita significa $700, aproximadamente. Parece pouco, mas deve ser lembrado que a classe média pode ter que arcar com a maior parte disto. E se você possui dois dependentes, o valor vai para mais de R$2 mil.
[4] Uma parte significativa irá ocorrer no Rio de Janeiro, em razão das olimpíadas.
[5] Bem lembrado.

Capital dos Bancos

A crise financeira tornou acalorado o debate sobre a contabilidade e os marcos regulatórios. Uma coluna mostra que os bancos, com a finalidade de manter o capital contábil, tem evitado o impairment de certos ativos imobiliários. As reformas contábeis anunciadas até ao momento irão agravar a diferença entre o valor contábil e o de mercado.

Indústria de filmes

Eu sou um produtor de cinema independente e faço filmes que normalmente custam algo entre US $ 5 milhões e US $ 10M. Mas quando eu faço, digamos, um filme de US $ 8 milhões, tem que competir com o mesmo preço dos filmes de estúdios $ 80 milhões ou US $ 100M por película. Não custa ao consumidor os mesmos US $ 12 no multiplex (e tudo custa para alugar um DVD de sucesso de público nestes dias) para qualquer filme. Não há nenhuma vantagem de preço para o consumidor na escolha de ver um filme mais barato. Isso naturalmente faz com que seja extremamente difícil para os pequenos filmes para encontrar uma platéia.


the unusual economics of the film industry

Valor da Empresa

Nem sempre o valor pago por uma empresa representa seu valor. Em The Circular Concept of Opportunity Cost o caso interessante do You Tube. O CEO da Google, Eric Schmidt, apurou uma avaliação correta para a You Tube entre 600 milhões e 700 milhões. Mas pagou 1,65 bilhão, quase três vezes mais. Segundo ele, na

"dinâmica, o preço, lembre-se, não é dado pelo julgamento ou pelo modelo financeiro ou fluxo de caixa descontado. É pelo que as pessoas desejam pagar. E nós concluímos que 1,65 bilhão incluía um prêmio por movimentar-se rapidamente e ter certeza que nós participaríamos do sucesso do You Tube."

18 outubro 2009

Rir é o melhor remédio


Básico = Complexo - Complexidade

Olimpíadas

Depois da euforia, vamos agora falar de custos e contabilidade pública. E Olimpíadas. A análise deve ser feita em termos do custo benefício. Do lado dos benefícios, sediar uma Olimpíadas traz ganhos de imagem. Este especialista considera interessante sediar os jogos em razão dos ganhos com a imagem. E as cidades que foram sede recebem mais turistas e congressos no ano seguinte.

Existem alguns estudos que mostram os efeitos monetários sobre a renda e empresa. Estudo realizado em Munique (jogos de 1972) mostra um efeito na renda mas não no emprego. Mas em Atlanta observou um efeito no emprego.

Os valores gastos geralmente são provenientes do poder público. A olimpíada de Montreal foi a que teve maior subsídio público. Mas é possível fazer uma olimpíada com pouca verba pública, como ocorreu com Atlanta - menos de 10%. A projeção para Londres é que boa parte dos recursos serão públicos, talvez chegando perto do que foi Montreal. Em Londres, a estimativa inicial de 2,5 bilhões de libras foi corrigida para mais de 5 bilhões. Isto mostra que não devemos confiar nos números apresentados pelos políticos nas suas estimativas de custos.

Em geral, os estudos ex-ante são otimistas pois são produzidos por pessoas interessadas no resultado. Hoje os ingleses consideram que foi um mau negócio ter vencido a concorrência para Olimpíadas de 2012. Talvez por isto a reação de alguns estadunidenses tenha sido de alívio.

A experiência do Brasil não é muito boa. O custos do Pan foram mais de 5 bilhões de reais, muito acima da estimativa inicial. Ou seja, 27 reais por habitante.

Entretanto, em The Economic Impact of Stadiums (or Stadim Improvements) existe um alerta interessante: todo cálculo deve ser feito em termos marginais. Ou seja, o que a cidade teria sem os jogos versus com os jogos.

Será feita esta análise? Não.

17 outubro 2009

Rir é o melhor remédio

Faça você mesmo a piada:

Argentina é o país com maior número de psicólogos por habitante: 145 por 100 mil habitantes.

IFRS nos EUA

A questão da implantação da IFRS (normas internacionais de contabilidade) foi tratada por Marie Leone em IFRS Returns to the Front Burner, da revista CFO de 8 de outubro de 2009. Apesar do chefe do Iasb, David Tweedie ter afirmado que as diferenças estão resolvidas, existe muita crítica ainda. Principalmente em razão do prazo estabelecido, de 2014.

Quando lembramos que o Brasil decidiu e iniciou a implantação das normas em dois anos podemos questionar se as críticas são um excesso de zelo ou mostram que o nosso processo foi atropelado.

Mas já em 2008 as grandes empresas de auditoria (Big Four), que segundo o texto são os maiores apoiadores da IFRS, começaram a incentivar a inclusão da IFRS no currículo de contabilidade nos EUA, através de programas de educação. E no último ano, a AICPA reconheceu o Iasb como regulador, com efeito sobre a opinião dos auditores nas demonstrações contábeis preparadas segundo as normas internacionais. Uma das críticas as normas internacionais é a excessiva flexibilidade, que afeta a comparabilidade e consistência entre os diferentes países. Entre os críticos, o CPA do estado de Nova Iorque, que inclui 30 mil membros.

Outra crítica questiona a necessidade de adoção de normas internacionais para empresas que estão focadas no mercado interno.

16 outubro 2009

Resultado da Pesquisa

A enquete "EM SUA OPINIÃO, A QUALIDADE DO TRABALHO DO CPC É" apontou os seguintes resultados, com 25 votos:

8% = Excelente
36% = Muito Boa
32% = Regular
24% = Péssima

Realmente um resultado controverso. Temos nova pesquisa no lado direito do blog.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Bluebus

Teste #158

Para tornar vitoriosa a candidatura do Rio de Janeiro nas Olimpíadas, o Brasil gastou alguns "trocados". Qual o valor estimado destes gastos?

10 milhões de dólares
25 milhões de dólares
50 milhões de dólares

Resposta do Anterior: Espanha. Veja, por exemplo, aqui. Somente a Noruega, dentre os países citados, não tem notícia de problemas com o sistema financeiro.

Links

Alterações dos anexos da Lei 6420

A fiscalização dos Jogos Olímpicos

Efeitos do ágio na aquisição

Orçamento Público no Mundo

A transparência fiscal é vista como sinônimo de estabilidade econômica, de melhorias nas atividades governamentais e de desenvolvimento econômico de um país. Nesta temática, oorçamento público, além dos outros papéis que desempenha, é considerado como um excelente instrumento para avaliar o nível de transparência fiscal. Este artigo analisa as principais características dos processos orçamentários de cinquenta e nove países, incluindo oBrasil, através da análise de conglomerados hierárquica. Os dados utilizados são originados da aplicação do questionário Open Budget Initiative 2006 pela organização não-governamental Center on Budget and Policy Priorities, através do International Budget Project. Com este objetivo, as características de cada conglomerado são apresentadas e comparadas, de forma a evidenciar os processos orçamentários dos países analisados. Por último, são apresentadas as considerações finais da pesquisa realizada, onde são resumidas as informações sobre as características e apresentados os níveis de transparência fiscal dos seis conglomerados resultantes, além do destaque sobre o desempenho do processo orçamentário brasileiro, nesta análise.

OPEN BUDGET INITIATIVE: AVALIANDO O NÍVEL DE TRANSPARÊNCIAFISCAL DOS PROCESSOS ORÇAMENTÁRIOS PÚBLICOS NACIONAIS - Janilson Antonio da Silva Suzart & José Bernardo Cordeiro Filho (UFBA)


Segundo a pesquisa, o Brasil estaria num conglomerado com a África do Sul, Coréia do Sul, Eslovênia, França, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Reino Unido e Suécia.

As principais características deste conglomerado são:

• Os países possuem um processo orçamentário que permite que o público tenha acesso à proposta do orçamento elaborado pelo Executivo e aos documentos de apoio elaborados;
• Existe a divulgação de informações acessórias ao processo orçamentário, em forma de resumos explicativos e/ou quadros complementares, sobre a carga tributária, operações financeiras etc.;
• As informações consolidadas sobre o orçamento são emitidas com frequência regular,isto é, os relatórios são divulgados tempestivamente;
• Com a exceção do Brasil e da Suécia, os demais países realizam revisões completas do orçamento, geralmente ao final do primeiro semestre, atualizando os dados de acordo com as conjecturas macroeconômicas e os níveis de receitas e de despesas;
• Ocorre a elaboração e a divulgação do relatório final do exercício, contendo as informações consolidadas de todo o governo;
• Estes países possuem uma Entidade Superior de Auditoria (ESA) que é responsávelpor analisar as prestações de contas sobre o uso do erário

Vale e o Governo

Talvez a notícia econômica do dia seja a operação que o Governo Federal está fazendo para "cercar" a Vale. Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo (Boa coisa não sai daí, 16/10/2009) diz que a operação está sendo feita em conjunto com o empresário Eike Batista e a Previ de Sérgio Rosa.

Cantanhêde lembra que a Vale aumentou o valor de mercado - o principal indicador de saúde financeira - de 8 bilhões, em 1997, para 125 bilhões. E o número de empregos, de 10 mil para 60 mil. A Vale irá pagar 2 bilhões de reais em dividendos, conforme notícia do Brasil Econômico (Vale paga mais R$ 2,5 bilhões para acionista, Gustavo Kahil)

Em outro texto do mesmo jornal (Lula desiste de tirar Agnelli, mas quer influir, 16/10/2009, Kennedy Alencar) informa que o presidente da República desistiu de brigar contra o Bradesco para derrubar o presidente da Vale. Agnelli, presidente da Vale, foi indicado pelo Bradesco por um acordo de acionistas.

Neste sentido, a proposta de taxação das exportações de minérios (Nova ameaça à Vale, O Globo, 16/10/2009, Eliane Oliveira e Gustavo Paul) é uma ameaça no jogo político.

Multa por falar demais

O empresário Eike Batista assinou um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pagará R$100 mil para encerrar um processo administrativo que corria no órgão. Ele respondia por ter dado entrevistas durante o processo de abertura de capital da sua empresa OGX Petróleo, em junho do ano passado. Nessa fase, do “período de silêncio”, os envolvidos na operação não podem se manifestar publicamente, até a divulgação do anúncio de encerramento, para não inflar os preços das ações e garantir que todos os investidores tenham igual acesso às informações. Se o processo fosse levado até o fim e Eike fosse condenado, poderia ter de pagar multa de até R$3,35 bilhões.

Eike, que tem uma fortuna avaliada em US$7,5 bilhões (R$12,75 bilhões) pela revista americana Forbes, não respeitou a norma da CVM sobre ofertas públicas e deu entrevista ao jornal “Valor Econômico”, publicada em 4 de abril de 2008, quando o empresário já estava tratando da abertura de capital com os bancos de investimento.

Na época, ele recebeu um alerta da CVM e se comprometeu a incluir a reportagem no prospecto da oferta, documento com mais de 500 páginas sobre a empresa, o que não foi feito. Para agravar a situação, no dia do lançamento das ações, Eike deu entrevista coletiva. (...)

Para se livrar de multa de R$3 bi por falar demais, Eike paga R$100 mil à CVM
O Globo - 16/10/2009 - 28
Henrique Gomes Batistae & Felipe Frisch