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19 março 2009

Receita e RTT

Solução da Receita trata de regime de transição contábil
Valor Econômico - 19/3/2009

A Receita Federal publicou uma solução de consulta, destinada às empresas que possuem contratos de arrendamento mercantil, pela qual confirma que a opção pelo regime tributário de transição (RTT) neste ano, não alterará a base de cálculo do imposto de renda (IR) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). O esclarecimento está na Solução de Consulta nº 5 de 2009, da 10ª Região Fiscal da Superintendência Regional da Receita Federal.

O regime tributário de transição - regulamentado pela MP nº449 para reduzir os impactos da nova lei contábil nº 11.638, de 2007 - pretende garantir a neutralidade tributária para as empresas que aderirem ao regime, válido pelos próximos dois anos. O regime de transição deve valer para a apuração do lucro real das pessoas jurídicas para os anos-calendário de 2008 e 2009. Essas empresas podem optar ou não pelo regime até o fim de junho - prazo limite para a entrega da declaração de imposto de renda de pessoa jurídica (DIPJ).

Além de oferecer maior segurança aos contribuintes em relação à interpretação do fisco sobre a neutralidade tributária aos que aderirem ao RTT, a solução de consulta também confirma que aqueles que não aderirem não podem fazer os ajustes extracontábeis para fins fiscais. Isso pode gerar uma diferença nos impostos recolhidos, para menos ou mais- já que terão impacto direto da Nova Lei Contábil na parte fiscal da empresa. O problema nesse caso, segundo o advogado Sérgio André Rocha, do Barbosa, Müssnich & Aragão (BMA), é que as diferenças geradas nem sempre terão um tratamento claro na legislação fiscal. "Por isso, a insegurança das empresas em relação ao RTT", diz.

Na prática, em relação ao arrendamento mercantil, as empresas que optarem pelo RTT poderão continuar a lançar, para fins fiscais, o valor do pagamento parcelado no arrendamento como se fossem despesas, e assim, fazer a dedução desses valores. Já as empresas que não aderirem, terão de optar pelas regras da Nova lei Contábil. Nesse caso, o bem arrendado deve constar como ativo - como se o bem já pertencesse à empresa - e como passivo - , amortizando essas parcelas a medida que forem sendo pagas. Neste sentido, não haverá mais dedução de imposto de renda sobre essas parcelas que não são mais lançadas como despesas. Há apenas uma dedução com relação à depreciação do bem arrematado, segundo o consultor tributário Luciano Nutti, da ASPR Consultoria Empresarial. Para Nutti, neste caso, se for analisada isoladamente a operação de arrendamento mercantil, tende a ser benéfico para as empresas aderirem ao RTT. Assim, afirma, pagarão menos imposto de renda com relação a essa operação no regime.

Apesar de muitas empresas ainda analisarem qual seria a melhor opção de regime a se aderir, já que o prazo só vence no fim do primeiro semestre, os dois tributaristas afirmam que as consultas em geral têm sido para aderir-se ao regime de transição.

Prisão do Contador

Sobre a prisão do Contador de Madoff:

Contador de Madoff é preso
Da agência Bloomberg
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 19/3/2009

David Friehling, o contador de Bernard Madoff, foi preso e acusado de fraude com valores mobiliários, tornando-se o primeiro cúmplice acusado a ser nominalmente citado pelas autoridades norte-americanas em conexão com o esquema piramidal de US$ 65 bilhões desenvolvido pelo gestor de recursos.

Friehling era o único proprietário da empresa de contabilidade Friehling & Horowitz. A companhia ocupava um espaço de 51 metros quadrados na New City, um bairro periférico de Nova York no condado de Rockland, e atuava como auditor da Bernard L. Madoff Investment Securities desde 1991, segundo a Justiça norte-americana.

Friehling, de 49 anos, não é acusado de ter conhecimento do esquema piramidal. Em vez disso, ele teria, supostamente, enganado os investidores ao certificar mentirosamente que tinha auditado os informes de resultados financeiros da empresa de Madoff.

“Friehling não realizou as auditorias de acordo com os princípios e padrões de auditoria geralmente aceitos”, disse o procurador-geral do Ministério Público federal, Lev Dassin, num comunicado. “Ele não fez testes, ou fez poucos, não fez a verificação dos ‘fatos’ que certificou. Sua tarefa não era simplesmente assinar balanços cuja veracidade não confirmou.”

O advogado de defesa Andrew Lankler preferiu não comentar. Friehling, que se defronta com um máximo de 105 anos de prisão, se entregou às autoridades na manhã de ontem.

Keith Kelly, agente do Federal Bureau of Investigation (FBI), disse, em queixa-crime, que não há indícios de que Friehling tenha realizado uma auditoria significativa da Madoff Securities. Ele não examinava as fontes relevantes de receita da empresa, as contas bancárias pelas quais passavam bilhões de dólares de recursos dos clientes nem os ativos, compromissos financeiros ou supostas compras de ações, disse Kelly.

Acusan de fraude a contador de Madoff
Por LARRY NEUMEISTER
AP Spanish Worldstream - 18/3/2009

NUEVA YORK (AP) - El contador de Bernard Madoff fue detenido el miércoles y acusado de ayudar al financiero que ha reconocido haber estafado a miles de inversionistas por millones de dólares durante 20 años.

Las autoridades acusan al contador por no haber realizado las auditorías más básicas que podrían haber descubierto el enorme fraude.

David Friehling es la primera persona que detenida en el escándalo desde que Madoff se entregó, y su acusación señala que el gobierno tiene la intención de llevar ante la justicia a otros socios de Madoff a medida que descubra quién más le ayudó a realizar el fraude.

Los fiscales indicaron que Friehling, de 49 años, simplemente se limitó a dar el visto bueno a los libros contables de Madoff a lo largo de 17 años, mientras trabajaba como su auditor de 1991 al 2008 en un pequeño edificio de los suburbios de Nueva York.

Las autoridades indicaron que si Friehling hubiese hecho su trabajo, los estados financieros de Madoff habrían mostrado que su compañía le debía millones de dólares a sus clientes y que no tenía capital.

"El engaño del señor Friehling ayudó a crear la ilusión de que el señor Madoff había invertido legalmente el dinero de sus clientes", señaló el fiscal federal Lev L. Dassin.

La relación entre ellos era tan buena que Friehling y su familia retiraron 5,5 millones de dólares de cuentas con Madoff desde el 2000, y tenían un total de más de 14 millones de dólares hasta noviembre. Pero tener tanto dinero invertido con sus clientes representa un conflicto de interés para los contadores, según indicaron los fiscales.

Friehling no hizo ningún comentario al salir de la corte después de que fue liberado bajo fianza. Su abogado Andrew Lankler también se negó a hacer comentarios.

Los fiscales creen que Madoff contó con la ayuda de Friehling para realizar su fraude, pero el contador no está acusado de conocer el ardid de pirámide que creó su cliente.El gobierno lo acusa de auditar erróneamente los negocios de Madoff y de no confirmar que las acciones que supuestamente invertía a nombre de sus clientes existieran en verdad.

La Comisión de Valores y Cambio indicó que Friehling simulaba realizar un mínimo de auditoría en algunas cuentas, con lo que aparentaba una verdadera revisión, además de que no documentó sus resultados y conclusiones como es requerido. Incluso omitió la revisión de una cuenta bancaria por la que pasaban miles de millones de dólares.

Expertos en contabilidad consideran absurdo que una firma tan pequeña como la de Friehling pudiera llevar las cuentas de una operación de semejante magnitud.

Pero el contador cobraba por ello una buena suma: entre 144.000 y 174.000 dólares al año del 2004 al 2007.

De ser culpable, podría ser condenado a 105 años de prisión. Se le acusa de fraude con valores, complicidad en fraude y la presentación de auditorías fraudulentas a la Comisión de Valores y Cambio.

Madoff se declaró culpable de fraude financiero el jueves. En sus declaraciones dijo que comenzó el esquema piramidal en la década de 1990 tras una recesión, aproximadamente al mismo tiempo que Friehling comenzó a hacerse cargo de sus cuentas. Madoff señaló que nunca logró recuperar el dinero y que sabía que la cárcel sería su destino.

Contador de Madoff se entrega e pode pegar até 105 anos de prisão
Agencia EFE - Serviço em português - 18/3/2009

Nova York, 18 mar (EFE).- O contador de Bernard Madoff, David Friehling, entregou-se hoje às autoridades americanas, que o acusam de ter cometido vários crimes de fraude e pedem para ele uma condenação de até 105 anos de prisão, anunciou a Procuradoria de Nova York.

Além do próprio investidor americano, que já está preso, esta é a primeira detenção de outra pessoa vinculada à fraude comandada por Madoff durante as duas últimas décadas, que poderia chegar a US$ 50 bilhões e ser a maior na história de Wall Street.

Friehling, de 49 anos, tem uma companhia de contabilidade em Nova York chamada Friehling & Horowitz, e supostamente era a responsável por auditar os estados financeiros da Bernard L. Madoff Investment Securities, incluindo suas folhas de balanço e contas de resultados.

"Friehling certificou de forma falsa que tinha ajustado esses estados financeiros aos stardards de auditoria geralmente aceitos (GAAS) e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos (GAAP)", que são as normas contábeis que regem nos EUA, explicou a Procuradoria, em comunicado.

Acrescentou que "esses estados financeiros foram enviados à SEC (comissão da bolsa de valores dos EUA) e a clientes da Bernard L. Madoff Investment Securities".

Madoff, que está há quase uma semana preso, pagou a Friehling entre US$ 12 mil e US$ 14,5 mil ao mês pelos serviços prestados entre 2004 e 2007.

"Embora Friehling não seja acusado de estar a par do esquema ponzi de Madoff, é acusado de enganar os investidores com certificações falsas que ele mesmo auditou dos estados financeiros dos negócios de Madoff", disse o procurador federal interino do Distrito Sul de Nova York, Lev Dassin.

Além disso, disse que "o engano de Friehling alimentou a ilusão de que Madoff investia legitimamente o dinheiro de seus clientes", quando, na realidade, pagava com esses fundos os juros que prometia a outros investidores, sem que houvesse um verdadeiro negócio que respaldasse suas atividades.

O responsável do caso no FBI, Joseph Demarest, indicou em comunicado à imprensa que, "como suposto auditor independente, Friehling tinha uma responsabilidade fiduciária com os investidores e uma obrigação com os reguladores de informar sobre a verdade".

"As acusações apresentadas hoje deixam claro que Friehling não cumpriu essas obrigações: fez pouco ou nada para comprovar e verificar os 'fatos' que certificou. Seu trabalho não era só colocar um selo no que verificava. Para dizer de forma simplificada, falhou em seu trabalho e mentiu a investidores e reguladores", acrescentou. EFE

Contador de Madoff é preso por fraude
Gazeta Mercantil - 19/3/2009

Nova York, 19 de Março de 2009 - O contador que ofereceu serviços de auditoria à companhia de Bernard L. Madoff por mais de uma década, operando a partir de um minúsculo escritório em Rockland County, foi acusado ontem de fraudes - envolvendo valores mobiliários e consultoria para investimentos - relacionadas ao gigantesco esquema de pirâmide financeira de Madoff.

O contador, David G. Friehling, que tornou-se o principal auditor de Madoff no início da década de 1990, quando seu sogro se aposentou e ele assumiu a empresa Friehling & Horowitz que contava com apenas dois sócios, entregou-se às autoridades federais e à promotoria pública na manhã desta quarta-feira.

Estas foram as primeiras queixas registradas publicamente desde que Madoff, 70, confessou ser culpado das acusações de fraude financeira na última quinta-feira e deverá aguardar em um presídio federal a sua condenação, que poderá ser o equivalente à prisão perpétua. Fontes familiarizadas com o andamento do processo acreditam que outros casos devem vir à tona uma vez que os promotores públicos e agentes de FBI estão investigando membros da família de Madoff e seus funcionários, embora ele tenha afirmado que agiu sozinho na fraude de pirâmide financeira.

A prisão de Friehling aconteceu alguns dias após a morte de seu sogro e ex-sócio, Jeremy Horowitz, que tinha 80 anos de idade e sofria de câncer. A morte de Horowitz aconteceu no estado da Flórida na mesma manhã em que Madoff admitiu sua culpa na corte distrital de Lower Manhattan, mesmo tribunal onde, ontem, Friehling foi levado à juízo. Horowitz havia sido interrogado recentemente por investigadores federais que buscavam juntar informações acerca do esquema fraudulento de Madoff, informou uma fonte. Se Friehling for considerado culpado, ele poderá ser condenado a até 105 anos de detenção. O advogado de Friehling, Andrew M. Lankler, recusou-se a comentar o assunto. O pequeno escritório de Friehling agora está fechado e há uma placa de "aluga-se" na janela.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(The New York Times)

Valor justo

As propostas dos Estados Unidos para relaxar as normas contábeis do valor justo dos ativos poderão alterar as práticas no mundo, depois que o órgão que define os padrões internacionais disse que também discutirá as mudanças.

A contabilidade pelo valor justo exige que as empresas divulguem a maior parte das posições financeiras pelos preços de mercado. Os críticos dizem que a queda dos preços reduziu o lucro dos bancos e minou as reservas de capital.

O Financial Accounting Standards Board dos EUA preparava anteontem a divulgação de um documento que dará a bancos e outras empresas mais liberdade na avaliação dos ativos financeiros.

Mais títulos serão avaliados por modelos de computador, em vez e por preços de mercado, e muitos deverão aumentar de valor. Uma mudança de regra poderá ser implementada já no mês que vem.

O International Accounting Standards Board (Iasb) concordou ontem em submeter os documentos aqueles que seguem suas regras - mais de cem países. Tanto o Iasb como seu congênere americano vinham resistindo às mudanças. Mas as pressões políticas nos EUA levaram às alterações, enquanto o Iasb foi forçado pela Comissão Europeia a amenizar as próprias regras no fim de 2008.

A mudança de regra iminente está atraindo críticas e elogios. "Vinha me perguntando há cerca de dois anos por que eles ainda não haviam feito isso", disse Ed Yardeni, da consultoria Yardeni Research. "A marcação a mercado implica que existe um mercado que fornece informações precisas, mas essa suposição foi por água abaixo."

Mas Shyam Sunder, professor da Universidade de Yale e crítico do valor justo, acha que a decisão foi mal avaliada. "Quando se olha o mercado para decidir as regras, é a mesma coisa que não ter regra nenhuma."

Lynn Turner, ex-diretora da comissão de valores mobiliários americana (SEC), disse: "Eles estão fazendo os padrões contábeis regredir quatro décadas".

Europa também avalia mudança no valor justo
Valor Econômico - 19/3/2009

Psicologia do desconto do Caixa

Considere isto. Você caminha para uma loja e compra guloseimas. Quando você tira o seu cartão de crédito, o caixa informa a você que terá um desconto de 2% se você pagar em dinheiro. O que você faz? Se você é um típico consumidor, você ainda usará o seu cartão de crédito. Por que?

(…) 2% é muito pouco para pagar a conveniencia de usar o cartão de crédito. Então você usa o “plástico”.

Mas em lugar de oferecer um desconto em dinheiro, se o caixa falar para você que você irá ter que pagar 2% a mais no valor como uma despesa adicional pelo uso do cartão de crédito? Você deve então escolher pagar em dinheiro. Por que?
A razão é por causa do que os psicólogos comportamentais chamam de framing bias. (...)


B. Venkatesh - Psychology of cash discount - 15/3/2009 - Business Line (The Hindu) - 14

Oposição a Marcação a Mercado

Segundo Tracy Alloway (A mark-to-market history lesson, 13/3/2009), os membros do partido Republicano dos EUA são contrários a marcação a mercado e afirmam que:

Marcação a mercado (valor justo) é a maior causa do desastre financeiro atual. Ele acelerou o declínio do valor do ativo. (...) Ironicamente, a marcação a mercado não é nova. Desde 1930, contadores e reguladores bancários reconheceram a fraqueza inerente da contabilidade marcada a mercado. Datando de 1938, o Federal Reserve recomendou que os princípios contábeis fossem revistos. Presidente Franklin Delano Roosevelt (FDR) usou este conselho e rapidamente repeliu a marcação a mercado.

(...) O Financial Accounting Standards Board (FASB) reintroduziu caprichosamente a marcação a Mercado em 2007 no esforço de crier mais transparencia.


Aqui um hiperlink sobre a marcação durante o governo FDR.

Fonte: aqui

Previsão pela multidão

Sobre o uso do mercado para o processo de previsão, a revista The Economist, em An uncertain future (28/2/2009) discute alguns dos problemas de sua utilização.

No livro O Poder das Multidões, Howe faz uma defesa deste uso. O mesmo ocorre na obra Sabedoria das Multidões, de Surowiecki).

A constatação da revista é que o método não é mainstream dentro das ferramentas gerenciais, apesar das notícias de acurácia. Alguns acreditam que a técnica é complementar a outras existentes na previsão, mas não substitutos. Outras questões estão vinculadas a implantação da metodologia, como a inexistência de pessoas suficientes para “negociar” os contratos, inclusive por desinteresse das pessoas. Algumas empresas encorajam as rivalidades internas e outras oferecem pequenos prêmios. Outra razão apontada para os problemas de uso refere-se a dificuldade que o participante tem em ver os resultados e, por isto, a perda de interesse.

Já a dificuldade dos chefes em aceitar que não especialistas façam palpites sobre assuntos de sua responsabilidade também pode ser considerada. O texto conclui que talvez a maneira de saber como encontrar as soluções para os problemas de uso da técnica seja perguntar aos empregados, usando a previsão de mercado.

Salário do segundo homem mais rico do mundo

Warren E. Buffett, o Segundo homem mais rico do mudo, recebeu 175 mil dólares no ultimo ano pela sua empresa, Berkshire Hathaway. O salário anual do Sr. Buffett permanece em 100 mil dólares, o mesmo valor de 25 anos. (...)

Fonte: Aqui

Promovendo a Universidade através do Blog

A Universidade George Mason parece ter desenvolvido uma vantagem comparativa em blogar. A The Economist e a American Spectator fazem a constatação:

THE ECONOMIST -- Compared to other economics departments, George Mason appears to have developed a comparative advantage in blogging. Lots of top departments produce good research and competition for talent (both new professors and graduate students) is fierce. Anecdotally, it sounds as if George Mason may actually be attracting more quality students and faculty because of the higher profile it gained from blogging.

AMERICAN SPECTATOR -- What is clear, though, is that not only does George Mason have a comparative advantage in blogging, but also that it's to everyone's advantage to have these economists sharing their thoughts in an approachable format. In fact, I'm almost tempted to say that I've learned more reading Marginal Revolution, Econlog, Cafe Hayek, and Overcoming Bias than I did getting a degree in economics from a top-20 university. By maintaining these blogs GMU economists have raised the level of discourse with non-economists from basically zero.


Fonte: Aqui

Sinalização

A certificação da Apimec (CNPI - Certificado Nacional do Profissional de Investimento) atingiu em fevereiro de 2009 a quantidade de 1043 profissionais certificados, sendo que 902 já estão registrados na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e aptos a exercer a atividade de analista de valores mobiliários. A Instrução CVM 388 permitiu um período de transição em que o profissional era certificado por experiência, para não travar o mercado. Essa fase foi chamada de "certificação do estoque" e requeria que todos os profissionais já certificados fizessem o enquadramento em conformidade com a instrução, por meio da manutenção de seu cadastro e reafirmando sua adesão ao código de ética. Muitos deles acabaram perdendo sua certificação por não atentarem para a necessidade do enquadramento ou da renovação do cadastro, cuja perda foi considerada irreversível.

Posteriormente, a certificação passou apenas a ser concedida através de exames. De início, a Apimec optou por importar os exames aplicados na Suíça para o programa de certificação do analista internacional, da ACIIA (Association of Certified International Investment Analysts), associação da qual a Apimec é sócia-fundadora.
Como o rigor das provas e do conteúdo programático ser muito amplo, acima dos requerimentos da profissão de analista, a Apimec solicitou e obteve da CVM autorização para flexibilizar a certificação nacional. Para completar o processo, a Apimec fez parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) para a aplicação de exames on-line que podem ser feitos em diversos locais espalhados pelo Brasil. Essa é uma prática também adotada por outras instituições certificadoras, podendo-se destacar a Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), que já atingiu o status de autorregulador na certificação, uma vez que além de certificar, também exerce a supervisão. A Apimec é membro do Conselho de autorregulação da certificação Anbid, o que além de contribuir para a governança da certificação Anbid, é importante para a harmonização das atividades das certificadores, além de trazer a experiência de um processo mais avançado.

O avanço na certificação de analistas
16/3/2009 - Gazeta Mercantil
(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 2)(Lucy Sousa - Presidente da Apimec Nacional (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais))


Será que a forma como está sendo conduzida a certificação dá segurança ao mercado? Certificação on-line pode criar problemas futuros?

18 março 2009

Rir é o melhor remédio

Sua Excelência o Cliente!

No aeroporto o pessoal estava na sala de espera aguardando a chamada para embarcar. Nisso aparece o co-piloto, todo uniformizado, de óculos escuros e de bengala branca, tateando pelo caminho. A atendente da companhia o encaminha até o avião e assim que volta, explica que, apesar dele ser cego, é o melhor co-piloto da companhia.

Alguns minutos depois, chega outro funcionário também uniformizado, de óculos escuros, de bengala branca e amparado por duas aeromoças. A atendente mais uma vez informa que, apesar dele ser cego, é o melhor piloto da empresa e, tanto ele quanto o co-piloto fazem a melhor dupla da companhia.

Todos os passageiros embarcam no avião, preocupados com os pilotos. O comandante avisa que o avião vai levantar vôo e começa a correr pela pista, cada vez com mais velocidade.

Todos os passageiros se olham, suando, com muito medo da situação. O avião vai aumentando a velocidade e nada de levantar vôo. A pista está quase acabando e nada do avião sair do chão. Todos começam ficar cada vez mais preocupados.

O avião correndo e a pista acabando. O desespero toma conta de todo mundo.

Começa uma gritaria histérica no avião. Nesse exato momento o avião decola, ganhando o céu e subindo suavemente.

O piloto vira para o co-piloto e diz:

-Se algum dia o pessoal não gritar, a gente tá ferrado !

MORAL DA HISTÓRIA:

OUVIR OS CLIENTES É FUNDAMENTAL!!!


Enviado por Matias

Links

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Como escrever um artigo

Por que os testes não paramétricos não são populares?]

Liquidez: diferentes significados

EBITDA Lucro Antes de Juros, Depreciação e Enrolação: Caso GE

Sobre a validade das Normas Internacionais para as PME

CVM coloca em audiência pública minuta de instrução sobre a obrigatoriedade de envio pelas companhias abertas das suas escriturações mercantis ao Sistema Público de Escrituração Digital – SPED


O seguro do patrimônio da Petrobras

Celular contribuiu para redução do consumo de cigarros

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Pesquisa

Na última pesquisa foi perguntado se o leitor do blog olha as demonstrações contábeis da empresa quando compra um automóvel. Sendo um investimento de elevado valor, com vida útil prolongada, seria de esperar que a decisão fosse tomada com cuidado, após muita pesquisa. Para um público leitor do blog, de Contabilidade Financeira, também seria razoável que o mesmo olhasse qual a situação financeira da empresa. Em especial numa situação atual, onde a possibilidade de continuidade é questionável. Entretanto, a grande maioria disse não (18 respostas) ou afirmou que “acompanha as notícias” (12 respostas), o que é um termo, propositalmente muito vago. (Dois leitores afirmaram que olham as demonstrações)

Isto é interessante já que queremos sempre destacar a relevância da contabilidade para o usuário. Além disto, tem sido continuamente defendido no Brasil a necessidade de que as grandes empresas fechadas, incluindo aqui as multinacionais montadoras de automóveis, publiquem suas demonstrações. Mas será mesmo relevante?

Uso de Probabilidade

Uma leitora pergunta : “Oi, gostaria que o sr. citacesse duas situações dentro da contabilidade em que a probabilidade seja considerada indispensável, aguardo sua resposta,”

Pensei em duas situações realmente relevantes.

A primeira, a estimativa da provisão para devedores duvidosos, onde se faz necessário ter uma estimativa da probabilidade default por parte dos clientes.

Uma outra situação é a estimativa do passivo atuarial da empresa. É necessário estimar, por exemplo, qual a probabilidade da estimativa de vida do funcionário/aposentado para determinar o tamanho do passivo.

Destino do Lucro

Questão interessante feita pelo Alvaro Caldas: “como fica a área de “utilização (destinação) do lucro líquido” (SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997, p. 17) como sendo uma das problemáticas da Administração Financeira? Este problema ainda persiste ou é agora seguido com as possibilidades da Lei 11.638, que alterou a Lei das S/A”

A Lei 11.638 acabou com a conta de Lucros Acumulados. Em minha opinião o problema ainda continua por duas razões. Em primeiro lugar, ainda existem dúvidas sobre a aplicabilidade da Lei para todos os tipos de entidade, em especial as PME, que representam a maioria das entidades. Mas este talvez não seja o melhor ponto da questão. Destaco que apesar do fim da conta de Lucros Acumulados, (1) nada impede que a empresa “acumule” lucros durante o exercício e somente decida sua destinação no final do exercício social. Ou seja, a conta de lucros acumulados poderia continuar existindo ao longo do exercício, para fins internos; (2) a empresa ainda tem que decidir se os lucros irão compor o capital, as reservas ou serão distribuídos. A questão da utilização do lucro líquido, apontada por Sanvicente, está mais próxima de uma das três decisões financeiras: distribuição de dividendos. Esta decisão ainda continua existindo

Espírito Animal

Num artigo recente (A failure to control the animal spirits, Financial Times, 9/3/2009), Robert Shiller, autor famoso da Exuberancia Irracional, faz comentários sobre seu livro mais recente, escrito em parceria com o Nobel de Economia George Akerlof (comprei o livro, mas ainda não terminei de ler).

A idéia é expandir o conceito de Keynes para literatura econômica, em especial a psicologia e economia comportamental.

For example, social psychologists, notably Roger Schank and Robert Abelson, have shown how much stories and storytelling, especially human-interest stories, motivate much of human behaviour. These stories can count for much more than abstract calculation. People's economic moods are largely based on the stories that people tell themselves and tell each other that are related to the economy. (…)

Outro argumento na discussão IFRS x US GAAP

Tenho acompanhado de perto do blog de David Albrecht, que apresenta sempre uma visão crítica da adoção da IFRS nos EUA. Numa postagem recente, Albrecht, em minha opinião, apresentou um argumento pouco convincente.

Para David, para montar um sistema financeiro global é necessário a livre circulação de capitais e, como conseqüência, regras entre os países que sejam razoavelmente equivalentes. Isto inclui a adoção de uma norma contábil única, a IFRS. Entretanto, para David Albrecht, o capital de uma nação deveria ser considerado um recurso estratégico, como um mineral precioso ou as armas do exército. Finalizando seu raciocínio, Albrecht argumenta que:

A minha conclusão é que se você acredita que o capital pode ser considerado um recurso nacional, então você deve apoiar a manutenção do US GAAP. Se você acredita no fluxo livre de capital, então você apóia a IFRS para os EUA.

Lições de Madoff


Uma lição que as pessoas e fundações provavelmente irão tomar com o escândalo Madoff é que em adição a diversificação das suas carteirs entre muitos investimentos (ações, bônus, títulos e caixa) eles também devem diversificar seus investimento entre muitos conselheiros. [mas] isto torna a tarefa de administrar carteiras muito mais difícil e muito menos eficiente. (...)

Outra lição que eu pensão que nós iremos adotar é começar a pesquisar com mais vigor as maçãs podres. (...)

Em nossa pesquisa sobre desonestidade, nos encontramos que quando nós damos as pessoas oportunidade para trambicar, muitas delas trambicam um pouquinho e algumas poucas pessoas fazem muito trambique.


3 irrational lessons from the Bernie Madoff scandal – 13/3/2009

Conselhos

(...) Essa é uma das principais indicações de um estudo preparado pelo pesquisador Wesley Mendes, da Universidade Mackenzie. O levantamento, que valeu ao especialista o prêmio de revelação em finanças do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), considerava inicialmente a composição dos conselhos de 90 empresas que estavam listadas no Novo Mercado, em 2007. E, mais recentemente, incorporou a composição dos conselhos de administração de 403 empresas de capital aberto listadas na BM&F Bovespa.

Um dos pontos que mais que mais chama a atenção no mapeamento, obtido com exclusividade pela Gazeta Mercantil, é a grande concentração de cargos em um número limitado de conselheiros. Trata-se de um grupo de 19 executivos. Geralmente com passagens de destaque na administração federal, ocupam diversos assentos em companhias distintas. Isso, mesmo em um mercado no qual mais de 83% dos conselheiros têm presença em apenas uma empresa de capital aberto.

A lista dos mais influentes conselheiros de administração do País é puxada por Mailson da Nóbrega. O ex-ministro da Fazenda compunha em 2007 o conselho de oito companhias listadas: Abyara, Rodobens, Portobello, Grendene, Arteb, TIM, CSU CardSystem e Banco Pine. "Uma das funções dos conselheiros independentes é a de emprestar seu status para que as companhias acessem recursos do mercado. Isso é muito considerado em empresas que têm em seus conselhos figuras de grande prestígio e trânsito no mercado financeiro e no meio político", diz o pesquisador.

Para Mendes, o fato de um grupo de conselheiros ocupar diversos assentos em diferentes empresas simultaneamente não é um problema em si. Pode significar riscos e vantagens. "A situação traz implícita uma relação de confiança entre as empresas que partilham conselheiros. Há a crença na capacidade que eles têm de transitar no mercado e agregar valor. Pelo lado ruim, há o fato de que coesão demais traz pouca variedade de ideias e pensamentos."

Para Alexandre de Micelli, coordenador do Centro de estudos em Governança Corporativa da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), ter conselheiros em comum pode significar a transferência não apenas de status, mas de problemas. "O conselheiro pode trazer os vícios da estrutura de governança corporativa de uma companhia para outra", critica.

Outra questão que deve ganhar espaço na agenda local de governança é a forma como é composta a remuneração dos administradores das empresas. O objetivo é saber se os valores recebidos são fixos ou têm componentes variáveis. "O relevante da questão é entender que os conselheiros não devem condicionar seu trabalho a questões de curto prazo", diz a coordenadora do núcleo de governança corporativa da Dom Cabral, Elismar Álvares.

Para além da geração de possíveis sinergias, é possível que haja o tráfego de informações entre conselheiros que estão em diversas companhias. "Há uma linha estreita, o que pode significar o uso de informações sigilosas", alerta César Amendolara, sócio do Velloza, Girotto e Lindenbojm. "Esse assunto pode ser estudado na revisão do Novo Mercado."

Grupo de notáveis concentra conselhos
Gazeta Mercantil – 13/3/2009
Finanças & Mercados - Pág. 1)(Luciano Feltrin)


O mistério é a presença do PIOR ministro da fazendo que o país já teve nos conselhos. Qual a razão?

Provisão para tempos ruins 2

A ideia é eliminar o caráter pró-cíclico da atual regulação bancária. Isso faz com que, nos momentos de grande crescimento do crédito, os lucros também cresçam e a alavancagem aumente. Quando é o contrário, os bancos quase deixam de emprestar, como atualmente.

Assim, uma questão em discussão pelos principais bancos centrais é levar os bancos a criar provisões nos períodos de expansão para utilizá-las nos períodos de contração.
(...) Outra questão em debate tem sido a definição do valor de risco de cada operação. A ideia é ter o ciclo econômico completo para avaliar o risco, não apenas pelo período em que ele é menor.

A padronização maior da contabilidade e fiscalização das operações internacionais estão na ordem do dia. Um exemplo são as operações de derivativos de subsidiárias de empresas brasileiras com bancos no exterior que não eram registradas no Brasil. (AM)

Comitê alega momento de estresse e retarda a elevação de capital mínimo
13/3/2009
Valor Econômico

Como avaliar em períodos de crise?

Sabemos que a forma mais adequada para fazer uma avaliação de uma empresa é estimar o fluxo de caixa futuro e trazer a valor presente a partir de uma taxa de desconto que reflita de forma apropriada o risco. Mas o que acontece com o modelo em tempos de crise?

Em primeiro lugar, provavelmente a estimativa do fluxo de caixa futuro tende a ser mais conservadora, seja pelo comportamento previsto da empresa e da economia, seja por aspectos pessoais dos avaliadores. Ou seja, a crise deveria fazer com que os pareceres de avaliação fossem revistos e adequados as novas projeções.

O segundo aspecto é mais curioso e ocorre com a taxa de desconto. Aparentemente o risco está mais elevado. Mas os modelos usados conseguem captar este fato? Considere o modelo do CAPM, que apesar de muito criticado serve como base para muito laudo de avaliação. Por este modelo, a taxa de desconto do fluxo de caixa dos acionistas depende da taxa de juros sem risco, do retorno do mercado e do risco do investimento, mensurado pelo Beta. Como uma das medidas dos governos é a redução na taxa de juros dos seus títulos (que são usadas para medir o retorno do título sem risco), a medida de política econômica tende, a princípio, reduzir a taxa de desconto. E reduzindo a taxa de desconto temos um aumento no valor da empresa. Além disto, o período de euforia terminou e com ele a projeção de crescimento continuado do mercado. A segunda variável – o retorno do mercado – tende a reduzir, o que pode diminuir da taxa de desconto e, novamente, aumentar o valor da empresa. Finalmente sobra a terceira variável do modelo, o risco do investimento ou beta. Entretanto, o modelo do CAPM tem como premissa que a soma dos betas é igual a unidade. Ou seja, a princípio uma crise financeira não afeta o risco.

Mas a análise não é tão simples. Propositalmente falamos do fluxo de caixa dos acionistas. Em situações de crise existe uma tendência a aumentar o custo do financiamento. Aqui podemos ter um efeito, decorrente do aumento do custo do capital de terceiros.

Em resumo temos que a avaliação de uma empresa depende de duas variáveis: o fluxo de caixa e a taxa de desconto. Na crise, o fluxo de caixa previsto tende a reduzir, mas pode ser que o efeito na taxa de desconto seja uma redução. Com isto, não necessariamente os modelos de avaliação consigam traduzir os efeitos da crise sobre os números dos analistas.

Existe outro fator relevante que é o aumento considerável na probabilidade de falência ou concordata, o que afeta muito os valores. (Mas o modelo do CAPM novamente não é bom em captar isto, pois geralmente são construídos a partir de uma amostra de empresas sobreviventes. Isto é chamado de viés de sobrevivência, já que não considera a possibilidade de problemas com as empresas).

Uma alternativa possível é usar o modelo de forma geral e considerar ao final uma probabilidade de sobrevivência. Seria algo parecido com o que Gitman denomina de equivalente certeza. Murphy, em How do you value British banks? (9/3/2009) usa este modelo para os bancos britânicos. Talvez seja uma alternative. Talvez.