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06 março 2009

Relatórios Trimestrais e Crise

O artigo a seguir faz um ataque aos relatórios trimestrais, usando como exemplo o Japão e a Ásia:

Maldição trimestral assola os mercados
William Pesek – 2/3/2009 - Valor Econômico

(...)
A americanização do Japão tem sido um objetivo dos Estados Unidos por décadas. (...) Há indícios de que as autoridades dos EUA estejam recebendo o que queriam, e isso não é necessariamente uma coisa boa. (...)

Não é divertido ser uma empresa de capital aberto nos nossos dias - não com as economias desabando e os mercados de crédito paralisados. Os acionistas estão exigindo ação dos executivos do alto escalão e, portanto, eles estão recorrendo a cortes de pessoal. A motivação para estas iniciativas parece bastante clara: o próximo balancete trimestral.

Pode ter chegado a hora de abolir este extremamente apreciado pilar do capitalismo ao estilo americano.

Uma das semelhanças existentes entre as explosões da Enron e do Lehman Brothers é o pensamento de curtíssimo prazo e os bizarros modelos de remuneração. O sistema dos EUA agora em frangalhos estimulou a contabilidade criativa, como: exagerar no valor dos ativos; diminuir a importância dos riscos e ocultar o que não se consegue explicar fora do balanço patrimonial.

Se os executivos não precisassem impressionar os investidores a cada poucos meses, estariam menos inclinados a assumir riscos extremos ou a cozinhar os números. Longe de resultar em menos transparência, um mundo sem dramas trimestrais poderia estimular rendimentos mais regulares e menos orgulho financeiro arrogante.

Qualquer pessoa que quiser deitar os olhos nessa linha de pensamento desejará ler "The Smartest Guys in the Room" (os mais espertos da sala), o livro de 2003 de Bethany McLean e Peter Elkind sobre o desaparecimento da Enron. Seu relato sobre os procedimentos de fritura pesada da contabilidade corporativa é valioso como nunca, nesse momento em que Wall Street arde.

Até executivos que não estão se envolvendo com fraude podem deixar as pressões dos demonstrativos de resultados trimestrais distorcerem o seu modo de pensar.

O Japão começou a exigir que todas as empresas registradas em bolsa informassem trimestralmente os seus resultados em 2003. Agora os executivos podem estar tomando providências contraproducentes que lamentarão em mais cinco anos. NEC, Nissan, Panasonic e outras estão ajudando a alarmar os consumidores, induzindo-os a uma hibernação plurianual. Em vez de gastarem mais, os 127 milhões de habitantes do país pouparão mais agressivamente.

(...) Grandes coisas podem advir de empresas que aderirem mais a padrões internacionais e acolherem positivamente o investimento estrangeiro. Maior diversidade internacional nos gabinetes dos diretores das corporações e entre os grandes acionistas poderia sacudir o Japão S.A. para melhor.

Num mundo perfeito, apresentar relatórios a cada poucos meses força a responsabilidade e a transparência, mas isso joga desproporcionalmente o enfoque num período de 90 dias, à custa do quadro mais amplo.

Hong Kong, por exemplo, quer instituir relatórios trimestrais para substituir o sistema semestral atual. É o caso de se questionar se é benéfico ter executivos na nona maior economia da Ásia sendo constantemente distraídos pelo placar.

Informes semestrais - ou até anuais - podem criar um ambiente mais estável. À medida que os executivos fortalecerem as lacunas com atualizações confiáveis aqui e acolá sobre rentabilidade e riscos, haverá menos enfoque direto sobre preços de ações.

Os investidores poderão recompensar empresas que voluntariamente oferecem análises aprofundadas reais sobre sua saúde, em contraponto às que não o fazem. Se a realidade a cada seis a 12 meses não combinar com a informação, as ações seriam castigadas. Falemos sobre deixar os mercados livres funcionarem.

A Ásia precisa se abrir mais ao mundo financeiro ao seu redor. Os comunicados recentes sobre demissões nos levam a perguntar se o Japão estaria aprendendo as lições erradas com o Ocidente.

Observe que existe uma crítica interessante a adoção das normas internacionais. Convergir para único padrão implica em reduzir a criatividade dos mercados locais.

Reversão a média

Thomas H. Forester conseguiu de alguma maneira ser o único dentre os 8.200 administradores de fundos de ações nos Estados Unidos a apresentar um ganho em 2008.

Esses fundos tiveram, em média, uma perda de 39%, enquanto o fundo Forester Value terminou o ano positivo em 0,4% - um ganho pequeno, mas um ganho.

Seu sucesso não passou despercebido, O Forester Value aumentou US$ 20 milhões nos últimos dois meses, enquanto os fundos mútuos americanos como um todo, que mexem com US$ 9,6 trilhões, enfrentam saques recordes.

Forester, contudo, está ansiosos para provar a vitória foi mais uma jogada de gênio que um golpe de sorte.

Fonte: Valor Econômico via
Conjuntura Contábil



Quando um investidor consegue um resultado inesperado, o normal é que no ano seguinte o resultado volte ao padrão. Isto significa “reversão a média”

Continuidade e seus efeitos

Este é o tempo do ano: o momento em que os auditores são exigidos para oferecer sua perspectiva sobre a saúde das empresas, que é conhecida como going-concern opinion (opinião sobre a continuidade). (...) Uma opinião questionando a continuidade pode afetar os contratos com emprestadores e conduzir a falência. Um especialista em problemas com crédito, Martin Fridson da Fridson Investment Advisors, estima que taxa de default pode aumentar em 15 por cento nos próximos meses.

‘Going Concern’ Season Brings New Risks - 27/2/2009 – New York Times. Aqui um texto mais completo

Contabilidade e ciclo econômico

Veja que interessante:

Wittenstein tinha se planejado para recessão com um sistema contábil para horas trabalhadas. Nos anos passados seus 1350 empregados fizeram um grande acordo de hora extra, que eles não eram pagos mas registrados como crédito em “conta de trabalho”. Agora que a demanda está em queda – Sr. Wittensteins diz que as ordens cairam em mais de 30 por cento em novembro e dezembro – eles trabalham poucas horas mas ainda recebem o mesmo salário.

Credit in Germany's jobs bank - Schaefer, Daniel - 26/2/2009 - Financial Times - London Ed1 - 12

Ou seja, durante o período de crescimento, as horas extras eram realizadas, mas não pagas. Isto criava uma obrigação para a empresa num banco de trabalho. Agora, na recessão, reduz o valor deste passivo, mas o trabalhador continua a receber o mesmo salário.

Teste #31

Um aluno estava pesquisando na internet sobre Buchhaltung. O que significa isto e em que língua este aluno estava pesquisando. Em sueco corresponde a Redovisning

Resposta do Anterior: IOSCO, que é corresponde a reunião dos reguladores do mercado mobiliário

05 março 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #30

Você deve encontrar uma palavra, com seis letras, usando a tabela de equivalência abaixo (o valor da letra corresponde a ordem do alfabeto) e com as seguintes pistas:

1. A soma das letras é igual a 61
2. É uma palavra com cinco letras
3. Somente a terceira letra não é múltiplo de 3, mas é um número primo
4. A soma da segunda e quarta letra é múltiplo de cinco
5. Duas letras são iguais



Resposta do Anterior

Marcação a mercado

Marcação de ativos se adapta ao cenário volátil
27 February 2009
Valor Econômico

Agilidade para capturar as mudanças de mercado é o principal objetivo da nova versão das diretrizes de marcação de ativos em fundos de investimento, que acaba de ser divulgada pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), na visão de executivos. "A iniciativa do Conselho de Autorregulação da Anbid visa adequar a metodologia de marcação ao momento atual de mercado, mais volátil", afirma Alberto Elias, diretor da BNY Mellon Serviços Financeiros, uma dos principais administradoras de fundos do Brasil, com mais de R$ 50 bilhões em ativos.

Tanto é que esta é a primeira vez que o documento estabelece um prazo para o uso de cotação de ativos junto ao mercado, de no máximo 15 dias, para o caso de operações de renda fixa privada, acrescenta o superintendente de precificação da BNY Mellon, Sérgio Battaglia. "Todo dia é preciso fazer a atualização dos preços dos ativos, mas a nova versão diz que não se deve usar taxas coletadas há mais de 15 dias."
O documento recomenda ainda o uso como parâmetro para a marcação dos ativos, sempre que possível, de taxas e preços divulgados pela Associação Nacional das Instituições de Mercado Aberto (Andima) ou pelas bolsas. Todo o esforço, continua Battaglia, é para se chegar mais perto do valor justo do ativo diariamente e, com isso, evitar a transferência de riqueza entre os diversos cotistas de um mesmo fundo de investimento. (...)

04 março 2009

Rir é o melhor remédio


O cartoon abaixo é irônico com a questão do consumo de drogas (lembra o Brasil, não?). De um lado da fronteira, o consumidor, admirando a qualidade do produto. De outro, com o chão vermelho, o lado mexicano, onde existe a violência do cartel.

Fonte: Aqui

Teste #29

Grau de dificuldade: **

Descubra uma palavra na figura abaixo. Ela começa com a letra “I” do centro da figura e está no plural. Você deve seguir as linhas e nunca deve passar por uma letra duas vezes. Obviamente que são 17 letras e a palavra possui 17 letras.


Resposta do Anterior

Links


Pintura no corpo

Resultados de uma pesquisa realizada com investidores, analistas e executivos sobre a IFRS pela KPMG

Sobre o teste de stress para os bancos estudunidenses

Cartões de visitas criativos

Turismo hospitalar

Os custos elevados da medicina de alguns países deu origem ao turismo hospitalar. Neste caso o doente visita outro país e aproveita para fazer o tratamento. O turismo hospitalar é uma fonte de entrada de recursos em moeda forte para alguns países, mas pode sobrecarregar o sistema.

A seguir uma relação dos 10 melhores países em turismo hospitalar:

10. Lituânia
9 . Turquia
8 . Índia
7 . Israel
6 . Costa Rica
5 . Hungria
4 . Egito
3 . Africa do Sul
2 . Malasia
1 . Indonésia