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12 junho 2014

Curso de Contabilidade Básica: Ativos Financeiros mensurados a valor justo

É muito comum nas empresas que a grande maioria dos ativos esteve concentrada em duas ou três contas. Nestas situações, o usuário deve tomar um cuidado redobrado com estes itens e com aqueles índices onde estas contas aparecem. E se uma conta representar 80% do ativo? Neste caso, o cuidado deve ainda ser maior.

Esta é a situação da Multiplus. No último balanço, o valor de “ativos financeiros mensurados ao valor justo” foi de 1,25 bilhão para um ativo de 1,54 bilhão. Isto representa 81% do ativo (em 2012 era 65%):

Observe o leitor que ao lado do nome da conta tem uma indicação de uma nota explicativa. Diante da elevada percentagem é quase obrigatório à leitura desta nota. Vamos ao seu texto:

Esta parte inicial é para mostrar como são calculados os instrumentos financeiros. No nível 1 estão os instrumentos que possuem mercados ativos e seu valor é fácil de identificar. No nível 3 são os ativos que são estimados de maneira mais “precária”. Assim, devemos ficar mais tranquilos com a mensuração do nível 1, mas não tão tranquilos com o nível 3. A empresa informa qual a parcela de ativos estão em cada nível através de uma tabela. Destacamos os valores do final de 2013:

É possível notar que a esmagadora maioria são investimentos do nível 1, ou seja, aqueles onde é fácil fazer a estimativa. Mas o que seriam os “fundos de investimento restrito”. A própria tabela informa que são “aplicações em títulos públicos, privados e CDBs”. Só isto. 80% do ativo de uma empresa aplicados num ativo sem muita informação.
A empresa, neste caso, deveria detalhar qual a parcela aplicada em cada um destes itens. Mais recentemente, no primeiro trimestre de 2014, a empresa apresentou a seguinte informação sobre estes ativos (que representam ainda 80% do ativo):


Melhorou? Honestamente não.


Frase

Cada vez que você ver a palavra EBITDA substitua pelas palavras "bulls*it earnings´

Charlie Munger - Fonte: Aqui

Mais sobre cotas e educação

“Nada tão permanente como um programa temporário de governo”, dizia Milton Friedman. Duas piadas de mau gosto são repetidas há anos quando o assunto é cotas raciais: que se trata de uma medida temporária para combater injustiças históricas, e que se limitarão à ajuda básica para nivelar as oportunidades.

Qual governante vai ter a coragem de retirar um privilégio concedido a um grupo organizado? Nenhum. A medida será permanente, segregando o país entre “negros” e “brancos” para sempre. E quem disse que as cotas ficarão restritas ao apoio básico para igualar oportunidades? Nada disso. O governo vai arrombar cada vez mais espaços para estender tais privilégios, pois quando se dá a mão, logo se pede o braço todo.

Primeiro, cotas para universidades, pois o ensino básico é ruim. Não resolvem nada? Os universitários cotistas saem sem condições de igualdade para participar de concursos? Então cotas para concursos públicos! De quanto? 20%. Por quanto tempo? 10 anos. As piadas sem graça…

O Frei David Santos, da ONG Educafro, um dos grandes defensores das cotas para concursos públicos, a ponto de ter sido convidado pela presidente Dilma para a assinatura da medida, agora já começa a criticar a regra. Os 20% são muito pouco, diz ele. Tem que ser 35%! E quem vai julgar? 

Pode haver abuso. É preciso, portanto, criar um “tribunal racial” para verificar quem é negro mesmo: Se não tivermos uma fiscalização no critério da autodeclaração, haverá uma enxurrada de processos. Essa lei precisa ser emendada logo. Em um mundo ideal, onde todos agissem de boa-fé, não precisaria haver comissão. Não é o caso.

Fiscalizadores da raça! Eis o que essa gente vai instaurar no Brasil, e que remete aos tempos nazistas. Teremos um tribunal cobrando provas dos ancestrais? Teremos burocratas comparando fenótipos e determinando quem pode ser visto como negro, em um país miscigenado em que 40% se declara pardo?

Seria o caso de perguntar, como quem não quer nada: por acaso o próprio Frei David Santos passaria por esse critério subjetivo? Não esqueço de um Fórum da Liberdade em Porto Alegre, em que ele defendia as cotas para negros, enquanto o outro palestrante, Franklin Cudjoe, africano de Gana e realmente negro, com pele bem mais escura do que o frei mulato, atacava com veemência a medida que segrega a única raça existente, a humana, em dois grupos distintos. O contraste era digno de uma propaganda da Benetton…

Rodrigo Constantino

Perfil de Sucesso: Simon Pitel

Hoje eu orgulhosamente vou puxar sardinha para alguém sensacional. Um exemplo para quem quer se aventurar no mundo dos negócios heim. Além de gerenciar o histórico restaurante Roma, o Simon Pitel é Cidadão Honorário de Brasília!

Repostando uma publicação do Eu Estudante, CorreioWeb: "Perfis de Sucesso", por Mariana Niederauer

Tudo pelo freguês
À frente do restaurante Roma, uma tradição da W3 Sul, empresário recebe de 4 a 5 mil clientes por mês

 (Ana Rayssa/Esp. CB/D.A Press)

O belga Simon Pitel chegou a Brasília em 1958. Jovem, ele fez de tudo um pouco para se sustentar na capital que nem havia sido inaugurada. Trabalhou como camelô durante dois meses e chegou a abrir a própria loja de roupas, no Núcleo Bandeirante — que na época ainda se chamava Cidade Livre. Mas foi em março de 1964 que ele investiu no empreendimento que marcaria sua vida: comprou, do italiano Luigi Brandi, o restaurante Roma. Cinquenta anos depois, Simon continua no comando da casa mais tradicional da W3. “Hoje, o Roma é um hobby para mim. Tenho muito amor pelo local”, conta.

Carinho que é compartilhado pelos brasilienses também, e graças a uma das escolhas mais difíceis que o empresário precisou tomar à frente do estabelecimento. O Roma foi inaugurado dias antes da capital, em 15 de abril de 1960 e, por volta da década de 1970, ainda era das poucas opções de gastronomia da cidade. Por isso, passou a receber visitas de ministros, deputados e senadores. “O Roma nunca foi um restaurante de classe alta, sempre foi três estrelas. Então, ou eu subia de categoria ou eles desciam a escada. Eu fui obrigado a optar”, conta.

O empresário decidiu manter as características originais do restaurante e não se arrependeu. “Acho que fiz uma boa escolha, pois mantive a minha freguesia, que é muito mais ampla. Hoje, estou sobrevivendo razoavelmente bem em uma W3 deserta por conta dessa aposta e da tradição que eu criei”, orgulha-se. E a tradição, para ele, não se resume aos arcos da fachada, ao bar da entrada ou aos dois salões que completam o espaço. Os principais componentes, na opinião do dono, são a qualidade da comida, o respeito ao consumidor e a fartura: um casal que vai ao Roma gasta, em média, R$ 100 na refeição, pois o prato permite que duas pessoas comam, e tudo isso com o mesmo custo operacional.

Os cerca de 30 funcionários do estabelecimento têm tempo médio de 15 a 20 anos de casa e atendem de 4 a 5 mil clientes por mês, principalmente nos fins de semana. Para Simon, que nunca havia visitado um restaurante pela cozinha antes de comprar o Roma, um dos principais aprendizados foi justamente saber ouvir e observar o freguês. “É preciso saber se ele come com satisfação, se ele se despede calorosamente. Isso tudo tem um significado. O cliente não tem que agradecer, porque não faço mais do que a minha obrigação, mas se, mesmo assim, ele agradece, é sinal de que fizemos algo certo.”

Aprendizado
Simon chegou a ter três restaurantes à la carte na W3 e ainda criou uma rede de fast-food com sete lojas, o King’s Burguer. Hoje, ele mantém apenas o Roma e avalia que a expansão não foi a melhor opção. “Eu devia ter planejado melhor e ter criado um capital de reserva maior. A expansão precisa ser feita com investimento próprio”, sugere.

Outra dica do empresário para quem pretende ter o próprio negócio é ponderar muito a decisão, pois não é fácil abrir ou manter um restaurante na cidade, em razão do investimento necessário. No início, ele lembra que a situação era bem diferente e que as pessoas confiavam umas nas outras em Brasília. Bastava boa vontade para abrir um negócio. “Tivemos o privilégio de ser pioneiros e, como a cidade era pequena, não precisávamos lidar com grandes investimentos.”

11 junho 2014

Rir é o melhor remédio


Curso de Contabilidade Básica: Observando o fluxo de caixa ao longo do tempo

A Demonstração dos Fluxos de Caixa está classificada em três grandes grupos: o caixa oriundo das atividades operacionais mostra se a empresa está conseguindo obter recursos com os seus ativos; o caixa de financiamento apresenta a relação com aqueles que fornecem os recursos financeiros para a empresa; e o caixa de investimento mostra as aplicações em máquinas, equipamentos, terrenos etc. No longo prazo, o caixa das atividades operacionais deve ser positivo e os dois outros grupos podem apresentar variação conforme as decisões tomadas pelos gestores da empresa.

Vamos mostrar o exemplo da Multiplus. Esta empresa apresenta uma receita de quase dois bilhões de reais vendendo pontos de programa de fidelidade. A figura a seguir apresenta os valos da DFC de 2010 até o primeiro trimestre de 2014.

A linha azul mostra o Fluxo de Caixa das Operações. Durante todo o período o seu valor foi positivo, exceto no primeiro trimestre de 2010, no terceiro trimestre de 2011 (um valor reduzido) e no primeiro trimestre de 2013. O fluxo de caixa de investimento, a linha vermelha, é muito próximo do eixo horizontal, indicando que seus valores são reduzidos. A empresa funciona com menos de duzentos funcionários e seu ativo imobilizado é de 9 milhões somente. Já o fluxo de financiamentos também variou pouco no período com duas importantes exceções: o primeiro trimestre de 2010 e o segundo trimestre de 2011. Vamos olhar para o que ocorreu nestas duas datas. No primeiro trimestre de 2010 a empresa teve aumento de capital em razão da oferta de ações na bolsa de valores. O valor deste aumento foi de quase 700 milhões. Na mesma data, a empresa reduziu os “adiantamentos a fornecedores” em 600 milhões e isto explica o comportamento do fluxo das operações. No segundo trimestre de 2011 a empresa reduziu o seu capital em quase 600 milhões. Esta é uma operação pouco comum de ocorrer e teve efeitos sobre o fluxo de financiamento, com o pagamento a acionistas.

Só para finalizar, no primeiro trimestre de 2013 o fluxo das operações foi negativo em razão da redução dos “adiantamentos a fornecedores”.


Lei de Cotas


A ministra da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse hoje (9) que vai emitir um documento garantindo a interpretação requerida pela lei que dispõe sobre cotas no serviço público, sancionada nesta segunda-feira (9) pela presidenta Dilma Rousseff. O parecer vai permitir, segundo a ministra, que a lei seja aplicada igualmente pelas várias empresas e instituições da administração pública federal, além dos ministérios.

“O que nós fazemos com essa atitude é não subestimar a vontade de setores conservadores de impedir que a lei seja aplicada, ou de desmoralizar o seu processo de aplicação”, disse Luiza Bairros. “Não tenham nenhum temor com relação à possibilidade de que se crie algum tipo de instância que pejorativamente tem sido chamada de tribunal racial”, afirmou. A declaração foi feita em referência à previsão da lei de que o candidato será eliminado do concurso caso seja constatado que declarou de maneira falsa a sua cor.

Segundo a ministra, esse tipo de análise será feito com base em exemplos concretos à medida em que vier à tona, mas há a perspectiva de aproveitar o que já tem sido utilizado pelas universidades, cujas cotas para alunos de escolas públicas preveem que parte das vagas seja destinada aos negros. “O que temos agora é que consultar os ministérios públicos que receberam denúncias apresentadas por alguma pessoa da sociedade [sobre as cotas nas universidades], coletar um pouco das práticas para que essa experiência também seja bem aproveitada no governo federal”, disse.

“Nunca houve no Brasil nenhum questionamento quando se trata de usar pertencimento racial para discriminar negativamente os negros”, afirmou Luiza Bairros, sobre os casos históricos de racismo. “Essa postura de questionar a autodeclaração quando se trata de uma discriminação positiva nada mais é do que a reação de setores, que são residuais, mas que ainda existem na sociedade brasileira, e que querem tumultuar o processo de aplicação dessa medida”, declarou a ministra.

Luiza Bairros negou que seja um contrassenso o fato de o governo federal criar esse tipo de ações afirmativas, sendo que a proporção dos ministros é de pouca participação de negros. Para ela, essa será uma mudança gradual, à medida em que a própria Lei de Cotas no serviço público passe a ser aplicada.  [1]

“Você não chega a um cargo de ministro [2]sem que tenha acumulado, seja do ponto de vista técnico, seja do ponto político-partidário, uma presença que tenha algum peso dentro daquela área que você trabalha”, disse, explicando que esse tipo de contradição se reflete em vários setores da sociedade, onde a maioria das pessoas com cargos elevados é branca.


Da Agência Brasil, via Papo de Concurseiro

[1] Eu reli esse parágrafo várias vezes, incrédula. Não tenho comentários. Só coloquei a marcação para vocês revirarem os olhos novamente. 
[2] Só existe ministro agora! Não votamos em prefeitos-celebridade, deputados semi-analfabetos? Vamos colocar quota para tudo então, já que existe discriminação! Ou então vamos procurar aí uma justificativa plausível que não nos faça sentir mais idiot4s do que já estamos nos sentindo com tudo o quem vem acontecendo...



Homenagem à nata da malandragem




Analisando minha vida de estudante em colégios públicos durante os longos anos de ditadura militar no Brasil, tento não concluir que os militares decretaram suas quedas quando investiram pesado em educação como forma de promover o cantado milagre brasileiro do “este é um Brasil que vai pra frente”. O que os militares não imaginavam era que educando o povo eles estavam fortalecendo os ideais de liberdade e os movimentos sociais, políticos e estudantis, que foram fundamentais na queda do próprio regime em 1985, com Tancredo Neves eleito presidente do Brasil pelo voto indireto.

Diferentemente dos militares golpistas de 64, os novos ditadores sabem que a ignorância adestra, desmotiva e desmobiliza.

A infeliz realidade é que trocamos as baionetas pelas canetas que manipulam a classe política fomentando e implantando a ditadura da ignorância.
De diferente na área de educação nesses 25 anos, somente a tentativa frustrada do professor Darcy Ribeiro, que 1982 a 1986 no governo Leonel Brizola tentou passar a mensagem de que era necessário investir no ensino público de qualidade, principalmente, na base em fortalecimento da cidadania.
Ao invés de investir no ensino público os novos ditadores acenam ao povo com cotas racistas e centros vocacionais erguidos sobre as estruturas das concorrências fraudulentas, dos superfaturamentos escandalosos e da desvalorização e quase desintegração ou derretimento dos profissionais de educação.

Meus professores no regime militar são considerados hoje baluartes do magistério no Brasil.

Hoje tenho amigos envergonhados de dizer que são professores.

Mas, o que o Chico Buarque tem com este comentário?

Nada, o Chico só está meio perdido, desmobilizado, completamente sem motivos para protestar.
Foi-se a inspiração.

Bye Bye Brasil, a última ficha caiu no Brasil do orelhão.

Falta concentração nos estudos?

Tormento para a maioria dos candidatos, a falta de concentração quase nunca é um problema real, que dependa de tratamento. Em geral, a dificuldade é decorrente de questões simples e, felizmente, de fácil solução. O desafio de se concentrar pode ser ainda maior na preparação para concursos, por se tratar de um projeto de médio/longo prazo que, por isso, requer muita disciplina.

três fatores que atrapalham bastante a capacidade de manter o foco no estudo. O primeiro deles são necessidades fisiológicas não satisfeitas: fome, sede, sono, calor etc. De nada adianta iniciar o estudo com outras demandas desviando o foco. O ideal é criar uma organização para que esteja tudo em ordem no horário estabelecido para estudar, mas, em casos imprevistos, é preferível fazer uma pausa, resolver o desconforto e retornar com mais qualidade.

Como encontrar tempo para estudar
Outro fato que costuma comprometer o estudo é a dificuldade de afastar o pensamento de outras tarefas do dia a dia, ou seja, convencer o cérebro de qual é a prioridade do momento. Isso costuma ser solucionado a partir da definição precisa dos horários de estudo (com início e fim) e a distribuição de matérias que serão estudadas a cada dia. É muito útil elaborar um quadro/calendário do mês e ali colocar horários e tarefas de cada dia, não só referentes ao estudo, mas também às outras obrigações, os intervalos, o dia livre.

A partir disso, o candidato pode distribuir as disciplinas a serem estudadas, reservando mais tempo para as mais difíceis e menos para aquelas em que tem mais domínio. O planejamento mensal permite traçar metas de médio prazo – equilibradas e possíveis - e observar o aprofundamento do conhecimento em relação a cada conteúdo/disciplina. A cada mês, o candidato deve reexaminar sua situação diante dos conteúdos a serem estudados e ajustar a programação para o mês seguinte.

Dinamize o estudo
Por fim, um dos principais vilões da concentração, não só no estudo, é a monotonia. Já percebeu como uma conversa arrastada, em que a pessoa fala sempre no mesmo tom de voz, sem gesticular, faz com que a gente imediatamente comece a pensar em outras coisas? O mesmo acontece com o estudo. Se o candidato se limita a ler anotações ou livros, a tendência é que o sono apareça ou, no mínimo, os pensamentos ganhem “vida própria”.

O estudo torna-se bem mais interessante e produtivo quando se adota uma postura ativa diante da tarefa. A leitura da teoria seguida – a cada novo ponto – da resolução de exercícios didáticos com consulta àquele assunto facilita a compreensão e a fixação gradativa dos conteúdos, por causa do manuseio das informações.

É importante lembrar que a memorização ocorre a partir da repetição; então, no caso dos concursos, o candidato deverá retornar ao início de cada matéria diversas vezes, sempre que chegar ao fim dos conteúdos, até a sua aprovação. Assim, naturalmente, as informações ficarão guardadas na memória. Escrever fichas-resumo pode ser uma ajuda para revisões futuras.

Por Lia Salgado

Listas: Os Carros mais Econômicos

Fonte: Aqui

10 junho 2014

Rir é o melhor remédio

Copa do mundo é tempo de aprender geografia. Ou rir dos erros de geografia dos jornalistas. Eis o mapa do periódico L´Equipe:
Notaram o erro?

Curso de Contabilidade Básica: Informações adicionais sobre Empréstimos e Financiamentos

Os empréstimos e financiamentos representam uma fonte inestimável de recursos para as empresas. Mas representa também uma fonte de preocupação: afinal, grandes volumes de passivos onerosos, caso destes itens, aumentam o risco da empresa. Numa empresa, é comum que além das informações sobre os montantes de empréstimos e financiamentos também sejam apresentadas dados adicionais para melhorar a análise do usuário.

Vejamos o caso da Via Varejo, a empresa que abriga duas das marcas mais conhecidas do Brasil, o Ponto Frio e as Casas Bahia. A figura a seguir apresenta o balanço patrimonial trimestral:
 

É possível notar que os recursos de terceiros de curto prazo representam 57% do ativo. Destes, 3,1 bilhões e 0,7 bilhão são de empréstimos e financiamentos, de curto e longo prazo. Isto significa que 29% do ativo são financiados com recursos onerosos de terceiros. Nas notas explicativas da empresa existem algumas informações adicionais que são importantes para uma análise mais aprofundada. Vamos destacar duas delas. A primeira é a movimentação dos empréstimos. Esta pequena tabela mostra o que ocorreu de movimentação para justificar o comportamento dos empréstimos da empresa.

A tabela mostra que a empresa captou 1,2 bilhão de reais de empréstimos. Mas amortizou 1,35 bilhão. A outra informação que destacamos aqui é o cronograma de vencimento de empréstimos e financiamentos classificados como não circulantes.

É possível notar que a maior parte do valor irá vencer em 2015. Ou seja, o passivo não circulante, de “looongoo prazo” não é tão “looongoo” assim. 

Confusão

Stephen Kanitz postou o seguinte no Facebook:

Alguém sabe qual o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil?
Era um dado que eu compilava para Melhores e Maiores, mas que deixaram de publicar, além de dezenas de outros benchmarks administrativos.
Uma pena.


Sentindo atingidos, os atuais responsáveis técnicos da revista fizeram uma resposta bastante pesada, que Claudia Cruz reproduziu no seu blog:

Há quase duas décadas o Administrador Stephen Kanitz cessou de compilar os dados técnicos para a publicação anual Melhores e Maiores, da Revista EXAME, e a continuidade da mesma foi contratada com a FIPECAFI – Fundação de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras, sob responsabilidade direta dos Contadores Professores Ariovaldo dos Santos e Nelson Carvalho.

Recentemente, Kanitz postou comentários não apenas desairosos e ofensivos à qualidade da publicação atual como também aos responsáveis por seu preparo, e cumpre que nos posicionemos perante tal conduta imprópria e pouco ética da parte dele.

Lamentável saber que o Administrador Kanitz, aposentado, continua, exatamente igual quando na ativa, tratando/estudando certas questões com pouca ou nenhuma profundidade. Senão vejamos:

· O Administrador questiona se alguém sabe o total de impostos pagos pelas 500s maiores empresas do Brasil e adiciona que esse era um dado que (ele) compilava para MM e que deixou de ser publicado.

· Pois bem, no tempo em que o questionador/Administrador era responsável por Melhores e Maiores, até 1995, a revista não publicava valores dos impostos. Só passou a publicar a coluna com valores de impostos sobre vendas a partir de 1997, com a compilação de dados técnicos já sob a gestão da FIPECAFI.

· A partir de 2012, na lista das 500 maiores, visando um maior aperfeiçoamento da informação que já vínhamos há anos divulgando após – e apenas após – assumirmos a coordenação técnica da Revista - substituímos a coluna “impostos sobre vendas” pela mais ampla, de “tributos”, mas é provável que o referido Administrador não tenha, mais uma vez, atentado para isso com a profundidade minimamente necessária. Aliás, na página 65 da edição de 2013, até destacamos as 10 empresas que mais pagaram tributos dentre as que examinamos. Cabe esclarecer ao Senhor Administrador que “tributos” incluem impostos e contribuições sobre vendas e lucros, além de outros (veja exemplos listados na página 276 dessa mesma edição).

· O Administrador também afirmou que é triste ver a equipe de Melhores e Maiores comparar valor adicionado com patrimônio e questiona a comparação de fluxo com estoque – esquece o Administrador que o “estoque” Patrimônio é formado, dentre outras origens, por acumulação de “fluxos” de valores adicionados, dentre os quais está o que o jargão contábil consagrado denomina de “lucro”

· Pois é, triste não é comparar valor adicionado com patrimônio (fluxo com estoque), triste é ver que o Administrador esqueceu-se que em Melhores e Maiores de 1995, do tempo que ele compilava, já se calculava, e nós continuamos fazendo isso porque está correto, o giro nos estoques. Isso é o que? Fluxo com fluxo, estoque com estoque ou fluxo com estoque?

· Reiteramos lamentar termos sido vítimas de afirmações gratuitas, incorretas e desprovidas de qualquer conceito técnico/lógico em redes sociais. Devem tais manifestações ser entendidas como incompetência, desonestidade intelectual ou simplesmente má intenção? (Nelson Carvalho e Ariovaldo dos Santos)

Cox ataca a convergência

Chris Cox foi chairman da SEC no início do século. Durante seu período, entre 2005 e 2009, Cox defendeu a ideia da convergência. Recentemente, porém, Cox deu declarações incisivas CONTRA a convergência com o Iasb. Veja trecho da Compliance Week (via aqui):

American capital markets simply can't be served by the international accounting rulemaking process, making it clear that International Financial Reporting Standards won't be adopted in the United States “in our lifetime,” said Chris Cox, former chairman of the Securities and Exchange Commission.

In a candid dissection of the history of the convergence movement and how it derailed, Cox said during a keynote speech at an SEC conference in California last week he's not interested in promoting U.S. adoption of International Financial Reporting Standards in the United States. “Today, I come to bury IFRS, not to praise them,” he said. “The fact is, far too much time has gone by with no meaningful progress. I think we have to fairly conclude that the moment has passed. Full-scale adoption of IFRS in the United States might once have been possible, but it is no longer. This is not a prognosis. It's just a statement of fact.”

Listas: As ligas esportivas com maior público

1. NFL = 68.401
2. Bundesliga (futebol, Alemanha) = 41.914
3. Premier Leauge (futebol, Inglaterra) = 35.903
4. AFL (Austrália) = 32.163
5. MLB (Basebal, EUA) = 30.514
6. CFL (Canadá) = 27.005
7. NPB (Basebal, Japão) = 25.518
8. La Liga (Futebol, Espanha) = 25.464
9. IPL (criquete, Índia) = 23.763
10. Série A (futebol, Itália) = 23.300

Fonte: Aqui

09 junho 2014

Rir é o melhor remédio


Curso de Contabilidade Básica: Quando não entendemos a lógica

Quando aprendemos contabilidade básica são comuns exemplos simples. A vida real é muito complicada, já que uma empresa possui muitas transações. Ao observarmos uma demonstração contábil lidamos com situações que nem sempre conseguimos “explicar”. Isto é bastante comum para o usuário externo.
Vamos mostrar isto com a empresa de logística Vix e seu balanço de 31 de dezembro de 2013. Reproduzimos e destacamos o lado direito do balanço consolidado:

 Veja a conta de “empréstimos e financiamentos”. No curto prazo a empresa dobrou este valor; no longo prazo ocorreu um crescimento perto de 40 milhões de reais (os valores estão em milhares de reais). Se o leitor tiver a curiosidade de somar os itens destacados temos que no final de 2012 o valor de empréstimos e financiamentos, de curto e longo prazo, era de R$475 milhões de reais; um ano depois, o montante chegou a R$593 milhões, um aumento de R$117 milhões, aproximadamente.

Usando novamente dados consolidados, apresentamos para o leitor a demonstração do resultado da mesma empresa:

Como estamos tratando de empréstimos e financiamentos, destacamos uma despesa relacionada com este item do passivo: as despesas financeiras. Observe que ocorreu um aumento, de 57 milhões de reais para 65 milhões.

Continuamos. Agora iremos reproduzir um trecho da demonstração dos fluxos de caixa. Mais especificamente a parte relacionada com os empréstimos. (Para fins didáticos, só reproduzimos um trecho desta demonstração):

Em 2013 a empresa captou 56 milhões de empréstimos e pagou 81 milhões. Ou seja, em termos líquidos, a empresa reduziu seus empréstimos em 25 milhões de reais. Mas pelas contas que fizemos anteriormente ocorreu um aumento de 117 milhões nos empréstimos. O que poderia explicar esta diferença? Uma possível explicação recebe o nome de despesas financeiras. Mas este item foi de 65 milhões. Outra resposta são outros tipos de variações que não influenciam no caixa. Uma destas mudanças são as variações cambiais. Destacamos estas variações na figura acima: 40 milhões (o valor é um pouco diferente já que estão contemplado também os juros. Outro destaque é o fato de que estas variações já estão somadas nas despesas financeiras, conforme a nota explicativa).


Fica o desafio para o leitor tentar uma explicação adicional. Quem se arrisca?

Trabalho tem que dar trabalho

Como todo semestre, solicito aos meus alunos um artigo. Neste semestre não foi diferente. Aprendo muito lendo estes trabalhos, com seus acertos e erros. Em geral os alunos acreditam que as notas dos trabalhos devam ter uma distribuição assimétrica à direita. Mas numa avaliação honesta, as notas de artigos deve ter uma distribuição mais próxima a normal: algumas poucas notas boas, a maioria mediana (entre 4 e 6) e alguns trabalhos ruins.

Um dos aspectos que um avaliador se leva em consideração é se o trabalho “deu trabalho”. Se um artigo usou o exemplo de uma empresa, calculando cinco índices, entre dois anos provavelmente o artigo não “deu trabalho”. Agora imagine um texto que usou muitas empresas, com mais anos, este artigo certamente “deu trabalho”.  É bem verdade que existem artigos onde os autores deixam de valorizar o trabalho que tiveram na pesquisa.

Talvez por este motivo o estudo de caso seja uma opção inadequada em muitos casos. Um estudo de caso deve ser bem escrito e aprofundado. Parece fácil, mas não é. E para que isto seja possível é preciso muito suor.


Voltando a questão dos artigos que estou terminando de corrigir, as minhas notas refletem um pouco a vontade de ler bons trabalhos. Ou a frustação de ler trabalhos não bons. Talvez isto explique por que não sou chamado para participar de comissões examinadoras de trabalhos de conclusão de curso. Menos mal: antes ser conhecido por ler cuidadosamente os trabalhos e valorizar os melhores do que ser o “queridinho” do TCC. 

Evidenciação dos tributos adiada

A Lei 12.741, que prevê a informação do valor aproximado de ICMS, IPI, ISS, PIS/Cofins, IOF e Cide, foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2012 e entraria em vigor a partir de junho do ano passado. O prazo foi prorrogado por um ano e, agora, por mais seis meses.

A fiscalização até o fim de 2014 será "exclusivamente orientadora", de acordo com medida provisória (MP) publicada ontem no Diário Oficial da União. Só a partir do primeiro dia de 2015, poderão ser aplicadas punições, inclusive multas.

A segregação por ente federativo - o quanto de imposto fica com a União, com o governo estadual e a prefeitura - foi estabelecida no decreto, também publicado ontem, que regulamenta a Lei. O Estado apurou que esse ponto foi uma condição da Receita Federal, que era reticente ao modelo que já está sendo usado por algumas empresas porque dá margem à interpretação de que todo o valor recolhido vai para o governo federal. (...)


Fonte: Aqui

Listas: Profissões que mais crescem

Fonte: Estado de S Paulo, 7 de junho de 2014, H5 (a variação de médicos é esta mesma)