O teste do Marshmallow é um dos experimentos mais conhecidos na área comportamental. Para quem não conhece, o vídeo mostra uma reprodução do teste para os dias atuais. Uma criança tem o seguinte desafio: se ele não comer o Marshmallow, em poucos minutos receberá outro. Para isto, a criança precisa resistir a tentação da gula.
O vídeo mostra a reação de diferentes crianças. Algumas não resistiram e comeram logo o doce. Outras tentaram resistir não olhando para o doce ou fazendo outra coisa. A reação das crianças diante da tentação é muito engraçada e isto popularizou o teste. Mas não somente isto. O teste foi aplicado em uma escola pelo psicólogo Walter Mischel, entre 1967 e 1973. Anos depois, Mischel foi verificar o que tinha ocorrido com as crianças. Ele percebeu que as crianças que tinham resistido a comer o doce apresentaram melhor desempenho enquanto adultas. Mischel observou diversos fatores para chegar a esta conclusão, como a riqueza, a posição social, hábitos de alimentação, uso de drogas e outros. A partir da conclusão desta pesquisa, muitos educadores (e pais) começaram a valorizar a importância de resistir à tentação.
Agora um estudo atualizou a pesquisa de Mischel e chegou a resultados diferentes. Neste estudo, a quantidade de tempo que uma criança levou para comer a guloseima não conseguiu prever o comportamento em adulto, conforme pesquisa publicada no Journal of Economic Behavior and Organization. Entre os autores do estudo está Mischel e os ex-alunos dele, Yuichi Shoda e Philip K. Peake. Além deles, David Laibson, Alexandra Steiny Wellsjo e Nicole L. Wilson. Mischel passou cerca de uma década trabalhando neste artigo. Ele contribuiu com as hipóteses do estudo, incluindo aquelas que parecem contradizer as conclusões de seus estudos anteriores. Ele faleceu em 2018, antes de sua conclusão.
Um longo artigo sobre o novo estudo pode ser encontrado aqui