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23 julho 2007

Índia adere as normas internacionais

É o que informa o Financial Express (Financial Express: Indian accounting to go global, 21/07/2007) e o Business Standard ( Indian accounting standards to match global norms by 2011 ; Indian accounting standards will be fully in line with the..., 22/07/2007). O prazo é 1o. de abril de 2011. Esta decisão foi toma pela Institute of Chartered Accountants of India (ICAI) e no início somente as empresas abertas estarão obrigadas. Conforme a reportagem do Financial Express:

Avinash Chander, technical director at, told FE that many of the present accounting standards would be revised as a result of the decision while ICAI will also introduce new ones to be in tune with international standards. For example, the present Accounting Standard 10 (AS10) will be revised and its title will be changed from Accounting for Fixed Assets' to Property, Plant and Equipment', as is there in international standard of IASB. "As part of this revision, companies will have to either go for historical costs for valuing their fixed assets or else choose for a periodic revaluation system, also specifying the periodicity of revaluation that would need to be followed on a mandatory basis," Chander said. He said while companies can still revalue fixed assets like land and buildings, it is presently at their discretion and there is no fixed periodicity attached to the process. Other areas where changes can be expected are on financial instruments, where the ICAI is now planning to incorporate standards on accounting for derivatives like futures, options and swaps.

18 julho 2007

Padronização

Anteriormente usei o teclado do computador para falar sobre padronização contábil (e aqui também). Agora um blog informa que Stan Leibowitz e Stephen Margolis mostram que a superioridade do teclado Dvoark é uma fábula. Mas obviamente que a adoção do teclado QWERTY no Brasil é um exemplo onde a padronização é ruim para o usuário.

10 julho 2007

SEC tenta reduzir complexidade

A SEC lançou um projeto de reduzir a complexidade das demonstrações contábeis. Aqui para ler mais

Auditoria padronizada

Da Agencia Mexicana de Noticias, NOTIMEX:

Estudio mundial revela la estandarización de los auditores internos y su creciente impacto en la dirección de las empresas

AMSTERDAM, PAISES BAJOS -- (MARKET WIRE) -- July 09, 2007 --

Aunque está en varias etapas de madurez en diversas culturas, la práctica del auditor interno se está estandarizando cada vez más alrededor del mundo y se predice que ampliará su función en la dirección y la administración del riesgo de las empresas.

Estos dos importantes hallazgos se encuentran entre los resultados preliminares del estudio mundial más completo que se haya realizado sobre la profesión de auditor interno. Los resultados del estudio, presentados el día de hoy en la convención internacional del Instituto de Auditores Internos (IIA) en Ámsterdam, poblarán el "Cuerpo de conocimientos generales" (CBOK), que será actualizado periódicamente por la Fundación de Investigación de la IIA (IIARF) en respuesta al crecimiento sin precedentes de la profesión. (...)

Entre los resultados centrales del estudio: una mayoría (82%) de los auditores internos están siguiendo (al menos de manera parcial, si no total) las Normas Internacionales para la Práctica Profesional de Auditoría Interna (Normas); los auditores internos trabajarán más en áreas de administración del riesgo y dirección (80% y 63%, respectivamente); y las actividades de auditoría interna son percibidas como efectivas y de valor agregado para sus empresas (media de respuestas superiores a 4, en una escala del 1 al 5).

"Como la actividad de la auditoría interna por lo general es dirigida por un organismo de supervisión como el comité de auditoría del consejo directivo, este alto porcentaje de adherencia a las Normas indica el creciente reconocimiento del valor de la auditoría interna para la buena dirección en el mundo empresarial", dice Roderick Winters, AIC, presidente de la IIARF y auditor general de Microsoft Corporation. "Ahora tenemos una imagen precisa de la profesión dentro de diversas culturas y como un todo, lo que servirá como base para entender cuál será la evolución de la profesión de auditor interno en el futuro, que tendrá un impacto aún mayor en las organizaciones y en sus participantes."

Encargado por la IIARF, el estudio CBOK fue dirigido por 15 investigadores de todo el mundo, en 17 idiomas y con la participación de más de 9.300 auditores internos en 91 países. Se publicará un informe completo en octubre, donde se analizarán con mayor detalle los datos sobre diversas culturas de todo el mundo. El estudio CBOK, que se repetirá cada tres años, ayudará a la IIA a ofrecer orientación actualizada y relevante para la profesión de manera continua.

También se indican los resultados preliminares: la mayoría de las funciones de auditoría interna que ya existen fueron establecidas en los últimos cinco años; hay predominio de leyes y reglamentos que actualmente afectan a la profesión y se espera que se establezcan más en el futuro; las tareas de auditoría interna comúnmente se basan en los mayores riesgos de una empresa; y el análisis de riesgos y habilidades comerciales, la confidencialidad, la objetividad y la ética son atributos fundamentales para los auditores internos.

"La profesión de auditoría interna es auto reglamentada. Por lo tanto, es asombroso que sus practicantes de todo el mundo hayan aceptado y se estén apegando voluntariamente a los principios centrales del profesionalismo de la auditoría interna y reconozcan a nivel mundial las mejores prácticas", dijo Priscilla A. Burnaby, Ph.D., CPC, una de las principales investigadoras del estudio. "Al definir claramente dónde está y hacia dónde se dirige la profesión, el estudio CBOK garantizará que las auditorías internas mantengan su efervescencia y relevancia, y que sigan aportando valor a las empresas y a la sociedad como un todo."

Con más de 140.000 miembros de 165 países, la IIA es voz mundial, líder aceptada, autoridad reconocida y asociación profesional de los auditores internos de todo el mundo. La IIARF crea y difunde recursos diseñados para entender, guiar y dar forma al futuro de la profesión de la auditoría interna.

15 junho 2007

Torre de babel na contabilidade

Segundo reportagem do New York Times de 15/06/2007 a globalização está chegando ao mercado de capitais (A Tower Of Babel In Accounting?, de FLOYD NORRIS). Apesar da facilidade de comprar ações ao redor do mundo, existe ainda dificuldade de comparar as demonstrações financeiras das empresas devido a grande divergência de regulação.

"In a race to the top, countries could seek to assure that their rules are good enough to gain access to the American market, and less burdensome American rules would encourage companies to provide excellent disclosures. In a race to the bottom, companies could seek out the country with the lightest regulation and least investor protection. (...) A decision to accept international accounting standards, without forcing companies to reconcile their books to American rules, would provide a powerful boost for the International Accounting Standards Board, which is based in London."

11 junho 2007

Normas internacionais

Um artigo publicado no Valor de 11/06/2007 sobre normas internacionais. Faz um apanhado geral do processo. Acho que falta ainda uma análise mais crítica sobre a situação do Brasil. Uma questão importante é tentar verificar as razões para que o projeto ainda esteja parado no legislativo.

As normas internacionais de contabilidade

Valor Econômico - 11/06/2007
A contabilidade, embora se utilize de métodos quantitativos (matemática e estatística), é uma ciência social aplicada que, por sua própria definição, sofre larga influência do ambiente em que atua. Aspectos culturais, políticos, históricos, econômicos e sociais influenciam fortemente as práticas contábeis adotadas em cada país.

Estas circunstâncias proporcionam a coexistência de diversos critérios de reconhecimento e mensuração de um mesmo fato, com implicações diversas sobre as demonstrações contábeis. A disparidade é de tal ordem que o lucro poderia ser
diferente, por exemplo, se apurado em países com práticas contábeis distintas.

Apesar destas diferenças, a contabilidade é largamente utilizada no mundo inteiro, principalmente por acionistas, credores e investidores. As demonstrações contábeis têm como objetivo atender às necessidades de seus usuários, contribuindo para a tomada de decisões.

Entre os usuários da contabilidade destacam-se os investidores que buscam oportunidades de ganhos em diferentes mercados. A diversidade entre as várias economias representa uma dificuldade adicional para esses investidores, dada a necessidade de entender as práticas contábeis de cada país e convertê-las para um mesmo padrão.

A convergência das normas internacionais deverá facilitar análises, auxiliar na tomada de decisões e colaborar para a redução do custo de capital e do custo de elaboração de relatórios financeiros.O principal agente preocupado com a convergência das normas internacionais é o International Accounting Standards Board (IASB) - ou Junta de Normas Internacionais de Contabilidade -, um organismo privado e sem fins lucrativos que conta com a participação de mais de 100 países.

Em seu "framework" (estrutura conceitual básica), ao tratar da questão das diferenças entre normas contábeis de diferentes países, afirma estar "comprometido em reduzir tais diferenças buscando harmonizar as regulamentações, normas contábeis e procedimentos relacionados com a reparação e apresentação de demonstrações contábeis".

O IASB emite as Normas Internacionais de Relatórios Financeiros (IFRS), anteriormente denominadas de Normas Internacionais de Contabilidade (IAS). Os Estados Unidos, por sua vez, adotam seu próprio padrão contábil - o USGAAP. O IFRS e o USGAAP são os dois padrões contábeis mais aceitos no mundo.

Na direção de harmonização de padrões contábeis, três fatos se destacam: as empresas européias listadas em bolsas de valores estão obrigadas a apresentar suas demonstrações contábeis de acordo com as normas internacionais de contabilidade desde 2005; o IASB já aprovou um cronograma estabelecendo 2010 como prazo limite para a harmonização entre o IFRS e o USGAAP; e a Securities Exchange Comission (SEC) - o órgão americano equivalente à brasileira Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) - estuda aceitar o IFRS como padrão para empresas estrangeiras e americanas listadas em bolsas de valores do país.

Aproximadamente 100 países no mundo já adotam as normas internacionais para as empresas listadas em bolsa de valores - entre eles Alemanha, Austrália, França, Portugal, Espanha, Itália e Reino Unido. Existem países em que as normas são obrigatórias somente para alguns dos segmentos de empresas com ações em bolsas, e outros que permitem - mas não exigem - sua aplicação. E, por fim, há aqueles que não permitem sua aplicação.

No Brasil, uma das iniciativas em torno da convergência de nossas normas com as internacionais veio do Banco Central (Bacen), obrigando todas as empresas sob sua regulação a preparar as demonstrações contábeis com plena aplicação das IFRS a partir de 31 de dezembro de 2010. A CVM acaba de divulgar uma minuta de instrução que exige que as companhias abertas adotem o padrão contábil internacional para as demonstrações contábeis anuais consolidadas a partir de 2010, facultando sua adoção antecipada.

De acordo com a referida minuta de instrução, as demonstrações contábeis individuais e trimestrais continuariam sendo feitas de acordo com as práticas brasileiras. Desta forma, as empresas fariam uma nota explicativa conciliando o padrão internacional e o brasileiro.

No caso brasileiro, é preciso considerar que nos defrontamos não só com a questão da convergência ao padrão de normas internacionais, mas também com
a necessidade de resolver conflitos internos ocasionados pela geração de normas
contábeis por diversas leis, instituições e agências reguladoras.

Nesse sentido, merecem destaque os esforços representados pela recente criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o Projeto de Lei nº 3.741, de 2000.O CPC foi criado pela Resolução nº 1.055, de 2005, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e representa a união de esforços e objetivos das seguintes entidades: Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), CFC, Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). A idéia é que o CPC passe a centralizar a emissão de normas contábeis no Brasil, por meio de pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações. Os referidos documentos seriam aceitos, também, pelo Bacen, CVM, Secretaria da Receita Federal e Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgãos que são sempre convidados a participar das atividades do CPC.

A CVM, em sua Deliberação nº 520, de 15 de maio de 2007, dispõe sobre a possibilidade de colocar em audiência pública conjunta com o CPC as minutas de pronunciamentos técnicos por ele emitidas e abre a possibilidade de aceitação dos
pronunciamentos técnicos emitidos pelo CPC, no todo ou em parte.

Por sua vez, o Projeto de Lei nº 3.741, de 2000, foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Se aprovado também na comissão de Constituição e Justiça, seguirá para o Senado Federal. A aprovação final poderá representar mudanças importantes no sentido de convergência com as normas internacionais como, por exemplo, a substituição da demonstração das origens e aplicação de recursos pela demonstração do fluxo de caixa e a obrigatoriedade de apresentação da demonstração do valor adicionado. Outro ponto importante é o fato de que as empresas passariam a elaborar, primeiramente, demonstrações contábeis para atendimento à legislação tributária, para depois elaborá-las para fins societários, sendo estas últimas as demonstrações oficiais, por exemplo, para cálculo de dividendos, aprovação pelos acionistas e publicação.

Luís Carlos Gruenfeld é diretor da Boucinhas & Campos + Soteconti Auditores Independentes

01 junho 2007

Padronização

Um dos estudos mais interessantes sobre a padronização refere-se ao teclado do computador. O teclado que usamos é denominado de padrão QWERTY, os nomes das letras do canto esquerdo do teclado.

A Wikipedia resume a questão do teclado:

Nesse layout, os pares de letras utilizados com maior frequência na língua inglesa foram separados em metades opostas do teclado, numa tentativa de evitar o travamento do mecanismo das rudimentares máquinas do século XIX. Ao alternar o uso das teclas, o arranjo impedia o travamento de teclas nas antigas máquinas de escrever: enquanto uma mão acerta uma tecla, a outra localiza a tecla seguinte.

Em equipamentos modernos, insensíveis à velocidade de digitação, a eficiência desse layout é duvidosa, e outros padrões foram propostos, como o Dvorak, mas nunca atingiram a popularidade do QWERTY.



Ja o teclado Dvorak possui maior eficiência:

O Teclado Simplificado Dvorak é recomendado por ergonomistas, pois uma pessoa digitando em inglês no Dvorak se esforça 20 vezes menos do que se estivesse digitando num teclado QWERTY.

O teclado Dvorak nunca chegou a ser amplamente adotado. Tanto os fabricantes quanto os usuários foram resistentes ao layout radicalmente diferente do tradicional QWERTY, que exige a reaprendizagem da dactilografia.

Foram desenvolvidas diferentes adaptações do Dvorak para outras línguas, como por exemplo o iDvorak (Italiano), Dvorak-fr (Francês), o BR-Nativo (Brasileiro) e outros.


Isto significa que adotamos hoje um teclado que é inferior em lugar de um produto superior. O mais interessante é que o exemplo do teclado tem sido usado para mostrar como o mercado eficiente é falho. Caso contrário, o teclado Dvorak seria mais utilizado. e não o QWERTY.

Este é um excelente exemplo para discutir a questão da padronização contábil também. Será a padronização eficiente? Ao padronizar as demonstrações estamos deixando de atender a algumas características importantes? (Como acontece com o teclado QWERTY, que é interessante para língua inglesa, mas não para língua portuguesa).

18 maio 2007

Complexidade, novamente

Um artigo de STELLA FEARNLEY e SHYAM SUNDER, este um autor de livros na área contábil, defende a necessidade de reduzir a complexidade da contabilidade (clique aqui para ler, em inglês

Os autores citam o caso das demonstrações do HSBC, com 454 páginas e peso de 3 pounds. E perguntam: quem irá ler?

Uma das questões é o monopólio na elaboração das normas! Muito interessante, pois os autores defendem que em lugar da convergência, o FASB e IASB deveriam competir.

Além disto, os autores lembram que não ocorreu nenhuma consulta para decisão de convergência em 2002.

A proposta é simples, para os autores: aumentar a competição pode ajudar a reduzir a complexidade e simplificar a contabilidade.

Provocante, pelo menos.

CVM: Brasil adotará padrões internacionais até 2010

Segundo a CVM, o Brasil deverá adotar as normas internacionais até 2010. A notícia é tão importante para a contabilidade que reproduzo as reportagens do VAlor Econômico e Gazeta Mercantil:

CVM quer regras internacionais até 2010
Valor Econômico - 18/05/2007

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estipulou o ano de 2010 como marco para que as companhias abertas passem a adotar suas demonstrações financeiras anuais consolidadas no padrão contábil internacional estipulado pelo Conselho de Padrões de Contabilidade Internacionais (Iasb, na sigla em inglês). As companhias que quiserem adotar, antes de 2010, o padrão contábil internacional - já em vigor na União Européia - também poderão fazer essa opção. Essas regras estão contidas numa minuta de instrução divulgada ontem e que vai ficar em audiência pública até o dia 30 de junho, para que os participantes do mercado enviem suas sugestões.A nova instrução faz parte de um esforço de convergência entre os padrões contábeis locais e internacionais para que investidores e analistas possam ter parâmetros de comparação unificados, diz a CVM, em nota. A autarquia afirma que o projeto de lei 3.741, em análise há vários anos pelo Congresso, é outra frente nesse sentido.

Ao reformar aspectos da Lei das S.A., um dos objetivos nesse projeto seria aproximar os padrões contábeis usados no Brasil dos critérios dos padrões internacionais. Caso o texto original proposto para a nova instrução venha a ser mantido, as companhias passam a ter de adotar os padrões ditados pelo Iasb a partir do exercício encerrado em 2010. Essa nova regra porém, valerá apenas para as demonstrações financeiras anuais consolidadas, conforme explicou o superintendente de normas contábeis da CVM, Antônio Carlos Santana. "Na regra que está sendo proposta as demonstrações individuais, assim como as trimestrais, continuam a ser feitas no padrão contábil local", diz Santana. Para conciliar essa diferença entre o padrão local e o internacional será preciso fazer uma nota explicativa. "Hoje já existe uma nota de conciliação sobre as diferenças entre o balanço consolidado e o individual, agora será feita uma nota sobre as diferenças entre o padrão internacional e o brasileiro", explica o superintendente da CVM. "O objetivo agora é colocar a idéia e fazer o debate, o texto poderá mudar em função disso", diz Santana. Ele acredita que a indicação para usar os padrões do Iasb no balanço consolidado é uma forma de começar a avançar na convergência das regras e criar uma nova cultura, dentro dos parâmetros permitidos e da competência da CVM. Na opinião do superintendente, o esforço do projeto de lei que tramita no congresso não se torna menos importante. "Ao contrário, ele trata dos padrões locais e é muito importante para as regras das demonstrações financeiras individuais. Nós temos esperança de que até a vigência dessas novas regras que estamos propondo o projeto já tenha sido aprovado no Congresso", diz Santana. Para Reginaldo Alexandre, vice-presidente da Apimec-SP, as novidades introduzidas pela CVM são muito bem-vindas. "Os estrangeiros compram cada vez mais ativos brasileiros e o mercado está cada vez mais global. Ter um padrão unificado facilita muito a vida de analistas e investidores", afirma, lembrando que o mercado americano vai facultar às empresas estrangeiras listadas a contabilidade pelos padrões do Iasb e não pelos padrões dos EUA. "A tendência é a convergência de padrões. Acredito que no médio prazo essa mudança que vai ocorrer no Brasil possa até ter impacto sobre o custo de capital, pois uma das coisas mais difíceis de explicar são as diferenças nos números. O interesse pelos ativos locais pode aumentar", conclui Alexandre.


Agora da Gazeta:

CVM dá mais um passo para adoção do padrão internacional
Gazeta Mercantil - 18/05/2007

São Paulo, 18 de Maio de 2007 - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou, ontem, em audiência pública, a minuta de instrução que dispõe sobre a elaboração e divulgação das demonstrações financeiras consolidadas, com base no padrão contábil internacional, seguindo as normas do International Accounting Standard Board (IASB).

A instrução faz parte do processo de convergência com essas normas internacionais ao mesmo tempo em que permite, durante o período de 2007 a 2009, a opção de apresentar as demonstrações já consolidadas pelo IASB e fixa o exercício findo em 2010 para que as companhias abertas brasileiras adotem obrigatoriamente o padrão internacional.

Segundo comunicado da CVM, as demonstrações financeiras consolidadas representam uma visão mais ampla da posição financeira do conjunto formado pela empresa controladora e suas controladas. Por isso, esse tipo de informação tem a preferencia dos analistas de mercado. No mercado de capitais internacional essas demonstrações são utilizadas como a única informação relevante para tomada de decisão pelos analistas e investidores.(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 4)(Lucia Rebouças)

15 abril 2007

Contabilidade de Partidos

O jornal Estado de S. Paulo (15/04/2007) informa que os partidos políticos estão com dificuldade de fechar sua contabilidade:

Faltando 15 dias para entrega da declaração anual, siglas afirmam que programa de informática é falho, gera atrasos e traz risco de erros
Clarissa Oliveira

(...) As siglas enfrentam dificuldades para realizar a prestação por meio de um programa de informática fornecido pelo tribunal que, até o ano passado, era facultativo. Mas seu uso tornou-se obrigatório para os balanços referentes ao ano de 2006, que devem ser entregues até o próximo dia 30. O Sistema de Prestação de Contas dos Partidos (SPCP) foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão. Segundo o TSE, a adoção do sistema em âmbito nacional tem por objetivo padronizar as inserções, aumentar a transparência de dados e, principalmente, fiscalizar melhor a utilização de recursos do Fundo Partidário. O próprio TSE reconhece a existência de problemas na adaptação dos partidos ao programa e diz ter disponibilizado uma equipe para auxiliar na solução dessas questões. O tribunal afirmou que, no ano passado, 17% das legendas entregaram a declaração por meio do SPCP, mas a maioria não lidava com grandes quantidades de registros. As siglas, por outro lado, afirmam que o sistema é "falho" e "inadequado" e não apenas dificulta a prestação de contas como tende a reduzir a transparência das informações. Os problemas foram tantos que PT, PSDB, PMDB, DEM (ex-PFL), PR, PTB e PC do B elaboraram um relatório conjunto de dez páginas contendo queixas sobre o caso. No documento entregue ao TSE, estão listadas falhas como a ausência de planilha de lançamentos e de registros múltiplos ou a impossibilidade de incluir transferências entre contas contábeis. Um dos principais problemas citados é o fato de o sistema ser "monousuário", ou seja, permite apenas um digitador por vez. "A intenção do TSE pode ser ótima. Mas nossos contadores insistem que o sistema acaba até mesmo omitindo informações", disse o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), que acompanha as finanças do PMDB. "O sistema fere mais de 20 itens do Código Brasileiro de Contabilidade. Nosso contador diz que quem o desenhou certamente não entende de contabilidade."

24 HORAS

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, afirmou que a legenda cumprirá a exigência de entregar a prestação de contas até 30 de abril, por meio do SPCP. Mas, para isso, precisou manter seu departamento de contabilidade funcionando 24 horas por dia, durante vários meses, em função da impossibilidade de várias pessoas inserirem dados ao mesmo tempo.

E, mesmo respeitando o prazo, o partido avisou que não se responsabiliza por eventuais erros na declaração. Isso porque, na hora de imprimir os relatórios contábeis, algumas informações não aparecem da forma como foram inseridas. "Vamos entregar a declaração na data, mas poderão ocorrer erros aparentes na impressão de relatórios que não são de responsabilidade do PT", completou o tesoureiro. Por enquanto, o PSDB não descarta a possibilidade de entregar a declaração a tempo e diz estar aproveitando toda a ajuda oferecida pelo TSE para contornar os problemas na utilização do SPCP. Mas, segundo Eduardo Jorge, que vem cuidando informalmente das contas tucanas, a tarefa não tem sido fácil. "Estamos tendo muitas dificuldades", reclamou. "Há problemas, principalmente dependendo da rotina e funcionamento de cada partido."

No documento entregue ao TSE, os partidos pedem inclusive que seja suspensa a obrigatoriedade do uso do SPCP para a prestação de contas deste ano. O tribunal, entretanto, não leva em conta essa alternativa por enquanto. A idéia é continuar ajudando os partidos a solucionar os problemas.

05 janeiro 2007

Harmonização é possível?


Artigo de Robert Bruce no Financial Times (04/01/2007) discute o sonho de um sistema contábil uniforme em todo o mundo. Segundo ele, o obstáculo tem sido o mercado norte-americano. Os Estados Unidos foi o primeiro país a ter um conjunto de princípios contábeis e por isso, segundo Bruce, se julgam os melhores. Isso faz com que a Europa e outros cem países usem os padrões internacionais, mas os EUA insistem com seus padrões.

Apesar do esforço de harmonização entre o Fasb e o Iasb, os EUA estão atrasando o processo, na opinião de Bruce. Uma possibilidade seria usar um sistema como o XBRL, que permite aos usuários ter acesso aos demonstrativos financeiros da empresa e reconfigurar a informação da forma com achar melhor.

03 janeiro 2007

Fasb


O FASB anunciou ontem a criação do Investors Technical Advisory Committee (ITAC). Será um grupo de usuários com forte conhecimento técnico que terá como função ajudar o FASB a obter uma perspectiva do usuário e idéias para projetos do Fasb. Ou seja, identificar novos itens para a agenda do Fasb.

Em 2003 o Fasb tinha estabelecido o User Advisory Council (UAC). Em 2005 Investor Task Force. A idéia é assegurar que os investidores e outros usuários possam ajudar no desenvolvimento de padrões contábeis.

Fonte: Wired, 02/01/2007