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09 outubro 2020

Rentabilidade dos bancos é reduzida

La rentabilidad en la banca ha sufrido no sólo por la sucesión de crisis económicas sino también por el reforzamiento de la regulación y supervisión (mayores requerimientos de capital y liquidez, stress tests, unión bancaria europea parcial, etc.). En países como el UK, la regulación se hizo más estricta por la exigencia de mayor responsabilidad de los banqueros en las pérdidas, y en USA por nuevas restricciones a inversiones “especulativas” de los bancos (la Volcker Rule en la ley Dodd-Frank). En un sistema más regulado y supervisado, el riesgo es menor y, por tanto, los beneficios esperados y realizados también son menores. 

(Fonte: aqui)

Será isto um prenúncio de uma nova crise bancária? O Covid trouxe uma crise econômica forte, que deve refletir nos bancos. Ao mesmo tempo, a digitalização, com BigTech e fintech, muda o mercado bancário. E as taxas de juros reduzidas fazem com que os ganhos com intermediação financeira sejam menores. Alguns bancos sobrevivem pelo fato de serem grandes ("to big to fail" ou TBTF), mas e os demais? Eis como o mercado faz uma distinção nas ações dos bancos e nas ações de outras empresas:



Sorteio: Contabilidade Pública 3D

Estamos realizando o sorteio do livro Contabilidade Pública 3D lá no Instagram! Para participar basta acessar a postagem e seguir as regras.



Rir é o melhor remédio

 


08 outubro 2020

Como os bancos escondem as perdas

 Edward Kane, do Boston College, não acredita muito na contabilidade bancária. Em How Bankers Hide Losses ele apresenta alguns dos dispositivos que os banqueiros usam para encobrir perdas. Compara os contadores de bancos a Siegfried e Roy. Traduzindo: são mágicos que possuem o poder de fazer desaparecer grandes prejuízos. 

A figura abaixo apareceu no artigo e é bastante interessante:


Em 808 casos onde a auditor teve problemas, somente 35 geraram um processo na SEC dos Estados Unidos e 18 sofreram sanções. Nos tempos do Covid, segundo Kane, existe um acordo entre regulador, contador e entidades para encobrir algumas das perdas:

In view of the severity of the Covid-19 crisis, regulators have decided to be less sneaky this time around. They have openly advised examiners and bank accountants to help troubled bankers to make loan losses disappear from their firms’ balance sheets and income statements. Allowing too-big-to-fail banks to misrepresent the depth of their accumulating losses is one leg of a conscious strategy through which bankers and regulators hope to lessen the threat of destructive Covid-driven systemic runs on the world’s banking systems. The second leg of the strategy rests on another fiction. Prudential regulators around the world are telling us that they can and do maintain financial stability by assuring the adequacy of what they call “bank capital.” But the statistical measures of bank capital on which regulators focus their efforts are nothing more than repurposed variants of a bank’s accounting net worth. With accountants able to conceal the impact of losses on accounting net worth, until and unless unsophisticated household depositors begin to fear that a bank may have let itself become deeply insolvent, the effectiveness of this control framework is being badly oversold.

O problema que isto pode gerar um banco zumbi. Ou seja, uma instituição financeria com patrimônio inferior a zero, mas que continua a funcionar apoiada por crédito implícito ou explícito do governo. 

Rir é o melhor remédio

 


07 outubro 2020

Subway, imposto e açúcar

 Eis uma notícia sobre tributação:

O pão utilizado nos sanduíches do Subway contém tanto açúcar (1) que não atende à de ser “pão” na Irlanda (2). A decisão é da Suprema Corte (3) do país.

A sentença foi proferida na terça-feira em resposta a um franqueado do Subway, que havia apelado por uma restituição de impostos, argumentando que seu pão é um alimento "básico" e, portanto, sujeito a uma alíquota de 0% (4).

(O pão do Subway tem tanto açúcar que corte irlandesa decidiu que ele não é pão - Jack Guy, do CNN Business, dica de Claudio Santana, grato)

(1) talvez a maior surpresa da notícia: saber que o pão do Subway tem açúcar

(2) Apesar de ser na Irlanda, uma vez que é franquia, o fato deve valer para os demais países

(3) Falta do que fazer de um corte suprema de um país decidir se um pão é pão para fins tributários. 

(4) A Suprema Corte não afirmou que o pão não é pão. Só disse que o pão não poderia ter alíquota zero.

Imagem: daqui

Convite de casamento

 Para quem já leu bastante artigo científico, eis um convite de casamento de dois cientistas:

O formato traz as informações prévias (primeiro encontro, proposta, aceitação) e as referências dos envolvidos. 

(Dica: Gabriel Ferreira, grato)


Rir é o melhor remédio

 

Explicando a guerra

06 outubro 2020

Por que precisamos de bilionários

Steven Landsburg é alguém que pensa "fora da caixa". Talvez por isto mereça ser acompanhado e lido. Na sua postagem Por que precisamos de bilionários ele apresentou o seguinte: 

A próxima vez que alguém me perguntar por que tem que haver bilionários, vou apontar para essa pessoa este tweet de Elon Musk: 

Musk foi em frente e investiu cerca de US $ 100 milhões na SpaceX e US $ 6 milhões na Tesla - totalizando cerca de metade de sua receita com a venda do PayPal, no qual ele foi um dos primeiros investidores. 

Quem investe $ 100 milhões em um projeto que tem 10% de chance de sucesso? Resposta: Basicamente, ninguém que não acredite que o sucesso trará uma recompensa de pelo menos US $ 1 bilhão.

Perda de informações por usar formato antigo do Excel


Parece comédia, mas uma entidade da Inglaterra cometeu uma grande barbeiragem com o uso da planilha Excel e perdeu informações relevantes sobre resultados do Covid-19. Os dados estavam armazenados em uma planilha com formato XLS. Como cada planilha possui um número limitado de linhas e cada caso da doença ocupava mais de uma linha, a partir de um determinado número de caso, estimado em 1.400, começaram a ocorrer omissão de informações. 

O formato XLS, do Excel, existe desde 1987, mas foi substituído em 2007 pelo XLSX. Ainda há esperança que os resultados dos testes não foram realmente perdidos por conta da falha. 

Contabilidade? - A planilha Excel é muito usada na contabilidade. Assim, o uso do formato XLS pode comprometer as informações, por conta dos limites de linhas. 

Rir é o melhor remédio

 

Colocando em ordem as finanças pessoais

Covid 19 e as pequenas e médias empresas

 Resumo:


We estimate the impact of the COVID-19 crisis on business failures among small and medium size enterprises (SMEs) in seventeen countries using a large representative firm-level database. We use a simple model of firm cost-minimization and measure each firm’s liquidity shortfall during and after COVID-19. Our framework allows for a rich combination of sectoral and aggregate supply, productivity, and demand shocks. We estimate a large increase in the failure rate of SMEs under COVID-19 of nearly 9 percentage points, absent government support. Accommodation & Food Services, Arts, Entertainment & Recreation, Education, and Other Services are among the most affected sectors. The jobs at risk due to COVID-19 related SME business failures represent 3.1 percent of private sector employment. Despite the large impact on business failures and employment, we estimate only moderate effects on the financial sector: the share of Non Performing Loans on bank balance sheets would increase by up to 11 percentage points, representing 0.3 percent of banks’ assets and resulting in a 0.75 percentage point decline in the common equity Tier-1 capital ratio. We evaluate the cost and effectiveness of various policy interventions. The fiscal cost of an intervention that narrowly targets at risk firms can be modest (0.54% of GDP). However, at a similar level of effectiveness, non-targeted subsidies can be substantially more expensive (1.82% of GDP). Our results have important implications for the severity of the COVID-19 recession, the design of policies, and the speed of the recovery.


Fonte: COVID-19 and SME Failures Pierre-Olivier Gourinchas, Ṣebnem Kalemli-Özcann, Veronika Penciakova, and Nick Sander NBER Working Paper No. 27877 September 2020 JEL No. D2,E65,G33

05 outubro 2020

Nobel de Economia: os favoritos


Novo ano, novo Nobel. Os favoritos, segundo Clarivate:

Claudia Goldin - Estados Unidos - Harvard

David Dickey; Wayne Fuller; e Pierre Perron - Estados Unidos

Steven Berry; James Levinshon; e Ariel Pakes - Estados Unidos

Irrelevância da Indústria Brasileira

 




Arícia Martins (Valor, 17/09/2020) informa: a indústria de transformação brasileira perde espaço não só na economia doméstica, mas também tem ficado cada vez menos relevante no mercado global. É o que mostra o relatório de 2020 da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).  Após ter alcançado 2% em 2010, a fatia do Brasil no valor adicionado da indústria mundial vem encolhendo de forma consistente na última década, voltando a recuar entre 2018 e 2019, de 1,24% para 1,19%. Embora pequena, a retração foi suficiente para fazer o país cair mais uma posição no ranking de maiores potências industriais na passagem anual, para 16o – atrás de emergentes como Indonésia (10o), México (11o), Rússia (13o) e Turquia (15o).

Rir é o melhor remédio

 

Profundeza da internet: a página dois do Google

04 outubro 2020

Para entender KPI



Para aqueles que desejam entender um pouco sobre as medidas de desempenho fora dos princípios de contabilidade (KPI), um manual interessante (e bem acessível) pode ser encontrado aqui. Estas medidas não GAAP pode incluir medidas físicas, mas o comum é serem medidas financeiras que ajustam os valores baseados na contabilidade. As mais comuns são: lucro ajustado, lucro por ação ajustado, Ebitda e fluxo de caixa livre. 

Algumas pessoas acreditam que a gestão de uma empresa divulga KPI para ajudar o usuário a avaliar a empresa. Inclusive este guia indicado aqui. Como há uma flexibilidade nas medidas, tem-se um problema de comparação. E de falta de regulação. 

Imagem: aqui

Estatística e Trump com Covid


O fato de Trump estar com Covid pode trazer algumas especulações sobre a doença e a estatística, conforme destacado por Falk (via aqui): 

1. A mortalidade para alguém como o presidente dos Estados Unidos é de 6%. Assim, as chances de mortalidade são realmente reduzidas. Se Trump se recuperar, fatalmente surgirão pessoas dizendo que isto é mais uma prova que o Covid não é uma doença grave. Ou, como afirma Falk, surgirão pessoas "estatisticamente analfabeta em vários níveis". 

2. A taxa de 6% é para um paciente padrão. Isto implica que os riscos de Trump são menores, já que ele receberá um tratamento melhor que outras pessoas. (Exceto se Trump for um idiota que realmente acredita que um determinado tipo de remédio irá fazer bem para ele, mesmo contra as indicações dos médicos)

3. Não se sabe muito sobre o quadro de saúde do presidente, o que faz com que as inferências de riscos sejam pobres. Se por um lado Trump tem um índice de massa corporal elevado, seu colesterol é baixo (vide figura acima)

Contabilidade? - situações como esta são interessantes para aprendermos mais sobre probabilidade e sua aplicação. E isto é importante nas mensurações contábeis. 

Rir é o melhor remédio

 

Este cartoon, de Anne Derenne, venceu o European Cartoon Award. 

03 outubro 2020

Intangíveis: capitalizar ou não capitalizar


Dois textos distintos discutem a questão da capitalização do intangível ou não. Há uma discussão contábil importante aqui, já que muitos acreditam que a contabilidade está perdendo relevância pelo fato de só levar em consideração no seu balanço o intangível adquirido (vide uma discussão sobre isto em Capitalism without Capital. Quem sabe algum dia faço uma resenha sobre a obra)

O primeiro artigo é uma pesquisa que se mostra que a capitalização pode não ser útil na identificação dos retornos esperados. Ou seja, pode não ser útil no processo decisório. Veja um trecho:

Os intangíveis desenvolvidos internamente estimados contêm poucas informações adicionais sobre os fluxos de caixa futuros da empresa, além do que está contido nos fluxos de caixa atuais da empresa . Além disso, não encontramos evidências convincentes de que a capitalização de intangíveis desenvolvidos internamente estimados produza prêmios de valor e lucratividade consistentemente mais altos.

O segundo texto é sobre um evento denominado International Forum of Accounting Standard Setters (IFASS). Neste evento, o Fasb, através de Christine Botosan, apresentou uma posição um pouco diferente:

apresentou a visão daqueles que acreditam que há um problema que precisa ser resolvido por meio de reconhecimento adicional de intangíveis. Seus argumentos incluíam: a falha em reconhecer itens intangíveis importantes subestima o valor contábil do patrimônio líquido e o desempenho financeiro; a falha em reconhecer itens intangíveis importantes reduz a relevância das demonstrações financeiras; o reconhecimento de alguma quantia é melhor do que nenhum reconhecimento: Desafios de medição não devem impedir o reconhecimento; e as preocupações com a verificabilidade não devem impedir o reconhecimento.

Esta é uma posição diferente do regulador canadense, por exemplo, que acredita na evidenciação adicional. 

Traduzindo a Voz

A forma como as pessoas falam pode ser um importante meio de comunicação. Os cientistas estão explorando a voz para fazer diagnóstico de doenças, como Covid-19 ou depressão. Eis duas figuras que mostram com a voz se altera para uma pessoa com depressão versus uma pessoa normal:


Há diferenças claras no registro das duas vozes. Os cientistas acreditam que será possível caracterizar o jeito que uma pessoa saudável fala em relação a uma pessoa com doença. Para isto, usando uma análise sofisticada que inclui inteligência artificial, estas diferenças podem ser notadas e funcionar como um primeiro diagnóstico. E ao falar com Alexa ou Siri, o programa pode identificar um problema de saúde. 

As pesquisas estão na fase inicial e existem alguns problemas para resolver. 

Contabilidade? - O registro da voz também pode ser usado para identificar uma mentira de um fraudador quando estiver ocorrendo uma auditoria em uma empresa; pode ser útil para identificar se uma pessoa que está fazendo uma operação em uma entidade está agindo de maneira correta ou sob pressão; pode ajudar a identificar executivos mentirosos em uma assembleia dos acionistas (lembram do primeiro episódio de Lie to Me?)