Translate

04 fevereiro 2020

Como Coronavirus pode afetar a Contabilidade

O Wall Street Journal lembra que o corona vírus pode atrapalhar o trabalho do auditor. As restrições de viagens significa restringir o trabalho dos profissionais contábeis, trazendo como consequência relatórios incompletos ou pareceres atrasados. As Big Four também colocaram restrições para as viagens, informa o jornal.

A PricewaterhouseCoopers disse que cancelaria as viagens de funcionários e parceiros para a China continental e regiões vizinhas. A Ernst Young disse que os funcionários devem ficar em casa por várias semanas depois de viajarem para a China. A divisão dos EUA da KPMG proibiu todas as viagens de negócios para a China continental. A Deloitte Touche Tohmatsu pediu aos funcionários que adiassem indefinidamente as viagens não essenciais à China, disse uma porta-voz.

A questão é que em muitos casos é essencial que o auditor faça viagens, para entender o ambiente local e o cliente. Além disto, certos itens, como os estoques, precisam ser fisicamente observados. A ausência da contagem de estoques pode afetar os balanços das empresas.

A contagem independente de inventário representa um componente crucial dos balanços das empresas. Se os auditores não puderem acessar o inventário de material para auditorias físicas e concluir seu trabalho, eles provavelmente não enviariam um relatório.

Para enviar demonstrações financeiras completas, os executivos podem ter que negociar prorrogações do prazo com os reguladores ou, em alguns casos, desenvolver maneiras de fornecer divulgações suficientes em vez de inspeções no local pelos auditores. Eles também podem precisar solicitar extensões de prazo para determinados registros.

Quando a empresa conta com afiliadas nos local, isto pode deixar de ser um problema. Mas as empresas menores de auditoria, que não possuem um conexão internacional, podem ter problemas. E isto irá afetar as empresas com operações na China.

As empresas públicas dos EUA podem obter uma extensão do prazo para relatórios financeiros com a Securities and Exchange Commission, disse Goelzer. O regulador permite uma extensão de até 15 dias para relatórios anuais e até cinco dias para relatórios trimestrais.

Atrasos nas informações pode gerar a revogação dos registros de valores mobiliários nos Estados Unidos, muito embora a SEC possa estender os prazos legais em certas situações. Isto já ocorreu no passado, como no furacão Michael, em 2018.

Números enganosos

O gráfico mostra que o número de pessoas que morrem de câncer no Brasil tem aumentando, desde 1990. Isto é o que aparece na linha verde. Outra forma de ver o problema é através da taxa de mortalidade (linha vermelha). Só que a população brasileira cresceu entre 1990 a 2017 e isto também influi nos números (linha vermelha e verde). 

Os números podem ser enganosos. Nos dias atuais, as pessoas estão vivendo mais. Assim, a chance de morrer de câncer, e não de outros motivos, aumenta. Em 1990 era muito comum uma pessoa morrer de câncer por ter sido fumante. Com a redução do número de fumantes, este número reduziu. E a qualidade do tratamento melhorou, prorrogando a vida dos pacientes.

Assim, a linha que realmente importa é a azul, que padroniza a morte pela idade e apresenta os dados de maneira relativa.

Mercado e Corona

O gráfico a seguir mostra o mercado de Xangai, China:
No início de janeiro, o índice estava acima de 3 mil pontos. Agora, está em 2731, com tendência de queda. A redução de 8% ontem foi a maior queda diária em quatro anos. O corona vírus está afetando o mercado, mesmo com a entrada do governo colocando dinheiro no sistema financeiro.

O número total de mortes na China por coronavírus aumentou para 361 no domingo, em comparação com 17 em 23 de janeiro, quando os mercados chineses foram negociados pela última vez.


A epidemia atrapalha os negócios. Mas o governo chinês não vê desta forma. Segundo as autoridades, é muito mais um problema comportamental:

O Banco Popular da China (PBOC) disse que a queda das ações tinha elementos irracionais ou mesmo de pânico, desencadeados pelo comportamento do rebanho, em um comentário de jornal publicado após o fechamento dos mercados.


Rir é o melhor remédio


Dinheiro para pesquisa gasto em um laboratório "cool"

03 fevereiro 2020

Capital Físico

O conceito de capital físico versus capital financeiro tem sido deixado de lado pelo Iasb nas últimas atualizações da estrutura conceitual. Em um determinado ponto, o próprio Iasb afirma que necessita em algum momento tratar melhor este assunto.

Ahmed Riahi-Belkaoui, no livro de Teoria, comenta sobre quatro tipos de manutenção de capital:

a) O capital monetário, ou seja, a manutenção do capital em termos de unidades da moeda corrente do país
b) O poder de compra da moeda, que corresponde ao capital monetário ajustado para o mesmo poder de compra.
c) A manutenção da capacidade produtiva, que corresponde ao capital físico
d) A manutenção da capacidade física em termo do mesmo poder da moeda.

A Estrutura Conceitual fala somente no capital físico e no capital monetário. O conceito de capital físico é difícil de mensurar e isto pode ser notado através do exemplo de um computador.

Um exemplo ainda mais simples encontra-se a seguir:

A queda das reservas provadas da Petrobras em 2019, para os seus patamares mais baixos desde 2001, reforça a necessidade da companhia de investir mais em exploração. (Ramalho, André, Reservas da Petrobras caem e exploração passa a ser prioridade, Valor, 31 de janeiro de 2020, B3)

Faleceu Bernard Ebbers

Bernard Ebbers tinha 78 e ficou famoso por construir e destruir a WorldCom, um dos maiores escândalos corporativos mundiais. Por este motivo, Ebbers passou 12 anos na prisão, de uma sentença total de 25 anos. O valor da fraude contábil: 11 bilhões.

No auge, sua empresa tinha 80 mil empregados e ativos de 107 bilhões de dólares. Era considerado um visionário.

Segundo seu próprio advogado, Ebbers foi transformado em um símbolo da corrupção corporativa. Ele chegou a ter uma fortuna de 1 bilhão, mas perdeu a maior parte com a falência da WorldCom.

Fonte: Aqui

"Modernizando" auditoria

Enquanto o FRC (Financial Reporting Council), do Reino Unido, propõe rever as normas de auditoria para fortalecer a independência, a entidade que fiscaliza o mercado de capitais nos Estados Unidos, a SEC, propõe a modernização através do afrouxamento das regras. Por coincidência, as empresas de auditoria já gastaram, desde 2017, 25,28 milhões de dólares em lobby no Congresso. Este panorama foi apresentado por Francine McKenna, que através de quatro textos para o Dig. No texto, a jornalista mostra que a KPMG pagou ao The Velasquez Group 640 mil dólares para acompanhar a regulação proveniente do PCAOB. A mesma emprega monitorou atividade legislativa relacionada com a Wells Fargo, onde fez auditoria por 87 anos, em razão de escandâlos na instituição financeira - incluindo abertura de contas sem autorização dos clientes.

Uma história interessante:

A ação de execução da SEC contra a PwC por violações da independência, curiosamente, não aconteceu até que seu contador-chefe [da SEC], Wes Bricker, voltou à PwC em julho de 2019 para assumir o cargo de vice-presidente e garantia dos EUA e do México (Audit) Líder.

E antes de estar na SEC, Bricker trabalhou na PwC entre 2011 a 2015. Muitos casos descritos no texto já foram objeto de postagem aqui no blog. Mas vale a pena ler.

“Modernizing” Auditor Independence - The Dig - Parte 1 a 4 - Janeiro de 2020

Rir é o melhor remédio


Café na segunda

02 fevereiro 2020

Coopers and Lybrand (1993)

Uma propaganda que será vinculada no Superbowl hoje sobre software para imposto de renda realmente é bastante ruim. Mas não é a primeira vez. Em 1993 a Coopers and Lybrand (depois PwC) gastou 850 mil dólares por 30 segundos em um comercial sem muito sentido.

2 de Fevereiro


O filme estrelado por Bill Murray e Andie MacDowell celebra esse feriado exótico (mas fofinho) nos Estados Unidos. Todo dia 2 de fevereiro, os canais da TV paga reprisam o filme Feitiço do Tempo. Você pode não ter reparado nisso, mas há um motivo: o filme se passa no dia da marmota, 2 de fevereiro
(fonte: aqui) (Foto aqui)

Banco Suíço espionava Greenpeace

Uma das instituições financeiras mais conhecidas do mundo, o Credit Suisse, espionou o Greenpeace, informou o jornal suíço SonntagsZeitung (via Reuters). O grupo ambiental criticava o banco por investir em combustíveis fósseis. Com a espionagem, o Credit Suisse teve acesso aos e-mails da entidade. E acesso as manifestações contra o banco (foto). O responsável pela espionagem foi demitido em dezembro por outro motivo: espionou ex-membros do conselho.

O banco informa que o CEO não sabia do ocorrido.

Rir é o melhor remédio

Brexit