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08 novembro 2015

Historia da Contabilidade: Balanços Publicados nos anos 40 do século XIX - Parte 2

Continuação

Em 1847 publicou-se em Salvador o balanço do Banco Commercial, que a direção do banco apresentava na assembleia geral (1). Depois de uma breve introdução, o texto comentava o desempenho da entidade no ano anterior. Na metade do texto, apresentava a conta de “ganhos e perdas”:

O texto continua e no seu final a administração faz sete propostas, para deliberação na assembleia, referente principalmente a destinação do lucro e subscrição de ações.

Uma comissão de exame foi criada para analisar o desempenho, cujo balanço publicado encontra-se a seguir:

O parecer é o seguinte:

Sendo a comissão d´exame, por vós nomeada, convidada pela ilustre direção em tempo devido para o exame da escripturação, e de quanto determina o art. 50 dos estatutos, forão-lhe franqueados todos os esclarecimentos pedidos; e à vista do que delles colligio, tem de communicar-vos, que as operações da caixa, e toda a escripturação, achão-se em dia, regularmente lançadas, feitas com o maior aceio, e na devida fórma mercantil. O comportamento dos empregados no cumprimento de seos deveres, nada deixa a deseja, e a commissão é de parecer, que confirmeis a indicação, que com tanta justiça propoz a illustre direção em seo relatorio de 31 de julho de 1846, sobre o augmento de ordenados do fiel, guarda livros, e cobrador. (...)

Finalmente, a commissão apresenta-vos aqui descripto o balanço geral, fixado em 31 de dezembro p. p., que lhe for ministrado pela illustre direção; e dele entrareis no conhecimento do estado activo e passivo do Banco (2)

É muito interessante o parecer, já que o mesmo é que apresenta o balanço da entidade.

No ano seguinte é a vez do Banco Commercial do Rio de Janeiro divulgar suas demonstrações (3) ou a Caixa Geral da Bahia (4), nos mesmos moldes do estabelecimento do Maranhão e da Bahia.

(1) Correio Mercantil, 5 fev de 1847, p 2 ed 37 ano XIV.
(2) Idem, p. 3. Linguagem da época.
(3) Correio Mercantil e instructivo politico universal, p 3, ano v, n 25, 1848.
(4) Correio Mercantil, 5 nov de 1848, ed 247 ano xvi p 1-2

07 novembro 2015

Rir é o melhor remédio




Fonte: Drama Universitário

Fato da Semana: Materialidade (45 de 2015)

Fato da Semana: Esta foi uma semana com muitos fatos. Se o leitor observar, nesta semana o blog comentou sobre o escândalo da Valeant , a divulgação de informação confidencial do Vaticano, a nova composição da SEC e as novas normas do CPC . Os dois primeiros realmente não foram fatos da semana (sendo que o segundo provocou muito debate no Face e nos comentários do blog) e os dois últimos talvez não sejam suficientemente relevantes para serem considerado um fato da semana.

A discussão sobre materialidade parece, mesmo, o fato da semana. Um texto de um periódico mostra como não existe convergência em torno deste conceito, as novas normas discutem este assunto e o fato de uma grande empresa estar divulgando um fato de uns poucos milhares de dólares também foi assunto. E uma pesquisa mostrou que a redução das notas explicativas não afetou a qualidade das demonstrações contábeis.


Qual a relevância disto? A discussão é importante por determinar que informação deve chegar ao usuário das demonstrações contábeis. Também é possível discutir sobre a própria solução apresentada pelo Iasb e outros reguladores que consideram que este conceito deve estar associado ao processo decisório do usuário. Mas como saber disto? Não conhecemos quase nada do usuário.

Positivo ou negativo? Positivo.

Desdobramentos - Precisamos discutir mais sobre este assunto. Num mundo com excesso de informação, coibir a produção de informação inútil é muito difícil. Temos ainda muito o que pesquisar.


Correção Monetária

O Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão desta quinta-feira (5), deu provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 201512 e declarou constitucional o artigo 3º, inciso I, da Lei 8.200/1991. A norma trata da correção monetária das demonstrações financeiras para efeitos fiscais e societários. Para a maioria dos ministros, o dispositivo questionado não representaria um empréstimo compulsório ilegítimo, mas sim um favor fiscal criado pelo legislador.

O recurso foi interposto pela União contra decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que havia acolhido recurso da Cerâmica Marbeth Ltda. e julgado inconstitucional o dispositivo. Para a empresa, a dedução da variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e do BTN Fiscal, prevista na norma, seria uma espécie ilegal de empréstimo compulsório.


Já haviam votado no sentido de desprover o recurso, mantendo a inconstitucionalidade do dispositivo, o relator do RE, ministro Marco Aurélio, e os ministros Ricardo Lewandowski e Ayres Britto (aposentado). Divergiram do relator, votando pelo provimento do RE, os ministros Eros Grau e Joaquim Barbosa (ambos aposentados) e a ministra Cármen Lúcia. O julgamento estava suspenso por pedido de vista do ministro Cezar Peluso (aposentado).


Na sessão desta quinta (5), acompanharam a divergência os ministros Teori Zavascki (sucessor do ministro Peluso), Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. A ministra Rosa Weber acompanhou o relator pelo desprovimento do RE.


Favor fiscal


Ao acompanhar a divergência, o ministro Teori Zavascki baseou seu voto-vista na decisão do Plenário no julgamento do RE 201465, que versava sobre o mesmo dispositivo. Na oportunidade, predominou o entendimento de que o artigo 3º, inciso I, da Lei 8.200/1990 não representaria ilegítima e disfarçada espécie de empréstimo, mas sim um favor fiscal criado pelo legislador.
Naquela ocasião, por maioria de votos, o STF reconheceu que o dispositivo não modificou a disciplina da base de cálculo do imposto de renda referente ao balanço de 1990, e nem determinou aplicação ao período base de 1990 da variação do IPC, mas tão somente reconheceu os efeitos econômicos decorrentes da metodologia de cálculo da correção monetária.


Ao prever hipótese nova de dedução na determinação do lucro real, o dispositivo constitui-se como favor fiscal ditado por opção de política legislativa, não se podendo falar em empréstimo compulsório, assentou o Plenário do STF na ocasião.

Fonte: Aqui

Nota Explicativa e Qualidade

A redução do número de páginas de notas explicativas nos balanços em 2014 não comprometeu, ao menos neste primeiro momento, a qualidade da informação prestada aos investidores, conforme estudo preliminar coordenado pela professora Edilene Santana Santos, da Escola de Administração de São Paulo da FGV e que envolveu pesquisadores da Federal do Ceará, USP-RP e Unifesp.

(...) Apesar de a comparação não ser com 2013, a diferença é atribuída à publicação da orientação número 7 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (OCPC-07), que passou a valer para as demonstrações financeiras de 2014, e que faz um alerta às empresas, para que avaliem a relevância quando forem decidir sobre a inclusão de uma informação em nota explicativa, com o objetivo de se evitar um excesso de dados inúteis.

E embora a orientação seja para os preparadores do balanço, a chancela dada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que aprovou o uso da OCPC-07, também serviu para dar tranquilidade aos auditores de que eles não serão cobrados caso se perceba no futuro que uma informação exigida formalmente pela norma, mas pouco relevante, foi omitida.(...)


Um detalhe da pesquisa foi revelado mais adiante:
Os pesquisadores então pegaram todas as empresas que tinham cortado o tamanho das notas em pelo menos 30%, restando 18 companhias, e verificaram, dentro deste grupo, se a qualidade da informação requerida por sete pronunciamentos contábeis tinha diminuído.

Conforme o estudo, houve melhoria nos dados referentes a quatro pronunciamentos, que tratavam de baixa no valor de ativos, intangível, partes relacionadas e combinação de negócios.

Dos três pronunciamentos em que houve piora, Edilene pondera que em dois casos, referentes a instrumentos financeiros e participações societárias, houve mudanças recentes nas normas, que podem explicar a variação.

O principal ponto de atenção foi a nota sobre provisões para contingências, cuja norma não sofreu alterações nos últimos anos, mas que teve o índice de cumprimento de divulgação de informações caindo de 40% para 35% entre 2010 e 2014.


Baseado somente nos parágrafos acima, não é possível afirmar que a "redução de nota explicativa não diminuiu qualidade", o título do texto do Valor Econômico. Mas sem dúvida, é um incentivo para o aparecimento de novos estudos sobre o assunto.

06 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Materialidade

O quanto uma informação é vital para os investidores depende muito de como definir uma informação de “material” ou “imaterial”.

Como o CFO Journal informou na terça-feira, pelo menos meia dúzia de entidades de normatização, incluindo criadores de regras contábeis, SEC e bolsa de valores, possuem algumas diretrizes sobre quais informações devem ser apresentadas aos investidores e quando. (...) As empresas estão cada vez mais preocupadas com que tantas interpretações diferentes de materialidade seja parte do problema ele [Tom Quaadman] disse.

Aqui algumas das definições de materialidade de cinco diferentes reguladores:

Suprema Corte dos EUA:
Em 1976 o juiz Thurgood Marshall escreveu esta definição de materialidade na decisão TCS Industries, Inc. versus Northway Inc. e tem sido considerada nos casos de fraudes de valores mobiliários:

“An omitted fact is material if there is a substantial likelihood that a reasonable shareholder would consider it important in deciding how to vote.”

Comissão de Valores Mobiliários (SEC)
A SEC atualizou sua definição de materialidade ao longo dos anos para alinhar mais com a Suprema Corte. De acordo com a entidade de proteção dos investidores dos EUA a informação é material se:

“when used to qualify a requirement for the furnishing of information as to any subject, [materiality] limits the information required to those matters to which there is a substantial likelihood that a reasonable investor would attach importance in determining whether to purchase the security registered.”

Financial Accounting Standards Board (FASB)
O FASB recentemente propôs deixar seu próprio padrão de materialidade e adotar o padrão da Suprema Corte para deixar claro que materialidade é um conceito jurídico. O conceito atual:

Information is material if omitting it or misstating it could influence decisions that users make on the basis of the financial information of a specific reporting entity. In other words, materiality is an entity-specific aspect of relevance based on the nature or magnitude or both of the items to which the information relates in the context of an individual entity’s financial report. Consequently, the Board cannot specify a uniform quantitative threshold for materiality or predetermine what could be material in a particular situation.

International Accounting Standards Board
O Iasb está considerando alterar seu padrão de materialidade de forma que ele possa focar na informação “que possa ser razoavelmente esperada” para influenciar os investidores e explica que a materialidade pode ser aplicada como um filtro nas demonstrações financeiras. De acordo com a estrutura conceitual atual do Iasb para demonstrações financeiras:

“Information is material if omitting it or misstating it could influence decisions that users make on the basis of financial information about a specific reporting entity. In other words, materiality is an entity-specific aspect of relevance based on the nature and magnitude, or both, of the items to which the information relates in the context of an individual entity’s financial report.”

Public Company Accounting Oversight Board
Auditores e seus clientes corporativos, por extensão, também devem considerar a materialidade quando eles decidem como irão avaliar os livros de uma empresa. O PCAOB inclui a definição da suprema Corte dos EUA mas fornece suas instruções específicas para os auditores:

To obtain reasonable assurance about whether the financial statements are free of material misstatement, the auditor should plan and perform audit procedures to detect misstatements that, individually or in combination with other misstatements, would result in material misstatement of the financial statements. This includes being alert while planning and performing audit procedures for misstatements that could be material due to quantitative or qualitative factors.
…To plan the nature, timing, and extent of audit procedures, the auditor should establish a materiality level for the financial statements as a whole that is appropriate in light of the particular circumstances. This includes consideration of the company’s earnings and other relevant factors. To determine the nature, timing, and extent of audit procedures, the materiality level for the financial statements as a whole needs to be expressed as a specified amount.

Fonte: WSJ

Auditoria nas eleições

Olha o prestígio da profissão:

O vice-presidente jurídico do PSDB e líder do partido na Câmara, Carlos Sampaio (SP), o líder da Oposição Bruno Araújo (PE) e o coordenador jurídico do PSDB, Flávio Henrique Costa Pereira, apresentaram nesta quarta-feira (4/11) os resultados de uma auditoria especial realizada pelo PSDB sobre as urnas nas eleições presidenciais de 2014.

As constatações da auditoria são, no mínimo, preocupantes. De acordo com o resultado, os procedimentos de perícia previstos em leis e regulamentos da Justiça Eleitoral são “insuficientes para a garantia da transparência do processo de eleições”. Isso porque a auditoria constatou, entre outros problemas, que o sistema eletrônico de votação imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não foi projetado para permitir uma auditoria externa independente e efetiva, já que o modelo de auditoria é comandado pela própria Corte, e não se encaixa em nenhum dos modelos reconhecidos internacionalmente.

Por conta disso, não é possível concluir se houve ou não fraude nas eleições. Não porque o sistema eleitoral brasileiro, nas palavras do líder Carlos Sampaio, “é inviolável, mas sim porque o sistema implantado pelo TSE é inaferível, inauditável”.

O levantamento, iniciado em dezembro de 2014 e concluído no mês passado, foi feito com a participação de peritos e especialistas da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), com o objetivo de “fortalecer a confiança no processo eleitoral, já que inúmeras denúncias de fraudes foram veiculadas por eleitores nas redes sociais”. (...)

Além de propor a participação ativa de candidatos, partidos e coligações em todas as etapas do processo eleitoral, a auditoria expõe a necessidade da realização de testes por amostragem nas urnas eletrônicas, para garantir a confiabilidade dos aparelhos; a unificação do horário de encerramento da votação em todo o território brasileiro; a implantação do sistema biométrico já nas próximas eleições; e a criação de um Conselho de Acompanhamento das Eleições, que será composto por membros dos partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Justiça Eleitoral e técnicos do Congresso Nacional.

Fonte: Aqui (Grifo deste blog)

05 novembro 2015

Mudança nas normas

Alterados procedimentos contábeis brasileiros

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 05/11/2016 a Deliberação CVM 739 que aprova o Documento de Revisão de Pronunciamentos Técnicos nº 08.

O Documento reúne revisões de procedimentos contábeis brasileiros com base nas alterações realizadas pelo International Accounting Standards Board (IASB), a serem adotadas mundialmente.


“É nosso compromisso trazer essas mudanças para o Brasil, após amplo debate sobre a melhor forma de aplicação à nossa realidade”, esclareceu o superintendente de normas contábeis e de auditoria, José Carlos Bezerra.

O Documento ainda promove mudanças nos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em decorrência de alterações realizadas nos seguintes procedimentos:

• contabilização de plantas portadoras, de aquisições de participação em operações conjuntas, e de venda ou contribuição de ativos entre investidor e coligada ou empreendimento controlado em conjunto;

• esclarecimentos sobre métodos de depreciação e amortização;

• revisão anual do IASB, ciclo 2012-2014;

• aplicação de exceção na consolidação de entidades de investimento; e

• aplicação prática do conceito de materialidade/relevância.


Os Pronunciamentos Técnicos a serem alterados, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC, são: CPC 01 (R1), CPC 04 (R1), CPC 06 (R1), CPC 18 (R2), CPC 19 (R2), CPC 20 (R1), CPC 21 (R1), CPC 22, CPC 26 (R1), CPC 27, CPC 28, CPC 29, CPC 31, CPC 33 (R1), CPC 36 (R3), CPC 37 (R1), CPC 40 (R1) e CPC 45.

Todas as propostas de mudanças são para vigência para exercícios sociais anuais que se iniciarem a partir de 1º de janeiro de 2016.

Rir é o melhor remédio






Desvinculação de receitas da União prorrogada

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou nesta quarta-feira (4), por 44 votos a favor e 6 contra, propostas de emenda constitucional que prorrogam a DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que dá mais liberdade ao governo no manejo do orçamento.

[...]

A DRU permite que o governo gaste livremente parte de suas receitas, flexibilizando aplicações mínimas obrigatórias em áreas como educação e saúde e facilitando o controle de gastos.

Criado como uma regra transitória em 1994, o mecanismo vem sendo prorrogado desde então. Pela regra em vigor, a DRU expira no final de dezembro. A emenda proposta pelo governo este ano prorroga sua vigência até 2023 e eleva, de 20% para 30%, a parcela das receitas que podem ser gastas livremente.

A CCJ considerou constitucional três propostas de emenda propondo a prorrogação da DRU. Além do texto do governo, foram aprovadas outros dois projetos, que propõem prazos diferentes para a vigência da desvinculação. Caberá à comissão especial aprovar uma proposta final para ser levada à votação no plenário.

[...]

Fonte: Aqui

04 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


Frase

Atenienses preferiam escravos como controllers e auditores pois eles poderiam ser torturados e os homens livres não. (SOLL, Jacob. The Reckoning)

Materialidade

O problema da materialidade não foi solucionado com as normas contábeis. Pelo contrário, cada vez mais informações inúteis são divulgadas. Going Concern mostra o exemplo da AXA, uma empresa que possui um faturamento de 60 bilhões de dólares, mas é obrigada a divulgar qualquer atividade relacionada com o Irã ou Síria. A empresa seguiu a norma, informando que no ano fez o seguro da Embaixada do Irã em Berlin, com um prêmio de 13 mil dólares.

Links

O Google aumenta a ilusão do conhecimento 

Fundos de investimento comportamentais possuem desempenho pior que a média

Universidade do Hamburguer da McDonalds é mais difícil que parece

Felicidade é contagiosa e comunidades online podem ampliar as boas notícias

Como os cientistas sabem que um peixe foi extinto ha 60 mil anos

Ressuscitando a Glass-Steagall (aqui uma versão em português)

03 novembro 2015

Rir é o melhor remédio


- Quando eu tinha 17 meu apêndice se rompeu porque eu pensei que estava sofrendo apenas de cólicas menstruais e não fui para o hospital - então não me diga de sintomas de TPM não são grande coisa.


- - Isso aconteceu comigo durante uma prova final de matemática e eu não achei que era grande coisa até que, mais tarde, fui internada. Meu professor de matemática me perguntava 'você não precisava ter feito a prova final. Por que você não me disse que estava com dores?' e eu falei que já tive cólicas piores. Ele me deu nota 100.

Vaticano: divulgação de notícias e documentos confidenciais

Fonte: Aqui
O Vaticano anunciou nesta segunda-feira que dois membros de uma comissão criada pelo Papa Francisco para estudar revisões financeiras junto à Santa Sé foram presos sob suspeita de vazamento de documentos confidenciais a jornalistas. As prisões vêm à tona apenas alguns dias antes da publicação de dois livros que devem colocar em pauta escândalos que marcam os bastidores da Igreja Católica.

Foram detidos o sacerdote espanhol Lucio Anjo Vallejo Balda e a especialista em comunicação e mídias sociais italiana Francesca Chaouqui. Eles foram levados sob custódia pela polícia do Vaticano no fim de semana. Francesca, entretanto, foi liberada na segunda-feira, depois de concordar em cooperar com a investigação, informou o Vaticano.

Balda, que tem 54 anos e é membro do Opus Dei, foi acusado de divulgar documentos confidenciais, um caso que lembra os vazamentos que minaram o pontificado de Bento XVI. Ele foi detido por ordem do Promotor de Justiça, segundo um comunicado da Santa Sé, que destaca como a divulgação de notícias e documentos confidenciais é "um crime sob a lei IX do Estado da Cidade do Vaticano, de 13 de julho de 2013".

Já Francesca Chaouqui, de 33 anos, foi consultora para a reforma econômica e organizacional da Santa Sé. A jovem assessora do Vaticano era conhecida por seus tuítes polêmicos e sua amizade com um dos jornalistas que revelou os documentos do escândalo "Vatileaks" em 2012.

Divulgar documentos confidenciais tem causado transtornos ao Vaticano desde o vazamento de uma série de documentos, incluindo material pessoal pertencente ao Papa Bento XVI, que Gianluigi Nuzzi publicou no best-seller "Sua Santidade ".

Após a publicação desse livro, o mordomo pessoal do Papa, Paolo Gabriele, foi preso sob a acusação de vazamento dos documentos a Nuzzi. Gabriele foi julgado e foi condenado em outubro de 2012 a 18 meses de prisão. Ele foi perdoado dois meses depois por Bento.

Ecos do escândalo Vatileaks voltaram a repercutir no mês passado no Vaticano, quando um jornal italiano anunciou que o Papa Francisco tinha um tumor cerebral tratável. Mas o Vaticano negou a notícia.

As novas prisões vêm à tona apenas alguns dias antes da publicação de dois livros - "Avareza", de Emiliano Fittipaldi, e "Merchants no Templo", de Gianluigi Nuzzi - que pretendem levantar a tampa de antigos e novos escândalos no Vaticano. O Vaticano disse, nesta segunda-feira, que os próximos livros foram "fruto de uma grave traição da confiança do Papa”. E os autores foram avisados de que escritórios de advocacia do Vaticano estão considerando medidas legais.

O livro de Nuzzi será publicado em vários países na quinta-feira. A publicação pretende mostrar bastidores de lutas travadas por Francisco e seus assessores mais próximos para realizar uma reforma na Igreja. O conteúdo foi produzido com base em "documentos inéditos e gravações em fita", segundo o material de divulgação do livro. A obra sugere que as finanças do Vaticano estavam em tal caos que Bento XVI não tinha escolha a não ser renunciar.

Fonte: Aqui

O significado dos problemas da Valeant

Saiu na The Economist:

Fonte: Aqui
It is fashionable to lament the vapidity and short-termism of institutional shareholders. Without them, it is argued, companies would invest for the long term, run by their enlightened managers. But a rash of creative-accounting incidents is a reminder that firms may go astray. On October 26th Valeant Pharmaceuticals, a drugs company, tried to rebut claims it was massaging its figures. A day later IBM said regulators were investigating how it books its sales. Tesco, a British grocer, is on the rack after admitting inflating its profits. Shares in Noble Group, a Singapore-listed commodities firm accused of questionable book-keeping, have collapsed. In May Hong Kong’s regulators suspended trading in Hanergy, a solar-panel firm. These episodes have had a brutal impact on shareholder wealth, with a total loss of $80 billion.

The last outbreak of outright book-cooking was in 2001-03 when Enron, MCI-WorldCom and Parmalat were found to be engaged in fraud. Together they had $170 billion of assets and all went bankrupt. So far, today’s scandals are different: the firms are accused not of breaking the law but of creative accounting, or stretching the rules to paint an optimistic picture to outside investors. The specific transactions under the microscope are mostly small. For Valeant, Tesco and Noble they accounted for less than 10% of total sales, profits or assets. Despite this, they have led to an outsized slump in market values. The magnified reaction betrays the mistrust in which many big firms are held.

A firm’s market value is supposed to equal the net present value of its future cash flows. In practice it reflects an unstable balance between two versions of the truth. First, the story managers tell, which is usually self-serving and emphasises their brilliance. Second, the numbers. They can be manipulated but are open to scrutiny. Over the years the gap between these two versions of reality has grown. Many bosses of big listed firms are now practised propagandists, in the same way campaigning politicians are, probably because their pay is linked to the share price. Plain talkers struggle. Lawyers script firms’ every utterance, making it hard to have frank discussions with outsiders. Investors have grown cynical and trigger-happy.

An extreme symptom of these tensions is the advent of firms whose integrity is continually contested, just like the character of a presidential candidate. Valeant is backed by two respected hedge funds, ValueAct and Pershing Square, whose boss, William Ackman, has publicly celebrated it. But Valeant has been accused of creative accounting by both James Chanos, a famed short-seller, and Allergan, a rival drugs firm it tried to buy in 2014. Herbalife, a direct-sales firm, has also been the subject of a war of words on Wall Street. Noble, when attacked by an ex-employee and short-sellers over its accounts, adopted the American tactics of indignant rebuttals and legal threats. Although couched in the politically correct language of transparency, the impression left by such cases is of a bunker mentality.

That some communication by bosses and big firms is now guff, or worse, is a huge regret. Rule-setters can only do so much, leaving creative accountants always a step ahead. In the 1980s and 1990s the most common ruses were the use of provisioning and capitalised costs to understate expenses in the profit-and-loss account, and dodgy pension accounting. Once these were stamped out, the game shifted to issuing debt disguised as equity, as practised by most banks in 2003-08 to disastrous effect. Today, four of the five cases in the news involve dealings with notionally arm’s-length entities—perhaps this is the latest area of innovation. With half of America’s big firms experiencing shrinking profits, the urge to juice the numbers may be rising. The boom in unlisted technology firms with billion-dollar valuations, the “unicorns”, is also a worry. Lacking outside scrutiny, showered with praise and supposedly worth a combined $200 billion-plus, there will surely be a few spectacular frauds.

[...]


Empresas suecas testam jornada de seis horas

Erika Hellstron termina o trabalho no escritório às 15h30 e vai fazer uma caminhada em uma floresta que cerca a cidade onde ela mora. A diretora de arte de 34 anos costumava ter turnos de trabalho longos e irregulares quando trabalhava como freelancer. Agora ela trabalha para uma das primeiras start-ups estabelecidas na Suécia a oferecerem um turno de trabalho de seis horas por dia.

A empresa, em Fallun, região central do país, é apenas uma de várias no país que estão testando esse novo conceito - ligado à obsessão nacional com o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. "Para mim é fantástico. Tenho mais tempo livre para treinar ou para estar ao ar livre enquanto ainda há luz ou trabalhar no meu jardim", disse Erika.

O chefe de Erika, Jimmy Nilsson, é um dos proprietários da companhia, a Background AB. Eles lançaram os novos turnos de trabalho em setembro como parte dos esforços para criar uma força de trabalho mais produtiva. "É difícil se concentrar no trabalho durante oito horas, mas com seis horas você pode se concentrar mais e fazer as coisas mais rapidamente", disse.

Os funcionários da Background AB chegam entre 8h30 e 11h30, têm uma hora de almoço e, depois de mais três horas no batente, já estão a caminho de casa. Foi pedido que eles evitassem as redes sociais no escritório e deixassem telefonemas ou e-mails com assuntos pessoais para o fim do dia. E, desde o início da mudança em setembro, os salários não mudaram.

"Vamos tentar (o turno de trabalho de seis horas) por nove meses e, primeiramente, ver se é econômico, depois vamos ver se funciona para nossos clientes e funcionários", afirmou Nilsson.

Outros testes
O conceito do turno de trabalho de seis horas não é totalmente novo na Suécia, mas em 2015 a ideia vem sendo retomada.

Em um centro de atendimento da Toyota na costa oeste da Suécia os turnos de trabalho para mecânicos já tinham sido reduzidos há mais de uma década. A companhia registrou aumento nos lucros e manteve os turnos mais curtos.

Também ocorreram outros testes no setor público nas décadas de 1990 e 2000, mas não foi para a frente por causa de problemas políticos e falta de dados para analisar se a iniciativa deu certo ou não.
Nos últimos meses, várias start-ups de Estocolmo seguiram o exemplo da Background AB e estão testando os turnos mais curtos. No norte da Suécia, em Umea, dois departamentos de um hospital também estão testando os turnos curtos e uma unidade de cirurgia também participa da iniciativa no Hospital da Universidade de Sahlgrenska, em Gotemburgo.

O local que ficou mais famoso pelo turno de seis horas foi um asilo no oeste da Suécia, onde 80 enfermeiras começaram a trabalhar seis horas por dia em fevereiro como parte de um teste de dois anos. Outros 80 funcionários de um asilo parecido continuam trabalhando as tradicionais oito horas por dia.

"Ainda é muito cedo para tirar qualquer conclusão, mas as enfermeiras trabalhando menos horas estão tirando menos licenças de saúde e relatam menos estresse", disse Bengt Lorensson, consultor contratado pela cidade de Gotemburgo para analisar os dados. Ele afirma que o cuidado com os pacientes parece ter melhorado e os funcionários estão organizando mais atividades como aulas de dança, sessões de leitura em grupo ou caminhadas ao ar livre. "Agora estamos analisando os indicadores iniciais, mas podemos ver que a qualidade do trabalho está mais alta."

Autoridades suecas e de outros países estão acompanhando o projeto e Loresson afirma que está sobrecarregado com o interesse da imprensa global na pesquisa que ele está fazendo. O consultor afirma que, apesar dos resultados, ainda deve levar muito tempo até o turno de seis horas de trabalho se transformar em regra na Suécia.

[...]

'Respeito Mútuo'
Na Suécia, apenas cerca de 1% dos funcionários trabalham mais de 50 horas por semana, uma das taxas mais baixas na OCDE (Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento), onde 13% é a média registrada.

Por lei, os suecos têm 25 dias de férias - mas muitas companhias grandes oferecem mais. Pais têm 480 dias de licença quando têm filhos, para dividir entre eles (entre o pai e a mãe). A maioria dos escritórios está vazia depois das 17h.

"É uma experiência muito diferente de quando trabalhei na Grã-Bretanha e clientes queriam entrar em contato nos fins de semana e durante a noite", disse Ameek Grewal, de 29 anos, que nasceu no Canadá e foi transferido pelo Citibank de Londres para Estocolmo há um ano.

Ele admite que pode ser "frustrante" para as pessoas acostumadas a turnos de trabalho mais longos ou a ter respostas rápidas de clientes. Mas Grewal acredita que o modelo sueco traz mais benefícios.

"Aqui há respeito mútuo. Eu vou esperar até começar o horário comercial para ligar ou mandar um e-mail para meus clientes e, ao mesmo tempo, sei que não vão me ligar quando eu estiver de férias."

[...]

Fonte: Aqui

Bond

A História de Bond: receita, Nota do filme e quantidade de mortes/martinis/conquistas