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15 março 2014

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia no nosso blog:

1 – Esta empresa recebeu um presente do Supremo esta semana: mais de 3 bilhões de reais. A massa falida agradece
Arapuã
Mesbla
Panair
Varig

2 – A indenização da empresa da questão anterior deve-se
A diferença na tarifa permitida pelo governo e a inflação
A falta de aporte ao fundo de pensão da empresa
A taxação abusiva em razão da subestimação do indexador de correção monetária
Ao pagamento de precatórios devidos

3 – Uma análise na entidade filantrópica deste artista internacional revelou muitas despesas, mas poucas relacionadas com o bem da sociedade. Este artista é
Elton John
Justin Bieber
Lady Gaga
Rick Martin

4 – O governo deste país criou uma comissão para estudar medidas para reduzir a complexidade tributária
Alemanha
Estados Unidos
Reino Unido
Rússia

5- A comissão da questão anterior encontrou um problema de ordem teórica para seu funcionamento
A definição de complexidade
A determinação da abrangência dos tributos
A falta de um mecanismo de mensuração dos efeitos da complexidade
As mudanças constantes da lei influenciam na complexidade

6 – Esta empresa fez uma captação gigantesca de dívida a uma taxa bem acima dos juros básicos. Isto é um reflexo do já elevado nível de endividamento
EBX
Gerdau
JBS
Petrobrás

7 – A empresa multinacional H&R Block está chegando ao Brasil. Sua atuação na área contábil está relacionada a
Auditoria
Criação de sistemas de controle interno
Elaboração de laudos de impairment
Imposto de renda de pessoa física

8 – Barclays e PwC foram notícias em razão do cancelamento de uma parceria que já durava muitos anos. Mais precisamente
12 anos
120 anos
50 anos
78 anos

9 – Acusado de não pagar imposto, esta empresa global tentou rebater a acusação de um ministro do governo brasileiro
Amazon
Apple
Coca-Cola
Google

10 – Eike Batista está muito mal financeiramente. A estimativa da Bloomberg é que o patrimônio líquido pessoal seja negativo em
1,2 bilhão de dólares
12 bilhões de dólares
12 milhões de dólares
120 milhões de dólares

Resposta: (1) Varig; (2) tarifa (3) Lady Gaga; (4) Reino Unido; (5) definição de complexidade; (6) Petrobrás; (7) imposto; (8) 120 anos; (9) Google; (10) 1,2 bilhão de dólares


Se acertou 9 ou 10 = parabéns, você é o GM (grande mestre) dos testes; 7 e 8 acertos é um mestre; 5 e 6 = aspirante a mestre

14 março 2014

Rir é o melhor remédio


Varig recebe um presente 2

A questão da Varig foi bem debatida numa pesquisa que foi publicada na Pensar Contábil, um periódico de excelente qualidade, em 2013. Num artigo de Fernanda Jupetipe e Poueri Carmo Mário, os autores fazem uma análise do processo jurídico da recuperação judicial da VArig SA. Especificamente, eles analisaram os custos do processo, direto ou indireto, durante os anos de 2005 e 2006. Ou seja, posteriormente ao problema de congelamento dos preços das tarifas, que levou a recente vitoria no Supremo.

A pesquisa mostra que os custos diretos são reduzidos, mas são significativos em termos absolutos. A pesquisa mostra que a venda da Unidade Produtiva Varig afetou fortemente os resultados da empresa e reduziu as chances de recuperação judicial.

Varig recebe um presente 1

(...) o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira que a União deve pagar uma indenização bilionária à massa falida da companhia aérea Varig. O valor pode passar de R$ 3,05 bilhões. O resultado do julgamento era aguardado por aposentados e pensionistas do fundo de pensão Aerus, que esperam receber dívidas trabalhistas e previdenciárias.

Os ministros decidiram que o congelamento de preços das passagens aéreas, imposto pelo governo para conter a inflação no período de 1985 a 1992, causou prejuízos à Varig. De acordo com o entendimento firmado, a União é responsável pelo desequilíbrio econômico e financeiro causado pelo controle dos valores dos bilhetes.


É interessante que não se julgou a culpa do populista de plantão que tomou a decisão.

Os valores exatos da indenização são divergentes. A Varig alega que o congelamento de preços dilapidou o patrimônio da empresa e pede indenização de R$ 6 bilhões. O valor seria usado para pagar dívidas trabalhistas e previdenciárias de ex-funcionários e integrantes do fundo de pensão Aerus, patrocinado pela empresa. Para o Aerus, a indenização em valores atualizados é R$ 7,2 bilhões.


Quem já fez perícia sabe que o valor depende da forma de cálculo. Se quiserem, pode chegar a mais de 10 bilhões.

Apesar de ser voto vencido, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, disse que foi criada uma expectativa errada de que a indenização poderia ser usada para pagar os credores do fundo de pensão Aerus. O ministro explicou que o STF está julgando fatos que aconteceram antes do início dos problemas com o fundo. "Acho impróprio vincular esta ação com o Aerus", disse.


Isto talvez explique a razão do Fundo Aerus estar tentando receber o crédito diretamente da União.

A maioria dos ministros seguiu o voto da ministra Cármen Lúcia, contrário ao governo. O voto dela foi seguido pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes foram vencidos.

Em seu voto, preferido em maio do ano passado, a ministra disse conhecer precedentes do STF que não reconhecem responsabilidade civil por atos da administração pública executados legalmente, mas informou que ainda assim vê o direito à indenização. Segundo ela, os aposentados e pensionistas do Aerus "estão pagando com a própria vida" pela demora no julgamento definitivo.

Taxação das Coligadas

Notícia do Estadão

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu ontem a empresários descontentes mudanças na tributação sobre o lucro das multinacionais brasileiras no exterior e conseguiu uma trégua nas críticas sobre a Medida Provisória 627, que trata do assunto. Os empresários querem barrar pontos da MP que ampliam a carga tributária.


Isto é um sinal de fraqueza do governo. E do ministro, que sonha em manter-se no cargo.

O ministro prometeu flexibilizar aspectos do texto apontados como problemáticos pelas empresas. Alguns já serão negociados com o Congresso para inclusão na MP das Coligadas, como ficou conhecida, que deve ser votada na Comissão Mista na próxima semana. O que não for concluído até lá, o governo se comprometeu a editar no futuro outro marco legal. Ficou acertado que um grupo técnico entre empresários e governo será criado para negociar.


O dinheiro dos empresários aliado a revolta dos aliados aumentaram a chance da MP ser derrubada.

Mantega se reuniu por quase cinco horas com 18 empresários pesos pesados da economia. Por trás do encontro está a preocupação com ameaças veladas do relator da MP, líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), que declarou guerra à presidente Dilma Rousseff por entender que o partido merece mais espaço no governo. Com o apoio dos empresários, fica mais fácil para o governo um acordo na votação da medida. O temor é que o assunto seja usado como nova retaliação por Cunha. (...)

Uma das controvérsias entre empresários e governo é a resistência da Receita Federal em incluir na MP a isenção da cobrança de tributos no Brasil sobre o lucro obtido no exterior quando a empresa está em um país com acordo de bitributação.

Informação Privilegiada

A Comissão de Valores Mobiliários investiga se o empresário Eike Batista usou informações privilegiadas e manipulou preços na negociação de ações da empresa OGX. O processo administrativo sancionador foi instaurado no dia 24 de fevereiro e a CVM aguarda as alegações da defesa, que foi intimada. Segundo o registro, está sendo investigado o descumprimento ao artigo 155 parágrafo 1º da Lei das S.A., que determina que o administrador guarde sigilo sobre informações de empresas abertas que não sejam públicas e da proibição de negociar ações valendo-se dessas informações

Fonte: Aqui

A Caridade de Lady Gaga

Uma análise da Born This Way Foundation, de Lady Gaga, feita pela Gawker revela que esta entidade gastou 300 mil dólares em consultoria estratégica, 406 mil em advogados, 150 em consultoria filantrópica, 62 mil em produção, 50 mil em mídia social, alem de diversos outros gastos. Em filantropia, talvez 5 mil dólares. A BTWF tem uma missão vaga e faz algumas campanhas, como contra a bulimia.

Indexação

A inflação de 0,69% de fevereiro, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), veio marcada pela indexação, preocupante para o Banco Central e economistas. Quase a metade da alta, 43%, partiu de quatro itens - cursos regulares, energia elétrica, aluguel e condomínio -, todos reajustados anualmente, seguindo diferentes indicadores econômicos. Assim, o custo de vida atingiu no mês passado o maior patamar registrado em um mês de fevereiro desde 2011 (0,80%). Fonte: Brasil Econômico

Os preços, numa economia capitalista, deveriam ser estabelecidos pelo mecanismo da oferta e procura. Entretanto, pressões de entidades de "defesa do consumidor" ou do governo fazem com que os contratos sejam reajustados por índices, a princípio neutros, calculados numa cesta de produtos.

Bancos Europeus

Ontem postamos o caso do prejuízo do UniCredit. O texto citado alerta que as baixas contábeis eram decorrentes dos testes de stress que seriam realizados pelo Banco Central.

Parece que o caso do UniCredit não é uma exceção. Diversas entidades já anunciaram baixas contábeis, na tentativa de limpar os balanços (gráfico). O total chega a quase 80 bilhões de euros em 2013. Talvez seja decorrente do alerta dado pelo Banco Central Europeu em apertar a fiscalização.

Caixa

A agência International Air Transport Association (IATA), que representa a grande maioria do tráfego aéreo do mundo, advertiu o governo da Venezuela. Isto ocorreu depois que muitas empresas anunciaram que não irão fazer mais vôos para aquele país. Em geral estas empresa recebem em bolívares, moeda local, que são trocados por dólares no banco central da Venezuela.

Devido a escassez de dólares, o governo da Venezuela parou de pagar em dólares. E como algumas despesas são realizadas nesta moeda, a ausência da moeda atrapalha a vida das empresas. O país reduziu suas reservas internacionais, de 35 bilhões de dólares em 2009 para 20 bilhões (gráfico).

Listas: 17 equações que mudaram o mundo

Fonte: Aqui

(Particularmente, escolheria a fórmula básica dos juros compostos, em lugar de Black Scholes).

13 março 2014

Rir é o melhor remédio


Prejuízo na Itália

Um texto publicado no Estadão:

O UniCredit, maior banco da Itália em ativos, divulgou ontem um surpreendente prejuízo de 14 bilhões em 2013, após enormes baixas contábeis relativas a fusões e empréstimos podres, refletindo medidas para limpar o balanço antes de uma verificação da solidez do setor por reguladores europeus.

Este tema já foi objeto de postagem neste blog recentemente.

O UniCredit informou ontem que as provisões para devedores duvidosos no ano totalizaram 13,7 bilhões, sendo 9,3 bilhões provisionados apenas no quarto trimestre. Os resultados do UniCredit mostraram a limpeza mais dramática de um balanço contábil até agora na zona do euro antes dos testes de saúde bancária que será feito pelo Banco Central Europeu (leia mais ao lado).


Então somente a provisão não justifica todo o prejuízo. Mas observe o leitor que o texto fala em provisão.

"Esta foi uma limpeza chocante", disse um analista do setor bancário, que não quis ser identificado. "A companhia está assumindo 9,3 bilhões de euros com empréstimos. Tínhamos previsto 4,5 bilhões e ainda achávamos que era uma estimativa alta".


Uma confusão entre despesa com devedores, provisão e empréstimos. Agora é o empréstimo. Para continuar...

Baixas. A baixa contábil referente a ágio feita pelo UniCredit ficou em 9 bilhões, conforme o banco realizou expressivas baixas no valor de suas aquisições desde 2005.


Agora a baixa é decorrente de ágio...

O enorme prejuízo líquido registrado no ano passado leva em consideração um ganho líquido de capital de 1,2 bilhão oriundo da reavaliação da participação do UniCredit no Banco Central da Itália, cuja contabilidade ainda está sendo discutida.

O resultado se compara a uma estimativa média entre analistas de um lucro de 916,5 milhões em 2013, segundo uma pesquisa feita pela Thomson Reuters


Pergunta: Afinal, qual foi a principal razão do prejuízo? (Foto: Maluco Beleza, Raul Seixas)

Brasil, um país improdutivo

Editorial O Estado de S.Paulo

A combinação perversa de baixo crescimento, inflação elevada e contas externas em deterioração reflete a baixa eficiência da economia brasileira, batida com folga nos últimos anos tanto pelos competidores mais dinâmicos da Ásia quanto por vários vizinhos sul-americanos. Nos últimos 25 anos o Brasil foi um retardatário na corrida da produtividade, como têm indicado estudos de respeitadas instituições públicas e privadas. Segundo relatório recém-publicado pela consultoria McKinsey & Company, a produtividade do trabalho cresceu em média, no Brasil, 1% ao ano no quarto de século até 2012. No mesmo período, o aumento anual chegou a 4,7% na Coreia do Sul, 3,3% no Peru, 2,4% no Chile e 1,6% nos Estados Unidos. Diferentes estudos podem apresentar diferenças nos resultados numéricos, mas a conclusão básica é a mesma, em todos os casos, e ajuda a entender a perda de vigor da economia nacional, nos últimos anos, e o baixo poder de competição de sua indústria.

Sem ganhos consideráveis de eficiência, o Brasil continuará incapaz de avançar em ritmo semelhante ao de outros países emergentes, nos próximos anos. A expansão econômica do País tem dependido excessivamente da incorporação de mão de obra. Os ganhos provenientes dessa incorporação tendem a diminuir, com a mudança demográfica e a expansão mais lenta da oferta de trabalho. Cada vez mais o aumento do PIB dependerá da produtividade gerada por investimentos em educação, inovação, máquinas, equipamentos e infraestrutura.

Em todos esses quesitos o Brasil está atrasado. Principalmente nos últimos dez anos, o governo escolheu prioridades erradas para a educação; demorou a se preocupar com a infraestrutura; administrou mal os próprios gastos; desperdiçou recursos com empresas selecionadas; e adotou uma política industrial anacrônica, baseada no protecionismo.

Segundo o Ipea, entre 1992 e 2001, o aumento do PIB per capita foi derivado quase totalmente (uma parcela de 93,23%) dos ganhos de produtividade. Nos dez anos seguintes essa fatia encolheu para 70,63%, enquanto cresceu a importância da absorção de mão de obra.

De acordo com o mesmo estudo, publicado em setembro de 2013, a agropecuária foi o setor com maior aumento de produtividade entre 2000 e 2009 - uma taxa média anual de 3,8%. Nesse período, na indústria de transformação a perda anual foi de 0,8%. Entre 2007 e 2010 houve um ganho acumulado de 6% na indústria de transformação (pouco mais de 1% ao ano) e de 20% na de extração mineral.

Análise mais recente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) apontou um aumento de 2,4% na produtividade do setor em 2013, quando a produção cresceu 1,2%, as horas pagas diminuíram 1,3% e o nível de emprego caiu 1,1%. A ocupação diminuiu e as empresas, aparentemente, retiveram a mão de obra com melhores qualificações. No triênio, no entanto, a produtividade aumentou em média apenas 0,6% ao ano.

"Esse é um fator preponderante", segundo a análise, para explicar a perda de competitividade do produto nacional diante do estrangeiro tanto no mercado interno como no externo. Essa perda, perceptível há anos, explica a participação crescente dos importados no mercado nacional de bens industriais e o déficit brasileiro no comércio de manufaturados e semimanufaturados.

Nem com o aumento de produtividade estimado para 2013 a indústria nacional se tornou mais capaz de competir, porque esse ganho foi anulado, segundo o estudo do Iedi, por um aumento salarial equivalente. No triênio, o custo da mão de obra subiu 3,2% em média, por ano, superando de longe a elevação de eficiência da mão de obra. Esse descompasso entre salário e produtividade na indústria tem sido apontado em relatórios do Banco Central (BC) como um importante fator inflacionário. Essa relação, conhecida há muito tempo, é um lugar comum nos manuais de análise econômica. Os formuladores da política econômica parecem ignorá-la.

Complexidade

Segundo o The Telegraph, o governo inglês criou uma comissão para estudar a possibilidade de simplificar os impostos. A equipe resolveu classificar as normas conforme fazer uma classificação de complexidade visando priorizar o trabalho.

Mas a solução encontrada revelou-se muito mais difícil: uma pesquisa na literatura revelou que existe muita polêmica para definir complexidade.

Listas: Número de Parceiros no comércio mundial

A seguir a relação do número de vezes que o país é o principal parceiro comercial:

1. Estados Unidos = 44 países
2. China = 35
3. Alemanha = 18
4. França = 14
5. África do Sul = 10
6. Rússia = 9
7. Austrália = 6
8. Índia = 6
9. Brasil = 5
Japão = 5
Nova Zelândia = 5
União dos Emiratos Árabes = 5

Fonte: Quartz

12 março 2014

Rir é o melhor remédio

Eu só quero lavar as mãos. Qual é o sabonete líquido?

Listas: Os mais bem pagos da Bilboard

1. Taylor Swift (foto) - $39,699,575.60
2. Kenny Chesney - $32,956,240.70
3. Justin Timberlake - $31,463,297.03
4. Bon Jovi - $29,436,801.04
5. The Rolling Stones - $26,225,121.71
6. Beyoncé - $24,429,176.86
7. Maroon 5 - $22,284,754.07
8. Luke Bryan - $22,142,235.98
9. Pink - $20,072,072.32
10. Fleetwood Mac - $19,123,101.98

Fonte: Aqui

Desmatamento

O gráfico mostra, em vermelho, a perda de cobertura vegetal entre 2000 a 2013. De azul, o ganho de cobertura. É nítido que estamos perdendo na região Centro-Oeste e Norte, mas existem alguns ganhos em certas áreas da região Sul e Sudeste.

Hábito de Leitura

Quem é professor sabe como é difícil fazer os alunos lerem. Esta tarefa parece que é mais difícil a cada dia que passa, onde as facilidades da tecnologia parecem afastar o discente de uma leitura mais aprofundada. Em lugar disto, os alunos estão mais interessados nos curtos comentários das redes sociais. E isto é um problema para os mestres.

Uma pesquisa recente verificou o hábito de leitura de alunos do primeiro, quarto e oitavo semestres numa universidade estadual da Bahia no curso de contabilidade. O trabalho mostra alguns fatos já conhecidos e outros nem tanto. É importante verificar que no primeiro semestre 43% dos alunos não trabalhavam; este percentual cai para 13% no quarto semestre e 8% no oitavo. Ao mesmo tempo, o número de alunos que trabalham em tempo integral aumenta de 32% no primeiro semestre para 71% no oitavo. Esta parece ser uma realidade que constatamos em quase todos os cursos de contábeis do Brasil.

Outro destaque da pesquisa dos autores é a fonte da leitura. Os alunos novos, que estão no início do curso, tem como fonte principal de notícia a Internet (93%). Mas para os alunos do último ano este percentual cai para 79% e os livros passam a fazer parte da rotina (7% versus nenhuma resposta). É bem verdade que não sabemos se esta mudança no perfil da leitura se deve a idade dos respondentes, que geralmente são mais novos no inicio do curso (a juventude possui muito mais contato com a internet que os mais velhos).

Um aspecto curioso da pesquisa é a justificativa para a prática da leitura. Nos alunos do primeiro semestre a falta de tempo era responsável por 54% das respostas, enquanto que no último ano este percentual cai para 39%. Mas aparentemente isto não faz sentido, já que os alunos do primeiro semestre em geral não trabalham, conforme resultado da própria pesquisa. Esta resposta seria incoerente? Talvez não, já que o cansaço passa a ser uma grande desculpa para os alunos do meio e final de curso (41% e 37% das respostas).

A pesquisa merece ser aperfeiçoada e aplicada em outras realidades do Brasil. Talvez assim possamos saber, como maior precisão, o que realmente faz o hábito da leitura nos alunos de ciências contábeis.

Leia mais em: SANTANA, Hanaelson; PEREIRA, Daniel; SILVA, Luiz; ARAÚJO, Kroiff. Hábito de leitura dos alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. Revista de Administração e Contabilidade, vol. 5, n. 3, p. 100-116.