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21 março 2012

A Vitória da Padronização


No livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, apresentamos as vantagens e desvantagens da padronização no primeiro capítulo. Tudo leva a crer que as vantagens sejam superiores as desvantagens, já que na prática contábil a existência do laissez-faire seja uma exceção, predominando o intervencionismo na regulação contábil.

Entretanto, dois aspectos devem ser considerados: o teorema de Arrow e a superprodução de normas.

Na década de cinquenta, o economista Kenneth Arrow desenvolveu um modelo sobre a agregação de preferências de indivíduos. Isto ficou conhecido como Teorema de Arrow ou Teorema da Impossibilidade de Arrow. Arrow estabeleceu algumas regras básicas para que uma decisão coletiva agregasse as preferências das pessoas. Entretanto, Arrow mostrou que não existe nenhuma regra de agregação de preferência que tenha as propriedades desejadas e que não sejam reflexo de um individuo “ditador”.

O teorema de Arrow tem sido lembrado na teoria quando se discute a padronização contábil. Nestas situações, um dos usuários irá exercer o papel preponderante, impedindo que as demandas dos outros usuários sejam consideradas. Isto indicaria que o processo de padronização seria inerentemente injusto. Entretanto, deve-se notar que o teorema de Arrow não é aceito integralmente como verdadeiro nas discussões teóricas sobre o processo de normas contábeis.

O segundo aspecto refere-se a superprodução de normas. Isto decorre de uma proliferação no número de normas além do aumento no detalhamento das mesmas. O fato é agravado pela presença de diferentes reguladores ou do fato de alguns reguladores aprovarem parcialmente algumas das normas contábeis promulgadas. A complexidade do ambiente externo também contribui para o número excessivo de normas.  O problema é que isto afeta o custo de produção das demonstrações contábeis, além de tornar mais complexa a informação contábil.

Referências
RIAHI-BELKAOUI, Ahmed. Accounting Theory. London: Thomson, 2004.
WOLK, Harry et al. Accounting Theory. Los Angeles: Sage, 2008.

P/L = Preço da ação / Lucro por ação

Definição – corresponde a relação entre o preço da ação e o lucro por ação da empresa. Supondo que o lucro líquido é dos acionistas, mede o tempo de retorno do investimento de uma ação

Fórmula – P/L = Preço da ação / Lucro por ação

Sendo
Preço da ação = representa o valor de negociação médio das ações da empresa, numa determinada data.
Lucro por ação = corresponde ao lucro líquido do exercício dividido pelo valor da ação.

Como ambos os itens são divididos pelo número de ação, o P/L corresponde a relação entre o valor de mercado do capital próprio dividido pelo lucro líquido do exercício.

Unidade de Medida – A medida está expressa em número de períodos. Se o lucro usado corresponde ao lucro trimestral, o valor do P/L estará expresso em trimestres. O mais usual é usar o lucro anual e, portanto, o P/L corresponde ao número de anos.

Intervalo da medida – Como não faz sentido usar este índice quando a empresa tem prejuízo, podemos dizer que o intervalo está entre zero a infinito. Em momentos de mercado aquecido o valor tende a ser maior. Valores entre 5 a 20 são normais no mercado.

Como calcular – Este índice pode ser calculado por uma das duas fórmulas apresentadas. O lucro pode ser obtido na demonstração do resultado da empresa. Já o valor de mercado refere-se o valor cotado na bolsa de valores. Algumas bases de dados fornecem este número já calculado.

A figura seguir mostra o valor do P/L já calculado para a empresa Multiplus, que atua com programas de fidelidade. O índice já foi calculado e o resultado é de 21,3, indicando que com o lucro apurado pela empresa e o preço de negociação da ação no mercado, um investidor levará 21,3 anos para ter de volta o valor investido, considerando somente a geração de lucro.



Grau de utilidade – Moderado. Sua aplicação só pode ser feita para empresas com ações negociadas na bolsa de valores. Isto, obviamente, limita seu uso. Mas este é um índice que também possui aplicações mais abrangentes, sendo usado, na média do mercado, para evidenciar o grau de “aquecimento” do mercado.

Controvérsia de Medida – Alguma. O principal problema talvez seja o cálculo do lucro por ação.

Observações Adicionais

a) Em situações onde existe um mercado aquecido, o valor do P/L tende a aumentar. Assim, é importante a observação de uma série histórica do índice.

b) O cálculo do lucro por ação deve levar em consideração os tipos de ações existentes em cada empresa, o percentual do capital e a cotação no mercado.

c) Como o lucro é uma informação divulgada, para as empresas de capital aberto, a cada três meses, a periodicidade deste índice deve ser também trimestral.

d) Para evitar que o índice seja influenciado pela distribuição de proventos, é comum as bases de dados fazerem um ajuste para proventos no preço das ações.

e) Durante um determinado período podem ocorrer ofertas e cancelamentos de ações. O mais usual é trabalhar com a estrutura de capital mais recente da empresa.

f) Assim como os demais índices, não existe um valor ideal. Valores elevados denotam um preço aquecido, indicando ser um momento para venda das ações; valores reduzidos pode ser um sinal de que o preço da ação da empresa está baixo. É sempre importante fazer um comparativo do histórico da empresa e do mercado.


Veja também:


Apple

O gráfico mostra a evolução do lucro líquido, da mudança no caixa, dos dividendos e recompra de ações na Apple, após o anúncio do início da semana. Note como a mudança do caixa acompanha, razoavelmente bem, o lucro líquido da empresa. 

Em geral, quando o lucro se distancia do caixa, isto pode significar "ajustes" contábeis no sentido de melhorar os resultados da empresa. Não é o caso, obviamente. 

Basileia III

O acordo da Basileia estabelece regras para o capital das instituições financeiras. O terceiro acordo, que ainda será implantado, irá alterar as exigências de capital para alguns bancos brasileiros. Segundo o Brasil Econômico, o mercado acredita que o Banco do Brasil irá precisar de capital novo a partir de 2013:

O BB, dentre os grandes bancos, deve ter o impacto mais intenso e precisar de capital novo a partir do final de 2013, segundo os analistas. (...)


Ao anunciar a audiência pública, o Banco Central já havia adiantado que, devido ao conservadorismo da regulamentação brasileira, os bancos nacionais deveriam realizar "um esforço menor do que o exigido para a maioria dos bancos em outros países".

Consumo de Energia

O consumo de energia mundial, de 1820 até os dias de hoje. A humanidade usa cada vez mais energia, sendo boa parte dela proveniente do petróleo e carvão (verde e vermelho no gráfico). Fonte: Aqui

Poder ao longo da história

O gráfico mostra a participação de nove países na riqueza mundial. No eixo, a variação temporal, do declínio do Império Romano até os dias de hoje. Infelizmente o gráfico não é uniforme no transcorrer do tempo.

De vermelho escuro, a China, que no início da história moderna era a maior potência, juntamente com a Índia (vermelho mais claro). O predomínio dos Estados Unidos começa a partir do início do século XX.

A ascensão da China nada mais é do que a volta daquele país ao centro da economia mundial. Onde já estava antes da Revolução Industrial.

Fonte: aqui

Governança Tributária


Por Roberto Cunha

Roberto Cunha é sócio da Prática de Impostos Indiretos & Aduaneiros da KPMG no Brasil.

Podemos conceituar a Governança Tributária como a prática de controle de todos os processos que afetam as informações operacionais, de negócios e tributárias destinadas à gestão dos tributos a que uma organização está sujeita. Isto inclui os cálculos, a elaboração de guias de recolhimento, a escrituração de livros fiscais e a elaboração de obrigações acessórias relacionadas aos tributos indiretos sobre insumos, mercadorias, produtos e serviços que circulam nos negócios realizados pelo Brasil afora, e cuja tributação representa hoje aproximadamente 47% da arrecadação brasileira.

A maior parcela da arrecadação do país, algo em torno de 73% do total, vem dos tributos que incidem sobre o consumo (impostos e contribuições indiretas) e dos encargos sobre as folhas de pagamento das organizações. No entanto, efetivamente pouco mais de um terço deste percentual representa custos que de fato afetam os resultados líquidos das corporações,equivalentes à oneração das folhas. Os aproximadamente dois terços restantes, que são apurados pela arrecadação dos chamados tributos indiretos (como IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins, que incidem ao longo da cadeia de produção), acabam sendo “financiados” pelas empresas, que recuperam esses recursos pois os valores relacionados a eles acabam sendo ressarcidos pelos consumidores às empresas por terem sido repassados na composição dos preços de bens e serviços oferecidos pelas organizações.


Vale ressaltar que a recuperação completa desses recursos depende de uma eficiente gestão tributária pelas empresas, já que o descumprimento de qualquer regra da legislação tributária - quer pela sua aplicação simples e direta, quer pelo equivoco dos fatos tributáveis - levará o agente à obtenção de resultados que possivelmente lhe serão cobrados no futuro. O resultado irregular se traduz em vantagem pecuniária e competição ilegal que advém do menor preço dos produtos que não incorpora os custos tributários devidos, o que é passível de graves punições pelo Fisco.

Percebe-se que a atividade de gerir os tributos numa organização é bem ampla e requer grande habilidade e correção na busca e entendimento de toda a operação desenvolvida por ela e por todos os seus departamentos. Tudo isso especialmente diante do fato de que os registros finais das transações são digitais atualmente, em razão da adoção em nível nacional do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital

(...) Adicionalmente, o gestor tributário também participa da formação de preços dos bens e serviços a serem praticados, provendo os demais gestores de informações suficientes e necessárias para a adequada precificação. Para isso, precisa conhecer, por exemplo: o percentual de perdas no processo de produção; se a produção se destina ao mercado interno ou externo; se houve alteração nos itens de produção por evolução tecnológica ou qualquer outro motivo; se o fornecedor teve alguma alteração quanto ao sua localização ou cadastro, pois isso poderá afetar alguns detalhes na tributação ou na manutenção de créditos tributários, entre outros fatores.

Concluindo, ter conhecimento e acesso às informações são fatores essenciais ao gestor de tributos, pois, como citado, existem riscos consideráveis relacionados a eventuais falhas ou imprecisões na prestação de contas feita pelas empresas ao Fisco. Dispor de sistemas tecnológicos eficientes, comunicação alinhada entre as áreas da organização e atualização constante de informações e conhecimento relacionados à área são elementos de suma importância que não podem ser relegados a um segundo plano.

20 março 2012

Dia do blogueiro

Hoje é dia do blogueiro segundo a nossa adorável blogueira, é claro, Cláudia Cruz! E tendo em vista a confiabilidade da fonte, nem fui procurar em outros lugares. Já parti para a celebração! E a Amazon, outra adorável em nossas vidas, já sabia e me entregou uma encomenda cedinho!
Ah! Amazon! Sua linda! Me enche de amor e orgulho!



Agora temos a coleção completa do Dilbert e do Calvin & Hobbes. Quer feriadão melhor que este!?

Parabéns para todos os blogueiros mundo afora! \o/

P.S. - Ah. E feliz aniversário para minha irmã caçula. Depois que eu ler todos, empresto pra você. Supervisionado, claro.
P.P.S. - Também veio um livro de Governança em inglês que meus alunos vão ADORAR! Not! ;)

Rir é o melhor remédio

"Ele está bem mais atencioso desde que descobriu que eu tenho uma bomba!"
Adaptado daqui

Links


Internacional
Banco do Vaticano envolvido em polêmica 
O mistério do petróleo saudita 
TV Síria acusa o Barcelona (e Messi) de passarem mensagem cifrada para os rebeldes 

Contabilidade
Privatização da universidade dos EUA e influencia sobre a profissão contábil 
Ganho de capital versus lucro 
Desafios da contabilidade brasileira
Fasb irá definir o que “nonpublic entity” 
A redução do custo de sequenciamento genético 

Apple
Apple irá distribuir dividendos e recomprar ações 
O viés do excesso de Caixa na Apple 
O que ocorreu com as ações da Apple antes do fim de semana 

Internet
A indústria pornografia se adapta aos novos tempos 
Como a Wikipedia matou a Barsa 

Empresas
Dez empresas que lucram com a guerra 
A bilionária das calcinhas 

Retorno sobre o Patrimônio Líquido

Definição – mede o retorno contábil obtido com o investimento do capital próprio. É abreviado como sendo RSPL.

Fórmula – Retorno sobre o Patrimônio Líquido = (Lucro Líquido / Patrimônio Líquido) x 100

Sendo
Lucro Líquido – corresponde ao resultado da entidade após impostos e despesas financeiras.
Patrimônio Líquido – é o capital próprio, originário dos acionistas.

Unidade de Medida – O resultado estará expresso em percentagem.

Intervalo da medida – Pelo menos teoricamente o valor pode estar entre menos infinito a mais infinito. Entretanto, o número de empresas com patrimônio líquido negativo é reduzido, fazendo com que o intervalo mais comum esteja entre menos 100% a infinito.

Como calcular – Para calcular este índice são necessárias duas demonstrações: o balanço patrimonial e a demonstração do resultado. A maior questão com respeito ao cálculo deste índice diz respeito ao valor do denominador. Em geral três soluções são possíveis:
a) Usar o patrimônio líquido do final do exercício – esta solução tem a vantagem de não perder informação quando a análise é feita através da série histórica.  Talvez seja mais usada em pesquisas acadêmicas, mas carece de sustentação teórica;
b) Usar o patrimônio líquido médio – calcula-se a média do patrimônio líquido para obter o denominador. O lucro seria decorrente do capital dos acionistas médio existente durante o exercício social;
c) Usar o patrimônio líquido inicial – considerando que alocar recursos numa empresa corresponde a um tipo de investimento, quando desejamos saber o retorno de qualquer investimento comparamos o que foi investido no início do período com o retorno. Assim, esta seria a melhor alternativa. Entretanto, em séries históricas isto pode significar perder uma informação.

A figura abaixo mostra a demonstração do resultado em R$ mil da empresa Alpargatas  para o quatro trimestre de 2010, de 2011 e anos de 2010 e 2011, nesta ordem. O lucro de 2011 foi de 307 milhões de reais. Este é o valor que iremos usar no índice.

A figura abaixo mostra um extrato do balanço patrimonial da empresa para 31 de dezembro de 2011 e 2010, nesta ordem, em R$mil, com o destaque para o Patrimônio Líquido.
Usando a terceira forma de calculo do RSPL tem-se:

RSPL = 307 420 / 1 348 073 = 22,80%

Isto significa que os acionistas tiveram um retorno de 22,80% ao investirem na empresa.

Grau de utilidade – Elevado. É uma medida relevante do retorno do investimento de uma empresa.

Controvérsia de Medida – Alguma, em especial com respeito a forma de cálculo do patrimônio líquido. Em algumas empresas isto não provoca grandes alterações no resultado final, como é o caso da Alpargatas, onde o RSPL seria de 20,63%, 21,67% e 22,80%, usando o patrimônio líquido final, médio e inicial.

Observações Adicionais

a) O RSPL pode ser comparado com a rentabilidade de investimentos do mercado (por exemplo, a rentabilidade de uma caderneta de poupança) ou com outras empresas;
b) No longo prazo espera-se que a rentabilidade do capital próprio seja superior ao ROI. Isto decorre da taxa de juros do capital de terceiros ser menor que o retorno para os acionistas;
c) Os valores para cálculo do RSPL também podem ser obtidos na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa.

Veja também
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente

Frase

"Vamos consertar o que precisar ser consertado e nada mais" 

Hans Hoogervorst, presidente do Iasb, no México, prometendo um período futuro de poucas mudanças nas normas.

Fonte: Reuters

Sobre o Ebitda


Sobre o Ebitda:

(...) Ninguém sabe o que realmente é o EBITDA. O EBITDA claramente não é o lucro, pois finge que alguns custos reais são fictícios. (...) O EBITDA não é fluxo de caixa. E não faz uma proxy do fluxo de caixa, pois ignora as alterações do capital de giro, os ajustes para as alterações no imposto de renda diferido, bem como os efeitos de outros ajustes a longo prazo. De nenhuma maneira é uma proxy para o fluxo de caixa. Além disso, se alguém estivesse interessado no fluxo de caixa, por que ele não olha para o fluxo de caixa? (...) Finalmente, o EBITDA não é um valor relevante. Não há nenhuma teoria económica que liga EBITDA com o valor da empresa.

EBITDA: WARTS AND ALL.
(imagem: aqui)

Espanha

Segundo análise deste sítio, os problemas da Espanha são maiores do que imaginamos.

Primeiro, os bancos espanhóis pegaram quase metade do crédito disponibilizado pelo Banco Central Europeu para liquidez.

Segundo, a relação dívida sobre PIB é maior do que o anunciado pelo governo espanhol.

Pequena e Média Empresa

Observem os dois gráficos a seguir:
 O primeiro gráfico mostra a distribuição de número de empregados por porte de empresas. A Alemanha (última linha do gráfico) possui a maior parte dos funcionários em empresas com mais de 250 empregados. Irlanda, Suécia, Inglaterra e França estão logo a seguir, com quase 50% dos trabalhadores nas grandes empresas. Na Grécia as empresas com até nove empregados são responsáveis por mais de 35% da indústria daquele país. As grandes empresas gregas (com mais de 250 empregados) respondem com um pouco mais de 20% da indústria.
O segundo gráfico mostra a produtividade das empresas, por número de trabalhadores. Tendo como parâmetro as grandes empresas, com mais de 250 empregados, o gráfico evidencia que as pequenas empresas, com até nove empregados, possui uma produtividade que não chega a 60% das grandes empresas.

A revista The Economist, de onde os gráficos foram retirados, afirma: small isn´t beautiful. Isto contradiz o que o Brasil tenta praticar há anos: incentivar a pequena empresa. Uma grande quantidade de recursos é direcionada para estas empresas e parece que o resultado é muito mais político que econômico.

Publicação

O New York Times apresenta um texto sobre a questão da publicação de resultados de pesquisas científicas. O texto de Thomas Lin (Cracking Open the Scientific Process) comenta a demora na publicação de resultados de pesquisas científicas. (Aqui uma discussão em língua portuguesa)

Entretanto, o processo de divulgar mais rapidamente os resultados já existe na área de contabilidade e atende pelo nome de “congresso”.

Selo de transparência fiscal

Por João Villaverde De Brasília
Valor - 09/03/12

O Brasil está a dias de obter o reconhecimento de que conta com uma legislação tributária e práticas administrativas transparentes compatíveis com as dos 108 países que pertencem ao Fórum Mundial sobre Transparência e Troca de Informações, organizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na semana passada, uma comitiva de técnicos da Receita Federal, do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entregou os documentos exigidos pelos especialistas tributários da OCDE e teve a pré-aprovação dos avaliadores da Itália e da Índia, que fizeram o escrutínio dos dados brasileiros. A aprovação do Brasil, que deve ocorrer até o fim do mês, colocará a burocracia estatal brasileira no mesmo estágio de países como Áustria, Bélgica e Suíça.

O reconhecimento, aguardado com ansiedade pelos tributaristas e reguladores do governo brasileiro, colocará mais pressão sobre a Receita Federal, afirma Flávio Araújo, coordenador-geral de relações internacionais do Fisco. "A partir do momento em que recebermos o sinal verde, vamos trabalhar para justificar na OCDE que podemos avançar para o segundo e último estágio, que é aquele que comprova a aplicação efetiva do intercâmbio de informações tributárias e financeiras do país com outras nações que são reconhecidas como transparentes", afirmou o coordenador.


O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, deu a Araújo a missão de iniciar os trabalhos tão logo o governo receba a aprovação dos 108 integrantes do fórum pela transparência fiscal e regulatória da OCDE. A organização divide em duas fases a análise das informações concedidas pelos países.

Na primeira, o centro de política e administração tributária da OCDE, dirigida pelo tributarista Pascal Saint-Amans, verifica se a legislação tributária e de natureza regulatória sobre o sistema financeiro permite ao governo ter acesso total às informações necessárias para uma gestão transparente. É nessa fase que o Brasil deve entrar.

A partir daí, os especialistas da OCDE passam a cobrar documentos e a trazer comitivas de técnicos ao país, para comprovar que a legislação e as normas são efetivamente transparentes. "Um país pode ter regras e normas perfeitas, mas não usá-las integralmente", explica Araújo.

Países como Suíça e Uruguai, conhecidos por sua fraca disposição para dividir informações financeiras e tributárias com outros países, já foram aprovados pelos especialistas da OCDE para a primeira fase, mas encontram dificuldades para ingressar no segundo e último estágio elaborado pela OCDE, que comprova a transparência.

Nesse critério estão países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Noruega e Espanha. "O desejo do governo brasileiro é fazer parte desse segundo grupo, e é essa a nossa missão para 2012", disse Araújo.

Propaganda

Um conjunto de peças publicitárias de um biscoito. Criatividade. Na ordem: cubismo, pacman, TV a Cores,  Rock, smile, futebol, ioiô, branca de neve e saturno.









19 março 2012

Rir é o melhor remédio



Ilustração de Denis Carrier (Kiss = beijo, Lie = mentir e Lost = Perdido)

Data da divulgação

A Gol Linhas Aéreas alterou, pela segunda vez, a divulgação de resultados do quarto trimestre de 2011, desta vez para o próximo dia 26 de março. Por meio de comunicado, a companhia informou que a mudança foi feita "em função da finalização da consolidação das demonstrações financeiras da Webjet".

Essa é a terceira data fixada pela Gol para a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2011


Fonte: Aqui

A justificativa pode até ser verdadeira, mas isto pode ser interpretado como problemas na empresa.