26 julho 2011
Dívida
Japão
Saint Kitts e Nevis
Líbano
Zimbabue
Grécia.
Os menos endividados são
Líbia
Guiné Equatorial
Oman
Azerbaijão
Chile.
Tendência a vícios? Você pode ser um líder!
O professor de neurociências David Linden, autor do livro “O compasso do prazer: como a nossa inteligência faz com que comidas calóricas, orgasmo, exercício, maconha, generosidade, vodca e jogatina nos façam sentir tão bem” (tradução literal) afirma aqui que quando pensamos nas qualidades de líderes visionários, ponderamos sobre inteligência, criatividade, sabedoria e carisma, mas também empenho para ter sucesso, apetite por inovação, disposição para desafiar ideias e prática pré-estabelecidas. A verdade é que o perfil psicológico obrigatório a um líder – pense nos pioneiros da tecnologia como Jeff Bezos, Larry Ellison e Steven Jobs – também é o de um tomador de riscos, alguém com um alto grau comportamental de busca por novidades. De forma resumida, o que buscamos em líderes é frequentemente o mesmo tipo de personalidade encontrado em viciados, independente de ser em jogos, álcool, sexo ou drogas.
Como pode ser assim? Nós tipicamente enxergamos os viciados como fracos enquanto presidentes e empresários são pessoas com disciplina e fortaleza. Para entender essa aparente contradição, Linden afirma que temos que olhar no capô do cérebro, em especial nas funções relacionadas a prazer e recompensa.
Como motivador-chave, o prazer é fundamental para o aprendizado; se não achássemos alimento, comida e sexo recompensadores, não teríamos sobrevivido e não teríamos filhos. O prazer evoca sinais neurais que se convergem em um pequeno grupo de áreas interconectadas no cérebro, onde os neurotransmissores da dopamina exercem papel fundamental.
Esse circuito de prazer que utiliza a dopamina, refinado através de anos de evolução, também pode ser ativado artificialmente por algumas, mas não todas, substâncias psicoativas que carregam um risco para a dependência, como cocaína, heroína, nicotina ou álcool. Os circuitos de prazer do nosso cérebro também são programados para serem ativados por recompensas imprevistas: enquanto a roleta está girando ou os cavalos estão na pista, temos prazer mesmo se não recebermos a recompensa no final. A incerteza, em si, pode ser recompensadora – claramente um atributo útil para altos tomadores de riscos e recompensas em especulações nos negócios.
Então porque algumas pessoas se tornam viciadas em drogas, álcool, jogatina ou sexo enquanto outras podem tolera-los de uma forma moderada e não compulsiva? Uma hipótese, segundo Linden, é de que os viciados sentem prazer de forma incomunmente forte e são motivados a busca-lo mais atentamente. É razoável, mas forte. Evidências encontradas em tomografias de experimentos feitos no cérebro de animais e humanos indicam que o oposto é verdadeiro: viciados querem mais os seus prazeres, mas gostam menos deles que os demais.
Linden afirma que estamos começando a entender a biologia além do prazer entorpecente dos viciados. Em estudos comparando gêmeos idênticos, estima-se que os fatores genéticos contam de 40% a 60% da variação no risco para o vício. Mas estamos apenas nos estágios iniciais do entendimento do papel dos genes no vício.
Crucialmente, variantes genéticos que suprimem a sinalização de dopamina no circuito do prazer aumentam o comportamento busca-por-prazer-e-novidades – seus condutores devem buscar altos níveis de estímulo para alcançar o mesmo nível de prazer que outros podem alcançar com indulgência moderada. Esses abruptos variantes genéticos são associados a um aumento substancial do risco de dependência de uma série de substâncias e comportamentos.
Existe uma margem clara para a personalidade com tendência ao vício? Lindem aponta que alguns de nossas figuras históricas mais reverenciadas eram viciados – não apenas os tipos criativos mais óbvios tipo Charles Baudelaire (haxixe e ópio) e Aldous Huxley (álcool e LSD), mas também cientistas como Sigmund Freud (cocaína), Alexandre o Grande (álcool), Winston Churchill (álcool), Otto von Bismarck (álcool e morfina).
Líderes na América raramente admitem publicamente, mas um exemplo recente é Henry T. Nicholas III, fundador da Broadcom, uma empresa multibilionária que fabrica microchips para celulares, controles de videogames, fones wireless e outros dispositivos eletrônicos. Com um investimento inicial de US$ 10.000, Nicholas e seus parceiros criaram uma companhia que hoje possui 9.000 empregados e 5.100 patentes. Ao longo do caminho, Nicholas lutou com seu vício em álcool, cocaína e ecstasy. Em 2008 ele entrou em um programa de reabilitação.
A personalidade obsessiva, tomadora de riscos, perseguidora de novidades frequentemente encontrada em viciados pode ser aproveitada para torná-los muito efetivos no ambiente de trabalho. Para muitos líderes, a questão não é terem sucedido apesar de seus vícios, mas sim o fato de que mesma “fiação” e química que os tornam viciados, também os concede o trato comportamental que os serve bem.
Então, quando procurar pelo próximo líder da sua organização, procure por alguém com uma função dopamínica acentuada: alguém que nunca está satisfeito com o seu status quo, alguém que quer a sensação de sucesso mais que outros – mas gosta menos dela.
Lavagem de Carro
Futebol
Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho
Sabe aquele seu vizinho que não trabalha, mas vive sorrindo? A explicação pode estar num estudo realizado por cientistas australianos, que acompanharam 7.155 homens e mulheres entre 20 e 55 anos de idade e concluíram: ficar desempregado, seja por vontade própria, seja por demissão, pode aumentar o nível de felicidade das pessoas.
Ao longo de sete anos os pesquisadores aplicaram questionários para medir o grau de felicidade dos voluntários, cujos empregos também foram analisados em quatro aspectos: nível de desafio, grau de autonomia, salário e perspectivas de carreira. O objetivo era determinar quais empregos eram bons ou ruins.
As pessoas que estavam trabalhando, em bons empregos, eram sempre as mais felizes – marcando em média 75,1 pontos na escala criada pelos cientistas. Em seguida vinham os desempregados e os trabalhadores com empregos ruins, ambos com 68,5 pontos. Empate. Então desemprego é a mesma coisa que emprego ruim, certo?
Errado: o desemprego é melhor. Ao longo do estudo, quem trocou o desemprego por um emprego ruim viu sua felicidade cair ainda mais, perdendo seis pontos a cada ano. Já quem continuou sem fazer nada perdeu apenas um ponto.
Ou seja; ficar sem emprego é ruim, mas sofrer no trabalho é ainda pior: “O emprego ruim faz a pessoa perder saúde mental”, diz Peter Butterworth, psiquiatra da Universidade Nacional da Austrália e coordenador da pesquisa.
Fonte: Fernando Badô e Bruno Garratoni, Superinteressante, ed. 294, ago. 2011.
25 julho 2011
Links
No futebol as mulheres têm menor número de lesão “aparente”
Efeito da existência de energia solar sobre o preço da casa
A internet mudou a forma como as pessoas usam a memória
Cérebro pode ser treinado para apagar as lembranças ruins
Existe o efeito segunda-feira?
Expressão facial, mentiras e orgasmos
O casamento é mais feliz quando a mulher é mais magra que o esposo
Economia da Atenção
A economia da atenção é a aplicação de conhecimentos da economia para a atitude humana de dedicar sua atenção para certa informação. Neste caso, a atenção é considerada um recurso escasso, sendo fator limitante no consumo da informação.
A economia da atenção tem aplicações relevantes em áreas como sistemas de informações e marketing. Em razão da sobrecarga de informação no mundo atual, a economia da atenção pode ajudar os publicitários, por exemplo, a entender o que leva o ser humano prestar atenção num clipe da Rebecca Black, por exemplo.
Outra área de aplicação da economia da atenção é no controle da poluição da informação. Mais especificamente, na questão dos spams
Petrobras e Equador
O Equador informou que ofereceu pagar 168 milhões de dólares pelos ativos da Petrobras no país andino, depois que a estatal brasileira se recusou, no ano passado, a aceitar o novo modelo de contrato proposto pelo governo equatoriano.
Após a recusa da Petrobras, o governo do Equador assumiu o controle das operações da empresa, uma produção de cerca de 19,3 mil barris diários de petróleo por dia, em torno de 1 por cento da produção total da Petrobras no Brasil.
A Petrobras quer receber 300 milhões de dólares pelos ativos.Reuters - O Globo - Governo do Equador oferece US$ 168 mi por ativos da Petrobras
Atualmente a Petrobras possui ativos no valor de US$200 bilhões (fonte, aqui). Proporcionalmente, 1% da produção da Petrobras corresponderia a 2 bilhões. Mas este seria o valor justo dos ativos da Petrobras no Equador? Talvez não já que este valor está superestimado, pois a percentagem é sobre a produção de petróleo no Brasil; ou seja, não considerou a produção total da empresa.
Mas, por outro lado, o valor do ativo provavelmente está a custo histórico. Ou seja, o valor de 200 bilhões pode estar subestimado. (Só o valor de mercado das ações é de 217 bilhões)
É importante considerar um aspecto que reduz o preço dos ativos é a possibilidade de ser utilizado em outras situações. Ou seja, o grau de flexibilidade que a empresa (e o governo do Equador) possui em usar os ativos em outras atividades ou em outros lugares. Isto diminui o preço do ativo. Talvez a influencia deste aspecto seja decisiva para a empresa sugerir o preço de 300 milhões para aqueles ativos.
Finalmente, parte da estrutura de ativos da empresa são custos que são atribuídos a toda empresa. Isto faz com que o valor usado superestimado.
Evolução da Internet
24 julho 2011
Rir é o melhor remédio
Fonte: aqui e aqui
Será o pré-sal um bilhete premiado, sem riscos ou custos?
Na última sexta-feira a Petrobras anunciou a aprovação do seu Plano de Negócios de 2011-2015, com investimentos totalizando US$ 224,7 bilhões (R$ 389 bilhões).A cada dia que passa os brasileiros estão mais confiantes no total sucesso da exploração do Pré-sal. Como afirmou Demétrio Magnoli :
"A narrativa oficial, fixada pela bilionária publicidade da Petrobrás, sedimentada nos livros escolares, conta a epopeia de uma empresa triunfante, que fez do mar a fronteira do petróleo no Brasil. É uma história de esforços hercúleos, rupturas tecnológicas, recordes de perfuração sucessivos sob uma lâmina d"água sempre mais profunda. Mas, e se, fora do olhar do grande público, existir uma história não contada?"
Assim,o povo brasileiro esquece dos riscos de um projeto desta magnitude.O jornalista Norma Gal escreveu um excelente texto sobre os desafios, riscos e problemas relacionados à finanças, política, geologia, logística da exploração da do pré-sal.A leitura do texto na íntegra é fundamental ,mas os questionamentos feitos na conclusão são muito relevantes:
A Petrobras e o governo podem vencer todos esses desafios? Políticos, gestores e técnicos se deparam com esses riscos com uma coragem beirando a temeridade. As descobertas do pré-sal criaram o mito dos recursos ilimitados, que acabam gerando incentivos a gastos sem comedimento. O Brasil realmente precisa investir no desenvolvimento do pré-sal a esta velocidade e escala? Será que esses investimentos acelerados não criarão distorções na economia do país? Serão os investimentos em petróleo os mais importantes para o futuro do Brasil? Ou seriam preferíveis investimentos para corrigir enormes deficiências como no ensino público, portos, aeroportos, geração e transmissão de eletricidade, comunicações, saneamento básico e infra-estrutura de transporte?
Embora os recursos de petróleo do Brasil em águas profundas sejam um dos principais alvos na busca mundial por novas reservas, a Petrobras pode ter de trabalhar com mais cautela e tempo para superar as limitações na capacidade financeira, técnica e de recursos humanos. Terá sido correto estabelecer em lei a obrigatoriedade de participação da Petrobras em pelo menos 30% de todos os campos de exploração de petróleo? Isso não levará a empresa a uma exaustão financeira?
Pra concluir este post, deixo uma bela frase de Machado de Assis no conto Teoria do Medalhão:
A vida...é uma enorme loteria; os prêmios são poucos, os malogrados inúmeros, e com os suspiros de uma geração é que se amassam as esperanças de outra. Isto é a vida.
Mundial
CVM investiga manipulação em ações da Mundial
Mundial volta a ser pequena após sonhar em ser blue chip
Mundial se diz vítima de "assalto especulativo
Carta enviada à CVM
Gráfico da MNDL 3:
Fonte do gráfico: The Drunk
23 julho 2011
Você confia no seu corretor de imóveis?
Dívidas surgiram antes do dinheiro
Graeber lançou neste mês nos Estados Unidos o livro “Debt, The First 5000 Years” (Dívida, os primeiros 5 mil anos), em que analisa a perspectiva histórica das relações de dívida. Segundo ele, a história do dinheiro é a mesma história do sistema de crédito e débito. Ao contrário do que se pode pensar, entretanto, a dívida surgiu antes do dinheiro. “Os sistemas de crédito vieram primeiro, e as moedas foram inventadas muito tempo depois”, explicou.
Após estudar o tema, ele diz que os primeiros registros que existem do sistema de dívida e crédito são de 3 mil anos antes de Cristo, mas é impossível ter certeza exatamente de quando ele surgiu. “O dinheiro não surgiu na forma impessoal e fria, como metal e com valor intrínseco. Ele originalmente aparece como forma de medida, uma abstração, mas também como uma relação de dívida e obrigação entre seres humanos”, disse.
Nascido nos Estados Unidos, Graeber é professor da Universidade de Londres, na Inglaterra. Segundo ele, contar a história simplista de que a economia surgiu nas primeiras cidades em que moedas foram usadas para trocas comerciais, “para comprar uma vaquinha”, é uma forma de eliminar os elementos sociais e críticos da questão. Segundo ele, a ideia de dívida é a arma mais potente já usada pelos poderosos para convencer as pessoas de que elas têm que obedecer a seu poder e é tudo por culpa delas mesmas. Um exemplo disso até os dias atuais seria a exploração de trabalho escravo de imigrantes para pagarem as dívidas da própria viagem.
“Na verdade, tudo o que consideramos comportamento natural de mercado é um efeito colateral de guerras e confrontos entre as pessoas. Isso gerou a escravidão e a ideia de dívida social entre vencedores e perdedores. Os mercados de dinheiro sempre tiveram relação com campanhas militares. As pessoas preferem não olhar isso de forma direta, mas é uma parte essencial do capitalismo”, explicou.
Sempre que um povo vence o outro em uma guerra trata-se da ideia de conquista, e os derrotados devem aos vencedores por isso, explicou. Os povos sempre têm que pagar por terem sido conquistados, ele explica, e as vítimas se sentem responsáveis por seu próprio sofrimento.
Fonte: aqui
Audiência pública CPC/CVM: participe!
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocaram em audiência pública minutas de revisão dos seguintes Pronunciamentos Técnicos e Orientação Técnica:
CPC 20 – Custos de Empréstimos
CPC 21 – Demonstração Intermediária
CPC 44 – Demonstrações Combinadas
OCPC 06 – Apresentação de Informações Financeira Pro forma.
Para apresentar sugestões ou comentários, basta enviar um e-mail para cpc@cpc.org.br até 15 de agosto de 2011.
Clique aqui para mais informações.
22 julho 2011
Links
The Economist: Os jogadores de futebol querem ficar no Brasil
Bater penalti primeiro tem 60% de chance de vencer
Iasb e Fasb irão rever as mudanças no leasing
Auditores preocupados com a dívida municipal da China
Auditorias defendem o fim do rodízio no Brasil
Devemos descontar a vida humana na relação custo-benefício?
A participação estrangeira em escritório de advogados no Brasil
Peso das armaduras pode ter alterado a história
As cidades mais caras do mundo (aqui, aqui e aqui )