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20 novembro 2009

Links

Do número especial da The Economist sobre o Brasil:

Commodity

Brasil decola

Governo, fazer negócios e impostos

Promessa que está sendo entregue (Ou o favor de Cardoso para Lula)

Crise financeira e sistema financeiro brasileiro

Estrangeiros e Investidores

Comparação Brasil e EUA

Novos pronunciamentos

CVM aprova novos Pronunciamentos do CPC

CVM edita Deliberação e Ofício-Circular que aprovam pronunciamentos e orientação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC
A Comissão de Valores Mobiliários edita hoje, 19/11/2009, uma deliberação referendando os Pronunciamentos Técnicos CPC 38, 39 e 40 e um Ofício-Circular que referenda a Orientação OCPC 03, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. Os pronunciamentos tratam, respectivamente, do reconhecimento e mensuração, da apresentação e da evidenciação de instrumentos financeiros. Já a Orientação Técnica OCPC 3 estabelece de maneira resumida como a entidade classifica seus instrumentos financeiros ativos e passivos, como os mensura, quando os reconhece no balanço patrimonial e como os divulga, dando também o tratamento relativo às suas mutações no resultado ou no patrimônio líquido.

Os Pronunciamentos Técnicos seguem as normas Financial Instruments: Recognition and Measurement – IAS 39, Financial Instruments: Presentation – IAS 32 e Financial Instruments: Disclosures – IFRS 7 emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, que já vinham sendo parcialmente aplicados desde 2008 em decorrência da edição da Deliberação CVM 566/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 14, e que agora, mais ampliado, se transforma na OCPC 03.

O Pronunciamento CPC 38 – "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração" disciplina o reconhecimento e a mensuração de operações realizadas com instrumentos financeiros, incluindo derivativos, e o procedimento aplicável ao reconhecimento contábil das operações de hedge. Nesse último são definidos, sob a ótica contábil, os limites para que uma operação de hedge possa ser considerada como de proteção efetiva, bem como a documentação necessária para sua comprovação.

O Pronunciamento CPC 39 – "Instrumentos Financeiros: Apresentação" define termos importantes a serem utilizados quando da leitura de normas que envolvam instrumentos financeiros, principalmente os CPC’s 38 e 40, tais como, ativo financeiro, passivo financeiro, instrumento patrimonial, valor justo e instrumento resgatável. Trata, ainda, de um aspecto relevante no sentido da prevalência da essência econômica sobre a forma jurídica, que é a determinação das circunstâncias que qualificam os instrumentos financeiros a serem reconhecidos como instrumentos de dívida ou patrimonial.

O Pronunciamento CPC 40 – "Instrumentos Financeiros: Evidenciação" estabelece as informações mínimas que devem ser divulgadas nas demonstrações contábeis que permita a seus usuários avaliar a significância do instrumento financeiro para a posição patrimonial/financeira e o desempenho da entidade. Além disso, determina divulgações que permitam a avaliação da natureza e extensão dos riscos a que a entidade está exposta num período de referência, resultante de instrumentos financeiros, e como a entidade administra esses riscos.

A Orientação OCPC – 03 é produto da revisão e transformação do Pronunciamento CPC 14, editado para permitir a regulação de dispositivos da Lei 11.638/07 que tratam de transações com instrumentos financeiros, e que visava ser uma norma resumida e simplificada de suporte às companhias que não incorressem em transações financeiras sofisticadas. Nessa oportunidade, foram para ele convergidos partes dos IAS 32 e 39 consideradas como um conjunto mínimo de procedimentos essenciais para regulamentação das determinações prescritas na Lei 11.638/07 sobre reconhecimento, mensuração e evidenciação de instrumentos financeiros. À época, é conveniente lembrar, a agenda conjunta CVM/CPC previa a normatização de instrumentos financeiros em duas fases: a primeira, que culminou na emissão do CPC 14 e a segunda, agora, com a edição dos CPC’s 38,39 e 40, que convergem integralmente aos seus pares emitidos pelo IASB. Dessa forma, considerou-se que a manutenção do CPC 14 representaria uma duplicidade desnecessária e, por outro lado, que sua revogação significaria uma perda devido a sua característica sintética e objetiva. Por conta disso, decidiu-se pela sua manutenção, transformando-o numa Orientação de forma a servir de guia no reconhecimento, mensuração e divulgação de transações com instrumentos financeiros para as companhias que não incorram em transações sofisticadas com os referidos instrumentos. Destaque-se que, na hipótese de ocorrência de divergências interpretativas entre a OCPC – 03 e os Pronunciamentos CPC 38, 39 e 40, prevalecem as determinações contidas nesses últimos.

Essas normas contábeis, que fazem parte da Agenda Conjunta CVM e CPC, dão continuidade ao processo de regulação de 2009 visando à convergência da Contabilidade Brasileira, no tocante às companhias abertas aos padrões internacionais.

19 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Adaptado de Graphjam

LRF nos municípios

O objetivo deste estudo é analisar se a LRF, como mecanismo de restrição fiscal, influenciou no padrão de endividamento praticado pelos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Para atingir tal fim, são construídos dois modelos econométricos. O primeiro busca verificar se houve alteração da influência das variáveis de gestão financeira sobre o endividamento ao longo do tempo, incluindo dummies de tempo. Com nível de significância de 1%, os resultados indicam que as variáveis Estrutura de Capital (EC) e Endividamento Defasado (EDf) alteram seu padrão de influência sobre o endividamento público no decorrer dos anos de 1998 a 2006. Para avaliar se a alteração do padrão de influência das variáveis de gestão financeira sobre o endividamento está relacionada com a introdução da LRF, utilizou-se o segundo modelo econométrico incluindo dummies de regra LRF. Os resultados do segundo modelo econométrico indicam que a LRF alterou o padrão de influência sobre o endividamento das variáveis preditoras Estrutura de Capital (EC) e Endividamento Defasado (EDf), variáveis que possuem maior poder de predição sobre o endividamento público. As variáveis selecionadas relativas à gestão financeira e a LRF mostram-se estatisticamente adequadas para explicar e prever o endividamento dos municípios com mais de 100 mil.


OS EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL NO ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEIS - Ely Célia Corbari (UFPR); Joel de Jesus Macedo (PUC-PR); Viviane da Costa Freitag (UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ); e Paulo Cesar Starke Junior
(UFPR)

Teste #178

Esta obra, símbolo de uma cidade, custou 7,8 milhões em moeda local para ser construída. O responsável arrecadou 6,5 milhões de fundos privados. O governo contribuiu com 1,5 milhão. O valor arrecadado na iniciativa privada foi pago em um ano. Uma lição para o Brasil, na véspera de obras faraônicas. Que obra é esta?

Big Ben, Londres
Estátua da liberdade, Nova Iorque
Torre Eiffel, Paris

Resposta: máquina da Apollo 11, há 40 anos. Fonte: aqui

Venda de ações da GM

EXCLUSIVO-Governo dos EUA quer IPO acelerado da GM
Kevin Krolicki e John Crawley - 18/11/2009 - Reuters Focus

WASHINGTON, 18 de novembro (Reuters) - A administração Obama quer uma oferta pública inicial de ações acelerada da General Motors [GM.UL] para reduzir sua participação majoritária na montadora, disse um representante do alto escalão do governo.

Um IPO (sigla para initial public offering) da GM pode chegar no quarto trimestre de 2010, se a montadora continuar atingindo suas metas de recuperação e se o mercado financeiro continuar receptivo, afirmou à Reuters Ron Bloom, chefe da força-tarefa automobilística do governo norte-americano.

Bloom disse que o governo dos Estados Unidos, detentor de aproximadamente 61 por cento da GM, quer "errar para antes a previsão de sair um pouco mais rápido" do investimento que fez como parte de uma política de reestruturação da montadora em processo de concordata.

"Os mercados gostariam de nos ver saindo do investimento, e creio que eles estarão mais confortáveis se estivermos num caminho sustentável do que se acharem que tentaremos maximizar o retorno", disse Bloom em entrevista na terça-feira.

A GM está em processo de reavaliação de seu balanço para oferecer o que é conhecido como "novo começo" de contabilidade dos ativos da empresa e endividamento desde que emergiu da concordata em julho. O processo, que deve ser finalizado até março, é uma etapa necessária até o IPO.

"Eu antecipo que se o novo começo estiver completo, se você colocar os números na mesa, se as coisas fluírem bem e os mercados de capitais estiverem abertos, que em algum momento no quarto trimestre os mercados estarão abertos o bastante para a realização de um IPO com sucesso", explicou Bloom.

Links

Alguns estudos na área comportamental:

Casados com crianças: aumenta a felicidade

Comparando Dan Ariely (Previsivelmente Irracional) e Tim Harford (A Lógica da Vida)

Consenso maior entre os homens sobre a atratividade de uma mulher

O comportamento anti-social é contagioso

Candidatos com boa aparência = votos

Mais normas

CVM questiona mais duas normas do IFRS
por FinancialWeb - 16/11/2009

SÃO PAULO - Dois dias depois de afirmar que a adoção do modelo internacional no primeiro trimestre de 2010 seria “difícil”, a Comissão de Valores Mobiliários colocou em audiência pública na noite da última sexta-feira (13) mais duas minutas de adequação das normas contábeis brasileiras ao modelo internacional do IFRS.

Os textos em questão são referentes ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis de número 43, sobre "Adoção Inicial dos Pronunciamentos Técnicos CPC 15 a 40"; e à nota Técnica ICPC 12, sobre "Mudanças em Passivos por Desativação, Restauração e Outros Passivos Similares". (...)


O título do texto é claramente infeliz. Cria o entendimento que a CVM não concorda com duas normas do IFRS, quando na verdade colocou em audiência pública, um processo usual da aprovação das normas.

Tributos e Ágio

Temor de fim do ágio apressa incorporações
Fernando Torres, de São Paulo
Valor Econômico = 19/11/2009

O temor de que o governo altere regras tributárias em 2010 está levando as companhias a acelerar processos de incorporação de controladas para se beneficiar do incentivo fiscal previsto na legislação vigente, que permite a amortização do ágio em aquisições. Grosso modo, o ágio é a diferença entre o valor pago pela compra de uma empresa e o valor patrimonial incorporado. Como a amortização reduz o lucro, a compradora paga menos impostos.

A dúvida sobre o que o pode ocorrer com a regra do ágio decorre das mudanças contábeis, já que o ágio deixou de ser amortizado no balanço societário. Ainda que o acordo firmado na época da aprovação da lei nº 11.638 tenha sido para garantir neutralidade tributária, há dúvidas sobre se o compromisso será mantido diante da recente queda na arrecadação federal. Para piorar, o texto de uma medida provisória apócrifa circulou no mercado nos últimos dias indicando uma possível alteração da norma. A Casa Civil nega que esteja discutindo o assunto.

Apenas nos últimos dias, empresas como Diagnósticos da América (Dasa), Odontoprev e Iochpe-Maxion anunciaram incorporações de controladas em transações que geraram ágio a ser amortizado. Estão em curso ainda a incorporação da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, da Telemig pela Vivo, de diversas controladas pela CPFL Energia, da Tenda pela Gafisa e da Caraíba Metais pela Paranapanema. Fora isso, o ibi acabou de ser incorporado pelo Bradesco e a Gerdau informou, na semana passada, que planeja fazer uma reorganização societária envolvendo a Aços Villares. Vale notar que algumas dessas operações podem não gerar ágio e que a motivação também pode ser societária ou operacional, além de fiscal. Mas tanto o receio de mudanças tributárias como a aceleração das transações têm sido identificados por diversos agentes que atuam nessas operações.

A incerteza maior das empresas está ligada ao fato de que o Regime Tributário de Transição (RTT), que garante que as regras tributárias seguem as mesmas de 2007, estava previsto inicialmente para vigorar no biênio 2008/09. E o texto da lei que criou o RTT fala em edição de nova legislação para tratar do tema.

Mulheres e salada

Pesquisadores canadenses observaram 469 pessoas em 266 grupos em três cafeterias no campus da McMaster University, Ontário. Eles estimaram o conteúdo calórico dos pratos e concluiram o seguinte:

=> as mulheres comem pratos com menos calorias quando acompanhada de um homem do que quando acompanhada por outra mulher
=> a proporção de calorias também é afetada pela quantidade de homens presentes, de forma proporcional: mais homens, menos calorias. O oposto ocorre com a presença de mulheres
=> a escolha do homem parece não ser afetada pelo tamanho do grupo.

Fonte: Women and Salads: All for Show

18 novembro 2009

Análise de Redes na Pesquisa Brasileira

Este estudo adquire um caráter inovador ao conjugar a análise de redes sociais, não observada no campo de produção científica em ensino e pesquisa contábil, aos estudos bibliométricos.Assim, a presente investigação teve por objetivo analisar os atores mais relevantes na evolução do campo de produção científica em ensino e pesquisa contábil no contexto brasileiro. Realizou-se um estudo sociométrico (redes sociais) – empregando o software UCINET® 6 – e bibliométrico, analisando-se 139 artigos oriundos de anais e periódicos, divididos em três períodos: 2004-2005, 2006-2007 e 2008. As análises realizadas,empregando conceitos da teoria institucional, possibilitaram a identificação dos principais agentes envolvidos no campo de pesquisa contábil, tanto coletivos (instituições) quanto individuais (atores). Percebe-se uma relativa evolução no campo no que tange ao número deartigos publicados e à densidade das redes de cooperação. A partir da realização deste estudo,espera-se contribuir para o desenvolvimento do campo de produção científica em ensino e pesquisa contábil, permitindo a identificação e fomentando a realização de futuras associações entre autores e entre instituições de modo a ampliar a troca de informações e a construção de conhecimento no campo. Além disso, visa proporcionar a apresentação de um novo design de pesquisa para este campo, servindo, adicionalmente, como um instrumento de diagnóstico para Programas de Pós-graduação em Contabilidade, proporcionando a averiguação de seu efeito multiplicador especialmente no que tange à linha de pesquisa de ensino e pesquisa em Contabilidade.


UMA ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO CAMPO DE ENSINO E PESQUISA EMCONTABILIDADE SOB A PERSPECTIVA DE REDES
Silvana Anita Walter (PUC-PR) Ana Paula Capuano da Cruz (UFPR) Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo (UFPR) e Flávia Pozzera Gassner (UFPR)

A figura a seguir - retirada do trabalho - mostra que o eixo da pesquisa brasileira na área de contabilidade está na USP.



O que eu posso dizer do trabalho? Extremamente interessante e criativo. Um dos melhores apresentados na USP este ano. Isto já deveria ter sido feito anteriormente. (Quem é fã de Numb3rs, uma série que passa na TV a cabo, já viu esta técnica antes e já sonhou em fazer um trabalho como este)

Uma sugestão: façam nos conselhos de administração das empresas abertas brasileiras. As conclusões serão interessantes.

Teste #177

O computador possuía uma velocidade de 1.024 MHz e 2 K de memória principal. Entretanto, ele fez parte da história. Qual é este computador?

Computador da Apollo 11, que desceu na Lua
Computador do Mig, avião soviético, mais avançado de sua época
Computador usado por James Bond no filme Satânico Doutor No

Resposta do anterior: todas possuem mesma média, variância, correlação e equação final da regressão. Trata-se do Anscombe´s quartet, criado pelo estatístico Anscombe, para mostrar a importância de ler um gráfico Fonte: aqui. (Dava para desconfiar que tinha pegadinha, não?)

Links

Visualizando o declínio dos impérios britânicos, francês, espanhol e português (século XIX e XX)

Som: Abertura 1812, de Tchaikovsky, no celular

Crise na Playboy e o valor do coelhinho

Rir é o melhor remédio

Leilão. Fonte: Funnyplace

17 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #176

Este teste é para os acadêmicos e amantes da estatística. Os quatro gráficos abaixo representam a relação entre duas variáveis (X e Y).


Qual a relação que:
a) possui a maior variância
b) possui a maior correlação

Resposta do Anterior: brincos = 21 mil; casaco = 680 e placa = 20. Fonte: Lembranças de um megafraudador à venda em leilão. O Globo, 14/11/2009

Links

Nigéria, corrupção e auditores: contabilidade pública

Fundação Gates irá gastar $500 milhões de dólares num prédio

Sorte de Kokura

Clima (CO2) e Críticas ao SuperFreakonomics

Usuário preferencial

Na enquete da semana, 39 pessoas participaram e responderam "Qual o usuário preferencial das Normas do CPC?". A maioria (26) marcou "não existe usuário preferencial"; 6 escolheram "investidor"; 4, "governo" e 1 "proprietários".

Nova enquete ao lado. Participe.!

Advogados

BB aponta 'sabotagem' em indenizações
Fausto Macedo
O Estado de São Paulo - 17/11/2009

No julgamento de um processo milionário, em que foi defendido por seu próprio diretor jurídico, Joaquim Portes Cerqueira César, o Banco do Brasil obteve no último dia 5, no Superior Tribunal de Justiça, uma vitória por 4 votos a 1, dados pela Terceira Turma de ministros, numa questão em que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) do Rio reclamava a recomposição de valores de cadernetas de poupança em função dos expurgos do Plano Collor.

O Senac já conseguiu levantar R$ 83, 9 milhões e cobra saldo remanescente de R$ 234 milhões a seu favor. “O resultado do julgamento permitirá reversão total de provisão no valor de R$ 141 milhões atualizado até 5 de setembro de 2008”, assinala o Banco do Brasil.

A diretoria jurídica do banco define esses valores como resultado de “uma fantástica e inacreditável falha do mecanismo judicial”. Alega ter identificado dezenas de casos com “equívocos praticados por advogados do próprio banco que teriam deixado vencer propositadamente os prazos legais de questionamento das ações”.

Cerqueira César sustenta que “o Senac e os seus advogados, com base nos equivocados julgados que ora se pretende ver reformados, já levantaram, de forma indevida, aproximadamente R$ 83 milhões e exigem uma complementação”. O Senac vai recorrer da decisão do STJ.

O advogado Sérgio Mazillo, que defende o Senac, comunicou que não fala sobre causas que patrocina porque o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil proíbe. “Se Cerqueira César o faz é porque lhe falta ética.”

A decisão do STJ ocorre no momento em que o comando da defesa do BB trava outra disputa - uma ação civil pública em que o Sindicato dos Bancários de Brasília acusa o banco, e especialmente Cerqueira César, de assédio moral contra vários de seus ex-advogados.

Para o banco, a ação não passa de “resistência a mudanças administrativas” adotadas por causa do “abandono em que se encontrava o serviço jurídico do BB”, cuja reorganização “não interessava a uma pequena parcela de advogados”.

No total, 27 advogados pedem a punição do assédio moral, pagamento de indenizações por “dano moral coletivo”, nulidade dos descomissionamentos e abstenção das transferências do local de trabalho. O BB alega que “resta claro o objetivo eminentemente político do presente feito”.

Para o ex- ministro do Trabalho e ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Almir Pazzianotto, é “no mínimo estranho” que tenha ocorrido, em tais dimensões, o que lhe parece “uma falha de acompanhamento” dos processos por advogados do BB.

COLABOROU GABRIEL MANZANO FILHO

GM apagando valores

GM começa a pagar dívida de US$6,7 bi com governo
O Globo - 17/11/2009
FRITZ HENDERSON

DETROIT. A General Motors (GM) divulgou ontem um prejuízo de US$1,2 bilhão no terceiro trimestre, no seu primeiro balanço financeiro após ter saído da concordata. A montadora também informou que vai começar a pagar de volta US$6,7 bilhões em empréstimos do governo, com uma primeira parcela de US$1,2 bilhão em dezembro. O valor total deverá ser pago até 2011, quatro anos antes do previsto no acordo original.

O prejuízo da GM entre julho e setembro foi bem inferior às perdas de US$6 bilhões contabilizadas no primeiro trimestre, antes de a empresa pedir concordata. No segundo trimestre, a montadora estava em recuperação judicial.

Segundo a GM, a melhoria do desempenho foi estimulada por novos produtos, inclusive o Chevrolet Camaro, o Chevrolet Equinox e o GMC Terrain, veículos de tamanho médio.

Além disso, a presença global da GM, sobretudo na China, onde suas vendas de 478 mil veículos no terceiro trimestre cresceram 6% em relação aos três meses imediatamente anteriores, ajudou nos resultados.

A companhia alertou, porém, que os valores dos ganhos no exterior não significam muito, pois não atendem aos padrões de contabilidade dos EUA.

Surpreendentemente, a empresa teve lucro de US$79,4 bilhões nos primeiros nove dias do terceiro trimestre, quando ainda estava sob proteção judicial pela lei de concordata. Ela conseguiu apagar valores colossais de débito e outras obrigações fiscais de seu balanço financeiro.

“Temos ainda bastante trabalho à frente, mas o resultado de hoje (ontem) evidencia a sólida fundação que estamos construindo para a nova GM”, disse o diretor-executivo da companhia, Fritz Henderson, em uma nota.

Segundo o diretor financeiro da GM, Ray Young, é impossível comparar o resultado do terceiro trimestre com qualquer trimestre anterior, pois a empresa ainda está revisando o valor de seus ativos e compromissos pós-concordata.


Muito interessante o termo "apagar valores". O que significa?