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27 dezembro 2006

Rir é o melhor remédio 25

Multa para Vivendi e Messier


Notícia da Agencia EFE informa que o Supremo francês anulou uma decisão anterior que reduzia a multa imposta a Vivendi e a seu ex-dirigente Messier. O escândalo Vivendi foi um grande acontecimento na gestão de empresa européias, onde o presidente da empresa aparentemente manipulou sua contabilidade.

Carroll em números


Reportagem do El Mundo faz uma análise do escritor Lewis Carroll, mais conhecido por criar a personagem Alice, a partir da sua contabilidade particular. Carroll é um dos escritores mais estudados do mundo pelo reflexo da sua vida particular na sua obra.

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Governança em 2006

Artigo de Paulo Conte Vasconcellos publicado na Gazeta traz uma retrospectiva de 2006 sobre governança corporativa (Governança: uma retrospectiva de 2006, Gazeta Mercantil, 27/12/2006):

(...)
A partir da experiência de algumas empresas líderes na implementação da boa governança, algumas conclusões importantes foram atingidas: 1) No processo de implementação dos princípios de governança, cada empresa deve encontrar as alternativas que melhor se adaptam às suas circunstâncias. Ou seja, não existe receita de bolo; 2) O comprometimento de acionistas controladores e executivos é condição sine qua non para o sucesso da implementação das melhores práticas; 3) A credibilidade da empresa no mercado é essencial para que os stakeholders acreditem no comprometimento da empresa com os seus objetivos de governança; 4) A boa governança é uma jornada, não um destino; e 5) A melhoria das práticas de governança traz um bom retorno, tanto em melhoria da performance operacional das empresas quanto em termos de acesso e custo de capital.

No Brasil, a situação de alta liquidez do mercado financeiro internacional levou a uma verdadeira enxurrada de operações. O volume das ofertas de ações superou R$ 30 bilhões, contra R$ 14 bilhões em 2005. A Bolsa teve a estréia de 26 empresas. A maioria das operações realizadas somente com ações ordinárias, no Novo Mercado da Bovespa - uma clara demonstração de que os investidores não aceitam mais empresas que tratam de forma distinta seus acionistas. A igualdade de direitos, um dos pilares da Governança Corporativa, está prevalecendo. (...)

Para fechar o ano com chave de ouro, tivemos a reprovação pela maioria dos acionistas preferencialistas de Telemar, da operação de conversão de ações nos termos propostos à Assembléia de Acionistas realizada em 15 de dezembro.

O maior prejuízo de Hollywood


Segundo o Globo de hoje o filme Instinto Selvagem 2 foi o maior prejuízo do ano: custou US$70 milhões e arrecadou nos EUA US$5,9 milhões. Outras bombas:

“Um bom ano”
“O sacrifício”
“All the king’s men”
“A dama na água”

Lei de Falência elogiada

Reportagem do Valor de hoje faz elogios a Lei de Falências (Empresas conseguem se reerguer pela nova lei)

Em seus 18 meses de vida, completados em dezembro, a nova Lei de Falências mostrou ao longo de 2006 que apesar de todas as suas lacunas, custos e burocracia, o cenário de hoje é bem melhor para as empresas do que aquele proporcionado pela legislação anterior, o Decreto-Lei no 7.661, de 1945. Empresas que já poderiam ter fechado as portas estão hoje em plena recuperação. Outras ganharam, ao menos, uma sobrevida que não conseguiriam na norma antiga. De acordo com dados da Serasa, de janeiro a novembro deste ano, a Justiça recebeu em todo o país 230 pedidos de recuperação, dos quais 149 foram deferidas, ou seja, aprovadas pelo Judiciário na primeira fase do processo.

Gamecorp 4


Na Folha de hoje:

No vermelho, Gamecorp projeta expansão

Mesmo depois de prejuízo, a Telemar, concessionária de serviço público, investiu na produtora R$ 5 milhões em publicidade em 2006

RUBENS VALENTE

A Gamecorp, empresa do filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, 31, trabalha com a previsão de zerar seu prejuízo até o segundo semestre de 2007, segundo o diretor-presidente da empresa, Leonardo Badra Eid. Em 2005, a Gamecorp informou ter acumulado prejuízo de R$ 3,47 milhões. (...)

Por conta do prejuízo, o patrimônio líquido da empresa passou de R$ 5,2 milhões, no início daquele ano, para R$ 1,73 milhão, em dezembro.

Em janeiro de 2005, o grupo Telemar investiu R$ 5 milhões na empresa por meio de uma compra de debêntures conversíveis em ações. O capital social da empresa era de apenas R$ 10 mil. Além de Fábio Lula, também era sócio Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar.

(...)

Segundo o presidente da Gamecorp, Leonardo Eid, o prejuízo em 2005 já era "esperado". "Não tem como você começar um negócio inovador já dando lucro. A própria MTV no começo, por exemplo, demorou quatro, cinco anos para ter lucro", disse o executivo.

"Nós temos uma previsão, e isso estava dentro do nosso planejamento inicial, de estar zerando, de chegar ao "break-even" [ponto de equilíbrio], no segundo semestre de 2007, isso estava previsto desde o começo", afirmou Eid.

O diretor-presidente da Gamecorp disse que não poderia revelar quanto cada sócio retirará após eventuais lucros da empresa. [sic]

"Eu não posso te falar, mas garanto que é abaixo do mercado, pelas informações que a gente tem", disse Eid.

(...)

Eid afirmou que os custos que levaram ao prejuízo em 2005 são "diluídos" [sic]: "Nosso maior gasto é com mão-de-obra na produção, intensiva. Basicamente [os custos] estão diluídos, não tenho nenhum item significativo".

Vivo perde clientes


Vivo perde clientes e fica com 29,5% do mercado

A Vivo voltou a perder clientes. Assim como havia ocorrido em setembro, a maior operadora de celulares obteve resultado negativo em novembro, segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). De acordo com o levantamento mensal realizado pela agência, 96 mil usuários se desconectaram da empresa. O número de assinantes da Vivo passou de 28,789 milhões para 28,693 milhões.

Com isso, a participação de mercado da operadora permanece em queda: fechou novembro em 29,48%, contra 29,79% em outubro de 2006 e 34,54% de dezembro de 2005. A liderança da companhia é seguida cada vez mais de perto pela TIM, com 25,40% de participação de mercado. A TIM havia registrado um resultado de 25,23% em outubro de 2006 e 23,42% em dezembro do ano passado.

Desde dezembro de 2005, a diferença entre as duas maiores operadoras de celulares do País caiu de 11,12 pontos porcentuais para 4,08 pontos. Uma das principais explicações para a queda da Vivo é que a empresa adota a tecnologia CDMA, enquanto o sistema que mais avança no Brasil é o GSM. Para reagir, a Vivo está investindo R$ 1,08 bilhão na instalação de uma rede GSM.

O futuro das duas empresas é, porém, incerto. A TIM está à venda e deve haver uma reorganização societária na Vivo, que pertence à Portugal Telecom e à Telefónica.

A terceira colocada no ranking, a Claro, que é favorita na disputa pela TIM, também cresceu desde o ano passado. Hoje, a Claro tem 23,51% do mercado, contra 23,26% em outubro e 21,64% em dezembro de 2005.

A Oi, que pertence ao Grupo Telemar, tem 13,19% de mercado, contra 13,15% em outubro. Já a Telemig Celular e a Amazônia Celular caíram de 4,85% em outubro para 4,67% em novembro.
A sexta colocada no ranking nacional é a BrT GSM, que tem 3,25% do mercado (3,19% em setembro); a CTBC Telecom Celular detém 0,41% (0,44% em outubro); enquanto a Sercomtel Celular continua com 0,09% do mercado.

AUMENTO DA BASE
No mês de novembro, o mercado registrou a adição de 689,980 mil celulares, segundo a Anatel. O País fechou os primeiros onze meses do ano com 97,331 milhões de telefones móveis em operação, o equivalente a uma penetração de mercado de 51,92%.

A Anatel diz que a marca histórica de 100 milhões de celulares poderá ser atingida ainda em 2006, desde que o setor mantenha o ritmo de vendas no Natal, registrado nos últimos anos. Da base total, 78,489 milhões (80,64%) são pré-pagos e 18,841 milhões (19,36%), pós-pagos.


Fonte: Estado de S. Paulo, 27/12/2006

Projetado x realizado


Do Estado de hoje:

Mercado errou nas projeções

Inflação, câmbio e juros ficaram abaixo da estimativa

Gustavo Freire

As projeções do mercado financeiro para o desempenho econômico do País em 2006, feitas no final do ano passado, não se confirmaram. Na última semana de 2005, os analistas diziam que a inflação ficaria este ano nos 4,5% fixados como meta pelo governo, mas ela ficará pouco acima de 3%. O mercado apostava ainda que a taxa básica de juros, a Selic, chegaria neste mês a 15%, mas está em 13,25%.

Participante do levantamento semanal do BC entre instituições de mercado e analistas, o economista Carlos Thadeu Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que a raiz dos equívocos está na trajetória o câmbio. No fim de 2005, o mercado acreditava que o dólar estivesse valendo R$ 2,40 neste fim de 2006. Ontem, estava em R$ 2,14.

Com o câmbio valorizado, o IPCA ficaria na meta de 4,5%. Em vez disso, o câmbio ajudou a segurar os preços e o índice fechará 2006 mais de um ponto porcentual abaixo da meta. Isso explicaria também o erro de previsão da Selic. “A inflação mais baixa abriu espaço para a queda maior dos juros”, disse.

A culpa pelo erro na projeção de câmbio, segundo Thadeu Filho, foi da balança comercial. Não se esperava, no fim de 2005, que o superávit terminasse o ano em US$ 45 bilhões. Na época, a estimativa era de US$ 36,98 bilhões. “Os bons preços de commodities e o crescimento mundial deram fôlego às exportações.” Resultado: entrada maciça de dólares e queda da cotação.

O câmbio mais baixo, em contrapartida, prejudicou a atividade econômica. O crescimento das importações decorrente da valorização do real e as dificuldades de alguns setores exportadores frustraram a expectativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescesse 3,5%. A previsão agora é de 2,76%.

26 dezembro 2006