23 agosto 2011
Cooperação Brasil-Argentina - Capes
Os programas são fruto de convênio de cooperação educativa entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Argentina sobre a Integração Educacional para a formação de recursos humanos de alto nível de pós-graduação.
CAFP-BA
Serão selecionados projetos de associação acadêmica, por meio de parceria universitária, entre pelo menos uma instituição de ensino superior (IES) brasileira e uma argentina para o fortalecimento de cursos de pós-graduação nos dois países.
Cada projeto de associação institucional deve se concentrar em uma área ou em áreas correlatas e envolver, pelo menos, um curso de pós-graduação de cada país, que atuará como entidade promotora ou receptora; contemplar, principalmente, a formação de pós-graduandos, o fortalecimento dos cursos de pós-graduação das entidades receptoras e o aperfeiçoamento de docentes e pesquisadores vinculados à referida entidade receptora; entre outros requisitos.
As inscrições são gratuitas e efetuadas, até 28 de outubro, por meio do preenchimento de formulários e envio de documentos descritos no edital. Os projetos selecionados terão duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois e estão previstos para ter início em janeiro de 2012.
CAPG-BA
O programa visa o incentivo à co-orientação de teses e eventual co-diplomação, com participação ativa dos docentes-pesquisadores nos programas de pós-graduação de ambos os países. Para isso, serão analisados projetos de parcerias universitárias nas diversas áreas do conhecimento com objetivo de fomentar o intercâmbio de estudantes de pós-graduação e o aperfeiçoamento de docentes, pesquisadores e professores visitantes, na mesma intensidade. As atividades realizadas nos projetos serão custeadas por meio da concessão de bolsas de estudo, diárias, recursos para material de consumo e passagens aéreas para docentes.
As inscrições são gratuitas e efetuadas, até 28 de outubro, por meio do preenchimento de formulários e envio de documentos descritos no edital. Os requisitos para participação também estão descritos no edital. Os projetos selecionados terão duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois e estão previstos para ter início em janeiro de 2012.
Para mais informações: css@capes.gov.br
Postado por Isabel Sales. Fonte: Aqui.
20 agosto 2015
Depressão na Pós-Graduação e Pós-doutorado
A imagem de nós cientistas no senso comum, como estereotipada por Einstein, é que somos meio loucos. De fato, como revelado recentemente pela revista Nature, parece que realmente não temos uma boa saúde mental, dada a alta ocorrência de depressão entre pós-graduandos e pós-doutorandos.
Os pós-graduandos são os estudantes de mestrado e de doutorado, enquanto os pós-doutorandos são os recém doutores em aperfeiçoamento, que ainda não conseguiram um emprego estável. Os pós-doutorandos são comuns há muito tempo nos laboratórios da Europa e dos Estados Unidos, já no Brasil este é um fenômeno recente.
Segundo o texto, boa parte dos estudantes de pós-graduação que desenvolvem depressão foram ótimos estudantes na graduação. Lauren, doutoranda em química na Universidade do Reino Unido, começou com dificuldade em focar nas atividades acadêmicas, evoluiu com medo de apresentar a própria pesquisa, e terminou sem nem mesmo conseguir sair da cama. Felizmente, Lauren buscou ajuda e agora está terminando o seu doutorado, tendo seu caso relatado no site de ajuda Students Against Depression, cujo objetivo é “desenvolver a consciência de que a depressão não é uma falha pessoal ou uma fraqueza, mas sim uma condição séria que requer tratamento”, segundo a psicóloga Denise Meyer, que ajudou no desenvolvimento do site.
Para os cientistas em início de carreira, a competição no meio acadêmico pode levar a isolamento, ansiedade e insônia, que podem gerar depressão. Esta pode ser acentuada se o estudante de pós-graduação tiver problemas extracurriculares e/ou com seu orientador. Já que a depressão altera significativamente a capacidade de fazer julgamento racional, o deprimido perde a capacidade de se reconhecer como tal. Aqui, na minha opinião, o orientador tem um papel fundamental, mas que na prática não tenho observado muito: não se preocupar apenas com os resultados dos experimentos, mas também com a pessoa do estudante.
De acordo com o texto, os principais sinais de depressão são: a) inabilidade de assistir as aulas e/ou fazer pesquisa, b) dificuldade de concentração, c) diminuição da motivação, d) aumento da irritabilidade, e) mudança no apetite, f) dificuldades de interação social, g) problemas no sono, como dificuldade para dormir, insônia ou sono não restaurativo (a pessoa dorme muito mas acorda cansada e tem sono durante o dia).
Segundo o texto, a maioria das universidades não tem um serviço que possa ajudar os estudantes de pós-graduação. Não obstante, formas alternativas se mostraram relativamente eficazes. Por exemplo, mestrandos e doutorandos poderiam procurar ajuda em serviços oferecidos a alunos de graduação; já os pós-doutorandos poderiam tentar ajuda em serviços oferecidos a professores, sugerem os autores do texto. A maioria dos tratamentos requer apenas uma sessão em que são discutidas as dificuldades dos estudantes, além de sugestões de como manejar melhor a depressão. Uma das principais preocupações é com relação à confidencialidade, que deve ser quebrada apenas se o profissional sentir que o paciente tem chance iminente de ferir a si ou a outrem. Segundo Sharon Milgram, diretora do setor de treinamento e educação do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, “buscar ajuda é um sinal de força, e não de fraqueza”.
Devo admitir que o texto chamou minha atenção por me identificar com o tema, tanto na minha própria experiência, quanto na de vários colegas de pós-graduação que também enfrentaram problemas semelhantes. Acho que o sistema atual de pós-graduação tem falhas que podem aumentar os casos de depressão, como as descritas a seguir:
1- O próprio nome “Defesa” no caso do doutorado
Tem coisa mais agressiva que isso? Defesa pressupõe ataque, é isso mesmo que queremos? Algumas pessoas vão dizer que os ataques são às ideias e não às pessoas. Acho que isso acontece apenas no mundo ideal, porque na prática o limite entre as ideias e as pessoas que tiveram as ideias é muito tênue. Mas pior é nos países de língua espanhola, pois lá a banca é chamada de “tribunal”.
2- Avaliações pouco frequentes
Em vários casos, principalmente no começo do projeto, as avaliações são pouco frequentes, o que faz com que o desespero fique todo para o final. No meu caso, os últimos meses antes da “Defesa” foram os piores da minha vida, pois tive bastante insônia, vontade de desistir de tudo etc. Pior também foi ouvir das pessoas que poderiam me ajudar que aquilo era “normal” e que “fazia parte do processo”… Isso não aconteceu apenas comigo, mas com vários colegas de pós-graduação. Acho que para fazer ciência bem feita, como todo trabalho, tem que ser prazeroso, e acredito que avaliações mais frequentes podem evitar o estresse ao final do trabalho.
3 – Prazos pouco flexíveis
Cada vez mais me é claro que a ciência não é linear, e previsões geralmente são equivocadas. Dessa forma, acredito que não deveria haver nem mestrado nem doutorado com prazo fixo. O pós-graduando deveria ter bolsa por 5 anos para desenvolver sua pesquisa, e a cada ano elaboraria um relatório sobre suas atividades e resultados. Uma comissão deveria julgar esse relatório para ver se o estudante merece continuar. Como cada caso é um caso, em alguns casos, dois anos já seriam suficiente para ter um resultado que possa ser publicado num jornal científico de reputação. Isso daria ao cientista a possiblidade de bolsa por mais 5 anos, por exemplo, para ele continuar sua pesquisa. Em outros casos, 5 anos de trabalho não é suficiente, o que pode ser por causa da própria complexidade da pesquisa, ou outros motivos como atraso na importação de material etc. Nesse caso, acho que o estudante deveria ter pelo menos mais 3 anos de tolerância para poder concluir sua pesquisa, caso os relatórios anuais sejam aprovados, e o estudante comprove que não é por sua culpa que a pesquisa está demorando mais que o previsto.
Senti falta no texto uma discussão com relação ao fato de que para os futuros cientistas que ainda não tem um emprego definitivo, a ausência de estabilidade financeira é também um fator que contribui para o estado de humor dessa classe tão específica e especial de seres humanos.
Sugestão de Leitura
Gewin, V. (2012) Under a cloud: Depression is rife among graduate students and postdocs. Universities are working to get them the help they need. Nature 490, 299-301.
Fonte: Aqui
04 dezembro 2011
Pós-graduação no Brasil
Para atender a essa demanda, avalia o presidente e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, foram contratados técnicos e professores. Como consequência, aumentou a procura por programas de pós-graduação para qualificação do corpo docente. O aumento da procura pela pós-graduação, especialmente pelos novos professores, permitiu aquecer a produção científica das universidades. Noventa e três por cento das pesquisas nacionais são desenvolvidas pelas universidades públicas.
"No Brasil, as universidades públicas têm função dupla, de formar graduação em volume e gerar conhecimento na pós-graduação. Já tínhamos docentes importantes, e a chegada desses novos docentes acabou favorecendo uma série de áreas de conhecimento que até então não tinham o quadro necessário para construir novos programas e ampliar a pós-graduação", explica João Luiz. "Áreas foram fortalecidas, ampliadas e intensificadas. Houve crescimento na aprovação de programas de pos na maioria das universidades", completa.Fonte: Ana Grilo/UnB Agência (com adaptações)
Como, por causa do REUNI, houve acréscimo de alunos e consequentemente da demanda por professores qualificados, pode-se inferir que atualmente os processos seletivos para a pós-graduação estão voltados para quem possa contribuir com a academia e não necessariamente com o mercado.
23 julho 2014
Pós-graduação rima com…
Posso apostar que se você for da turma do stricto sensu você pensou em Depressão. Aposto também que se você está nessa fase, a expressão “quem nunca?!”, nunca foi tão válida! Acertei?
Bem-vindo ao clube! Apenas com minhas observações empíricas, ou seja, sem procurar “estatísticas oficiais”, percebo que entre os meus colegas pós-graduandos oito em cada dez tiveram sintomas depressivos ou alguém nível de depressão no mestrado e/ou doutorado.
Isso me preocupa. E as vezes ocupa também. Muitas vezes observo as sérias consequências que essa fase na vida de muitas pessoas, que se frustram terrivelmente ou replicam hábitos ao mudar de posição de orientado para
Para mim, a depressão (e suas variantes) é um fenômeno tão sério dentro dos programas de pós-graduação que o departamento de psicologia está perdendo a oportunidade de desenvolver teses sobre isso. Por mais irônico que isso possa parecer. Os órgãos de fomento também deveriam começar a considerar uma “bolsa terapia” por que se algumas profissões são prejudicadas quando entramos na pós-graduação, os psicólogos e psiquiatras não são.
O pior é a desinformação de quem passa pelo processo ou vê alguém nele. A depressão é algo tão
Depressão tem tratamento, gente! Vai ficar ai sofrendo quando você
Além de tudo isso, ou melhor, sobretudo, busque o equilíbrio. Conheço muitos casos que as pessoas tomaram rotas alternativas para sair do processo depressivo. Em todo caso, a pós-graduação, embora digam o contrário, é um trabalho, uma fase (curta) da sua vida. Temos nesse tempo uma grande oportunidade de aprendizado pessoal e profissional.
Quando nós superamos a fase de sofrimento e
18 maio 2011
Mais esclarecimento sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício
Em continuidade à postagem sobre a Nota CAPES-CNPq sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício, segue abaixo uma entrevista do presidente da Capes (indicada por Glauber Barbosa, a quem agradeço):
Capes torna sem efeito Ofício Circular nº 32/2011, enviado aos pró-reitores de pós-graduação no dia 2 de maio, que trata do cadastramento de bolsistas com vínculo empregatício remunerado. Mais esclarecimentos na entrevista com o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães:
1. A Capes e o CNPq publicaram no dia 2 de maio uma nota sobre acúmulo de bolsa e vínculo empregatício, relacionada à Portaria Conjunta CAPES-CNPq n° 01/2010. Qual o motivo desta nota, quase um ano após a publicação da portaria?
A portaria tinha e continua tendo a intenção de estimular o estudante a ter a possibilidade de ser contemplado, durante a pós-graduação, com um vínculo empregatício. Não queremos estimular mecanismos de risco para o que é o principal objetivo da pós-graduação: estimular jovens que estão cursando pós-graduação, sobretudo os provenientes da iniciação científica, a obter um desempenho que permita um vínculo empregatício. Com a portaria, o bolsista que se desenvolveu bem no mestrado ou no doutorado e tem a oportunidade de trabalhar numa empresa ou em uma instituição privada para dar aula, por exemplo, poderá fazer isso legalmente, diferentemente do que acontecia antes, quando trabalhavam sem carteira assinada e sem comunicar às agências. Mesmo assim, há que se considerar a questão do tempo de dedicação ao curso e ao emprego, o que só pode ser decidido pelo orientador do bolsista, endossada pelo coordenador de pós-graduação (CPG).
Isso é importante para a instituição que contrata e para o aluno e é um exemplo para os colegas dado o seu desempenho. De maneira nenhuma a portaria estimula que, para ganhar bolsa, tenha que ter vínculo antes. O vínculo antes é o problema, pois é preciso que seja o orientador que autorize: salvo em pouquíssimos cursos, o aluno que está entrando não tem orientador ainda, e, quando tem, é tão novo que não sabe se o aluno tem desempenho suficiente e em que nível está o desenvolvimento de sua tese ou dissertação, portanto, como pode fazer isso antes? Isso só pode ser feito depois. E o depois é pelo menos seis meses. Não acredito que antes disso possa permitir ao orientador uma visão clara para essa autorização.
Por que a nota? Porque houve interpretação indevida e imprópria para atender casos específicos e particulares à revelia do juízo do orientador sobre a pertinência da concessão da bolsa, baseado do desempenho do aluno, após o início do curso e do projeto de pesquisa. Há casos de pessoas com vínculo na própria instituição sendo estimuladas a fazer o mestrado por causa da bolsa. Não é esse o papel da Capes e do CNPq. Não se trata aqui de considerar a bolsa como complementação salarial. Esta condição está contemplada de forma exclusiva para os professores da Rede Pública de Educação Básica, prevista na Portaria Ministerial nº 289, de 31/03/2011, modificada pela Portaria nº 478, de 29/04/2011. A formação é para prepararmos mais jovens para o bom desempenho em suas áreas de atuação para o desenvolvimento do país e não para complementar o salário que a pessoa já tinha. Em algumas instituições e cursos, o fato de já ter o vínculo empregatício estava predominando para a seleção, sendo que esta deve ser feita por mérito.
Quem deve decidir se o bolsista tem desempenho suficiente para ter ou não vínculo empregatício é o orientador, não o curso. Só o orientador sabe quem são os alunos qualificados para essa possibilidade. Cada um tem uma média de 4 a 6 orientandos e é obvio que nem todos merecem ter essa autorização. Alguns terão, outros não. Portanto, houve sim falta de consideração para com a motivação maior da Portaria Conjunta Capes-CNPq n° 01/2010, que é clara e objetiva. O que houve foi a emissão de uma circular de setor da Capes sem a ciência da Presidência desta agência e muito menos do CNPq, e que levou ao sobressalto que estamos verificando.
2. Quais são então as regras para o acúmulo de bolsa e vínculo empregatício no âmbito da Capes?
Como eu disse anteriormente, a regra básica é que o aluno bolsista possa ter a possibilidade do emprego depois de já estar matriculado, quando seu orientador já tiver um conhecimento mais aprofundado sobre sua capacidade de se desenvolver no curso. Ou seja, como um produto do ganho do próprio curso de pós-graduação. Se não, nós prejudicamos a base inicial desse processo que é, sobretudo, o mérito e os bolsistas que provém da iniciação cientifica. Quem não observa esses requisitos, corre risco de não ter bons candidatos na pós-graduação.
Hoje temos cerca de 80 mil estudantes de iniciação cientifica no Brasil entre CNPq, agências estaduais e pessoas voluntárias – sem contar o Pibid da Capes e oriundos do Programa PET. Esses são os melhores candidatos para fazer mestrado. São 80 mil e o mestrado oferece anualmente, em todo o Brasil, 50 mil vagas. Portanto, é esse o nosso grande alvo. Claro que não é exclusivamente isso, mas colocar as bolsas nas pessoas já com vinculo estaria excluindo nosso principal candidato e isso nós não queremos estimular. Caso a situação persista as agências poderão considerar o cancelamento da Portaria.
3. No caso de um aluno que, sem vínculo empregatício, tenha sido contemplado com bolsa e, futuramente, seja contratado para o quadro da própria instituição na qual estuda. Ele terá a bolsa cancelada?
A bolsa deve ser cancelada, pois não foi instituída para estimular essa prática. Reafirmo: a bolsa não é uma complementação salarial. É para apoiar os jovens com mérito que, não tendo vínculo empregatício ainda, possam tirar proveito da oportunidade que o governo dá de estudar com bolsa nos cursos rigorosamente avaliados pela Capes e, a partir do seu desempenho, ter as oportunidades de conseguir um vínculo empregatício qualificado para as atividades que considerarmos prioritárias: tecnológicas e educação básica. Como acima mencionado, os professores da Educação Básica da Rede Pública podem acumular remuneração e bolsa, mesmo com o vínculo a priori.
4. As regras existentes antes da portaria, que permitiam o acúmulo de bolsas para professor da educação básica, professor substituto, tutor da UAB e profissional de saúde pública continuam valendo?
Continuam valendo. As portarias que tratam dessa questão mencionam claramente que são áreas de interesse do Estado. Permitir que professores da escola pública façam mestrado – sobretudo mestrado profissional, mas também acadêmico – recebendo bolsa é o principal objetivo. Estes, repito, nós consideramos interesse do Estado. O acúmulo, então, é permitido e vai continuar sendo.
5. No caso de servidor público. Quem já é servidor e torna bolsista, como proceder? E para casos em que o aluno que já é bolsista passa em concurso público, ele deve pedir o cancelamento da bolsa?
Não deve ganhar bolsa, essa é uma regra básica, exceto para professores da Rede Pública da Educação Básica. Os cursos têm que considerar o seguinte: tendo vínculo empregatício prévio, não deve ter bolsa de imediato. Essa é uma lógica fundamental sem a qual vamos colocar em risco a credibilidade e o sucesso da pós-graduação brasileira.
A Portaria não foi feita para estimular esse tipo de ação individual, foi feita para premiar os alunos que se destacam, estando na pós-graduação com bolsa do CNPq ou da Capes, venham, em função do próprio desempenho, conversar com seu orientador sobre a possibilidade de conciliar os estudos com o emprego. E não um direito prévio, isso é importante dizer. Portaria a gente faz e também desfaz e, se for seguida de maneira equivocada, poderemos cancelá-la.
6. Quais os desdobramentos possíveis em função dos questionamentos sobre a Portaria?
A Direção da Capes está determinando o cancelamento da citada circular e divulgando na sua página nota de esclarecimento sobre o entendimento a ser aplicado pelos orientadores e cursos sobre como deverão autorizar o bolsista a assumir compromisso de emprego.
A Capes e o CNPq farão um levantamento das situações junto aos cursos para posterior deliberação conjunta, além de, eventualmente, revisar a Portaria, tornando-a mais restritiva em seus objetivos ou, até, mesmo, revogá-la se as duas Agências considerarem que é melhor para o sistema.
Fonte: Capes
03 agosto 2011
Bloqueio de escritor: Depressão
Dizem que o bloqueio de escritor ocorre quando tentamos escrever antes de estarmos preparados. Quando você está escrevendo um trabalho de pós-graduação e passa por um bloqueio provavelmente está tentando escrever em prosa sem ter uma clara ideia do que pretende transmitir ou a estrutura com a qual deseja trabalhar.
No livro ”Demystifying dissertation writing” a autora Peg Boyle Single, Ph. D, descreve alguns motivos para que tenhamos o tal bloqueio de escritor. Pode ser em consequência ao seu perfeccionismo, procrastinação, impaciência, depressão. Pretendo falar sobre todos, em tempo, mas hoje vou focar a depressão.
De uma forma geral, estudantes parecem experimentar dois pontos mais baixos quando estão cursando a pós-graduação. O primeiro ocorre por volta do primeiro semestre. Como é de se esperar, cursos de pós-graduação são geralmente mais exigentes que os de graduação. Alunos que são excelentes na graduação são desafiados a um novo nível de desempenho. Estudantes que estiveram no topo de suas turmas estão agora na média. Assim, muitos alunos de mestrado mencionam largar durante as provas do final do primeiro semestre. Inclusive a autora do livro.
Peg conta que nunca se esquecerá da conversa que teve com seu pai, algo como: “pai, vou largar o curso de mestrado”. Ele abaixou o jornal, olhou pra ela e falou: “tudo bem. Apenas termine esse semestre e atualize o seu currículo. Você poderá conseguir um emprego como contadora”.
Silêncio. Ela havia voltado para a pós-graduação por querer uma alteração profissional. Ela tinha um grau de bacharel em contabilidade e após alguns anos trabalhando na área, percebeu que nunca seria feliz gastando suas horas de trabalho como uma contadora ou auditora. Quando conduziu entrevistas com alunos do primeiro ano da pós-graduação para a sua dissertação, percebeu que muitos consideraram largar ao fim do primeiro semestre também. Eles estavam estudando para provas finais e terminando trabalhos que os desafiavam muito além do que havia antes conhecido.
Peg terminou o primeiro semestre e considerou as suas opções durante as férias. Ela não atualizou seu currículo e voltou para a universidade no semestre seguinte. Uma ótima decisão. Apesar de ainda utilizar seu aprendizado contábil, é mais feliz investindo o seu tempo escrevendo e lecionando ao invés de reconciliando contas e auditando registros.
O segundo ponto baixo experimentado pelos alunos é logo antes da dissertação. A camaradagem é mínima. O alicerce fornecido pela estrutura do curso se foi. A única coisa a perseguir é um projeto em longo prazo. Frequentemente nesse momento os alunos experimentam o isolamento. Esse é o horário nobre para que a depressão venha rastejando e a falta de ânimo o impeça de prosseguir na dissertação. O apoio social é de grande importância durante um tempo como esses.
Peg iniciou seu próprio suporte social quando estava finalizando a sua dissertação. Ela pediu que três outros alunos se juntassem a ela em uma atividade semanal de escrita em grupo. Cada reunião era em sua mesa de café da manhã, um do grupo compartilhava seu trabalho por meia hora. Essa pessoa poderia enviar seu trabalho por e-mail ao resto do grupo antecipadamente para que todos pudessem revisar e dar retornos pontuais. Mais tarde o grupo compartilhava seu progresso da semana. Todos completaram a dissertação em tempo oportuno.
Muitas vezes o suporte social pode deter ou te tirar da depressão ou disforia, mas nem sempre. Se a depressão ou a disforia se tornar um obstáculo para você, procure ajuda profissional. A pós-graduação é estressante, assim como trabalhar no seu projeto de dissertação e contemplar a vida após o término do curso. Se você quiser procurar um terapeuta, pode ir ao centro de aconselhamento da sua universidade ou obter uma recomendação do seu médico principal ou de outros alunos do seu curso. Se você precisar de ajuda, por favor busque-a. Não trate isso de forma leviana.
Posteriormente falaremos de outros obstáculos.
11 junho 2013
Entrevista com Suzana Herculano-Houzel
Luciana Whitaker/Folhapress | ||
A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, que irá falar no TED Global, em seu laboratório na UFRJ |
22 setembro 2006
ANPCon
Os representantes dos programas de pós-graduação em Contabilidade de todo o Brasil criaram a ANPCon Associação Nacional de Programas de Pós-Graduação em Contabilidade, visando congregar e representar as instituições que oferecem cursos de mestrado doutorado em Ciências Contábeis. A constituição da entidade e a posse da diretoria ocorrem na próxima segunda-feira, dia 30, às 8 horas, na sede da Fucape Business School, em Vitória.
Sem fins lucrativos, a ANPCon é uma associação que tem o objetivo de promover a cooperação e o intercâmbio entre as instituições associadas junto à comunidade acadêmica e profissional em geral. As principais atividades da associação são: desenvolver bancos de dados como fonte de informações de interesse da classe; promover e realizar cursos, treinamentos e eventos em geral; oferecer bolsas, criar prêmios, concursos e outras ações de incentivo à pesquisa.
Participarão da reunião cerca de 14 representantes dos programas de pós-graduação em Contabilidade de todo o Brasil, entre eles Fábio Frezatti, coordenador do Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis da FEA-USP; Jorge Katsumi Niyama, coordenador de Pós-graduação do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UnB; José Ricardo Maia, representando o Programa de Pós-graduação em Contabilidade da UFRJ; e Aridelmo Teixeira, coordenador do Programa de Mestrado Profissional em Ciências Contábeis da Fucape.
Segundo Aridelmo Teixeira, a ANPCon será de grande relevância para os profissionais da área contábil por promover a excelência no ensino, contribuindo para o desenvolvimento educacional no Brasil. A Contabilidade vem ganhando cada vez mais espaço no mercado e, conseqüentemente, maior procura. Como a tendência é a proliferação de novos cursos na área, é preciso haver um certo controle de qualidade, atrelado a um padrão de excelência. Este é um dos objetivos da ANPCon, disse Teixeira.
Espírito Santo é destaque em Contabilidade
O Espírito Santo é um dos Estados que mais vem se destacando na área contábil. Por meio da Fucape, oferece aos profissionais da área cursos inéditos e reconhecidos pelo MEC. Entre as principais conquistas da instituição estão: reconhecimento do Mestrado em Ciências Contábeis pelo MEC; implantação do curso de graduação em Contador Global, inédito no Brasil e formulado pela ONU; MBA em Controladoria e Finanças eleito o 5º melhor do País (Você S/A 2005).
Segundo o diretor-presidente da Fucape, Aridelmo Teixeira, os profissionais da área que moram no Estado não precisam mais se deslocar para grandes centros à procura de cursos desse nível. Além disso, temos alunos de outras regiões do País que são atraídos pela nossa forma inovadora e produtiva de ensino. Hoje podemos comemorar esse grande avanço na educação regional, voltada à área de negócios, afirmou Teixeira.
Fonte: Fucape
17 dezembro 2009
Cursos de Pós no Mercosul.
1. A Capes não é responsável pelo reconhecimento dos diplomas estrangeiros;
2. Para ter validade no Brasil, o diploma concedido por estudos realizados no exterior deve ser submetido ao reconhecimento por universidade brasileira que possua curso de pós-graduação avaliado e reconhecido pela Capes. O curso deve ser na mesma área do conhecimento e em nível de titulação equivalente ou superior (art. 48, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação);
3. Os critérios e procedimentos do reconhecimento (revalidação) são definidos pelas próprias universidades, no exercício de sua autonomia técnico-científica e administrativa;
4. Estudantes que se afastam do Brasil para cursarem mestrado ou doutorado no exterior com bolsas concedidas pela própria Capes e outras agências brasileiras também passam pelo mesmo processo de reconhecimento;
5. Por força de lei, mesmo os diplomas de mestre e doutor provenientes dos países que integram o MERCOSUL, estão sujeitos ao reconhecimento. O acordo de admissão de títulos acadêmicos, Decreto Nº 5.518, de 23 de agosto de 2005, não substitui a Lei maior, portanto, não dispensa da revalidação/reconhecimento (Art.48,§ 3º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação) os títulos de pós-graduação conferidos em razão de estudos feitos nos demais países membros do MERCOSUL;
6. O parecer 106/2007 do Conselho Nacional de Educação orienta: “A validade nacional de títulos e graus universitários obtidos por brasileiros nos Estados-Parte do MERCOSUL requer reconhecimento por universidade brasileira que possua curso de pós-graduação avaliado, recomendado pela Capes e reconhecido pelo MEC. O curso deve ser na mesma área do conhecimento e em nível de titulações equivalentes ou superior (Art. 48 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação)”;
7. A Capes alerta, ainda, que tem sido ampla a divulgação de material publicitário por empresas captadoras de estudantes brasileiros para cursos de pós-graduação modulares ofertados em períodos sucessivos de férias, e mesmo em fins de semana, nos
Territórios dos demais Estados Parte do MERCOSUL. A despeito do que é sustentado pelas operadoras deste comércio, a validade no Brasil dos diplomas obtidos em tais cursos está condicionada ao reconhecimento, na forma do artigo 48, da LDB;
8. O Acordo para Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes do MERCOSUL, promulgado pelo Decreto nº 5.518, de 2005, instituiu a admissão de estrangeiros em atividades de pesquisa no país, como bem explicita o Parecer CNE/CES nº 106, de 2007, o qual, homologado pelo Ministro de Estado, deve ser rigorosamente cumprido por todas as instituições de ensino superior;
9. Especial cautela há de ser tomada pelos dirigentes de instituições públicas, não apenas no sentido de exigir o reconhecimento dos eventuais títulos apresentados por brasileiros, mas, também de evitar o investimento de recursos públicos na autorização de servidores públicos para cursarem tais cursos quando verificado o potencial risco de não reconhecimento posterior do respectivo título;
10. A Capes entende que quem sustenta a validade automática no Brasil dos diplomas de pós-graduação obtidos nos demais países integrantes do MERCOSUL, despreza o preceito do artigo quinto do Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes do MERCOSUL promulgado pelo Decreto nº 5.518, de 2005 e a Orientação do MEC consubstanciada no Parecer CNE/CES nº 106, de 2007, praticando, portanto, propaganda enganosa.
23 dezembro 2013
História da Contabilidade: A primeira metade da década de 60
Criação da pós-graduação
Sabemos que o primeiro curso de graduação em contabilidade foi criado na década de vinte. Anos depois, na década de quarenta, a legislação regulamenta a criação do curso. Logo depois é criado, na Universidade de São Paulo, o curso de graduação. Somente em 1960 cria-se a pós-graduação na USP, pelo menos em termos legais. Foi através do Decreto 36.361, de 8 de março daquele ano, que o governador Carvalho Pinto reorganizou o ensino na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas (FCEA), com seus diversos cursos.
O curso de graduação tinham as seguintes disciplinas obrigatórias: Matemática Financeira (1.ª parte); Matemática Aplicada à Economia e a Administração; Estatística Aplicada à Administração; Organização e Contabilidade Bancária; Organização e Contabilidade de Seguros; Organização e Contabilidade Agrícola e Industrial; Contabilidade Pública; Revisões e Perícias Contábeis; Prática do Processo Civil, Comercial e Fiscal; Ciência das Finanças e Política Financeira; Ciência da Administração (1.ª parte); Administração da Produção (1.ª parte); Finança das Empresas (1.ª parte); e Técnica Comercial e dos Negócios (1.ª parte). O mesmo decreto incluía as disciplinas obrigatórias do curso de pós-graduação: Finanças das Empresas (2.ª parte); Auditoria; e Contabilidade de Custos (2.ª parte).
Lei de remessa de lucros
A lei de remessa de lucros foi promulgada em 1962, pelo presidente do senado. Apesar de vários artigos terem sidos expurgados após março de 1964, com a queda de Jango Goulart, a parte contábil permaneceu. Destacam-se três artigos. O artigo 20 da lei afirma que o executivo irá estabelecer plano de contas e normas contábeis padronizadas. O artigo 21 obriga as empresas a discriminar o capital pertencente aos estrangeiros; O artigo 22 obriga a discriminar na conta de lucros e perdas (1) a remuneração aos estrangeiros.
Notas
(1) É bom lembrar que esta conta correspondia a atual demonstração do resultado.
O Selo foi um presente da Isabel e Pedro. Refere-se ao Congresso de Contabilidade realizado em Porto Alegre.
20 janeiro 2022
Pesquisa na pós no Brasil
Uma pesquisa publicada na RBC (252) sobre a conversão de teses de doutorado em artigos:
Esta pesquisa teve por objetivo analisar o nível de conversibilidade em publicações de artigos, das teses de doutorado em Ciências Contábeis defendidas no período de 2013 a 2017. Tal análise foi realizada, tendo em vista que os investimentos públicos com a pós-graduação no período estudado configuram uma curva ascendente, totalizando R$105.230,2 milhões e que a produção científica representa um dos indicadores importantes no processo de avaliação. Além disso, é por meio da publicação que o conhecimento produzido na academia é disseminado e pode contribuir com a ciência. Destarte, foi realizado um estudo acerca da produção científica e da publicação de artigos relacionados com as teses de doutorado em quatro programas de pós-graduação no período de 2013 a 2017. A coleta dos dados foi por meio da plataforma on-line Sucupira, onde se obteve a relação de teses defendidas no período. De posse da relação de teses com seus respectivos autores, fez-se consulta à Plataforma Lattes visando à análise do currículo de todos os titulados, extraindo os artigos que tinham relação com a tese de doutorado defendida. Quanto aos resultados, verificou-se que cerca de 50% das teses se converteram em publicações em periódicos, sendo que, em média, 42,55% dos artigos foram publicados em periódicos classificados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com conceito A2, e a instituição com o maior percentual de publicações foi a Universidade de Brasília (UnB). Os resultados também evidenciam redução, ao longo do período analisado, das publicações em periódicos mais bem avaliados pela Capes.20 novembro 2006
Congresso de Contabilidade
O Congresso
O Congresso ANPCONT pretende ser um evento de importante significado acadêmico-científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduaçào em Ciências Contábeis, em nível nacional. Este evento proporciona a interação da comunidade acadêmica, pesquisadores, professores e estudantes, representando um meio de divulgação da produção técnico-científica na área das Ciências Contábeis.
Este congresso concentra discussões relativas à Controladoria e Contabilidade Gerencial; Contabilidade para Usuários Externos; Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais; Educação e Pesquisa em Contabilidade. Sendo assim, o Congresso ANPCONT é um evento que busca estabelecer uma ligação entre estudos acadêmicos e aplicações em organizações, possibilitando aos participantes conhecer mais profundamente os diversos enfoques dos estudos nas Ciências Contábeis.
A primeira edição do Congresso está programada para o período de 17 a 19/6/2007, e com previsão de que ocorra a cada ano, sempre organizado pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - ANPCONT.
Local de realização: Centro de Eventos Hotel Serra Azul - Gramado/RS
Número estimado de participantes: 200 pessoas
Abrangência do evento: Nacional
Comissão Organizadora
Profª. Dra. Ilse Maria Beuren
Prof. Dr. Fábio Frezatti
Prof. Dr. Jorge Katsumi Niyama
Prof. Dr. Ernani Ott
A realização do I Congresso ANPCONT tem como principais objetivos:
- Debater os temas relevantes das Ciências Contábeis, abordando aspectos referentes aos temas do evento;
- Divulgar a produção técnico-científica da área;
- Fortalecer a produção científica e o intercâmbio dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis do País.
Público-Alvo
O público-alvo do I Congresso ANPCONT são estudantes, professores, pesquisadores e profissionais. Espera-se Tendo em vista o número de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis existentes no Brasil, espera-se que o evento conte com cerca de 200 participantes.
Atividades Previstas
Para atingir os objetivos especificados, há uma série de atividades previstas para o I Congresso ANPCONT: a) sessões temáticas (apresentação de trabalhos); b) palestras; c) painéis; e d) workshops.
a) Sessões Temáticas
Deverão ser aceitos 48 trabalhos, sendo que 24 serão apresentados em sessões temáticas interativas e 24 serão apresentados em sessões temáticas convencionais. No total, estão previstas 16 sessões temáticas. Cada uma dessas sessões irá se desenvolver por um período de aproximadamente uma hora e meia e será constituída pela apresentação e discussão de trabalhos afins.
b) Palestras
Estão previstas três palestras contemplando o tema central do Congresso, que deverão contar com pesquisadores, representantes de órgãos de regulamentação e fiscalização da pós-graduação (CAPES) e de órgãos de fomento à pesquisa (CNPq).
c) Painéis
Estão previstos dois painéis, que contemplarão assuntos relacionados com o tema central do Congresso. Um painel que versará sobre estudos de caso para ensino e outro sobre a qualidade dos Cursos de Doutorado em Ciências Contábeis das universidades americanas.
d)Workshops
Está previsto um workshop que contemplará assuntos relacionados com o tema central do Congresso. O workshop consistirá de tema que abordará a avaliação de trabalhos científicos.
Serviços Incluídos
Conforme as necessidades comuns a qualquer evento, a organização e realização do I Congresso ANPCONT deverão incluir os seguintes serviços:
- ambiente com privacidade e conforto reservado para autoridades e convidados;
- serviço de hospedagem, alimentação e translado aos palestrantes e convidados;
- serviços opcionais de City Tour;
- pacotes promocionais de hotéis e lazer para participantes;
- equipamentos audiovisuais;
- internet;
- avaliação de satisfação dos participantes.
Mais informações, clique aqui
01 dezembro 2013
Conselho Técnico-Científico da Capes se reúne para deliberar resultados da Avaliação Trienal
A divulgação dos resultados da Avaliação Trienal está prevista a partir do dia 2 de dezembro e serão oficiados às Pró-Reitorias das respectivas IES, acompanhados das fichas individualizadas de cada PPGs. Os pedidos de reconsideração poderão ser feitos até 30 dias após o recebimento dos ofícios.
Avaliação Trienal 2013
A avaliação da pós-graduação stricto sensu é realizada pela Capes desde o ano de 1976. Ao longo de quase 40 anos, se consolidou como instrumento de grande importância para o Sistema Nacional de Pós-Graduação e para o fomento, tanto por parte das agências brasileiras, vários setores governamentais e não governamentais, bem como dos organismos internacionais.
As atividades contaram com 1.200 consultores vindos de todas as regiões do país, distribuídos nas comissões das 48 áreas de avaliação durante quatro semanas. No total, foram avaliados 5.700 cursos de mestrado e doutorado. O processo levou em consideração as atividades dos anos de 2010, 2011 e 2012 e foram consideradas todas as informações prestadas pelos cursos neste período.
A avaliação cumpre o papel de analisar detalhadamente o panorama e atividades dos programas de pós-graduação no Brasil e, assim, atestar a qualidade dos cursos e acompanhar a qualificação dos mesmos. A avaliação resulta em elementos e indicadores que permitem induzir e fomentar ações governamentais de apoio à pós-graduação. Como decorrência, é possível impulsionar o avanço científico, tecnológico e de inovação e oferecer uma agenda de políticas acadêmico-científicas para diminuir as assimetrias entre regiões do Brasil e áreas do conhecimento.
Acesse os boletins publicados durante a Avaliação Trienal
por Coordenação de Comunicação Social da Capes
01 abril 2013
Reajuste de bolsas de pós-graduação
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o novo reajuste faz parte da política para aumento do número de mestres e doutores na educação superior. “O reajuste de bolsas é fundamental para estimular jovens talentos”, salientou.
Nos últimos quatro anos, a Capes expandiu o Sistema Nacional de Pós-Graduação e aumentou a oferta de bolsas. Em 2008, havia cerca de 40 mil bolsistas no país. Em 2011, foram concedidas 72.071 bolsas de pós-graduação e 30.006 no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). Em 2012, foram mais de 127 mil bolsas em todas as modalidades. Já o CNPq, em todas as modalidades, no mesmo período, aumentou a oferta de bolsas de 63 mil para cerca de 81 mil.
Qualificação – A bolsa é um instrumento para viabilizar a execução de projetos científicos, tecnológicos e educacionais nas pesquisas e projetos apoiados pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O MEC e o MCTI, por meio da Capes e CNPq, mantém programas de qualificação na educação superior, entre eles, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e o Ciência sem Fronteiras, que concede bolsas no exterior para alunos de graduação em cursos das áreas de exatas.
Antes do reajuste do ano passado, o último reajuste de bolsas de pós-graduação no país havia sido em junho de 2008, quando as de mestrado passaram de R$ 940 para R$ 1,2 mil e as de doutorado de R$ 1,3 mil para R$ 1,8 mil. Entre 2004 e 2008, houve três aumentos, em que as bolsas obtiveram reajuste de 67% sobre os valores de 2002.
(ACS/MEC)
28 março 2024
Comentário sobre os periódicos nacionais
A expansão dos programas de pós-graduação em nossa área, ocorrida no início do milênio, também trouxe uma consequência importante: o aumento dos periódicos nacionais. Como cada programa “tinha” seu periódico, com algumas exceções, o número de veículos para publicação das pesquisas cresceu substancialmente. Outro fator importante foi o fato de que a grande maioria era em formato digital, o que significava um custo próximo de zero. Tudo parecia funcionar perfeitamente: o aumento no número de alunos e docentes na pós-graduação levava ao crescimento da produção científica, que, por sua vez, impulsionava os periódicos.
Há outro fato que não podemos desprezar que ocorreu no Brasil. Algumas áreas da pós-graduação decidiram deixar de lado as métricas tradicionais de publicação, usadas globalmente, e passaram a contar com uma métrica específica para o nosso país, o Qualis. Assim, um periódico não precisava estar em uma grande base mundial de pesquisa para entrar no Qualis. Também não era relevante a publicação de pesquisa em inglês, a linguagem universal da ciência atual.
Mas, nos últimos anos, os editores de periódicos perceberam três pontos relevantes. O primeiro deles é que a quantidade de artigos de qualidade submetidos parece ter diminuído. Houve também uma redução na demanda por pós-graduação que pode justificar parcialmente essa redução. E a redução no número de alunos da pós – ou talvez seja no número de candidatos dispostos a fazer a pós – ocorreu dado que a expansão da pós atendeu à demanda reprimida que existia, representada por professores mais experientes que precisavam da titulação, e por uma visão de que estudar em uma instituição formal talvez não seja tão vantajoso assim. Este último ponto é polêmico e merece, eu sei, maior aprofundamento.
Mas a menor quantidade de artigos submetidos certamente não foi justificada somente pelo menor número de alunos da pós. Os autores de pesquisa perceberam que publicar em periódicos internacionais tinha algumas vantagens interessantes. Na maioria dos casos, essa publicação é paga, mas o fato de a pesquisa ser indexada em uma base de publicação reconhecida permite que a pesquisa seja citada no exterior. Um dos grandes motores da publicação é o orgulho, e ter um artigo publicado em língua inglesa, citado por um autor de outro país e até reconhecido, compensa o desafio de publicar em periódico internacional.
O segundo ponto relevante que os editores perceberam é que o custo de manter um periódico não é zero. Você precisa ter um apoio administrativo para lidar com a quantidade de artigos que chegam, o registro do periódico em algumas bases, para torná-lo mais atrativo, tem um custo, e o tempo que o editor se dedica à tarefa é muito grande. E a brincadeira cansa. Há pressão para soltar o periódico no prazo, manter-se atualizado em termos de novas tendências, encontrar pareceristas que façam um bom trabalho e lidar com a concorrência. Tornou-se comum os periódicos demorarem mais de 500 dias para recusar um artigo depois de seis rodadas com um parecerista (aconteceu comigo). Outros simplesmente não fazem seu artigo progredir. Ou publicam seu artigo atrasado, afetando seu planejamento de publicação. E muitas pessoas perceberam que ser editor de um periódico significa trabalho, mas muito pouco status.
A percepção chegou de forma forte para alguns periódicos, onde os editores foram fazer outra coisa e ninguém apareceu para se dedicar com empenho à tarefa. Vários deles sumiram. Publiquei, por exemplo, um artigo em um deles e não guardei a versão final em PDF. O resultado é que, quando alguém pede a pesquisa, não tenho como encaminhar. O custo oculto do periódico não foi devidamente calculado no passado e cobra seu preço.
A terceira questão é que o processo de publicar um artigo em um periódico é mais complexo do que parece. Não irei falar aqui da fase de formatação ou da fase de captação dos pareceristas, mas sim do momento após o artigo estar disponível para os leitores. Alguns periódicos internacionais enviam um e-mail bastante atraente com um resumo menos técnico para que a pesquisa cause impacto. Isso envolve podcasts e infográficos que são realmente atraentes. A presença nas redes sociais também é notada, o que inclui postagens específicas em blogs, Instagram ou TikTok. Durante quase vinte anos de blog, confesso que não me lembro de um editor solicitando a divulgação das pesquisas dos periódicos. Fazemos isso por opção, mas a falta de interesse mostra que o caminho da divulgação das pesquisas por parte dos periódicos brasileiros precisa melhorar bastante.
É verdade que alguns poucos periódicos perceberam que precisam estar em bases de dados indexadas para serem vistos. Ou que os artigos só serão lidos se estiverem em língua inglesa. Ou que poderiam lançar um serviço de apoio ao autor para ajudá-lo no processo de submissão e publicação. Ou que o e-mail enviado aos cadastrados não seja apenas algo como "foi publicada uma nova edição". No mundo onde a atenção é importante, atrair o leitor significa ter pessoas que não só irão ler, mas também citar os trabalhos.
Diante desse contexto, o processo de extinção de periódicos continuará acontecendo. Alguns poucos até serão vendidos para editoras internacionais, que passarão a cobrar pela publicação e acesso ao artigo. Outros continuarão com uma qualidade de atendimento ao pesquisador tão ruim que serão extintos ou definharão.
(Imagem criada pelo GPT a partir do texto acima)
22 janeiro 2008
O ensino público no Brasil
Coordenei a equipe da UnB que calcula o custo por aluno. Em média este custo está em torno de R$6.500 por ano. Um cálculo simples mostra o tamanho deste desperdício:
(26.180 x 40% / 5) x 6.500 = 13,6 milhões por ano
Quando se compara com a pós-graduação, onde o índice de abandono é inferior a 20%, talvez pudéssemos inferir que o problema está no processo seletivo. Na graduação, a seleção é feita quando o candidato ainda não sabe sua real escolha e é imaturo. Além disto, a processo seletivo da graduação é por atacado, sem vislumbrar as características que podem interferir no abandono. Já na pós-graduação, como os cursos são avaliados pelo baixo índice de abandono, a seleção visa verificar qual aluno tem condições de concluir o curso. A ótica é diferente (na graduação, o aluno que possui o melhor conhecimento ex-ante; na pós-graduação, o aluno com melhor condição ex-post.).
Uma forma de resolver este problema é através de incentivos para que as universidades federais reduzam o número de abandonos.
31 outubro 2017
Gênero e Pós-graduação em Contábeis
No mestrado acadêmico, o número de mulheres representou 44% do total.No doutorado, 42%. Acredito que se a pesquisa contemplasse o corpo docente, a proporção seria bem menor.
Fonte: Presença do Gênero Feminino entre os Discentes dos Programas de Pós-Graduação de Ciências Contábeis no Brasil. Daniele Cristina Bernd, Marcielle Anzilago e Ilse Maria Beuren. Repec, v. 11, n. 4, art. 3, p. 408-429, out./dez. 2017.
12 agosto 2011
Capes disponibiliza Plano Nacional de Pós-Graduação 2011-2020
O Plano tem como objetivo definir novas diretrizes, estratégias e metas para dar continuidade e avançar nas propostas para política de pós-graduação e pesquisa no Brasil. A expectativa é de que na próxima década, quando o plano estará em vigor, o país esteja entre os dez maiores produtores de ciência no mundo.
A publicação aborda as metas que foram atingidas e as que não foram do PNPG anterior, além de ter eixos apoiadores - alguns permanecem desde o início dos anos 80 e outros mais recentes, como a parte dedicada à área multi e interdisciplinar. O documento também propõe a criação de uma agenda nacional de pesquisa.
As assimetrias regionais da pós-graduação também são tema do PNPG. A internacionalização, a cooperação internacional e a integração com a educação básica também estão entre os eixos do novo PNPG.
Acesse o PNPG.
11 novembro 2012
Programe-se para o VII Congresso ANPCONT
O Congresso ANPCONT, com conceito E1 no Qualis CAPES, é um evento de importante significado acadêmico-científico da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Este evento proporciona a interação da comunidade acadêmica, pesquisadores, professores e estudantes, representando um meio de divulgação da produção técnico-científica na área das Ciências Contábeis.
Concentra discussões relativas à Controladoria e Contabilidade Gerencial; Contabilidade para Usuários Externos; Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais; Educação e Pesquisa em Contabilidade. Portanto, o evento busca estabelecer uma ligação entre estudos acadêmicos e aplicações em organizações, possibilitando aos participantes conhecer mais profundamente os diversos enfoques dos estudos nas Ciências Contábeis.
A sétima edição do Congresso está programada para o período de 03 a 05/06/2013, organizada pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – ANPCONT.
VII Congresso ANPCONT
Período - 03 a 05 de junho de 2013
Local - Fortaleza/CE
Número estimado de participantes - 200 pessoas
Abrangência do evento - Nacional
Comissão organizadora
Ilse Maria Beuren, Dra.
Edgard Bruno Cornachione Jr., Dr.
Jorge Katsumi Niyama, Dr.
Márcia Martins Mendes de Luca, Dra.
Objetivos do evento
A realização do VII Congresso ANPCONT tem como principais objetivos:
a) Debater os temas relevantes das Ciências Contábeis, abordando aspectos referentes aos temas do evento;
b) Divulgar a produção técnico-científica da área;
c) Fortalecer a produção científica e o intercâmbio dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis do País.
Tema central
O tema central do VII Congresso ANPCONT será “Contabilidade e desenvolvimento organizacional frente às dinâmicas sociais”.
Público-alvo
O público alvo do VII Congresso ANPCONT são estudantes, professores, pesquisadores e profissionais. Tendo em vista o número de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis existentes no Brasil, espera-se que o evento conte com cerca de 200 participantes.
Atividades previstas
Para atingir os objetivos especificados, há uma série de atividades previstas para o VI Congresso ANPCONT: a) palestras; b) sessões temáticas (apresentação de trabalhos); c) painéis; e d) workshops.
a) Palestras
Estão previstas três palestras relacionadas ao tema central do Congresso a serem proferidas por palestrantes nacionais e internacionais
b) Sessões temáticas
Deverão ser aceitos 96 trabalhos, sendo que 48 serão apresentados em sessões temáticas interativas e 48 serão apresentados em sessões temáticas convencionais. No total, estão previstas 16 sessões temáticas. Cada uma dessas sessões irá se desenvolver por um período de aproximadamente uma hora e meia e será constituída pela apresentação e discussão de trabalhos afins.
c) Painéis
Estão previstos quatro painéis, que contemplarão assuntos relacionados com o tema central do Congresso.
d) Workshops
Estão previstos dois workshops: um que abordará sobre o sistema de avaliação dos Programas pela CAPES e outro que contemplará assuntos relacionados ao fomento da pesquisa pelo CNPq.
Serviços incluídos
Conforme as necessidades comuns a qualquer evento, a organização e realização do V Congresso ANPCONT deverão incluir os seguintes serviços:
a) ambiente com privacidade e conforto reservado para autoridades e convidados;
b) serviço de hospedagem, alimentação e translado aos palestrantes e convidados;
c) pacotes promocionais de hotéis;
d) equipamentos audiovisuais;
e) internet;
f) avaliação de satisfação dos participantes.
Fonte: ANPCont
27 julho 2020
Ciência Aberta
Já está no ar o Episódio #2 – Comportamento Desonesto dos Indivíduos nas Decisões em Grupo – da Série Ciência Aberta!
Neste episódio, conversamos sobre a pesquisa de tese de doutorado (PPGCont/UnB) - Honest Individuals, (Dis) Honest Groups? Experiments about the Influence of the Collective on Individual Behavior - da Pesquisadora e Profa. Dra. Mariana Bonfim (UFF), orientado pelo Prof. Dr. César Augusto Tibúrcio Silva (PPGCont/UnB) e com apresentação das discentes de graduação em Ciências Contábeis, Maria Eloisa Jerônimo Rodrigues e Sofia Dias Novais (UnB).
Esta pesquisa foi indicada pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB à premiação de melhor Tese 2018, no Edital/UnB/DPG no 008/2020 - Prêmio UnB de Dissertação e Tese 2018 e 2019.
Esta Série é uma parceria entre o Projeto de Extensão – Contabilidade num Ambiente Conectad@ com a Sociedade (Contabilidade Conectada) - e o Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB.
Serão episódios de podcast, apresentando de forma prática e objetiva a produção e o conhecimento científico gerados nos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis da UnB, numa linguagem clara e acessível.
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