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03 novembro 2010

GM Privatizada

O governo americano vai reduzir sua participação na General Motors Co. para menos do simbolicamente importante patamar de 50% quando a montadora reabrir seu capital este mês, segundo dados divulgados pela companhia, mas vai ser difícil para os Estados Unidos saírem do investimento no azul.

A abertura de capital deve reduzir a fatia do governo para 35%. A GM prevê que seu valor de mercado ficará, a princípio, entre US$ 50 bilhões — mais ou menos igual ao da Ford Motor Co., que tem sido solidamente lucrativa — e US$ 60 bilhões, previram pessoas a par do assunto.

Os detalhes do plano ainda não haviam sido divulgado pela montadora até o fechamento desta edição. Também segundo pessoas a par do assunto, a GM tem cerca de US$ 50 bilhões em créditos fiscais derivados de prejuízos passados e que podem ser usados pela montadora para evitar pagar imposto de renda nos EUA, possivelmente por vários anos.

Esse tipo de crédito é muito usado por empresas.

Antes de a GM passar por uma recuperação judicial, ela acumulou os créditos porque estava contabilizando prejuízos enormes. Em geral, os créditos não sobrevivem a concordatas, mas as empresas que receberam dinheiro do governo americano na crise recente podem lançar mão deles.

Isso pode ser mais um atrativo para os investidores. E, para o governo americano, é bom que eles estejam bem animados quando a GM voltar a ser negociada em bolsa.

Para o governo sair do investimento sem perdas, a ação tem de subir mais de 60% em relação a seu nível inicial, para cerca de US$ 50 cada. O plano para a oferta pública inicial antevê que as ações sejam cotadas entre US$ 26 e US$ 29 cada, disseram pessoas familiarizadas com o plano.

Sob o plano, o Tesouro americano venderia US$ 7 bilhões das ações em seu poder, reduzindo sua fatia de 61% para 35% — uma redução maior do que vários observadores esperavam. O fundo do sindicato de metalúrgicos UAW, que paga pela assistência médica a aposentados, venderia US$ 2 bilhões de suas ações, enquanto Canadá e Ontário despejariam cerca de US$ 1 bilhão de suas ações.

O plano inclui um desmembramento que iria triplicar, para 1,5 bilhão, o número de ações ordinárias da GM disponíveis. "Warrants", ou derivativos que dão o direito de comprar ações a um preço e prazo específicos, elevam o total para 1,8 bilhão.

Detalhes da oferta estavam para ser entregues à SEC, a comissão de valores mobiliários americana, ontem no fim da tarde. Hoje, a GM deve lançar um "road show" para promover a operação a possíveis investidores.

Executivos da GM vão se dividir em dois grupos para vender a emissão. Um grupo vai passar dois dias em Nova York esta semana, enquanto o outro vai para Toronto, segundo pessoas a par do plano. No road show, a GM provavelmente terá de responder a questões difíceis sobre a inexperiência de sua diretoria, liderada por Dan Akerson, buracos em seus planos de produtos e o papel que o governo americano terá em suas operações — questões vistas como os principais riscos para o sucesso da GM no longo prazo.

O governo Barack Obama pretende recuperar os US$ 49,5 bilhões em verbas públicas que despejou na montadora. Críticos se referem à montadora como "Government Motors", e a participação estatal tem prejudicado a companhia aos olhos de compradores de carros.

Na semana passada, a GM retornou US$ 2,1 bilhões ao governo dos EUA, levando a US$ 9,5 bilhões o total que já devolveu, segundo o Tesouro.

O Tesouro está sob pressão para satisfazer as expectativas de que começaria a vender sua participação em 2010, embora as condições do mercado e da indústria automobilística sejam menos do que ideais para uma grande abertura de capital.


GM prepara volta à bolsa com redução da fatia do governo - 2 Nov 2010 - The Wall Street Journal Americas - Sharon Terlep e Randall Smith

02 novembro 2010

Rir é o melhor remédio


Jogo de palavras entre contabilidade (accounting) e dever de prestação de contas ("accountability"). Da New Yorker

Contabilidade e as eleições

Como o resultado das eleições irá alterar a contabilidade brasileira nos próximos anos?

Este blog não faz comentários políticos. O objetivo da postagem é relacionar a eleição de 31 de outubro com a contabilidade. Talvez a melhor resposta para isto seja verificar o que ocorreu nos últimos anos em termos da nossa contabilidade. Dois fatos se destacam: o processo de convergência das normas internacionais e a pretensão de adotar o regime de competência no setor público. Dois aspectos contribuíram para este fato.

Em ambos os casos, existiu a necessidade de apoio por parte do atual presidente da república. Em geral não se espera que um presidente conheça contabilidade, mas alguns de seus assessores talvez sim. Nos últimos anos, pela primeira vez tivemos um contador próximo ao presidente da república, que pode influenciar na decisão destas duas políticas. Trata-se do ex-ministro, atualmente secretário do Ministério da Fazenda, e doutor em contabilidade pela Universidade de São Paulo, Nelson Machado. A tese de doutorado de Machado é sobre custos no setor público e sua proximidade com o atual presidente favoreceu o trâmite da Lei 11.638, que mudou trechos da Lei 6.404, e a pretensão de adotar o regime de competência na área pública.

O segundo fato é a crescente profissionalização da área contábil, incluindo aqui a expansão de uma tecnocracia no governo (ajudada pelos concursos públicos), internacionalização do mercado de capitais e expansão da economia brasileira.

O futuro governo pode influenciar a contabilidade em ambos os casos. A manutenção de Nelson Machado no governo pode facilitar algumas demandas da área. A manutenção de uma iniciativa privada forte é crucial para a melhoria da profissão contábil e ajudaria no segundo aspecto.

Concentração em Auditoria

As grandes empresas de auditoria dominaram 74% do mercado brasileiro entre 1997 e 2008, mostra um estudo de mestrado da Universidade de São Paulo (USP). Em termos de ativos auditados, o índice é de 80%, em média.

O levantamento de Simone Povia Silva, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, teve como base as demonstrações financeiras das mil maiores empresas em cada um dos anos pesquisados.

O grupo das maiores firmas mundiais de auditoria, chamado "Big Four", é formado por PwC, Deloitte, Ernst & Young e KPMG. Até 2002, havia a Arthur Andersen, que quebrou na esteira do escândalo Enron.

Em média, no período estudado, 26,5% das empresas são de capital aberto e 73,3%, de capital fechado. Entre as de capital fechado, somente 42% não foram auditadas pelas grandes.

O estudo mostra que ao longo dos 12 anos, houve uma tendência de migração para as grandes auditorias.

Com relação ao controle acionário, as grandes são responsáveis por 71,5% das empresas nacionais, 91% das estrangeiras e 48,4% das estatais; segundo o levantamento, a representatividade não se alterou ao longo dos 12 anos.

Entre as estrangeiras, há nítida preferência pelas grandes, destaca a autora, um reflexo da decisão tomada pela matriz.

Entre as estatais, a Trevisan (atualmente BDO) destaca-se como a mais requisitada, com participação média de 14,8%, seguida pela Deloitte, com 10,3%. É onde há menos concentração, já que 51,6% das estatais da amostra, em média, são auditadas por empresas de auditoria menores.

A autora cita um trabalho de autores chineses, de 2008, mostrando que estatais daquele país eram mais propensas a escolher empresas de auditoria menores, porque, segundo os autores, "além das instituições legais, instituições políticas e econômicas também afetam a demanda por auditores".

Simone também recorre a um artigo do "Journal of Accounting and Economics", de 2009, para lembrar que, embora existam evidências de que auditores da "Big Four" forneçam melhores serviços, "acionistas governamentais que protegem seus interesses políticos podem preferir designar auditores que sejam mais propensos a aceitar demonstrações menos informativas sobre o desempenho da empresa".

O estudo também mostrou que o nível de endividamento elevado não é fator relevante que leve empresas a contratar grandes firmas de auditoria para validar suas informações contábeis e, dessa forma, facilitar acesso a crédito.


Com informações Valor Econômico - Grandes firmas mundiais dominam 74% do mercado; estatais são exceção - 1 de Novembro de 2010

Normas internacionais

Adotado obrigatoriamente no Brasil a partir deste ano, o padrão contábil internacional, conhecido como IFRS, está ganhando mais adeptos pelo mundo. Em entrevista feita em Nova York, com transmissão via teleconferência para o Brasil na manhã de sexta-feira, o presidente do Conselho de Normas Internacional de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), David Tweedie, disse que nos próximos dois anos o padrão IFRS deverá estar em vigor em 140 países. Atualmente, 120 jurisdições usam o modelo internacional.

Apesar da abrangência crescente do modelo internacional, Tweedie admite que a adesão mais importante ainda está por vir. “A decisão da Securities and Exchange Commission (SEC) no ano que vem será fundamental para que se tenha de fato um único padrão contábil global”, afirmou o presidente do Iasb, que fez as declarações em evento organizado pela Deloitte.

Na visão de Tweedie, se houver uma negativa dos Estados Unidos, até mesmo países que já caminham para o IFRS, como Japão e Índia, além da China, podem voltar atrás em suas decisões.

Bem-humorado, o escocês que comanda o Iasb sabe das responsabilidades do órgão, que emite normas que precisam ser aplicadas em dezenas de países e que tem de ser aceitas. Mas ele avalia que os governos dos países, empresários e investidores perceberam a importância de se ter um único padrão contábil global.

Ele menciona, por exemplo, que a crise da Ásia, em 1997, teve entre os seus motivos a falta de confiança dos investidores externos nos balanços das companhias daquela região.

Dentro do processo de convergência de normas entre o IFRS e o padrão americano, conhecido por US Gaap, Tweedie reafirmou que o plano do Iasb e do Fasb, órgão que emite as normas contábeis nos Estados Unidos, é concluir a revisão dos pronunciamentos contábeis mais relevantes até 30 de junho de 2011.

Isso inclui a norma de instrumentos financeiros, em que os dois órgãos até agora mostram uma visão diferente. Enquanto no IFRS o novo pronunciamento já publicado permite a contabilização de alguns instrumentos pelo custo amortizado – ou curva do papel -, a proposta do Fasb sugere a adoção de valor justo em todos casos, até mesmo para empréstimos e financiamentos.

De acordo com Tweedie, quando a norma do Iasb foi colocada em audiência pública, os analistas de investimento manifestaram que tinham interesse em ter a informação do custo amortizado sobre determinados instrumentos financeiros, ao mesmo tempo em que disseram que seria bom evitar “barulho” desnecessário nos balanços em momentos de crise.

Ao comentar esse aspecto, o presidente do Iasb também aproveitou para criticar as normas atuais do próprio IFRS sobre instrumentos financeiros e derivativos. Ele questionou o que seria o conceito de “disponível para venda” (categoria que fica entre a carteira de negociação e aquela mantida até o vencimento) e também ironizou o IAS 39, que trata de derivativos, dizendo que somente três pessoas do mundo o entenderam, sendo que um morreu e o outro esqueceu. (FT)


IFRS ganha espaço e estará em vigor em 140 países num prazo de dois anos 1 nov, 2010 - Valor Econômico (do Financial Times)

01 novembro 2010

Rir é o melhor remédio

Hora de Aposentar



Enviado por Nelma Tibúrcio, grato.

Transparência no orçamento público

O Brasil é o nono país do mundo com maior transparência na divulgação de informações sobre seu Orçamento.

É o que mostra relatório da International Budget Partnership, organização que trabalha com análise de orçamentos e tem como meta assegurar maior acesso da população e transparência em relação às contas públicas.

A medição do ranking é feita por meio de um questionário de 123 questões sobre a disponibilidade ao público e abrangência dos relatórios orçamentários de um país.
Dos 94 países pesquisados, 74 não atingiram os princípios básicos de transparência. Em primeiro lugar do ranking ficou a África do Sul, seguida pela Nova Zelândia.
Em geral, países mal posicionados no ranking têm baixos níveis de renda e de democracia, e estão localizados na África e no Oriente Médio.

O índice é publicado uma vez a cada dois anos, desde 2006. Nas três edições, considerou-se que o Brasil disponibiliza informações orçamentárias significativas a seus cidadãos.

Segundo o estudo, a transparência também pode trazer vantagens financeiras, uma vez que melhora o acesso aos mercados financeiros internacionais e diminui o custo de empréstimos.


Orçamento do país é transparente, aponta estudo - 30 Out 2010 - Folha de São Paulo

Persistência

Os caminhos da contadora Helenita Lima até a estabilidade foram bastante tortuosos. Ela sofreu, perdeu três escritórios (por causa de problemas com uma sócia, um assalto e um incêndio), mas conseguiu dar a volta por cima. Hoje, a Eficácia Contabilidade, de sua propriedade, atende a quase cem clientes em Realengo.

— Posso dizer que já enfrentei vários contratempos. Sempre que começava a me levantar, acontecia algo que me jogava novamente ao chão. Porém, nunca abaixei a cabeça e consegui sair de cada dificuldade ainda mais forte — conta Helenita.

Desde o início de sua trajetória profissional, a contadora sonha alto. Ela começou a trabalhar assim que concluiu o ensino médio. Fez curso técnico de contabilidade e ingressou em um faculdade de Ciências Contábeis. Ainda estudante, sonhava abrir seu próprio negócio.

— Em todas as empresas pelas quais passei, nunca me limitei a fazer somente o trabalho para o qual havia sido contratada. Por isso, aprendi muito e pude crescer rapidamente. Mas sempre soube que, nesse segmento, se eu não tivesse ensino superior, passaria o resto da minha vida como funcionária. Não era isso que queria para minha vida — diz a contadora.

Helenita se formou em 1994, mesmo ano em que abriu seu primeiro escritório, no Centro. Desde então, dá duro. Afirma que não esquece os tempos de tormenta, nos quais aprendeu a superar problemas.

Em 2000, por causa dos filhos pequenos, a contadora voltou a trabalhar em Realengo. Queria gastar menos tempo com locomoção. A opção se mostrou acertada, pois acabou ganhando muitos clientes na Zona Oeste.

— Meu maior desafio é conciliar as tarefas de casa e do trabalho. Mas estou conseguindo — afirma, rindo.

Hoje, Helenita colhe os frutos de seu empenho. Foi chamada para ser consultora do Sebrae, abriu uma outra empresa de assessoria contábil, é diretora da Associação Comercial de Bangu e está investindo no ramo de administração de condomínios.
— Mas, se me perguntarem como dou conta de tudo, não sei responder — diz, rindo.


Jornais de Bairro - Sacode a poeira e dá a volta por cima - 30 Out 2010 - O Globo
Por Simone Avellar

Mas não adotamos as normas internacionais de contabilidade?

"Una vez más, hubo mucha confusión en torno a los resultados de Santander debido a diferencias en la contabilidad [entre las normas GAAP brasileñas y las Normas Internacionales de Información Financiera (NIIF)]", escribió Mario Pierry de Deutsche Bank (NYSE: DB) en un informe, y mencionó su preferencia por la norma local, que está ajustada por amortización de plusvalía mercantil y que arrojó una ganancia de 1.550mn de reales (US$906mn) en el trimestre.

Esta fue prácticamente plana comparado con el segundo trimestre del 2010, que es la referencia general, dado que el 2009 no es una comparación justa, escribió el analista quien tiene una recomendación Hold para las acciones, y destacó los sólidos controles de costos del banco, aunque abogó por un mayor crecimiento de los ingresos.

Diferencias contables provocan sentimientos encontrados ante resultados de Santander Brasil - 29 Out 2010 - Business News Americas

31 outubro 2010

Rir é o melhor remédio

O turco Salim chega ao banco e fala para o gerente:

- Eu quer faze uma embréstimo!!!

Surpreso, o gerente pergunta para Salim:

- Você, Salim, querendo um empréstimo? De quanto?

- Uma real.

- Um real? Ah, isso eu mesmo te dou.

- Não, não! Eu querer embrestado da banco mesmo! Uma real!

- Bem, são 12% de juros, para 30 dias...

- Zem broblema! Vai dar uma real e doze zentavos. Onde eu assina?

- Um momento, Salim. O banco precisa de uma garantia. Sabe como é, são as normas.

- Bode begar meu Mercedes zerinha, que tá lá fora e deixai guardado no garagem da banco, até eu bagar a embréstimo. Tão bom azim?

- Feito!!!

Chegando em casa, Salim diz para Jamile:

- Bronto, nóis já bode viajar bra Turquia zem breogubazon. Conzegui dexar a Mercedes num garagem do Banco do Brasil bor 30 dias, e eu só vai bagar doze zentavos de estacionamento.

(Enviado por Caio Tibúrcio, grato, no dia do seu aniversário)

Tempestividade na auditoria

[as auditoria das demonstrações financeiras auditadas nos municípios] levam cerca de cinco meses para ser concluído e, muitas vezes um mês inteiro para limpar os obstáculos burocráticos antes de ser liberada para o público.


Brasil? Não. Muni Issuers Are Slow on Audits, Study Finds. Kelly Nolan, The Wall Street Journal, 29 out 2010.

A desculpa é a complexidade da legislação. Mas a cidade de Nova Iorque completa uma auditoria em 115 dias. Já Harrisburg levou 357 dias.

Paris ou Nova Iorque

Um blog francês simpático, que mostra a diferença entre as duas cidades. Abaixo, duas figuras interessantes:


Derivativos

BRASÍLIA e RIO. O Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fecharam parceria de cooperação operacional e de troca de informações para melhorar a regulamentação e a supervisão dos mercados financeiros e de valores mobiliários. Em comunicado divulgado ontem, as autarquias informaram que tanto BC quanto CVM avaliarão modelos de contratos de derivativos usados nas negociações na BM&F Bovespa, com referência em ouro, moedas, juros, entre outros. Além disso, o BC passará a ter acesso a dados sobre as carteiras de fundos, operações com derivativos e outras exposições relevantes.

O governo vem fechando o cerco a operações com derivativos. Neste mercado, os investidores fecham contratos apostando numa determinada cotação do dólar ou taxa de juros, por exemplo, uma data futura, quando o contrato vencerá. Os negócios com câmbio vêm sendo apontados como um fator de pressão para a queda do dólar. Este mês, foi elevado de 0,38% para 6% o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a margem de segurança — recursos que os estrangeiros são obrigados a depositar quando fecham contratos de dólar no mercado futuro. O objetivo é reduzir a entrada de moeda para investimentos especulativos.

Ex-presidente da Light paga R$150 mil para encerrar processo

O acordo prevê ainda a manifestação recíproca e prévia sobre projetos de normas que possam ter impacto na condução das políticas monetária, cambial e de crédito. Para o presidente do BC, Henrique Meirelles, o convênio permitirá um melhor monitoramento da estabilidade e dos riscos do sistema.

A CVM também divulgou ontem que aceitou proposta do ex-presidente da Light José Luiz Alquéres e do ex-vice-presidente Ronnie Vaz Moreira de pagar R$150 mil, cada um. A autarquia vai suspender um processo a que os dois respondiam por terem vendido ações da companhia enquanto a Light comprava seus papéis no mercado.

A CVM informou que nos pregões de 30 de novembro a 30 de dezembro de 2009 foram feitas operações simultâneas de recompra de ações, pela companhia, e de venda, por Alquéres e Moreira. Alquéres vendeu R$63,84 milhões, e Vaz Moreira, R$42,56 milhões, sendo que a Light adquiriu 21% do total.

A atuação sugeria infração à instrução que fixa que “antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos negócios da companhia, é vedada a negociação com valores mobiliários de sua emissão, ou a eles referenciados, pela própria companhia aberta, pelos acionistas controladores, diretos ou indiretos, diretores, membros do conselho de administração (...)”.

A CVM concluiu que não houve prejuízos à Light e irregularidade nos ganhos por eles obtidos. Procurados, Alquéres e Moreira não foram encontrados para comentar o assunto.


BC terá acesso a dados de operações com derivativos - 30 Out 2010 - O Globo
Patrícia Duarte e Emanuel Alencar

30 outubro 2010

Rir é o melhor remédio

O funcionário da seleção holandesa de futebol não pode ver a sua seleção em 74 (contra o Brasil), em 78 (contra a Argentina) e em outras Copas. Ele sofre pois precisa ficar olhando a torcida (mas não o jogo). Em 2010, na África do Sul, ele está feliz olhando a torcida da Holanda (Lembram das transmissões na televisão, quando a câmera focalizava a torcida e ...)

Fonte: Funnyplace

29 outubro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #375

Este grande time inglês, com vários títulos conquistados, está passando por sérios problemas financeiros. O efeito está passando para o campo, já que a equipe está na zona do rebaixamento:

Chelsea
Liverpool
Manchester United

Resposta do Anterior: Res = gastos públicos; Kitab = algarismos indianos; Summa = 27 páginas. Fonte: Wikipedia

Custo das Refinarias

Polêmicas desde o anúncio do projeto, as novas refinarias da Petrobrás estão entre as mais caras do mundo, revela levantamento do banco Credit Suisse. A ampliação do parque de refino - necessária ante o aumento da produção nos próximos anos - voltou a ser criticada pelo mercado como um dos fatores que devem segurar a cotação das ações da estatal.

O argumento é que o refino, ao contrário da área de exploração, traz margens pequenas de ganho, enquanto exige um volume extraordinário de recursos. Os custos das unidades programadas e a sua localização são os principais alvos de críticas.

Estudo preparado pelo analista Emerson Leite, do Credit Suisse, aponta que as refinarias previstas para o Nordeste - Abreu e Lima (PE), Premiuns I (MA) e II (CE) - apresentam maior custo por barril, se comparadas a outras refinarias em construção no mundo no momento, especialmente na Índia e na China.

Infraestrutura. Enquanto a média de investimentos mundial gira em torno de US$ 18/barril, no Brasil a média é de US$ 40/barril. O investimento previsto na Abreu e Lima, por exemplo, deve exceder US$ 12 bilhões para produção de 230 mil barris por dia. Para uma unidade semelhante na China, a estatal CNOOC investiu US$ 3 bilhões, indica o relatório.

“A principal razão para o aumento dos custos, a nosso ver, é a falta de infraestrutura nos locais escolhidos pela Petrobrás para instalar suas refinarias, ou seja, os Estados de Pernambuco, Ceará e Maranhão. Os três localizados em uma área relativamente pouco desenvolvida, com um pequeno mercado de produtos petrolíferos em relação ao Sul e Sudeste, e praticamente sem produção de petróleo”, considera o analista em seu relatório.

O diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, sustenta que uma parte considerável dos custos de uma refinaria no Brasil refere-se a “fatores extramuros”, ligados a questões de infraestrutura, o que dificulta comparações. E argumenta que isso ocorre independentemente de regiões, citando como exemplo o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na Região Sudeste.

“Além da refinaria propriamente dita, os projetos envolvem obras de porto, estradas, geração de energia. São fatores extramuros que não há como comparar, por exemplo, com um investimento no Texas, onde a infraestrutura é muito diferente.” Segundo o diretor, mesmo a comparação com países menos desenvolvidos, como a Índia, fica prejudicada. “Temos avanços aqui dos quais não podemos abrir mão”, disse ele, referindo-se ao tratamento dispensado à mão de obra no Brasil e outros países, como China e Índia.

Custos altos. O executivo também citou boletim da Cambridge Energy Research Associates (Cera), deste ano, que diz que os custos com a construção de novas refinarias aumentaram 1,5% em relação ao ano passado e já estão a apenas 6,5% do pico de 2008.

“As atividade de construção (de refinarias) continuam a avançar em países em desenvolvimento, como China, Índia e Oriente Médio, por causa das perspectivas de maior demanda de produtos refinados e das políticas governamentais de apoio que estes investimentos recebem do governo”, diz.

Para Emerson Leite, outro ponto importante é que, apesar de estarem destinadas a produzir um diesel de melhor qualidade do que o de outras unidades de refino, a Petrobrás não poderá aumentar sua margem de ganho sobre este produto, pelo menos no mercado interno. Isso porque já cobra pelo diesel e pela gasolina um preço mais elevado do que o do mercado internacional.


Refinarias são as mais caras do mundo - Kelly Lima - 29 Out 2010 - O Estado de São Paulo

CVM e Vivendi

A francesa Vivendi apresentou proposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para tentar encerrar processo em que é acusada de irregularidades na compra da operadora brasileira de telefonia e banda larga GVT, segundo fontes ouvidas pelo ‘Estado’. O caso foi um dos que motivaram a CVM a reformular suas regras para ofertas públicas de aquisição, as chamadas OPAs.

Segundo a CVM, a revisão da regulamentação, que trará mudanças na Instrução 361 da autarquia, deve sair até o fim deste ano. O valor proposto no acordo, por meio de um termo de compromisso (instrumento que suspende o processo sem presunção de culpa), é sigiloso.

Especula-se no mercado que o processo, caso siga para julgamento, poderia, no limite, render multas de até R$ 3 bilhões, se comprovado que a operação foi fraudulenta. Outras acusações poderiam render multas de até R$ 700 milhões. O negócio foi fechado no fim de 2009 por R$ 7,5 bilhões, e a GVT deixou neste ano de ter ações negociadas em bolsa. (...)

Foi apresentada proposta de pagamento de R$ 30 mil para encerrar o processo com um termo de compromisso. Mas o comitê da CVM responsável pela avaliação negou a oferta, dizendo que um acordo seria inconveniente e inoportuno, considerando-se a “especial gravidade” das condutas. “A nosso juízo, não é possível, neste momento, mensurar uma proposta que se coadune com o escopo do instituto”, acrescentou o comitê responsável no parecer.

Entre as investigações relacionadas ao caso estão supostas infrações a dois artigos da Lei das S/A. Um deles (artigo 262) diz que é facultado ao primeiro ofertante - que interpreta-se ser a Telefônica - prorrogar o prazo de sua oferta até fazê-lo coincidir com o da oferta concorrente - no caso, da Vivendi. O outro (artigo 257) diz que o ofertante - que seria a Vivendi - deverá fazer prova, perante a CVM, das ações de sua propriedade. A suspeita mais espinhosa, no entanto, recai sobre a forma como a suposta aquisição do controle foi comunicada ao mercado.


Vivendi propõe acordo à CVM para encerrar processo - Sabrina Valle / RIO Renato Cruz / SÃO PAULO - 29 Out 2010 - O Estado de São Paulo

IFRS no Brasil

O texto a seguir fala sobre a evolução recente da contabilidade no Brasil. Meus comentários logo após.

Toda mudança gera alterações – sejam positivas ou negativas. Isso é óbvio, mas nem todas fazem uma revolução como está acontecendo na contabilidade brasileira desde o final de 2007. A entrada em vigor da Lei 11.638, para aprimoramento e atualização da Lei 6.404/76 mexeu não apenas com a essência contábil nacional, mas também com a forma de a colocar em prática.

As novidades foram múltiplas – desde as mais impactantes, como o IFRS (International Financial Report Standard), que fez com que os balanços contábeis de empresas brasileiras ficassem iguais aos padrões europeus, às mais subjetivas, como questões de valor futuro e aspectos intangíveis (como marcas), dentre outros, antes não tão aplicado pelas empresas sediadas no Brasil.

Demorou muito tempo para que a nossa contabilidade tivesse alterações. Foram mais de 30 anos de estagnação [1]. Isso fez com que o Brasil não evoluísse como outras nações, com visíveis impactos na economia [2]. Se avaliarmos pelo lado mais simples – os balanços das empresas nacionais tinham de ser “traduzidos” para uma linguagem universal (a americana USGAAP ou a europeia IFRS). Ou seja, a dificuldade para as companhias internacionais entenderem nossas informações contábeis era imensa, o que dificultava a nossa entrada em novos mercados [3].

Com a aplicação do IFRS, os dados dos balanços brasileiros agora são entendidos na maior parte do mundo [4] – o que faz que a nossa entrada no mercado internacional cresça em paralelo com a nossa economia. Ainda há diversos pontos a serem atualizados, aplicados e entendidos, decorrendo daí o grande aumento de oferta e de procura de cursos de especialização em contabilidade.

Neste aspecto, também temos de lembrar do Exame de Suficiência, outra novidade no setor, que, a partir de 1° de novembro de 2010, será obrigatório, tanto para bachareis quanto para técnicos em contabilidade – de acordo com a publicação do Diário Oficial da União, de 28 de setembro de 2010. Começaremos 2011 com esta novidade, já que a primeira prova será aplicada em março.

Estamos saindo da contabilidade regional para a mundial, no formato europeu. É claro que não podemos apenas adotar um modelo eficaz de outra localidade e o aplicar aqui. Temos uma realidade completamente diferente em todos os aspectos – sociais, empresarias e econômicos.

Por isso, adaptações foram e terão de ser feitas. O mais importante é que a contabilidade brasileira evolui agora a passos largos. Com isso, nossas empresas poderão inserir-se na globalização com muito mais facilidade. Contudo, não podemos descuidar da atualização e do aprendizado contínuo.


Revolução contábil - 28 Out 2010 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro

[1] Isto não é verdade. Nestes "trinta" anos a contabilidade brasileira produziu idéias novas, como a questão do tratamento da inflação nas demonstrações contábeis

[2] Não existe relação causa e efeito aqui. Outras nações também não adotaram (é algo novo). O problema da estagnação era estrutural: elevada inflação, contas públicas confusas, elevado endividamento, mercado fechado etc.

[3] Este não era o problema. A questão está vinculada a falta de competitividade das empresas brasileiras.

[4] Muito otimista. Existem dificuldades ainda.

Mercado de Trabalho

A poucos dias para a instituição de uma prova obrigatória para todos os contabilistas formados a partir deste ano, os profissionais da área nunca estiveram tão valorizados pelo mercado. Além de ser uma profissão que exige grande perícia técnica, o número de profissionais no mercado é insuficiente para atender a demanda. Contabilistas que se comunicam com fluência em inglês e estão atualizados em relação a mudanças na legislação que obriga empresas de pequeno e médio porte a realizar balanços de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) são ainda mais valorizados.

Não por acaso, uma pesquisa da firma de recrutamento Robert Half aponta os executivos brasileiros da área financeira como os mais confiantes em relação a seu emprego e evolução dentro da empresa. Mais de 98% se consideraram entre um pouco a muito confiantes. Na mesma pesquisa, é apontado que o empregado tem hoje mais poder de barganha que o empregador.

De acordo com o diretor de operações da Robert Half, William Monteath, o principal fator para a situação atual é a alta taxa de internacionalização das empresas. "A demanda é combinação de dois fatores: internacionalização e o IFRS. A chegada de grandes multinacionais ao País também é um fator a ser levado em conta”.

Devido à falta de contabilistas, a retenção se torna uma preocupação real para as empresas. "Durante a crise, muitas companhias tiveram profissionais roubados." A pesquisa da Robert Half aponta que 38% dos entrevistados estariam dispostos a mudar de emprego caso recebessem uma proposta atraente. Dentre as empresas consultadas, 76% afirmaram estar preocupadas com o problema de retenção.

O executivo aponta que um profissional com as características desejadas pelo mercado, pode começar a carreira já recebendo R$ 6 mil, caso seja empregado por uma das chamadas "Big Four" (as grandes empresas de auditoria: Deloitte, KPMG, PricewaterhouseCoopers e Ernst & Young). Em grandes empresas, como Vale ou IBM, o contabilistas pode demorar mais para crescer, mas o avanço é rápido em setores específicos, como petróleo. "Temos casos de gerentes de contabilidade recebendo de R$ 10 mil a R$ 17 mil e que estão pouco acima dos 30 anos de idade", afirma Monteath.

Na análise do headhunter Rafael Meneses, diretor da Asap no Rio de Janeiro, empresa de recrutamento que atua nas principais capitais brasileiras, a carência por contabilistas com inglês e conhecimento de IFRS deve durar ainda de cinco a dez anos. Este será o tempo necessário para os que se encontram no mercado se atualizarem e outros já preparados se formarem. Segundo o executivo, a Asap tem tido dificuldades para colocar profissionais com este perfil dentro das companhias. "Se tornou uma gíria nossa dizer ‘mais um contador com inglês’ sempre que precisamos preencher uma vaga difícil."

salário. Outro estudo da Robert Half sobre o mercado de contabilistas mostra que mesmo nos níveis mais baixos, um profissional de contabilidade pode esperar hoje por um salário bem acima da média em relação a outras profissões. Um analista contábil de uma empresa de pequeno ou médio porte começa a carreira recebendo algo entre R$ 1,5 mil e 2,5 mil.

A projeção da Robert Half aponta que, após 15 anos no mercado, ele pode esperar receber até R$ 5,5 mil – isso caso o profissional não seja promovido em nenhum momento durante os 15 anos. Caso seja promovido a gerente contábil, por exemplo, pode chegar aos 15 anos de carreira com até R$ 17 mil por mês, trabalhando em uma empresa de grande porte. A pesquisa ignora bônus e participação nos lucros.

Meneses, da Asap, aponta que 50% dos contabilistas que são encaixados pela companhia dobram o salário logo na renegociação do contrato. O executivo afirma também que a instituição da prova obrigatória para exercer a profissão é outro fator que pode limitar a oferta de profissionais nos próximos anos. O perigo deste tipo de cenário, afirma o executivo, é que as empresas comecem a trazer contabilistas de fora do País para exercer funções aqui.


Contabilistas em alta com roximidade da avaliação - 29 Out 2010 - Jornal do Commércio do Rio de Janeiro