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Mostrando postagens com marcador professor. Mostrar todas as postagens
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27 dezembro 2012

Treinamento de Professores


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulga o regulamento e a programação da 11ª edição do Programa TOP (Treinamento de Professores), curso com duração de cinco dias sobre o mercado de capitais.

O programa é destinado aos professores vinculados a instituições de ensino de nível superior, de graduação ou pós-graduação, que lecionem ou tenham lecionado disciplinas, obrigatórias ou eletivas, relacionadas ao mercado de capitais e tem como objetivo atualizar este público, por meio de aulas que aliam a teoria financeira à prática, além de contribuir para o desenvolvimento de multiplicadores junto às instituições de ensino.

O curso é promovido pelo Comitê Consultivo de Educação e será realizado na cidade de São Paulo, entre os dias 28/01 a 01/02/2013. Os interessados poderão realizar suas inscrições até 21/01/2013, através da página do Comitê de Educação (www.comitedeeducacao.cvm.gov.br) no site da CVM. Todos os inscritos que preencherem os requisitos do regulamento receberão, ao final do curso, um certificado de participação pelas instituições que integram o Comitê.

O Comitê Consultivo de Educação é formado por membros da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA), Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), ANCORD - Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias , Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC), BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Mercados e Futuros da Bolsa de Valores de São Paulo  e Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI).

Clique aqui para acessar o regulamento e a programação do curso.

12 dezembro 2012

Amamos a Contabilidade

O refrão:
"We all love accounting - it's the reason we come to school, dear old accounting, there's nothing else quite as cool"



Fonte: Boring is Optional

18 outubro 2012

Professor, revisa a minha nota?

Eu sempre falo deste vídeo para as pessoas. Vi em uma postagem antiga do Professor David Albrecht. Não foi ele quem fez, foi encontrado no YouTube. Está sem legendas.

Eu estava com planos de acrescentá-las mas desisti. Tem me faltado tempo. Caso alguém encontre o vídeo com legendas, por favor nos informe. ^.^



05 outubro 2012

Professor

"Uma das minhas responsabilidades é ajudar os estudantes a se prepararem mentalmente para a semana de provas. Eu sempre acreditei que devo ajudar a motivar os alunos. E porque não? Eu sou treinador e mentor. Se os alunos não recebem encorajamento da minha parte, então de onde irão receber?"

David Albrecht - Pondering the Classroom

10 setembro 2012

O que não te ensinaram na pós-graduação III


Sempre repito a afirmação também destacada no livro de Richlin e Upham (
What They Didn’t Teach You in Graduate School – sem edição em português):

Um professor tem a oportunidade de impactar positivamente a vida e carreira de seus estudantes.

Então, continuando com a série de postagens sobre o que não é ensinado na pós-graduação, hoje falaremos sobre PROFESSORES.

- Ensinar é uma grande satisfação pessoal e um bem público importante desempenhado por você. Lembre-se sempre disso.

- Ensinar é uma arte a ser aprendida. Assim, segue uma curva de aprendizado. Seu primeiro esforço não será tão bom quanto o seu segundo, nem o seu segundo quanto o seu terceiro. Entretanto, há um limite de melhoria. Em outras palavras, sua avaliação como docente alcançará um pico e a partir dali se manterá constante. Eventualmente você irá se entediar com o curso e suas notas irão cair. Não se desespere. É um fenômeno natural. Frequentemente é um resultado da idade; professores acima de 40 anos se identificam cada vez menos com alunos calouros de 18 anos – especialmente se não têm filhos. Notas em declínio significam que é hora de você lecionar outra matéria para estudantes de outro nível.

- Encontrar a sua turma é prioridade. Não cancele aulas porque é inconveniente pra você. Se você souber antecipadamente que estará em um congresso, por exemplo, peça que um colega te substitua – mas não exagere. Os alunos querem aulas com você e não com substitutos.

- Aulas a distância são uma benção. Aulas a distância são uma ameaça. Uma benção porque você pode alcançar os seus alunos que outrora não teriam a oportunidade de aprender com você ou saborear as belezas da sua área. É uma ameaça porque um possível cenário é que universidades e faculdades aprendam que é mais barato comprar uma infraestrutura para ensino a distância, que construir novos prédios ou contratar novos professores. Com o ensino a distância você pode ensinar (ou distrair) centenas simultaneamente e não apenas 10 ou 30 alunos em sua classe. Ainda, se você não é um superprofessor em vídeo ou na internet, não haverá um mercado para você mesmo que você seja um ótimo pesquisador.

- O índice de morte de tios e avós de alunos é um fenômeno, além de qualquer mensuração atuarial. E há distorção perto de período de provas. Uma morte na família é a desculpa padrão para perder aulas e avaliações. Embora alguns alunos sejam impressionantemente inventivos ao tramar histórias, a maioria não é. Ao se deparar com tal desculpa, tenha em mente que o aluno pode estar te enrolando.

- Acredite ou não (!!!), colar é comum em algumas instituições. Ao preparar testes, elabore mais de um modelo. Você pode embaralhar a ordem das questões ou a ordem das respostas. Dizem por aí que um professor pedia para a turma inteira virar as cadeiras ao contrário antes de receber a prova. Apesar de ser mais fácil o professor simplesmente se levantar e ficar no fim da sala, há um quesito psicológico bem interessante.

- Ensinar pode ser uma profissão perigosa. Não é frequente, mas um aluno pode ir até a sua sala ou prédio e atirar em todo mundo ou causar danos físicos. Os casos são suficientemente raros, mas lembre-se que, como professor, você é uma figura pública. As suas ações afetam pessoas reais. Os estudantes estão sujeitos aos mesmos distúrbios mentais que a sociedade como um todo. Se você já identificou alunos-problema, tome os devidos cuidados. Evite caminhar sozinho (para o carro ou para a sua sala) após lecionar, por exemplo.

07 setembro 2012

O que não te ensinaram na pós-graduação II


Esta postagem, continuação da anterior, é indicada especialmente a quem pretende ganhar a vida como professor universitário.

- Evite trabalhar na faculdade em que estudou, não importa o tamanho da sua lealdade. Você sempre será visto como um aluno pelos membros mais antigos e será tratado como tal. É diferente, entretanto, se você retorna após alguns anos trabalhando em outra instituição.

- A regra de oferta e demanda se aplica ao mundo acadêmico tanto quanto a outros campos. Você está jogando com o futuro no mercado de trabalho, assim como um ocorre no mercado de capitais, quando escolhe uma área para o seu doutorado. Já que leva de quatro a sete anos [quando mestrado + doutorado] para alcançar o grau, você faz suposições de que seus serviços serão necessários daqui a vários anos. Podem ser – mas, também, podem não ser. Quando uma nova especialização se abre, é um momento empolgante. Várias pessoas migram de campos adjacentes. Há a formação de departamentos ou de áreas de concentração e inicia-se o treinamento de doutores naquela área. Há pouca oferta de quem entenda do assunto, então altos salários são oferecidos. Todavia, o que usualmente acontece é que dentro de um espaço temporal relativamente curto, o mercado do doutorado e, consequentemente, o de trabalho, torna-se saturado. Mais ainda, outras especialidades emergem e a universidade corta a moda passageira. A implicação clara para os estudantes é que áreas com excesso de oferta de candidatos se torna mais difícil de conseguir tanto um emprego inicial quanto de professor titular.

- As universidades têm suas próprias culturas e em grandes instituições, faculdades e departamentos com culturas diferentes. Tente descobrir qual é o clima no local onde decidir trabalhar. Se você está iniciando a carreira, um ambiente hostil será demasiadamente estressante. Procure por departamentos nos quais haja tranquilidade e bom convívio interpessoal.

- Avalie um pós-doutorado com cuidado, especialmente se você for das ciências. Você deve pensar em um pós-doutorado em termos econômicos frios e exigentes. (Consideramos apropriado se você: está em um campo no qual empregos em boas áreas estão escassos e você ainda não conseguiu a sua vaga; se você sente a necessidade de adquirir ferramentas de pesquisa específicas de forma a desenvolver o seu trabalho além do doutorado; se você pretende trabalhar com uma personalidade específica que acrescentará ao seu autodesenvolvimento). Um pós-doutorado não é apropriado se você tem medo de lecionar ou falar em público (você está apenas adiando o inevitável). Também não é apropriado se você viveu quase sem dinheiro por anos e/ou precisa sustentar a sua família.

- Se você quer ainda um desafio maior, mude a sua ocupação ou se mude a cada sete anos. Isso irá alargar a sua perspectiva e seu ponto de vista (um pouco disso vem do efeito Hawthorne*, as pessoas prestarão atenção em você por ser novo. Nos primeiros anos em uma instituição ou departamento você terá a aura de um perito externo. Com o tempo você passa a ser mais um na multidão) e alterar áreas permite que você mude de uma linha de pesquisa madura para uma mais nova e dinâmica (A graça está aí. Mas tenha cuidado, pois uma nova ocupação requer novas ferramentas).

- Quando considerar uma instituição para trabalhar, questione sobre o plano de aposentadoria – mesmo que no momento você sinta que é muito cedo para se preocupar com o assunto.

- Dependendo da universidade, questione sobre vagas no estacionamento. Caso você não tenha direito e as vagas forem pagas, isso pode afetar as suas finanças de forma substancial.

- Lembre-se que salário líquido é diferente de salário bruto. Ao escolher uma instituição lembre-se de considerar: custo de vida; custo de moradia; qualidade das escolas para seus filhos (atuais ou futuros); empregabilidade para o seu parceiro.

- Ao longo do caminho você poderá perceber que não se identifica com a docência ou talvez não consiga um emprego no lugar em que gostaria. Ao tentar lecionar Albert Einstein foi inicialmente recusado e duramente criticado – o que fez com que fosse trabalhar no escritório suíço de patentes. Não tendo que se preocupar com a pressão de encontrar seus alunos ou com a opressão de trabalhos de pesquisa, pode se ocupar em pensar, surgindo com a Teoria da Relatividade, dentre outras. A partir daí foi convidado a ser professor. O ponto é que inovação e criatividade podem ser alcançadas fora de uma carreira acadêmica assim como dentro. Chegar ao título de doutor é um ponto de descontinuidade na sua vida, quando vários caminhos alternativos se abrem para você. O caminho para professor titular é um deles. Afinal, a vida é o que você faz dela, não é mesmo?

*O Efeito Hawthorne se refere a um estudo realizado em fábricas entre 1924 e 1932 que avaliou a produtividade dos trabalhadores quando uma alteração era realizada. A interpretação dos resultados mudou ao longo dos anos. Hoje considera-se que o Efeito Hawthorne significa que prestar atenção nas pessoas muda o comportamento delas, indiferentemente da mudança. O efeito foi nomeado em homenagem a agora extinta fábrica Hawthorne da empresa Wester Eletric localizada em Cícero, Illinois (Para mais leia sobre o Efeito Hawthorne em http://en.wikipedia.org/wiki/Hawthorne_effect).

O que não te ensinaram na pós-graduação I

26 julho 2012

Contabilidade pública

O professor Romildo Araújo, de Contabilidade Pública, fez uma coletânea de "pérolas". Eis a lista completa:

Nestas últimas décadas, fazem parte dos programas de governo a educação, a saúde, o transporte e A FOME.

 Se o país continuar com essa consciência, de que “O Brasil é para todos” , a médio prazo seremos uma das nações mais ricas do mundo e o G8 MUDARÁ SEU NOME para G9.

 Em vista das grandes dificuldades que INSISTEM EM PERSISTIR no Brasil, deve-se priorizar investimentos em saúde, educação e saneamento...

 O gasto público para redução da pobreza só será bem executado , se houver uma boa EQUILIBRAÇÃO do orçamento público.. que fica a despesa e PREVER a receita .

 O legislador, pela própria lógica, traz em primeiro lugar os princípios teóricos fundamentais, que balizam todo o conhecimento constituído sobre o gasto público. (EMROLATION!!!)

 Diante desses fatos, cabe à Administração Pública zelar pela PROBIDADE DOS RECURSOS PÚBLICOS, e isto está estatuído na Constituição Federal, em que estão descritos princípios, diretrizes e processos, formando uma unidade jurídica abrangente.


Cremos que está nessa estrutura o princípio da transparência, da DIRIMIÇÃO DAS AMBIGUIDADES, da CLAREZA que deve caracterizar e reduzir as desigualdades sociais entre regiões, segundo critério populacional.


Sobre o Bolsa-família ... programas como esses visam apenas transformar condições subumanas, tornando-as mais humanas. ... é notório que políticas públicas nessas áreas capacitam as pessoas a buscarem melhorar suas vidas, a pobreza diminui e o brasileiro encontra-se mais ADEQUADO a enfrentar os problemas de uma vida cotidiana.

 No Brasil, os programas finalísticos são planejados em planos de médio e curto prazos.

 Exemplo de uma política social, serão os gatos relacionados à realização da copa do mundo de 2014.

Exemplo desses investimentos no governo brasileiro são os programas, como: fome-zero, bolsa-família, bolsa escola, SALÁRIO-FAMÍLIA, meu primeiro emprego; e outros, que por exemplo, AJUDA a população a adquirir seu primeiro imóvel.

As receitas dos estados estão sendo MÁS distribuídas ...

Um país só consegue desenvolver-se plenamente quando seus cidadãos possuem uma vida digna, tanto intelectual quanto EXISTENCIAL...

18 julho 2012

UnB abre vagas docentes para Mestres e Doutores



CONCURSO PÚBLICO - EXTRATO DOS EDITAIS Nº. 368 e 369 DE 17 DE JULHO DE 2012

A Universidade de Brasília (UnB), Distrito Federal, inicia na próxima segunda-feira, 23, o recebimento de inscrições para os concursos públicos 368 (orçamento e contabilidade pública) e 369/2012 - Professor Adjunto e Assistente. No primeiro certame (368) são duas oportunidades para Doutor e duas para Mestre junto ao Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais, com carga semanal de 20h e salários de R$ 2.619,03 e R$ 2.072,77, respectivamente. Já no segundo edital (369) há uma vaga para Doutor e cadastro de reserva para Assistente na área de Contabilidade Fiscal, com jornada de 20h e remuneração de até R$ 2.619,03.

Para concorrer bastará realizar inscrição de 23 de julho a 24 de agosto pelo endereço eletrônico www.cespe.unb.br e sob taxa de R$ 190,68 (Adjunto 40h DE), R$ 65,48 (Adjunto 20h) e/ou R$ 51,87 (Assistente).

Dica de Rafael Bevilaqua, a quem agradecemos.

Fontes, com adaptações:
http://www.in.gov.br/
http://www.srh.unb.br/concursos/docente-2012

27 junho 2012

Stricto Sensu em contabilidade: formação de professores

Programas de pós-graduação Stricto Sensu em contabilidade: sua contribuição na formação de professores e pesquisadores

Os estudos sobre a formação de professores e pesquisadores em Contabilidade importam no processo de desenvolvimento do ensino. Com o aumento da demanda destes profissionais e da oferta de cursos de graduações, o docente e o pesquisador devem estar preparados para enfrentar novos desafios. Nesse sentido, o presente estudo foi desenvolvido com objetivo de verificar a contribuição dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade em nível de mestrado quanto à formação de professores e pesquisadores. A pesquisa foi desenvolvida sob as formas qualitativa e quantitativa, utilizando-se de dados secundários e de análise de conteúdo para atingir o objetivo proposto. A análise de dados pautou-se em 6 PPGs, contemplando 115 mestres em Contabilidade que concluíram o curso no ano de 2004. Foram analisadas as suas publicações e atuação profissional nos cinco anos subsequentes, ou seja, até 2009. Os resultados apontam que os PPGs no período em estudo estavam voltados basicamente para a formação de professores, pois 104 mestres atuam na docência. Ainda, demonstrou que o destino destes professores eram as instituições de ensino superior privadas e para o curso de Ciências Contábeis. No processo de formação pedagógica, todos os programas possuíam a disciplina de Metodologia do Ensino Superior, sendo alguns de forma obrigatória e outros, optativa. No entanto, os dados da pesquisa mostraram que no período estudado, os programas não contribuíram significativamente para a formação de pesquisadores, pois estes estavam centrados na formação de docentes, evidenciada pela baixa publicação dos egressos dos programas e pela concentração em determinados egressos.

André Luis Comunelo, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo, Simone Bernardes Voese, Emanoel Marcos Lima

Enfoque: Reflexão Contábil, v. 31, n. 1, 2012.

12 março 2012

To sir, with love

Ou: Ao Professor César

Queridos leitores, hoje convidamos uma doutoranda do programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós Graduação em Contabilidade UnB/UFPB/UFRN para fazer uma postagem-visitante para o blog. Espero que gostem da novidade!

Olá leitores! Estou aqui, atendendo a um carinhoso e emocionante convite para participar desta interação entre contadores, estudantes e amigos que acompanham o blog. Os autores me deixaram totalmente livre para escrever sobre o assunto que eu me sentisse a vontade. Então... Resolvi atendê-los. Mas, não vou escrever sobre contabilidade, ou sobre pesquisas, nem sobre o amor que tenho por lecionar, muito menos sobre a minha tese.

Resolvi escrever como ex-aluna (no mestrado e duas vezes no doutorado), ex-orientanda (no mestrado), atual orientanda (no doutorado), coautora em vários artigos, em um livro e, principalmente, como fã incondicional do prof. César Augusto Tibúrcio Silva.

Tudo isso que citei, foram [várias] oportunidades únicas que eu tive na vida, de estar não somente na presença dele, mas trabalhando com ele, que tanto admiro. Não venho aqui rasgar seda. Não há espaço. Venho porque talvez nunca tenha conseguido dizer isso pessoalmente (pois sou super tímida), o que é inaceitável. Assim, aproveito o espaço, a oportunidade e a companhia de todos vocês para ressaltar a cada leitor como o professor César é um grande modelo e para agradecer por todas as grandes conquistas que, graças a várias pequenas atitudes dele, eu consegui alcançar.

Quando fiz a seleção do mestrado, extremamente introvertida, menina recém-formada de uma faculdade particular... Gente! Eu era totalmente crua de tudo...! O professor estava lá. No centro da minha banca de seleção, fazendo várias perguntas... Eu? Eu ali! Responder era apenas o meu segundo objetivo. O primeiro? Não gaguejar ou ficar muda. Tensão pura.

Sai da Universidade extremamente desacreditada, mas... quem diria!? Passei! Acho que viram algo em mim que eu ainda não percebia. Depois de algum um tempo, cursando o mestrado, um querido professor me confidenciou que foi graças ao professor César, ao voto dele de confiança em mim, que eu entrei. Fiquei emocionada! Mas o professor confidente riu, e me contou que falou para o professor César: “Ah é?! Você acredita!? Então você orienta!”. Risos. Fico imaginando a cena.

O curioso é que na época colegas da turma se demonstraram ciumentos, preteridos, pois o queriam como orientador. Mal sabiam eles de toda a minha história, de como fui parar ali. Acho que deve ser um sentimento normal, pois o professor realmente é um excelente orientador, que se destaca dentre outros, e isso é unanimidade entre os alunos. No fim do dia? Eu era a escolhida. Eu, a menina tímida, com medo de derrubar o copo d'água no meio da entrevista, fui escolhida como orientanda do Professor Doutor César Augusto Tibúrcio Silva! [Comentário da Isabel: Se me permitem opinar, acho que as verdadeiras histórias encantadas são como essa, não é mesmo!? Nada de Fulana sendo resgatada por Beltrano, casando e virando Princesa. Mas sim superarmos nossos medos, nossas limitações e termos alguém que acredite em nós naquele momento em que titubeamos].

Em minha caminhada, pressionei-me bastante, pois tive receio de decepcioná-lo como aluna, como orientadora. Mas, felizmente, deu tudo super certo. Nunca me esquecerei do discurso que ele fez no final da minha defesa: poucos alunos o tinham surpreendido tanto quanto eu. Imaginem! Que honra imensa ouvir aquilo, na frente da minha mãe, das minhas irmãs, de alguns amigos!!! Que honra foi simplesmente ouvir aquilo.

Ao concluir o mestrado, existia a possibilidade de voltar à UnB, pois o departamento estava com vagas abertas para um concurso. Recebi um e-mail do professor com incentivo a participar do processo seletivo. Fiquei super satisfeita por ele se lembrar de mim naquele momento!!! Por continuar acreditando em mim, no meu trabalho, na minha capacidade não só como pesquisadora, mas também como docente.

E assim foi e é a minha história [encantada]. Sempre sendo lembrada e incentivada por esse gênio, criativo, cheio de atividades, mas que não deixa de me convidar para trabalhos e pesquisas. Espero um dia poder seguir os passos dele e conseguir inspirar, ensinar e encorajar tão bem os alunos quanto ele.

Quando eu passei na seleção do doutorado, ele carinhosamente me ligou para me dar a notícia e me parabenizar. Ele falou: “tenho uma notícia boa e uma ruim para te dar.. qual você quer primeiro?” [É a cara dele!] e eu: “a ruim”!! E ele: “a ruim é que você será minha orientanda de novo, pois você passou na seleção do doutorado!!” E eu, radiante de felicidade: “e onde está a notícia ruim então???” [Que lindo!!!!]

E cá estou eu, tentando finalizar meu doutorado neste ano. Pensava em escrever algumas destes sentimentos e situações nos meus agradecimentos da tese. Mas já que estou tendo essa grande oportunidade, resolvi fazer isso logo!!! Publicamente, com o coração aberto, com a sinceridade mais pura. Professor: muito obrigada por me ensinar, por ser o meu exemplo, por ser aquele que me incentiva a ser melhor, a me dedicar cada vez mais e, especialmente, por me ajudar a ser como hoje sou – professora, pesquisadora e apaixonada pela academia. Obrigada de verdade por todas as oportunidades que tivemos de trabalharmos juntos. Saiba que o senhor é meu maior modelo. De coração e eternamente: muito obrigada!!

Lindo depoimento Fernanda. Coloquei alguns comentários [né!?] porque não aguentei. Espero que essa história inspire muitas pessoas. Claro que não será EXATAMENTE assim. Cada orientador age de uma forma! Inspirem-se. Mas que se inspirem pela atitude da Fernanda que, mesmo aflita, participou dos processos seletivos e hoje está no time das futuras primeiras doutoras formadas fora do circuito USP! Inspirem-se no professor que soube ver potencial que não estava escancarado em uma prosa rebuscada e confiante. Inspirem-se em quem lutou para terminar o mestrado, dar aulas, entrar no doutorado, construir uma carreira que poderá não ser das mais lucrativas financeiramente, mas que trará realização, orgulho e, quem sabe, mudará algumas vidas e trará mais amor ao mundo.

Parabéns ao querido professor César que construiu uma sólida carreira, influenciou inúmeras vidas e nos ilumina até hoje com sua criatividade sem fim.

Uma homenagem final de todos os leitores do blog [ignorem o "Glee" foquem na demonstração e gratidão, carinho e na música! - que é absolutamente linda] ao nosso adorável professor:

20 fevereiro 2012

USP vai premiar os melhores professores


A Universidade de São Paulo (USP) vai premiar, a partir deste ano, os melhores professores da graduação com iPads, computadores e viagens. Os que acumularem mais pontos com base em critérios estabelecidos pela instituição receberão os prêmios. A opinião dos alunos e a produção didática vão pesar na escolha.

A premiação, aprovada nesta quinta-feira, 16, pelo Conselho de Graduação (CoG), vai se chamar Excelência em Docência de Graduação da USP e levará em conta seis macrocritérios: empatia com alunos, a partir de eleição entre os egressos de uma turma; produção intelectual, como autoria de livros didáticos e publicação de artigos sobre o ensino na graduação; atividades de orientação de trabalhos de conclusão de curso aprovados com louvor e de iniciação científica premiados; aplicação de disciplinas optativas livres; comprometimento institucional com a graduação, como a coordenação de turmas, áreas e cursos, além de outras atividades consideradas relevantes.
Mais aqui

16 outubro 2011

Aprender a ensinar ou ensinar a aprender?

Texto do blog do excelente Rodolfo Araújo:

"Educação tem sido um tema recorrente aqui no blog [Não Posso Evitar]. Algumas vezes é o meu lado ogro falando da falta dela. Outras, é dentro de um dos meus esportes favoritos: dar pitaco sobre o que não sei. Este texto encaixa-se na segunda categoria, tomando Educação no sentido puramente pedagógico.

O ponto de partida é o excelente
Disrupting Class: How Disruptive Innovation Will Change the Way the World Learns (McGraw-Hill, 2008), de Clayton Christensen e Michael Horn. Na obra, os autores fazem uma profunda análise do sistema educacional adotado atualmente, destacando seus prós e contras e, principalmente, sugerem uma radical solução de transformação.

Os autores valem-se, basicamente, a teoria de Inovação Disruptiva do próprio Christensen para fundamentar suas ideias que, embora espelhem o modelo americano, servem à maioria dos países, por adotarem metodologias semelhantes.

Grosso modo, o estudo parte do conceito de Inteligências Múltiplas de Howard Gardner, que sustenta a tese de que cada pessoa tem um tipo particular de inteligência predominante, da qual desenvolve suas habilidades características. Gardner identificou ao menos sete diferentes características.

Um atleta ou bailarino, por exemplo, tem a Inteligência Cinética mais desenvolvida, que alia a coordenação dos seus movimentos a uma percepção espacial mais desenvolvida. Do mesmo modo, um artista terá como habilidade principal a Inteligência Estética ou a Inteligência Sonora, conforme o caso.

O reflexo disso no aprendizado é que cada uma destas predisposições influencia no modo como cada pessoa aprende. Se uma pessoa tem uma Inteligência Visual diferenciada, aprenderá melhor através de estímulos visuais - o mesmo se aplicando para as demais.

Ocorre que o sistema educacional ocidental foi desenvolvido com o objetivo de atender ao maior número possível de pessoas, numa época em que ainda não havia estudos mostrando as diferentes formas de aprendizado. Noutras palavras, as escolas hoje buscam a melhor maneira de ensinar - que não necessariamente coincide com a melhor maneira de aprender.

Esta padronização - que serviu muito bem ao objetivo da inclusão - deixa sérias lacunas no quesito efetividade. Enquanto alguns alunos se destacam por se adaptarem bem ao atual modelo, a maioria fica para trás, passando de ano aos trancos e barrancos. Em
Drive: The Surprising Truth About What Motivates Us, Daniel Pink deixa claro que passar na prova de Francês é uma coisa e aprender o idioma é outra, completamente diferente.

A solução apontada por Christensen e Horn apoia-se no aprendizado individualizado, possível através da informatização das salas de aula. Eles alertam, no entanto, que entupir as escolas de computadores está longe de ser a solução. Até porque a maioria das experiências neste sentido falhou em melhorar o nível do ensino, uma vez que continuavam reproduzindo o atual modelo de ensino.

Na proposta dos autores, softwares específicos preparariam os planos de aulas mais adequados à forma como cada aluno melhor aprende, a partir de bancos de conteúdos preparados pelos professores - e até pelos próprios alunos ou seus pais.

(...)

Mas talvez a maior contribuição destes exemplos seja mostrar, no sentido mais amplo da palavra, como temas desinteressantes nas aulas com a tradicional combinação cuspe e giz (ou mesmo datashow), podem se tornar interessantes e estimulantes dependendo do formato. E, mais do que isso: alguns destes formatos já estão disponíveis por aí.

A pergunta passa a ser, então: por que não experimentar?"

15 outubro 2011

Feliz dia do professor!

Frase via Claudia Cruz.

E aqui copio um pedaço dos agradecimentos da minha dissertação:

Agradeço ao meu orientador, professor Otávio Ribeiro de Medeiros, Ph. D., por tudo a que se agradece a um ótimo mentor: pelos ensinamentos, paciência, didática, disponibilidade, disposição, mansidão. Por ter respondido minhas muitas perguntas, por ter me ensinado métodos quantitativos de uma forma que realmente me ajudou e por ter me oferecido todo o material e base que precisei para me desenvolver. Mas agradeço mais ainda pelo companheirismo quando eu tive que me afastar, por ter entendido os meus momentos de tribulações com sinceridade. E obrigada por ter se reunido comigo por vários e vários dias seguidos no auge desta pesquisa, por ter segurado a minha ansiedade e por ter sido sempre um super orientador.

Agradeço ainda a dois professores em especial: ao professor Dr. Jorge Katsumi Niyama por ser superexigente em sala de aula e ultra carismático em momentos não acadêmicos. Você é o exemplo que sigo ao lecionar. Ao professor Dr. César Augusto Tibúrcio Silva, o contador mais criativo que já conheci, agradeço pelas palavras que me fizeram aceitar o meu destino como professora, assim como a oportunidade de participar do blog Contabilidade Financeira. À medida que eu ia experimentado no mestrado, ia escrevendo para o blog e, não só foi terapêutico, como foi o trabalho mais divertido que já tive.

Tive a sorte de passar por um mestrado sendo ensinada por docentes que admiro e que me inspiram. Agradeço ao meu querido professor Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa, que me acompanhou por um bom tempo na graduação e com quem voltei a conviver no Programa.

(...)

Agradeço ao professor Dr. Edilson Paulo, Dr. José Dionísio Gomes da Silva, Dr. Paulo Amilton Maia Leite Filho, M. Sc. Cláudio Moreira Santana e Dra. Fátima de Souza Freire pelos ensinamentos e pelo apoio. Aos professores Dr. Ivan Ricardo Gartner e Dr. Anderson Luiz Rezende Mól agradeço, ainda, as considerações tão construtivas feitas ao meu projeto de pesquisa.


Parabéns a todos vocês pelo dia do professor!

20 maio 2011

Alunos: sempre os mesmos

Alunos: sempre os mesmos – Escrito por Juliana Cunha, Postado por Isabel Sales

“Uma vez, no colegial, perguntei ao meu professor de inglês super legal e simpático se ele não se entediava com o fato de que os alunos eram sempre iguais. Na época, minha cabeça de ensino médio concebia duas respostas: ou ele seria educado e diria que éramos todos muito originais e diferentes; ou seria sincero e diria que realmente era bem chatinho conviver com clones de ninguém ano após ano.

Em vez disso, ele respondeu algo como: “No começo, eu amava os alunos por sua originalidade, o que não durou muito porque, né, vocês não são originais, todo ano vem uma nova leva de pessoas bem parecidas. Hoje eu acho que é na própria repetição dos tipos que se concentra o amor do professor. Porque se a cada ano a gente conhecesse pessoas inteiramente novas, seria muito difícil nos apegarmos a elas e mais difícil ainda vê-las ir embora no fim do ano. O fato de serem sempre os mesmos me deixa pronto para amar imediatamente aquele aluno barulhento do fundo da sala sob a luz do amor que senti por todos os outros barulhentos que vieram antes dele”.

Faz tanto tempo que eu faço Letras (minha mãe não curte) que já me sinto totalmente apegada até mesmo àqueles eternos alunos especiais do mestrado e ao pessoal que disfarça desemprego com aprendizado (ou não) de línguas exóticas. Até o final do curso estarei abraçando todos os eles no corredor sem nem saber os nomes.”


Fonte: Aqui

O blog “Já Matei por Menos” é de autoria de Juliana Cunha, repórter freelancer na Folha de São Paulo (e também estudante de letras na USP, comunicação Visual no Senac, colaboradora do blog “Oficina de Estilo”, famoso entre a mulherada!). Essa é uma das minhas postagens prediletas do blog da Juliana, que indico. Espero que gostem!