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14 janeiro 2008

Sobre o mercado de música e quem ganha e perde

Um texto no NEw York Times de 13/01/2008, Tyler Cowen, do Marginal Revolution, faz uma análise do mercado de música:

Em 2007, as vendas de álbum caíram 15,3 por cento, em comparação com 2006, um ano ruim. Mesmo que as vendas de 10 faixas sejam contados como um álbum, as vendas foram ainda caíram 9,5 por cento.

Os economistas não sabiam se digitalização iria ajudar ou prejudicar o mercado de música; muitos pensavam que uma maior exposição à música e à facilidade de acesso on-line pode levar as pessoas a comprarem mais. Mas, em 2007, o resultado ficou claro: as pessoas tendem a comprar a sua música favorita de um álbum, online, em vez de comprar todo o álbum. Mais faixas digitais individuais estão sendo vendidas, mas isso não significa maiores lucros para os artistas da música ou para as empresas. Os preços são mais baixos para a música (99 centavos uma canção no iTunes) e uma parte dos lucros ficam com os fabricantes de hardware, acima de tudo com a Apple e seu iPod.

Projeção

Na construção de uma estrutura de avaliação, uma das etapas mais sensíveis é a projeção do resultado futuro da empresa. O analista precisa determina como o futuro irá afetar os resultados e, conseqüentemente, o valor da empresa.

Existem diversas formas de fazer a projeção. O uso de métodos quantitativos confere a projeção uma certa cientificidade ao resultado, mas isto não garante, de certo modo, que o valor encontrado seja próximo ao valor que será realizado.

Desde a publicação de certos trabalhos ressaltando a qualidade do "mercado", tem-se buscado o uso de técnicas que poderiam substituir a opinião (ou a "sabedoria") da massa.

Existem bons e maus resultados com o uso desta técnica. Recentemente uma pesquisa foi realizada com dados dos funcionários da Google. Esta empresa está usando a "opinião" de empregados, através de contratos de compra e venda referente ao desempenho de um produto da empresa. O resultado deste encontro entre comprador e vendedor reproduziria o mercado de opiniões sobre determinado produto.

Dois pesquisadores tiveram acesso a estas informações e encontraram algumas conclusões interessantes:

=> os mercados são bons na projeção de quantos usuários o sistema de e-mail a empresa teria ao final de cada período
=> os empregados tendem ao otimismo quanto a esta informação
=> quando as ações da empresa no mercado de capitais estão em alta, os empregados são mais otimistas
=> A existência de afinidade/vínculo entre as pessoas termina por influenciar a projeção.

Fonte: Aqui e aqui

A questão é que o uso do mercado para previsão depende de certas características (diversidade, agregação e incentivos) que nem sempre estão presentes no que queremos medir. Recentemente, o uso do "mercado" sofreu uma derrota na previsão eleitoral dos Estados Unidos. Nesta situação, duas das condições não foram observadas, o que torna difícil afirmar que esta não é uma boa técnica tendo em vista este revés.

14 dezembro 2007

Casamento como Mercado

Pollet e Nettle "analisaram os dados do Censo de 1910 dos Estados Unidos da América e descobriram que o casamento é, de fato, um mercado. Além disso, como em qualquer mercado, numa escassez de compradores, o vendedor tem que ter particularmente uma atraente mercadoria em oferta, se forem fazer a troca." (...)
"Eles mostraram que, nos estados onde os sexos eram iguais em número, 56% dos homens com baixo status eram casados com a idade de 30, ao passo que 60% dos homens com alto status eram. . Mesmo neste caso, então, há mulheres que preferem manter-se solteria, em vez de casar com um perdedor (deadbeat). Quando havia 110 homens para cada 100 mulheres (como, por exemplo, no Arizona), a mulher começou a ser seletiva. Nesse caso, apenas 24% dos homens de baixo status eram casados com 30 anos, em comparação com 46% dos homens de alto status."

Fonte: The Economist

16 novembro 2007

Futebol, Torcedor e o Técnico

Este endereço discute se a "sabedoria das massas" funciona no futebol. Ou seja, se através de uma pesquisa de opinião entre os torcedores seria possível fazer uma seleção de jogadores ideal (Pense, por exemplo, numa pesquisa para escolher a melhor relação de jogadores brasileiros e a seleção brasileira de futebol). Para "sabedoria das massas" é necessário duas condições: (1) cada opinião deva ser independente e não influenciada por outros ou pela imprensa; (2) o conhecimento esteja disperso e fragmentado. A primeira condição, segundo o endereço, existe. O problema é que o técnico de um time tem informações que o torcedor comum não possui (se o jogador dormiu tarde ou foi para balada, se o atleta tem problemas de relacionamentos pessoais etc), e isto impede que a "sabedoria" funcione.