Translate

Mostrando postagens com marcador ensino. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ensino. Mostrar todas as postagens

04 dezembro 2011

Pós-graduação no Brasil

De acordo com relatório da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), lançado semana passada, de 2006 a 2009 houve aumento de 20,1% no número de programas de pós-graduação. Os números também mostram aumento do corpo docente e discente no mesmo período. Na UnB, de 2006 a 2010, os cursos de doutorado cresceram 24% e os de mestrado 22%. João Luiz Martins, presidente da Andifes, atribui o crescimento ao processo de expansão das universidades federais desde 2008, ano de implantação do programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

Para atender a essa demanda, avalia o presidente e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, foram contratados técnicos e professores. Como consequência, aumentou a procura por programas de pós-graduação para qualificação do corpo docente. O aumento da procura pela pós-graduação, especialmente pelos novos professores, permitiu aquecer a produção científica das universidades. Noventa e três por cento das pesquisas nacionais são desenvolvidas pelas universidades públicas.

"No Brasil, as universidades públicas têm função dupla, de formar graduação em volume e gerar conhecimento na pós-graduação. Já tínhamos docentes importantes, e a chegada desses novos docentes acabou favorecendo uma série de áreas de conhecimento que até então não tinham o quadro necessário para construir novos programas e ampliar a pós-graduação", explica João Luiz. "Áreas foram fortalecidas, ampliadas e intensificadas. Houve crescimento na aprovação de programas de pos na maioria das universidades", completa.
Fonte: Ana Grilo/UnB Agência (com adaptações)

Como, por causa do REUNI, houve acréscimo de alunos e consequentemente da demanda por professores qualificados, pode-se inferir que atualmente os processos seletivos para a pós-graduação estão voltados para quem possa contribuir com a academia e não necessariamente com o mercado.

26 outubro 2011

Ensino e Desenvolvimento


Um estudo mostrou que a forma de ensinar afeta o capital social. Existem diferenças entre sociedades onde ensina-se verticalmente (professor apresenta o conteúdo) e sociedades onde o ensino é horizontal (os estudantes trabalham em grupo).

No primeiro caso estão os países da escandinávia e anglo-saxões. Já os países da europa oriental e do mediterrâneo adotam o ensino vertical.

Veja mais aqui

20 julho 2011

Avaliação de Docente

Sobre a avaliação de um professor, eis um comentário pertinente de Dan Ariely:
A missão de ensinar, e sua avaliação, são incrivelmente intrincadas e complexas. Além de ser capaz de ler, escrever e fazer alguns cálculos e ciências, nós queremos que os alunos sejam informados, tenham a mente aberta, sejam criativos, sejam alunos ao longo da vida, etc etc etc Em cima disso, todos nós podemos prontamente concordar que a educação é um processo de longo prazo que, por vezes, leva muitos anos para vir a ser concretizadas. Com toda essa complexidade e dificuldade de descobrir o que faz um bom ensino, também é incrivelmente difícil dizer com precisão e avaliar exaustivamente o quão bem os professores estão fazendo.

01 fevereiro 2011

Melhor universidade

Temos, em Brasília, algumas brincadeiras com os nascidos em Goiás. Uma delas diz que a melhor universidade do Brasil é a UFG (Universidade Federal de Goiás), pois consegue formar goiano. Mas pelo último exame do MEC a melhor universidade do Brasil foi realmente a UFG, com nota 4,57. Parabéns aos professores daquela instituição, que possui um curso de graduação relativamente novo (Ércilio, Moisés e Camila, entre outros).

Eis os sete melhores cursos e o número de estudantes que fizeram o teste:

1. UFG (63 alunos)
2. Universidade de Brasília (209)
3. Universidade Federal de São João Del Rey (80)
4. Fucape (13)
5. Universidade Federal de Santa Catarina (301)
6. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (171)
7. Universidade Federal de Viçosa (57)

O número de alunos que fizeram o exame é uma variável importante em razão da média ser influenciada pelos extremos. (vide aqui e aqui um teste neste blog sobre este assunto)

25 janeiro 2011

Os melhores cursos


O gráfico mostra a distribuição das notas dos cursos, segundo o tipo de instituição de ensino. No Brasil, a qualidade no ensino ainda significa uma instituição pública. Dos cursos avaliados pelo MEC nas instituições públicas, 36% receberam nota 4 ou 5. Nas instituições de ensino privada este percentual foi de 5%.

Na área de contabilidade, dos vinte melhores cursos, 14 são de instituições públicas (sendo duas estaduais e uma municipal).

21 janeiro 2011

Universidades



O gráfico mostra a distribuição dos prêmios Nobeis em ciências pelos países. Os Estados Unidos ganharam 209 prêmios, bem acima da Alemanha (com menos de 80) e Inglaterra. Mas observe que o quarto colocado é a Universidade de Harvard, que possui mais prêmios que a França. Cambridge, com mais de vinte prêmios, tem está na frente da Rússia. A explicação deste desempenho está na segunda figura, que mostra que Harvard possui um orçamento de 25 bilhões de dólares.

Para se ter uma idéia, somente o orçamento de Harvard corresponde a 60% do orçamento total do Ministério da Educação e Cultura.

24 julho 2010

Rir é o melhor remédio

O Sermão da montanha (*versão para educadores*)

Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:

- "Em verdade, em verdade vos digo: Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque eles..."

Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?

André perguntou:
- É pra copiar no caderno?

Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!

Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?

João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?

Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?

Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!

Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?

Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?

Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.

Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?

Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!

Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?

Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?

Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da Provinha Brasil, da Prova Brasil e demais testes e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor efetivo...

Jesus deu um suspiro profundo, pensou em ir à sinagoga e pedir aposentadoria proporcional aos trinta e três anos. Mas, tendo em vista o fator previdenciário e a regra dos 95, desistiu. Pensou em pegar um empréstimo consignado com Zaqueu, voltar pra Nazaré e montar uma padaria...

Mas olhou de novo a multidão. Eram como ovelhas sem pastor... Seu coração de educador se enterneceu e Ele continuou... como nós sempre continuamos. ..

Seja feita a sua vontade


(Enviado por Alexandre Alcantara, grato)

13 julho 2010

Avaliação de Docente

Desde 2003 a Universidade de Brasília vem fazendo, semestralmente, avaliação do seu corpo docente. A cada período chegam a ser aplicados entre 30 a 40 mil questionários. Esta massa de dados foi analisada por uma estatística da Universidade, Gabriela Barros. Usando dados de mais de 200 mil questionários, a pesquisadora descobriu alguns aspectos interessantes. Ao longo do período, o grau de satisfação tem aumentado, mesmo que de forma pouco significativa em termos estatísticos.

Tive oportunidade de ler a pesquisa de Gabriela Barros e achei interessantes os aspectos mais negativos na opinião dos alunos: uso de estratégia para motivar os alunos quanto ao conteúdo; discussão dos resultados de avaliação de aprendizagem; e incentivo para que o aluno possa aprofundar o aprendizado.

Surpreendente, em minha opinião, os pontos fortes apontados pelos alunos: domínio do conteúdo ministrado; assiduidade; cordialidade na relação com os alunos; e respeito às idéias dos alunos. Vivendo na UnB, e escutando frequentemente comentários sobre professores que faltam continuamente, é interessante notar que esta não é a opinião dos alunos.

25 março 2010

Perfil do Bom Professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.


 

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl; Francisca Flávia Plutarco Lopes; Francisco José da Costa

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

23 março 2010

Capital humano em Contabilidade

O presente estudo objetiva analisar as percepções dos egressos em Ciências Contábeis da UNOESC quanto à influência do bacharelado no desenvolvimento profissional e da sociedade sob o enfoque da teoria do capital humano. Caracteriza-se como uma pesquisa descritiva utilizando-se dos procedimentos da pesquisa de levantamento de dados com abordagem quantitativa e qualitativa. A amostra consistiu de 144 egressos do curso de ciências contábeis da UNOESC – Campus de São Miguel do Oeste-SC e Pinhalzinho-SC. O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário estruturado com perguntas fechadas. A coleta de dados ocorreu nos meses de julho a setembro de 2008. Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos egressos exerce atividade remunerada ligada a área contábil e são empregados no setor privado. Observou-se ainda que, para maioria, a contribuição da universidade foi fundamental para o aperfeiçoamento do capital humano e melhoria da qualidade da vida em sociedade. Com relação às alterações na vida pessoal e profissional com o título de Contador, um dos aspectos mais evidenciados foi o amadurecimento pessoal. Conclui-se de uma forma geral, que os egressos obtiveram melhoria de capital humano por meio da titulação, melhorando nível de renda, oportunidades de trabalho, competitividade profissional e influenciando positivamente a vida em sociedade, contribuindo para que se tornassem pessoas mais responsáveis e confiantes para lidar com situações do dia-a-dia. Os resultados corroboram a relação entre o capital humano adquirido por meio do curso universitário, na ampliação dos conhecimentos e das técnicas profissionais obtidas pelos profissionais egressos do curso de ciências contábeis da UNOESC.


EGRESSOS EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS: ANALISE DO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL SOB O ENFOQUE DA TEORIA DO CAPITAL HUMANO - Ieda Margarete Oro; Juliana Jacintha Lazarotto Naue; Adelaide Lenir Sturmer; e Antonio Maria da Silva Carpes – Universidade do Oeste de Santa Catarina

01 dezembro 2009

Ociosidade no Ensino

Segundo notícia do Estado de São Paulo (Número de vagas ociosas em universidades federais cresce 117% , Lígia Formenti, Renata Cafardo e Simone Iwasso , 28/11/2009) existem mais de 7 mil vagas em universidades federais que não foram preenchidas, conforme o Censo da Educação Superior

Entretanto, mesmo com a ociosidade, o governo federal investe 2 bilhões de reais na ampliação das universidades.

Esta diferença entre o número de oferta de vagas e a demanda representa, segundo a reportagem,

um direcionamento equivocado do governo, são mais uma demonstração da saturação do mercado do ensino superior brasileiro. Este foi o primeiro ano, desde 1998, que o número de universidades, faculdades e centros universitários diminuiu. Desde o fim dos anos 90, com a facilitação de concessões para abertura de universidades privadas, o sistema cresceu mais de 100%.

As vagas ociosas representam 4,3% do total de vagas ofertadas em 2008. Maria Paula Dallari da Sesu - Secretária de Educação Superior - do MEC

acredita que muitos estudantes não saibam ainda dos novos cursos, instalados em cidades pequenas, e defende campanhas sobre o programa. (...) Segundo estimativas, cada vaga em uma universidade federal custa R$ 12 mil/ano. O País tem hoje 57 federais, com 643 mil alunos.

“Criaram cursos com viés ideológico”, afirma o consultor de ensino superior Ryon Braga. “Isso é dinheiro público jogado fora e o problema se torna ainda mais preocupante se contar as vagas que ficam ociosas por causa da evasão”, completou o especialista em educação superior Oscar Hipólito. “Foram criados novos cursos em regiões onde o nível do ingressante muitas vezes é tão baixo que ele não consegue passar no vestibular.”

06 novembro 2009

Ensino de Contabilidade

Ensino Superior Mudanças atingem o ensino de Ciências Contábeis

04/11/2009 - Mudanças atingem o ensino de Ciências Contábeis

A contabilidade brasileira atravessa uma fase repleta de mudanças. A entrada em vigor do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), a convergência das normas nacionais aos padrões internacionais e as alterações que serão aplicadas ao setor governamental são algumas das novidades para a profissão. Muda a prática e consequentemente o ensino. As grades curriculares das universidades precisam acompanhar o que o mercado cobrará dos estudantes.

Para discutir as medidas a serem tomadas, o Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS) promoveu, no dia 23 de outubro, em Porto Alegre, o Encontro de Coordenadores e Professores dos Cursos de Ciências Contábeis. Participaram professores de instituições do centro do País e contadores atuantes no mercado.

No caso dos professores, essa série de transformações representa um desafio. Eles terão que se atualizar para repassar os conhecimentos. Segundo o doutor em Controladoria, pesquisador em Contabilidade e Finanças na Fucape Fábio Moraes da Costa, as normas internacionais são mais baseadas em princípios do que em regras, como era feito até então. A alteração torna necessário desenvolver no aluno a capacidade de fazer julgamentos, de trabalhar com a habilidade de interpretação, análise e comunicação. "Aí sim ele poderá ingressar no mercado de trabalho e atender às novas demandas", diz.

Costa foi o palestrante no painel Os Rumos do Ensino da Contabilidade Internacional. Como medida de curto prazo para preencher a lacuna que a convergência provoca, ele sugere a inserção de uma disciplina de contabilidade internacional para complementar a formação dos estudantes. Posteriormente, a matéria acabará diluída em outras disciplinas. Desde 2005, a Fucape oferece esse conteúdo aos seus universitários.

Para o gerente sênior da PricewaterhouseCoopers e professor universitário Rodrigo Ferreira La Rosa o momento atual é o grande atrativo para a graduação na área, uma vez que cresce a importância dos contadores.

"Dormimos em 1976 com uma legislação e acordamos em 2008 em um período totalmente diferente", destaca.
A participação em workshops, palestras, seminários e outros eventos contribui para que todos possam adquirir as novas doutrinas. A grande oferta de cursos - em torno de 70 apenas no Estado - a capacitação e reciclagem do corpo docente e um plano de ensino atualizado são desafios para garantir a qualidade e nível educacional, diretamente ligados à formação dos futuros profissionais.
Universidades do Estado fazem adequações nos seus currículos

As instituições de ensino superior do Rio Grande do Sul vêm adequando sua grade curricular nos últimos tempos para atender às modificações sofridas no meio contábil. O currículo da Ufrgs possui, desde 2008, a disciplina de Contabilidade Internacional. "Ela nasceu com prazo para ser extinta", diz Ceno Odilo Kops, coordenador da Comissão de Graduação dos curso de Ciências Contábeis e Atuariais da Ufrgs.

Conforme as outras disciplinas comecem a dar tratamento às alterações, a matéria será retirada da grade. Como o currículo muda constantemente em função das mudanças que a legislação brasileira apresenta, lembra Kops, há a necessidade de adaptações frequentes.

A Faculdade São Francisco de Assis, acompanhando as recentes alterações no setor, a exemplo das alterações na Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 11.638/07 e da Medida Provisória nº 449/08, vem trabalhando permanentemente na adequação curricular desde o primeiro semestre de 2008. Conforme o professor José Mário Matsumura Gomes, coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade São Francisco de Assis, também os pronunciamentos técnicos, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis já são discutidos com os alunos. Isso é feito por meio de disciplinas como Teoria da Contabilidade, Contabilidade Societária, Controladoria e Tópicos Contemporâneos de Contabilidade em que são abordados os temas mais atuais da área contábil. Essas adequações objetivam atender não apenas aos alunos que estão no início do curso, mas também aos que já estão no final da graduação. "A partir do próximo ano, gradativamente, os conteúdos passarão a ser realocados para disciplinas específicas, fa zendo com que todas as disciplinas afetadas estejam devidamente ajustadas, em função dessas mudanças na área contábil, tanto no setor privado como também no setor público", afirma.
Transformações tornam domínio do inglês crucial

Compliance, fair value, impairment, stakeholders, balanced scorecard, US GAAP. Os meios contábil e empresarial estão repletos de termos em inglês. O profissional que não dominar o idioma enfrentará dificuldades em sua rotina. Essa lacuna no currículo poderá inclusive atrapalhar sua carreira, tornando-se um fator decisivo na hora de concorrer a uma promoção.

O gerente sênior da PricewaterhouseCoopers Rodrigo Ferreira La Rosa cita outras competências e habilidades essenciais a quem trabalha na área, como o networking ativo (rede de contatos) com outras empresas e órgãos de classe e a participação em seminários e demais eventos, que contribuem para a capacitação, tão importante no atual momento.

As boas vagas e oportunidades de emprego estão no networking. Muitas vezes, conquistamos uma excelente colocação o mercado através dos contatos mantidos e não pela concorrência nos processos de seleção tradicionais.

Também as universidades devem se unir e discutir o novo cenário. "Estamos correndo atrás da máquina, uma vez que há uma série de inovações como o Regime Tributário de Transição (RTT), Controle Fiscal Contábil de Transição (Fcont), Sped, IFRS e outras. O ano de 2010 será uma montanha-russa, muitas emoções em apenas um ano e as polêmicas começam agora."

O perfil do profissional do século XXI é o oposto do anterior. O contador que for reativo, como antigamente, não terá espaço. Ele deve ter iniciativa. Outras características que representam um diferencial são a capacidade de inovação, empatia, curiosidade, adaptabilidade, coragem e ética - palavras e práticas essenciais na rotina dos contadores.
Pesquisa oferece boas oportunidades de trabalho

Esqueça a imagem do profissional escondido atrás de uma pilha de livros, fechado em uma sala. O pesquisador da área de Ciências Contábeis não é mais assim. De acordo com Aridelmo Teixeira, coordenador do mestrado da Fucape, o doutor em Ciências Contábeis é, hoje, um profissional atuante no mercado e não mais restrito à vida acadêmica. "É ele quem consegue enxergar a realidade. Esse é o perfil a ser buscado, o de quem consegue aliar o conhecimento à prática", diz.

De acordo com Teixeira, a pesquisa em Contabilidade avançou na última década o que não andou em 500 anos. De três cursos de mestrado até o início dos anos 2000, há hoje 19. Quatro instituições oferecem o doutorado, quando antes era apenas uma.

A formação de nove mestres por ano saltou para uma média de 250. As perspectivas são promissoras. Teixeira espera que em cinco anos os quatro novos cursos de doutorado contribuam para a titulação de 25 doutores anualmente.

O avanço na área científica registrado não tem precedentes, graças ao apoio do Conselho Federal de Contabilidade e dos conselhos regionais. A tendência de evolução quantitativa deve atingir agora o patamar da qualidade. "Esse é o próximo desafio." A remuneração acompanha essa evolução, com possibilidade de ganhos melhores para os doutores do que para outros profissionais.

Para o estudante de graduação, vale investir nesse nicho no início da carreira. "Aqueles que conseguirem se qualificar em dois ou três anos e concluir o doutorado terão ótimas oportunidades de retorno. A qualificação proporciona não só envolvimento na vida acadêmica como melhores chances na carreira." O coordenador do mestrado da Fucape dá uma dica a quem desejar se envolver no campo da pesquisa. A contabilidade pública é um segmento recente com nível mínimo de publicações, constituindo assim um vasto campo a ser explorado.
Aluno da geração Y requer novo modelo de aula

O Ensino a Distância (EAD) é considerado por muitos o futuro da educação. Para as novas gerações, o modelo de aula tradicional, onde o professor é o centro das atenções, torna-se falho por não conseguir captar o interesse dos jovens da era tecnológica. "A chamada geração Y tem o raciocínio mais rápido. Como ela ficará sentada assistindo a uma aula expositiva?", questiona o professor da Universidade Federal de Santa Catarina Irineu Afonso Frey.

O EAD representa uma nova forma de ensinar, formada por outros personagens que não só o aluno e o professor. São fatores importantes para o bom desenvolvimento do conteúdo à participação de uma equipe multidisciplinar com especialistas aptos a preparar material em áudio e vídeo, bem como os tutores que auxiliam os estudantes. Mesmo assim, Frey ressalta a importância dos encontros presenciais realizados, que contribuem para o esclarecimento de dúvidas. Ele reconhece que o tema EAD ainda enfrenta preconceito, porque alguns questionam a eficácia desse formato. Entretanto, acredita, o modelo atual não conseguirá permanecer por muitos anos.

Se a maneira de ensinar e o aluno são diferentes, também o professor precisa mudar. É uma outra linguagem e orientação pedagógica distinta e ele precisa dominar a tecnologia disponível.

Em relação às mudanças que o profissional já formado encontra, o presidente do Sindicato dos Contadores do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiconta) e professor do Unilasalle, Salézio Dagostim, registra sua preocupação com a Contabilidade Internacional. Segundo Dagostim, ela procura dar mais importância à essência do que à forma para produzir lucros não gerados pela produção, mas, sim, pelos ajustes patrimoniais.

Segundo ele, os objetivos são bem antagônicos. "A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) defende os investidores - lucro fácil - e a Contabilidade defende a pessoa jurídica, com manutenção do emprego e da renda e lucros reais e certos", alerta.

Luciane medeiros Fonte: Jornal do Comércio


Enviado por Eduardo Tadeu, grato.

29 outubro 2009

Ensino de Contábeis

As diretrizes curriculares nacionais propõem ao curso de Ciências Contábeis uma formação que contemple os aspectos específicos da atuação do futuro profissional, mas recomenda também a inclusão de discussões que permitam a consciência cidadã e o enfrentamento dos problemas sociais. A construção das habilidades e competências designadas no perfil do egresso desejado se dá, em certa medida, no uso de estratégias de ensino-aprendizagem condizentes. O uso de formas e procedimentos de ensino deve considerar que o modo pelo qual o aluno aprende não é um ato isolado, escolhido ao acaso, sem análise dos conteúdos trabalhados, sem considerar as habilidades necessárias para a execução e dos objetivos a serem alcançados. O objetivo central da pesquisa é compreender as estratégias de ensino-aprendizagem mais significativas a partir das perspectivas dos alunos com aquelas utilizadas pelos professores do curso de graduação em Ciências Contábeis. (...) A coleta de dados foi realizada com o uso de questionários com perguntas abertas e fechadas, direcionadas a docentes e discentes do curso de graduação em Ciências Contábeis. Os resultados apontam para uma convergência de estratégias preferidas pelos universitários pesquisados com aquelas utilizadas pelos docentes.

AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CONCEPÇÕES DE ALUNOS E PROFESSORES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Sady Mazzioni - UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA REGIONAL DE CHAPECÓ



Os alunos preferem resolução de exercícios e aula expositiva (Tabela 1). Os professores usam aulas expositivas e resolução de exercícios, nesta ordem (Tabela 4). Entretanto, a amostra talvez tenha sido reduzida, o que impede a realização de um teste para confirmar a conclusão do trabalho.

01 outubro 2009

Aprendizagem em Contabilidade

Um dos desafios no ensino da contabilidade – bem como, em outras áreas do conhecimento – é fazer com que este ocorra de forma atraente para o estudante. Tal repto é em grande parte vencido quando: (1) se consegue fazer com que o processo de aprendizagem seja, na maior parte das ocasiões, prazeroso; (2) se instiga a imaginação; e (3) se promove o desenvolvimento de um discente ativo. Visando o alcance de tais metas, tem se utilizado, na área de medicina – bem como em outros campos do saber – uma filosofia curricular denominada Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), a qual consiste de um processo centrado no estudante, permitindo que este seja capaz de alcançar maior maturidade, adquirindo graus crescentes de autonomia. Este trabalho tem como objetivo principal coletar e analisar as impressões de um grupo de alunos de contabilidade expostos ao processo de ABP, visando captar indícios sobre a possibilidade de sua aplicação – ou não – na área contábil. Dentre as impressões coletadas destacam-se: (i) a percepção de que o método exige uma postura muito mais atuante dos discentes; (ii) foi perceptível uma diferença no grau de autonomia, por parte dos estudantes, entre o método ABP e o ensino tradicional; e (iii) o surgimento de dúvidas quanto à maior eficácia do método no ensino da contabilidade, em relação à metodologia tradicional.

APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: O QUE OS MÉDICOS PODEM ENSINAR PARA OS CONTADORES
José Ricardo Maia de Siqueira (UFRJ); Rodrigo Siqueira-Batista (UFRJ); Rafael Borges Morch (UFRJ); & Romulo Siqueira-Batista (PUC-RJ)


É bem verdade que a amostra usada é muito reduzida (15 estudantes), mas é interessante ler texto sobre educação em contabilidade e novos métodos de ensino.

26 agosto 2009

Bom professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl, Francisca Flávia Plutarco Lopes e Francisco José da Costa (UFC)


Seria interessante a expansão da pesquisa realizada, para outras cidades do país. Acho que as conclusões seriam reforçadas (ou não) se a pesquisa fosse comparada com egressos.

17 agosto 2009

Métodos Quantitativos no Ensino de Contabilidade

O objetivo deste estudo é analisar o interesse e a atitude de estudantes de cursos de graduação em Contabilidade pela área de métodos quantitativos. Por meio de uma revisão da literatura, foram enunciadas quatro hipóteses sobre como as dimensões de atitude influenciam o interesse dos estudantes. Desenvolveu-se um estudo de campo com dados coletados junto a 144 estudantes de instituições de ensino superior de Fortaleza. Os dados foram avaliados através de análise descritiva e da técnica de análise de regressão. Observou-se que os estudantes de Contabilidade não demonstraram uma atitude entusiasmada em relação às disciplinas de métodos quantitativos. Quanto às hipóteses, verificou-se que o interesse dos estudantes é positivamente influenciado pela suas percepções de importância e autoconfiança, e é negativamente influenciado pela percepção de dificuldade da área. Procedeu-se a uma análise comparativa com a área de Administração, tendo-se verificado que os estudantes de Contabilidade sentem-se mais seguros quanto ao domínio de habilidades, percebem uma maior importância na área e tem um nível de autoconfiança mais elevado, em relação aos estudantes de Administração. Acredita-se que o estudo pode contribuir para instituições de ensino e professores aprimorarem o processo de formação de profissionais da contabilidade.


UMA ANÁLISE DA ATITUDE E DO INTERESSE DOS ESTUDANTES DE CONTABILIDADE QUANTO À ÁREA DE MÉTODOS QUANTITATIVOS, de Francisco José da Costa, Anderson Queiroz Lemos, Elias Pereira Lopes Júnior e Rodolfo Jakov Saraiva Lôbo, todos da Universidade Estadual do Ceará.

Talvez o problema do ensino de métodos quantitativos em contabilidade esteja no distanciamento entre as noções aprendidas em estatística e matemática, geralmente disciplinas ministradas por estatísticos e matemáticos, da realidade do profissional. Além disto, em disciplinas onde os métodos quantitativos podem ser aprofundados e exemplificados, o professor não está preparado para isto. É o caso de auditoria, geralmente ensinada sem nenhum vínculo com a construção de uma amostragem. O resultado é que o aluno não sabe para que serve métodos quantitativos, descobrindo sua importância no mestrado.

09 maio 2009

Vestibular

Fim do vestibular único não virou grande notícia
30 Abril 2009 - Gazeta Mercantil

Há intenção, deliberadamente anunciada, de centralizar nas mãos da União todo o processo educacional brasileiro. É uma escolha do poder, mais do que uma mudança dos tempos. Nenhum sistema educacional, de economia industrializada, vai nessa direção. O Brasil já trilhou esse caminho de centralizar expectativas de ensino por muitos anos e começou a mudar de rota desde a primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, de 1961. Na verdade, apesar de tudo, até o regime militar foi devagar nessa história de extrema centralização do ensino. A reforma da LDB de 1995 consagrou princípios de descentralização, o primeiro deles o da municipalização do ensino fundamental. A autonomia universitária, expressa garantia constitucional, também preserva o direito das identidades regionais aparecerem no processo educacional.

O Ministério da Educação (MEC), agora, resolveu enveredar por outro caminho, o da centralização total. Sem limites. Com a reforma no vestibular, construiu-se a pretensão de deixar o ensino médio todo igual, no País inteiro, sem dissensões sociais, nem diferenças curriculares. De repente, a toque de caixa, a mídia foi alimentada de versões de que o mundo ficaria inteiramente feliz se e quando o Brasil tivesse um exame único nacional, tudo para vigorar já, em outubro, para as matrículas do próximo ano letivo. (...)