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23 fevereiro 2007

Custo de um país

Recentemente postei um comentário que o principal custo para se fazer negócios nos Estados Unidos talvez não fosse mais a Sarbox (clique aqui). A The Economist de 10/2, que terminei de ler somente agora, fala o mesmo ponto. A indústria de viagem tem problemas com os visitantes nos Estados Unidos, o que tem levado a uma queda no turismo naquele país.

Um informação interessante é que a "crise de viagem" (travel crisis), conforme a The Economist, foi um dos fatores citados para que os Estados Unidos perdessem os jogos Pan-Americanos para o Brasil. Que pena!

14 fevereiro 2007

Sarbox e outros custos

Conforme Daniel Gross (4/2/2007), um dos maiores problemas para se fazer negócios nos Estados Unidos não é a Sarbanes Oxley, mas o tratamento dado os viajantes estrangeiros. Alguns executivos estão sendo destratados em longas filas nos aeroportos. Algumas pesquisas têm mostrado os Estados Unidos como o pior país do mundo para esses executivos.

13 fevereiro 2007

Correções das demonstrações continuam aumentando

Conforme reportagem do The Wall Street Journal (12/02/2007, Restatements Still Bedevil Firms), o número de correções(refazimentos) das demonstrações financeiras no mercado norte-americano aumentou em 2006, continuando uma tendência desde 2001. No ano passado foram 1.876 casos.

Entretanto, entre as grandes empresas o número de correções diminuiu pela primeira vez, de 242 (em 2005) para 196, no ano passado. Para Mark Cheffers, da AuditAnalytics, fonte dos dados e entrevistado do jornal, talvez a redução nas grandes empresas seja conseqüência dos melhores controles internos.

23 janeiro 2007

Nova Iorque deve perder mais com a Sox

Do Financial Times:


"Nova Iorque está diante da ameaça de perder sua posição de liderança como centro financeiro mundial(...) Se a tendência continuar, Nova Iorque irá perder 7% da sua posição no mercado, o que equivale de 60 mil empregos, nos próximos cinco anos. Mas muito dessas perdas poderiam ser evitadas se os Estados Unidos implantassem reformas regulatórias e legais (...) O foco concentra no número de empresas estrangeiras que escolhem para listar suas ações em Londres e Hong Kong e não em Nova Iorque."

21 dezembro 2006

Ainda o custo da Sarbox

Novos custos para as exportações

21/12/2006
Gazeta Mercantil

21 de Dezembro de 2006 - O mercado norte-americano ocupa espaço considerável na pauta de exportações brasileira. Principalmente como consumidor de produtos manufaturados, com maior valor agregado, o que significa empregos de melhor qualidade e maior geração de renda. Por este motivo, merece atenção o alerta do consultor Joel Stern de que mesmo com as sucessivas medidas tomadas pela Securities and Exchange Comission para abrandar as exigências da lei Sarbanes-Oxley, o quadro permanece pouco favorável para as empresas que pretendam "acessar o mercado dos EUA", especialmente as de menor porte.

O principal problema é o custo elevado da obediência desta lei, aprovada em 2002 para combater fraudes contábeis. Desde a implantação da Sarbanes-Oxley, as empresas norte-americanas reclamam do tempo gasto para o atendimento das exigências, em especial as determinadas pela chamada seção 404 do instrumento regulatório que obriga o uso de rígidos controles contábeis internos em todas as etapas de produção e comercialização das empresas. Estas exigências tornavam muito mais curto o prazo de informação periódica ao mercado, impondo rotação de auditorias e alterações de regras de operação e fiscalização dos conselhos de administração. A lei passou a exigir publicação antecipada de balanços trimestrais e anuais para as empresas de capital aberto com valor superior a US$ 75 milhões.

As demandas da Sarbanes-Oxley não se limitam às empresas norte-americanas. Toda companhia estrangeira que opera nas bolsas de valores dos EUA está submetida às mesmas exigências. O custo da implantação dos controles internos é alto, como já perceberam as empresas brasileiras com papéis negociados em Nova York. O custo inicial para atender às regras da seção 404 ultrapassa US$ 1 milhão, além de cerca de US$ 500 mil a cada ano. Na prática, como só grandes empresas conseguem atender tais exigências, a Sarbanes-Oxley acaba por impedir a presença das empresas menores no mercado americano.

(...)
A maior preocupação dos [NORTE-]americanos é a mudança de rota dos capitais na direção dos concorrentes. Em 2005, enquanto pouco mais de uma dezena de empresas brasileiras procuraram o mercado norte-americano, 48 companhias recorreram às bolsas européias. O lobby em Washington apresentou dados de que os "custos regulatórios" estão afastando investidores externos de Nova York.

(...)
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 2)

20 dezembro 2006

Dado interessante


Segundo informação da Gazeta Mercantil de hoje (Sarbanes-Oxley reduz ganhos das empresas) "empresas brasileiras, como a VCP, gastaram mais de US$ 1 milhão para implantar os controles internos, uma das exigências da lei."

14 dezembro 2006

Diversas notícias

SEC afrouxa regra

A SEC, órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos, afirmou que as empresas não mais precisarão de duas opiniões, por parte de seus auditores, sobre a eficácia de seus controles internos. As companhias argumentam que realizam checagens custosas sobre esses controles, porque as diretrizes da lei Sarbanes-Oxley são vagas, segundo o Financial Times. O aumento dos custos com contabilidade e auditoria tem feito com que as empresas deixem de abrir seu capital nas bolsas de valores americanas. (Valor de hoje)

PwC é multada

A unidade britânica da PwC, a maior firma de auditoria do mundo, recebeu uma multa de 1,5 milhões de libras esterlinas (US$ 2,9 milhões) por ter falhado na identificação de fraudes contábeis na TransTec, em 1999, que levaram ao colapso da empresa. As informações são do Financial Times. (idem)

Siemens declara a descoberta de US$ 554 milhões em pagamentos suspeitos

A gigante alemã Siemens informou hoje que uma auditoria interna detectou cerca de US$ 554 milhões em pagamentos suspeitos na contabilidade da companhia dos últimos sete anos.A auditora interna começou depois que a companhia descobriu um possível desfalque de recursos por parte dos funcionários. Na semana passada, um ex-executivo da área de tecnologia e telecomunicações da Siemens foi preso temporariamente e a procuradoria de Munique investiga também um grupo de cerca de 12 ex-funcionários da empresa que teriam desviado em torno de US$ 265 milhões de recursos da companhia.No mês passado, a Siemens anunciou a republicação de seu balanço anual. Ao invés dos US$ 4 bilhões de lucro líquido declarado em novembro, a companhia revisou o ganho para US$ 3,9 bilhões.(Valor Online, 13/12)

05 dezembro 2006

Críticas a SOX

Na Folha de S. Paulo de hoje Benjamin Steinbruch, presidente da CSN, num artigo denominado "O controle do controle do controle" diz que:

"Normas de governança são novidade admirável na área corporativa. Mas excessos de burocracia são retrocessos (...)

NÃO VI em jornais brasileiros nenhuma referência a declarações feitas na semana passada pelo ex-presidente do banco central americano Alan Greenspan sobre a Lei Sarbanes-Oxley. (...)

Greenspan disse que a maior parte dessa lei americana, que estabeleceu regras de governança corporativa, é "criadora de custos sem benefícios". Ele tem uma forma jocosa de encarar o problema. Acha que todo o processo de contabilidade imposto pela lei é essencialmente um passatempo que desvia as atenções dos principais executivos das tarefas que eles efetivamente devem realizar, como projetar investimentos.

(...) É uma ótima lei. Ninguém pode ser contra normas que defendam ética, transparência e combate a fraudes. Ocorre que o conjunto de controles internos criados pela SOX gera um sem-número de burocracias de contabilidade que representa enormes aumentos de custos para as empresas e de receitas para os auditores. Segundo a Financial Executive International, uma entidade mundial que reúne diretores financeiros, uma empresa de capital aberto precisa gastar em média US$ 4 milhões por ano para cumprir a lei.

Nada contra as normas de governança. Elas representam uma novidade admirável deste novo século na área corporativa. Mas os excessos de burocracias significam retrocesso. Pela lei, a eficácia operacional das atividades de controle, por exemplo, precisa ser avaliada por equipes que gerenciam os programas de controle. Essas são controladas pelas auditorias independentes. Ou seja, criou-se o controle do controle do controle, com custos e burocracias que atrapalham a funcionalidade das empresas. "

02 dezembro 2006

Adesão a Sarbox


Segundo reportagem do dia 1o. de dezembro da Gazeta Mercantil (Mesmo sem obrigatoriedade, firmas nacionais aderem à lei) uma pesquisa realizada pela Adviser mostrou que empresas "não auditadas pela SOX" (?) fizeram adaptação aquela lei.

Esta lei norte-americana obrigou a mudança nos controles das empresas com ações negociadas no mercado dos EUA.

O problema é que a reportagem informa que a pesquisa foi realizada em quatro multinacionais, o que torna precipitado qualquer conclusão sobre este assunto.

As pessoas que foram ouvidas pela reportagem destacaram o lado positivo da norma, apesar de ser "um pouco trabalhosa por conta dos trâmites burocráticos de adequação. Mas, ao término do processo, o trabalho da empresa fica mais prático e fácil", conforme declarou o controller regional Tyco Dinaço, Francisco Roberto Correa.

28 novembro 2006

Sarbox e o custo de evidenciação



Segundo reportagem do Wall Street Journal a aprovação da Sarbox reduziu a vantagem de ter ações negociadas no mercado norte-americano, principalmente em países de boa governança (o que não é o caso do Brasil).

As empresas não-americanas cujas ações são registradas tanto em seu mercado doméstico como numa bolsa dos EUA são tradicionalmente negociadas a uma cotação mais alta, em relação a seu valor patrimonial, ou o valor contábil, do que outras empresas de seus mercados de origem sem papéis nos EUA. Esse ágio pode ser resultado da maior confiança que os investidores depositam numa empresa que cumpre os padrões de registro dos EUA, ou da maior liquidez que ter ações no mercado americano oferece.

(...) O ágio para registro nos EUA e no mercado doméstico foi em média de 51 pontos porcentuais de 1997 a 2001, e depois caiu a 31 entre 2002 e 2005, constatou Zingales [autor da pesquisa].

Isso implica que os investidores viram mais custos que benefícios para a companhia ser registrada nos EUA depois de 2002, diz ele.

01 novembro 2006

Sox é relevante para empresa brasileira?

Um estudo que está sendo realizado por um aluno de graduação da UnB, Eric Mattos, com supervisão do prof. Paulo César Mendes, tenta verificar o impacto da SOX nas empresas brasileiras.

Os dados de 2006 mostram que o mercado percebeu positivamente a implantação das exigências da Sox, como é o caso da Gol. Já outras empresas, como por exemplo a Braskem e o Itaú, a implantação da Sox não afetou a percepção do mercado.

Mattos utilizou o estudo de eventos, comparando o comportamento dos preços das ações em relação ao mercado e a data de implantação das exigências da Sox.

Infelizmente as poucas empresas brasileiras implantaram efetivamente a SOX termina por ser uma limitação do trabalho. Isto não impede que no futuro o trabalho de Mattos não possa ter uma amostra maior.