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24 julho 2019

Erros Comuns na Pesquisa

Eis alguns erros comuns quando se faz uma pesquisa, adaptado daqui:
Cherry Picking (Evidência Suprimida) - A tendência das pessoas em destacarem somente os dados que respaldam o que querem provar. Ocorre muito na política e nos debates públicos. Pode ser proposital ou não. 

Efeito cobra - O império Britânico queria reduzir as mortes por cobra na Índia e ofereceram um incentivo financeiro para cada pele de cobra trazida, para motivar a caça à cobra. As pessoas começaram a criar cobra. Neste caso, um incentivo para resolver um problema criou consequências negativas.
 P-Hacking (ou Data Dredging) - Testes estatísticos depende da definição prévia da hipótese. Caso contrário, haveria uma "drenagem" dos dados e mudança no que está sendo testado. Para reduzir este efeito, é importante registrar antecipadamente o que está sendo testado.
Causalidade Falsa (ou correlação espúria) - No gráfico, enquanto a temperatura na terra aumentou nos últimos anos, o número de piratas diminuiu. Isto não significa dizer que a redução dos piratas aumentou o aquecimento global. A existência de correlação não significa relação de causa-efeito. 

 Gerrymandering - A origem do termo é manipular os distritos políticos para permitir a vitória de um partido. Na figura, na parte de cima, a simples contagem mostra a vitória das pretas; mas ao dividir os "votos" em "distritos", as verdes vencem, mesmo não tendo maioria dos votos. Na análise dos dados, algumas escolhas podem afetar a conclusão, assim como a escala usada.
Sobre ajuste (overfitting) - Ao analisar os dados é possível obter um modelo que faça a descrição matemática. Mas um modelo muito complexo pode ajustar melhor os dados, mas são mais frágeis, pois funcionam bem com os dados usados para construir o modelo, que pode estar explicando variações aleatórias. Modelos mais simples são mais robustos e melhores para previsão. 

Viés da publicação - Geralmente o estudo com resultados significantes é mais interessante de ler e mais provável de ser publicado. Quando um milionário afirma o que ele fez para vencer na vida, "esquecemos" de pessoas que fizeram as mesmas coisas, mas fracassaram. 

Reversão à média - Ocorre quando o acaso pode desempenhar um papel importante no resultado. Um jogador de futebol de baixa habilidade que marcou três gols em uma partida poderá voltar ao seu desempenho normal no próximo jogo. Um fundo de investimento que apostou certo, pode reverter a média no próximo ano.
Viés de amostragem - quando as pessoas que participam de uma pesquisa não representam a população. Na figura, uma pesquisa com uma pessoa que está passeando com um cão pergunta se gosta de cão ou gato. Fazer uma pesquisa pela internet irá excluir as pessoas sem acesso a rede. Pesquisar a opinião de eleitores em um reduto conservador irá trazer um viés no resultado da pesquisa. 

Paradoxo de Simpson - Uma tendência que existe em um grupo de dados pode desaparecer ou inverter quando os grupos são combinados. Na década de 70 a Universidade de Berkeley foi acusada de sexismo na seleção dos alunos. Mas ao analisar a questão descobriu que a taxa de aceitação das mulheres era maior; isto ocorreu pela diferença na escolha do curso que homem/mulher fazia. 

Viés de sobrevivência - é importante saber quais os dados que não estão disponíveis. O desenho acima é um exemplo clássico que ocorreu na segunda guerra mundial. Foi solicitado aos engenheiros reforçar a fuselagem dos aviões. Olhando os aviões que voltavam das batalhas aéreas a escolha era fácil. Mas o correto é reforçar onde não tinha marca de bala - motor e cockpit - pois os aviões que foram atingidos nestes locais não voltaram. 

Sobre ser uma auditora senior em uma Big Four


Infelizmente está sem legendas em português e em inglês.

Mais: Aqui

Rir é o melhor remédio


23 julho 2019

Auditoria no Reino Unido

Segundo o The Guardian, o último relatório do Financial Reporting Council (FRC) chegou e descreve mais do mesmo. Uma em cada quatro auditorias em todo o setor, no Reino Unido, está abaixo do padrão, portanto, o desempenho não chega nem perto da meta de aceitabilidade do regulador de 90%. Nenhuma das empresas alcançou essa pontuação. A PwC substituiu a KMPG como a retardatária das Big Four, com apenas 65% de suas auditorias consideradas aceitáveis. A PwC marcou 90% recentemente, há dois anos.

O pior desempenho foi o da Grant Thornton, onde quatro das oito auditorias inspecionadas não estavam à altura. A qualidade da Grant Thornton é "inaceitável" e "uma questão de profunda preocupação", disse o FRC.

Naturalmente, todos podem divulgar um plano de ação mostrando como mais dinheiro será investido em tecnologia, pessoas e treinamento. Ano após ano, no entanto, o estudo da FRC aponta o mesmo fracasso cultural profundo: a incapacidade dos auditores em empregar o ceticismo profissional e em desafiar as suposições da administração.

A familiaridade, o regulador sugere, é um fator. Um auditor pode vir ver a empresa, e não os investidores, como “o cliente”. Até que essa mentalidade mude, é questionável se algum nível de investimento moverá o indicador de maneira significativa.

O remédio proposto pela Autoridade de Concorrência e Mercados é uma “separação operacional” entre as divisões de auditoria e consultoria das empresas. As duas metades teriam equipes de gerenciamento, contas e bônus pools separados.

Segundo Nils Pratley, editor financeiro do The Guardian, a política representaria um começo. No entanto, essa situação também exige multas que realmente doam.

Em casos particularmente cruéis, o FRC pode se incitar a impor multas de 10 milhões de libras aos auditores. Tal soma pode soar robusta, mas mal conta como pequena mudança nesta indústria. Os lucros da PwC no Reino Unido no ano passado foram de £ 935 milhões, o que permitiu que os 915 sócios ganhassem uma média de £ 712.000 cada, um aumento de 9% no ano. Os números são semelhantes em outras grandes empresas.

Fonte: Aqui, com adaptações.

Rir é o melhor remédio

Se você topar com alguém que não vê há 7 anos, todas as suas células já foram substituídas e ela/ele é algo completamente novo. Você não precisa dar oi.

22 julho 2019

Pessoas usam menos informações do que pensamos

Em um mundo onde cada vez mais temos informações em excesso, uma pesquisa mostra que usamos menos informações que imaginamos. Nadav Kleina e Ed O’Brienb, em People use less information than they think to makeup their minds, mostram isto. Eis o resumo:

A world where information is abundant promises unprecedented opportunities for information exchange. Seven studies suggestthese opportunities work better in theory than in practice: People fail to anticipate how quickly minds change, believing that they and others will evaluate more evidence before making up their minds than they and others actually do. From evaluating peers, marriage prospects, and political candidates to evaluating novel foods, goods,and services, people consume far less information than expected before deeming things good or bad. Accordingly, people acquire and share too much information in impression-formation contexts:People overvalue long-term trials, overpay for decision aids, and overwork to impress others, neglecting the speed at which conclusions will form. In today’s information age, people may intuitively believe that exchanging ever-more information will foster better-informed opinions and perspectives—but much of this informationmay be lost on minds long made up. 

Novamente, a solução encontrada pelos reguladores é dar mais informação. Mas o ser humano não consegue absorver tanta coisa ao mesmo tempo. Como resolver esta equação?

China inaugura bolsa de ações de tecnologia

A euforia tomou conta com a estreia nesta segunda-feira do STAR Market, nova plataforma chinesa ao estilo Nasdaq voltada para empresas de tecnologia de origem local, com as ações disparando até 520% e os preços superando até mesmo as expectativas de investidores veteranos. A animação com a nova plataforma do mercado levou os índices tradicionais das bolsas da Ásia a caírem.

A nova plataforma ainda aumentou o valor combinado das empresas em 44 bilhões de dólares. Dezesseis da primeira leva de 25 empresas –que vão de fabricantes de chips a empresas de saúde — mais do que dobraram os já fortes preços de oferta pública inicial de ações (IPO) no STAR Market, que é operado pela bolsa de Xangai.

As empresas registraram ganhos médios de 140% no primeiro dia de negociações. O desempenho mais fraco foi um salto de 84,22%.

No total, o dia teve criação de cerca de 305 bilhões de iuanes (44,3 bilhões de dólares) em nova capitalização de mercado, de acordo com cálculos da Reuters.

“Os ganhos de preços são mais loucos do que esperávamos”, disse Stephen Huang, vice-presidente da Shanghai See Truth Investment Management. “São boas empresas, mas os valores são altos demais. Comprá-las agora não faz sentido.”

Com base no Nasdaq e completo com um sistema de IPOs ao estilo dos EUA, o STAR pode ser a tentativa mais ousada da China de reformas no mercado de capital até agora.
(...)

Fonte: Aqui

Origem do cifrão

Também conhecido como sinal ou símbolo de dólar, hoje é ligado ao consumismo e à mercantilização. Significa ao mesmo uma tempo ambição ensolarada, a ganância turbulenta e o capitalismo desenfreado. (...)

No entanto, apesar de sua onipresença, sua origem permanece longe de ser clara, com teorias concorrentes que falam em moedas da Boêmia, nos Pilares de Hércules e mercadores atormentados.

Muitas pessoas acreditam que é um "S" sobreposto por um "U" espremido e sem dobra. Na verdade, um dos equívocos mais comuns sobre a origem do cifrão é que ele significa "United States" (Estados Unidos, em inglês).(...)

No entanto, não há uma resposta direta para a questão de onde surgiu o cifrão. Ninguém parece ter se sentado para projetá-lo, e sua forma ainda varia - às vezes, tem duas barras, mas, cada vez mais, apenas uma.

Não que não haja muitas hipóteses diferentes. Por exemplo, voltando à ideia de que há um "U" e um "S" escondidos em sua forma, se sugere que eles representam "units of silver" (unidades de prata, em inglês).

Uma das teorias mais esotéricas o liga ao thaler da Boémia, que apresentava uma serpente numa cruz cristã. Este em si foi uma alusão à história de Moisés enrolando uma cobra de bronze em torno de um bastão para curar pessoas que foram mordidas. O dólar, por assim dizer, seria derivado disso.

Outra versão centra-se nos Pilares de Hércules, termo usado pelos gregos antigos para descrever os penhascos na entrada do estreito de Gibraltar.

Os pilares aparecem no brasão nacional da Espanha e, durante os séculos 18 e 19, apareceram no dólar espanhol, que era conhecido como "peso de ocho reales", ou simplesmente "peso". Os pilares têm bandeiras enroladas em torno deles em forma de "S" e não é preciso se esforçar muito para ver ali uma semelhança com o cifrão.

A teoria mais aceita envolve a cunhagem espanhola: nas colônias, o comércio entre os hispano-americanos e os ingleses-americanos era intenso, e o peso era legal nos Estados Unidos até 1857.

Foi com frequência abreviado, dizem os historiadores, para a inicial "P" com um "S" pairando ao lado dele sobrescrito. Gradualmente, graças ao rabisco de comerciantes e escribas pressionados pelo tempo, aquele "P" fundiu-se com o "S" e perdeu sua curva, deixando o traço vertical no centro do "S".

Um dólar espanhol valia mais ou menos um dólar americano, então, é fácil ver como o sinal pode ter sido adotado.

Como em tudo que é ligado aos Estados Unidos no momento, há uma dimensão partidária no debate sobre a origem do cifrão: por razões políticas, uma facção favorece a ideia de que é doméstica, outra que foi importada.

Independentemente de como tenha sido, certamente é uma invenção americana: uma correspondência do irlandês Oliver Pollock, um rico comerciante e antigo defensor da Revolução Americana, fez com que ele seja frequentemente citado pelos historiadores como seu criador.

E o primeiro cifrão impresso, feito em uma impressora na década de 1790, foi o trabalho de um americano patriota - ou pelo menos um veementemente anti-inglês - chamado Archibald Binny, que é hoje lembrado como o criador do tipo de letra Monticello.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio

Quando eu encontrei quem estava gastando todo o meu dinheiro

21 julho 2019

Neuralink irá conectar cérebros diretamente com a internet

Uma das empresas do multi-empresário Elon Musk, a Neuralink, está trabalhando em uma tecnologia inovadora baseada em “fios” ou eletrodos que serão implantados no cérebro humano.
O objetivo de tal tecnologia? Conectar nossos cérebros a potenciais interfaces computacionais, como a internet. 
Por enquanto, os fios ultrafinos serão testados para fins médicos, mas a longo prazo a ideia é “alcançar uma espécie de simbiose com a inteligência artificial”. (...)

A Neuralink foi fundada em 2017 e é presidida por Max Hodak. A tecnologia para “hackear” cérebros humanos ainda está em estágio inicial, e há um longo caminho pela frente antes que possa ser comercializada.

Por enquanto, o plano é usar robôs para operar uma espécie de “máquina de costura” a fim de implantar os fios (que tem aproximadamente um terço do diâmetro de um fino cabelo humano) no tecido cerebral de uma pessoa, onde serão capazes de realizar operações de leitura e escrita de informações em grandes volumes de dados. 


No futuro, o método deve evoluir para o uso de lasers que farão minúsculos buracos no crânio humano para implantar os fios ultrafinos. Isso seria muito menos invasivo e os pacientes não sentiriam nada. Os eletrodos podem teoricamente ser utilizados para propósitos médicos, como permitir que amputados reganhem mobilidade através de membros protéticos, ou restaurar visão e audição, por exemplo. Esse tipo de teste pode começar já no ano que vem, inclusive.

A Neuralink demonstrou a tecnologia em ratos em laboratório recentemente, e a performance excedeu os melhores sistemas de interface cérebro-computador que existem hoje. 
Os dados foram recolhidos via USB-C e geraram cerca de dez vezes mais transferência de informação do que os melhores sensores atuais. Por enquanto, a fim de avançar na pesquisa, a Neuralink está recrutando talentos e divulgando suas descobertas justamente para poder trabalhar mais abertamente esse campo de estudo, alcançando melhores resultados.

Por exemplo, existe a questão sobre a longevidade dos fios/eletrodos quando expostos ao cérebro humano, uma vez que o órgão possui uma mistura salina que pode danificar e degradar plásticos ao longo do tempo. Em última análise, o plano é que os eletrodos implantados sejam capazes de se comunicar com chips fora do cérebro sem necessidade de nenhuma conexão, proporcionando monitoramento em tempo real e com liberdade de movimento sem precedentes.

Fonte: Aqui

Rir é o melhor remédio


20 julho 2019

Por que tentar melhorar?

Tenho curtido este canal do Craig Benzine, o Wheezy Waiter. Ele posta alguns vídeos nos quais fala de uma forma peculiar, nerd e leve sobre ter passado um mês fazendo algo diferente... Como quando abriu mão da internet, se tornou vegano, manteve uma boa postura ou ficou sem açúcar. Neste ele troca algumas ideias sobre constante autoaperfeiçoamento... Há legendas em inglês.