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28 novembro 2017

Perda

Algo curioso sobre a moeda digital

A bitcoin pode ser a moeda virtual do futuro, mas isso não significa que ela necessariamente precisa ficar guardada na internet. Isso é tanto uma vantagem quanto uma maldição: ao mesmo tempo em que o usuário mantém suas moedas seguras guardando-as em um HD ou pendrive, ele também pode perder acesso a elas se alguma coisa acontecer com esse dispositivo de armazenamento. Estima-se que vários bilhões de dólares já tenham se perdido dessa forma.

Segundo uma estimativa da empresa Chainanalysis, publicada pela Fortune, nos 9 anos em que a bitcoin existe, aproximadamente metade das moedas está desaparecida ou inacessível de alguma forma. São casos como o de um rapaz que jogou fora um HD com 7.500 bitcoins, compradas em uma época em que elas não valiam quase nada.


Obviamente, vale a lei da oferta e procura:

Vale notar que esses cálculos são teóricos. Supondo, por exemplo, que Satoshi Nakamoto ressurgisse das cinzas e tentasse vender seu milhão de bitcoins, ele causaria um impacto pesadíssimo no mercado, gerando uma desvalorização grande, uma vez que a oferta se tornaria desproporcional à demanda. O mesmo vale para as outras moedas perdidas; se de repente alguém achasse todos esses HDs perdidos que guardam até 3,79 milhões de bitcoins e tentasse trocá-las por dinheiro convencional, o valor tenderia a despencar rapidamente.

De certa forma, isto equivale ao dinheiro enterrado por Escobar.

O Aeroporto que pagamos

Um texto do G1 sobre o Aeroporto de Nacala, o segundo maior de Moçambique e o menos movimentado do país, com dois voos por semana:

Inaugurado em dezembro de 2014, o espaço foi projetado e construído pela Odebrecht, com um empréstimo de US$ 125 milhões (R$ 404 milhões na cotação atual) do BNDES, para ser o segundo maior de Moçambique - só fica atrás do de Maputo, a capital. No entanto, continua a amargar a posição de aeroporto menos movimentado do país - e um dos menos usados em toda a África. (...)

Desde o final de 2016, Moçambique não paga as parcelas do empréstimo do BNDES, o banco brasileiro de fomento à economia brasileira, diluído em um prazo de 15 anos.

(...) o seu custo de operação é quatro vezes maior que as receitas. (...) Tanto Odebrecht como Embraer relataram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos terem pagado propina para autoridades moçambicanas com o objetivo de fechar negócios.


O pior é a forma como foi feito o empréstimo:

Desde o princípio da negociação do empréstimo do BNDES, estava claro que Moçambique não poderia oferecer garantias robustas. (...) Mesmo assim, a Embaixada do Brasil em Moçambique deu seu aval para o projeto. Em 2009, o então embaixador brasileiro no país, Antonio Souza e Silva classificou a obra como "imprescindível". (...)

A análise se mostrou equivocada. Moçambique vive hoje uma severa crise da dívida, após o FMI descobrir que o país estava contraindo empréstimos ocultos, fora dos registros oficiais - não é o caso do crédito com o BNDES. Como consequência, a comunidade internacional congelou o repasse de recursos externos, que suportavam nada menos que um terço do orçamento do Estado moçambicano.

(...) O empréstimo para o Aeroporto de Nacala só foi possível porque o Brasil perdoou dívidas anteriores de Moçambique, no valor de US$ 315 milhões - não é possível emprestar para quem tem nome sujo na praça brasileira.

O perdão, ocorrido em 2004, foi o primeiro do governo Lula e um dos maiores já concedidos pelo Brasil. A dívida havia sido assumida durante a ditadura militar, nas décadas de 1970 e 1980.

"Qual foi o grande favor que nós fizemos? Nós liberamos as pessoas para fazerem novas dívidas. É apenas isso. Eles não iam pagar porque não tinham dinheiro", disse Lula, em entrevista em dezembro de 2013.

O BNDES argumenta que o empréstimo tinha por objetivo estimular a exportação de serviços de empresas brasileiras. O dinheiro foi fornecido diretamente para a Odebrecht. A estatal de aeroportos de Moçambique tem 15 anos para pagar de volta.

Links


Um clipe impressionante (acima)

Playlists do Youtube negociam a venda de lugares na listas de hits

Relação entre Irlanda e a Apple pode estar no fim

Comprar produtos locais é mais caro que parece

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

27 novembro 2017

Primeiros presentes do amigo secreto

E parece que os primeiros presenteados são aqui do blog:





Leia a ótima postagem do blog Contabilidade e Métodos Quantitativos aqui.


Para ler mais sobre o Amigo Secreto dos Blogs de Contabilidade, clique aqui. A confraternização vai até a véspera de natal. Fique ligado nos blogs!

Eficiência e equidade do gasto público no Brasil

Resumo do estudo do Banco Mundial: Um Ajuste Justo:Análise da eficiência e equidade dogasto público no Brasil

1- O Governo Brasileiro gasta mais do que pode e, além disso, gasta mal.

2- Ao longo das duas últimas décadas, o Brasil observou um consistente aumento dos gastos públicos, o que agora coloca em risco a sustentabilidade fiscal.

3- O limite constitucional de gastos ("teto de gastos") adotado em dezembro de 2016 introduziu uma trajetória de ajuste gradual para os gastos públicos ao longo dos próximos dez anos.

4- Este estudo tenta demonstrar como tal priorização pode ser realizada de forma a proteger os mais pobres e vulneráveis e minimizar os impactos negativos sobre os empregos e a prestação de serviços públicos.

5- A princípio, a redução dos gastos não é a única estratégia para restaurar o equilíbrio fiscal, mas é uma condição necessária.

6- A fonte mais importante de economia fiscal de longo prazo é a reforma previdenciária

7- Serão necessárias medidas adicionais para tornar o sistema previdenciário mais equitativo e sustentável financeiramente.

8- Para solucionar o déficit remanescente do RGPS, as seguintes medidas deveriam ser consideradas:

- Reduzir ainda mais as taxas de reposição, pois mesmo com a adoção da reforma atual, as taxas de reposição ainda serão altas para padrões internacionais. A redução da taxa de reposição em 20 pontos percentuais adicionais reduziria o déficit do RGPS em 1,8% do PIB no médio prazo;

- Desvincular o valor mínimo de aposentadoria do salário mínimo (e corrigi-la somente pelos aumentos do custo de vida) teria o impacto mais significativo na redução do déficit fiscal do que todas as medidas de políticas públicas. Manter a aposentadoria mínima constante em termos reais, geraria uma redução adicional no déficit do RGPS (urbano e rural) de até 0.5% do PIB em 2026 e chegando até 2.3% em 2067.

9- Os déficits do RPPS e a iniquidade do sistema previdenciário como um todo poderiam ser solucionados por meio da remoção dos privilégios concedidos aos servidores públicos contratados antes de 2003

10- Uma reforma adicional a ser considerada seria o reconhecimento de que as aposentadorias rurais do RGPS e o BPC são, de fato, programas sociais. Portanto, a reforma deveria considerá-los como tal


11- A massa salarial do funcionalismo público pode ser reduzida significativamente.

12 - A redução dos prêmios salariais excepcionalmente altos dos servidores públicos também seria desejável de um ponto de vista de equidade.

13- A melhora dos métodos de aquisições públicas de bens e serviços geraria economias em todos os níveis de governo

14- As despesas com políticas de apoio às empresas cresceram rapidamente, atingindo 4,5% do PIB em 2015; porém, não há evidências de que os programas existentes tenham sido eficazes e eficientes em seu objetivo de impulsionar a produtividade e a geração sustentável de empregos.

15- Os programas de proteção social e emprego também se beneficiariam de reformas que introduzissem incentivos mais bem alinhados e mantivessem o foco nos grupos populacionais mais vulneráveis

16- As despesas públicas com ensino fundamental e médio apresentam ineficiências significativas, e o mesmo nível de serviços poderia ser prestado gastando 1% a menos do PIB em nível local

17- A vinculação constitucional dos gastos em educação a 25 por cento das receitas dos municípios pode ser uma das principais causas da ineficiência dos gastos.

18- As despesas com ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas. Uma reforma do sistema poderia economizar 0,5% do PIB do orçamento federal

19- No sector da saúde, cerca de 0,3% do PIB poderia ser economizado através de melhorias de eficiência a nível local, mantendo o mesmo nível de serviços de saúde, e mais 0,3% com o fim dos créditos tributários do IRPF para despesas privadas com saúde.

20- Em síntese, com base em uma análise aprofundada de políticas setoriais, este estudo identifica pelo menos 7% do PIB em potenciais economias fiscais em nível federal até 2026

21- As economias identificadas neste estudo exigirão alterações das atuais regras e rigidezes orçamentárias.

22- Por fim, além do atual ajuste fiscal, a melhoria da qualidade das despesas públicas exige a institucionalização de um sistema regular e rigoroso de monitoramento e avaliação das políticas públicas.

Finanças Pessoais: Regras para gastar menos

A seguir, algumas pequenas dicas (adaptado daqui) para gastar menos.

1) Regra dos 10 segundos - Se quiser comprar algo, segure-o por dez segundos. E veja se você realmente precisa e se o dinheiro não seria melhor usado em outro lugar. Quase sempre você irá encontrar outro item mais relevante. 

2) Teste do estranho - Imagine que um estranho ofereça para sua compra o dinheiro necessário para fazer a transação. Se você aceitar, você também deve manter seu dinheiro no bolso.

3) Enrole as compras não essenciais - Adie suas compras para dar tempo de achar preços melhores e encontrar melhores decisões. Nas compras on-line, coloque os produtos no carrinho e deixe alguns dias sem encerrar as compras.

4) Vá para as compras com dinheiro apenas - Pesquisas já mostraram que pessoas gastam mais quando usam cartão de crédito em lugar de dinheiro.

5) Esconda seu cartão de crédito para criar uma barreira física e mental - Se não for possível deixar o cartão de crédito em casa, esconda ele na carteira, envolvendo-o num papel.

6) Transforme o preço em valor da sua hora - Suponha que seu salário hora seja de R$10. Assim, um refrigerante de R$4 corresponde a 40% da suas hora ou 24 minutos. Para isto, pegue seu salário e divida por 720.

7) Recolha os trocados - os trocos podem ser acumulados e depois de ter uma pequena quantidade, transforme este dinheiro em uma aplicação.

8) Compre Sozinho - Quanto mais pessoas forem ao mercado, mais fácil é comprar por impulso. Uma pessoa, com uma lista de compras, terá menos chances de comprar por impulso.

9) Não faça viagens de compras (ou faça menos) - E nas viagens, reduza o número de lojas que você entra.

10) Tente taxar você - Para cada um real, coloque dez centavos na poupança ou em alguns lugar onde não irá usar.

11) Não tenha medo de dizer não - Principalmente para s coisas que não são relevantes.

26 novembro 2017

Fato da Semana: Eleição no CRC2

Fato: Eleição nos Conselhos Parte 2

Contextualização - O Conselho Federal de Contabilidade é composto por conselhos regionais. Regularmente os profissionais contábeis votam para eleger a nova diretoria destes conselhos de cada unidade da federação. Os presidentes eleitos irão votar no futuro para escolher os mandatários máximos que irão conduzir os rumos da entidade de classe.

As eleições de 2017 foram marcadas por questionamentos judiciais, como já comentamos no blog. Além disto, envolveu a contratação de uma empresa para fazer com que o pleito fosse eletrônico. Com isto, poderia esperar uma grande participação, já que cada pessoa poderia votar na sua residência, sem precisar de fazer deslocamentos.

Relevância - O resultado desta eleição mostrou uma participação da metade dos eleitores. É muito pouco. Além disto, em muitos regionais, as opções eram “chapa 1” ou voto em branco. Sequer a opção de voto nulo existia. Mesmo assim, em três conselhos, de cada quatro voto, um eleitor preferiu votar nulo. A grande quantidade de eleitores que não votaram irá fazer a alegria do financeiro dos conselhos em razão das multas. A existência de chapa única em muitos regionais irá permitir uma composição fácil no futuro CFC.

Notícia boa - Não. As eleições mostraram que é necessário mudar o processo eleitoral. A solução não é a contratação de uma empresa para implantar o voto eletrônico. As alterações devem incluir uma maior participação efetiva dos eleitores.

Desdobramento - Sejamos realistas: nada irá mudar nos próximos anos.

Semana só teve isto? Sim.

25 novembro 2017

EY, Itália

A empresa de contabilidade EY disse na quinta-feira que estava cooperando com magistrados de Milão em uma investigação sobre se um dos seus ex-funcionários na Itália havia vendido informações confidenciais do governo.

(...) Os magistrados italianos suspeitam que Susanna Masi, funcionária do Tesouro e ex-funcionária da EY, tenha recebido cerca de 220 mil euros ($ 260,000) entre 2013-2015 em troca de material sensível, disseram fontes judiciais no caso na quarta-feira.

As fontes disseram que o material confidencial incluiu informações sobre reformas fiscais planejadas que poderiam ter dado EY - anteriormente conhecido como Ernst & Young - uma vantagem injusta sobre seus rivais. (...)


Fonte: Reuters

Um novo escândalo japonês

As empresas japonesas, símbolos de confiança, já não as mesmas. Agora é a Mitsubishi Materials, que admitiu ter falsificado dados sobre seu produtos, incluindo componentes usados em carros e aviões. Os dados dizem respeito a mercadorias vendidas entre abril de 2015 a setembro de 2017. Mais de duzentos clientes foram prejudicados. A empresa faz parte do grupo Mitsubishi.

Há um mês a Kobe Steel admitiu ter falsificado dados de produtos vendidos para clientes como Boeing e Toyota. O preço das ações da empresa caiu mais de 40%. A Toshiba está com problemas contábeis.

Links

Empresa de brinquedos sexuais estava espionando ("acompanhando") seus clientes

Local de moradia dos cientistas e a questão dos impostos

Beatrix Kiddo matou Bill? (ao lado)

STF: Cemig não tem direito a renovação de Jaragua

Os negócios entre a Camargo Correa e o ex-presidente do Peru

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

24 novembro 2017

Percentagem de mulheres em cada profissão

O gráfico comostra em azul o percentual de homens em cada profissão nos Estados Unidos. As mulheres estão representadas pela cor vermelha. Mecânicos, eletricistas e motoristas de caminhão são profissões masculinas. Já o cargo de secretário, enfermeiro e recepcionista são ocupados por mulheres. Na parte debaixo, contadores, hoje uma profissão feminina nos Estados Unidos, assim como no Brasil.

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

23 novembro 2017

Domínio público

O dia 19 de novembro marcou o 89o. aniversário de Steamboat Willie, um curta-metragem em preto e branco estrelado por Mickey Mouse. Esta foi a animação sonora de maior sucesso da época e tornou o rato Mickey famoso em todo o mundo. Mas o site ProMarket, tomando os dizeres de Cory Doctorow lembra também que é sinônimo de extensão dos direitos autorais e o sucesso da empresa Walt Disney de manter o ratinho fora do domínio público.




A empresa Walt Disney, fundada em 1923, é uma multinacional de mídia, com produção de filmes, redes de televisão e parques temáticos. Touchstone, rede ABC, Disney Channel, ESPN, A+E, Pixar, Marvel e LucasFilm (Star Wars) são algumas das empresas e marcas associadas ao império Disney. No conjunto, receitas de 55 bilhões de dólares e quase 200 mil empregados.

Se Mickey entrasse em domínio público, outros personagens poderiam também ser explorados por qualquer empresa, como o Pateta (Goofy), Pluto, Donald, Branca de Neve, Dumbo e outros. O direito de exploração deveria terminar em 2024. Obviamente que a empresa está montando uma estratégia para impedir que isto ocorra ou ampliar o prazo.

Entretanto, conforme destaca o ProMarket, a proteção de direitos autorais estava programada originalmente para expirar os direitos autorais de Mickey Mouse em 1984. Mas o Congresso dos Estados Unidos mudou a lei com o Copyright Act de 1976 e estendeu o prazo para 2003. Já nos anos 90, a Disney começou o lobby para ampliar o prazo ainda mais. E gastou muito em dinheiro para obter o seu intento.

Através do Copyright Term Extension Act (CTEA) obteve uma extensão de vinte anos sobre os direitos autorais do ratinho Mickey. A lei ficou conhecida por alguns como Lei Disney, ou Mickey Mouse Protection Act. Muitos legisladores receberam dinheiro da empresa. A empresa fez um grande esforço para não divulgar como os seus lobistas trabalharam.

Diversos economistas famosos, incluindo Kenneth Arrow, Milton Friedman, George Akerlof, Ronald Coase e James Buchanan, argumentaram que a prorrogação não incentiva a produção de novas obras e a criatividade, incentivando o monopólio. A lei foi considerada constitucional e a Disney obteve o prazo de 2023 para esgotar os efeitos dos direitos autorais.

A dúvida é como a empresa irá conseguir manter a marca

Eleições dos CRCs (2)

Por Eliedna Barbosa

Corroborando com a análise dos resultados das eleições dos Conselhos Regionais de Contabilidade divulgada pelo Prof. Dr. César, cabe destacar, tomando por base a estimativa que do total de 530 mil profissionais, cerca de 310 mil votaram para escolher os presidentes da entidade de classe, restam 220 mil profissionais, se esses não justificarem tempestivamente a ausência no pleito, receberão uma multa no valor de 20% (vinte por cento) da anuidade do técnico em contabilidade do exercício da realização da eleição (R$ 482,00), ou seja R$ 96,40, gerando uma arrecadação “extra” de mais de 21 milhões de reais.

É preciso, ainda, nessas eleições dos conselhos regionais chamar a atenção para o fato de não existir a opção do voto nulo. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o voto em branco é aquele em que o eleitor não manifesta preferência por nenhum dos candidatos, enquanto que o voto nulo é tido como um voto de protesto contra os candidatos ou contra a classe política em geral. Ainda, para completar, no “sistema” utilizado nesse processo, o desenho de tela de votação não colocava o “voto em branco” como opção de voto, pois o mesmo não se encontrava ao lado da(s) opção(ões) de chapa(s), mas estava na barra de ferramentas abaixo, ao lado da opção confirmar o voto, isso pode ter influenciado nos resultados.

Por fim, outro aspecto relevante, corresponde ao fato de mais da metade dos eleitores concentrarem-se nas regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que em tese, poderiam, também, eleger o próximo presidente do Conselho Federal de Contabilidade, se tornam inexpressivo nesse caso, devido ao fato que no CFC a eleição é indireta. Em 10/11/2017 seu resultado deixou isso bem claro, quando os eleitos que escolherão o presidente em janeiro/2018, são em sua maioria das regiões norte e nordeste. E, ainda, dos nove Estados do nordeste, apenas Pernambuco não teve representante, conforme figura.



Menor concorrência

Analisando a frequência de palavras nos relatórios das empresas - por 10 mil palavras - percebe-se a presença cada vez menor da concorrência (competição, competidores, pressão). Da revista The Economist

Eleições dos CRCs


As eleições dos Conselhos Regionais de Contabilidade encerraram ontem. O resultado apontam que 310 mil profissionais votaram para escolher os presidentes da entidade de classe. Este número é bastante expressivo, quando analisado sob a ótica do número absoluto. Metade deste total foram eleitores de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, reproduzindo a concentração da população brasileira. Se a eleição fosse para cada registro um voto, os eleitores destas três regiões poderiam, em tese, eleger também o próximo presidente do Conselho Federal de Contabilidade. Mas este é um outro ponto que não iremos discutir nesta postagem. Vamos ficar com dois aspectos que os números da eleição revelam.

Votos em Branco - O primeiro aspecto é o elevado número de votos em branco. Em termos absolutos, foram mais de 45 mil profissionais que optaram em não votar em nenhum chapa. Isto corresponde, aproximadamente, a 15% do número de pessoas que votaram. Como seria de esperar, naquelas unidades da federação onde existiam somente duas opções, chapa 1 ou voto em branco, o percentual é maior: 18%. Em três unidades, para cada 4 eleitor, 1 votou em branco: Distrito Federal (28%), Paraíba (27%) e Rio Grande do Norte (27%). Assim, parece existir uma relação entre concorrência nas eleições e um menor percentual de votos em brancos. Como se espera. Os eleitores do DF não receberam uma mensagem indicando quem estava concorrendo, qual a proposta e outras informações básicas. Os estados onde o percentual de votos em branco foi menor que 10% tiveram mais de uma chapa.

Participação - A participação dos eleitores aptos a votar parece que foi reduzida. Este número não foi divulgado, mas usamos uma informação divulgada pelo CFC para fazer uma estimativa: o número de profissionais registrados. De um total de 530 mil  profissionais, pessoas físicas, menos de 60% votaram. É bem verdade que este percentual talvez seja pessimista, já que nem todo profissional registrado estava apto a votar. Se retirarmos os votos em branco, dos 530 mil profissionais registrados, um pouco menos da metade votaram em alguma chapa. Aqui o leitor pode escolher o seu número: se considerar que o não votante fez a escolha baseado no desânimo com o processo, o percentual a trabalhar seria de 50% de participação. Caso o leitor considere que o não votante muitas vezes não exerceu seu direito ao voto por um problema no sistema ou por estar ausente ou ..., o percentual seria 60%.

Para finalizar, o último número - Usando os dados da Eliedna, cada voto custou R$2,58 (incluindo o voto em branco). Este número está subestimado, pois não considera o custo de oportunidade do profissional registrado e os custos não rateados dos conselhos. (Grato ao Alexandre Alcântara, por ter alertado sobre o link do resultado)

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui