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14 setembro 2016

Relevância das universidades

The Conversation reflete sobre a perda de relevância das universidades. Segundo o texto, a academia não consegue impor algumas verdades triviais, como a evolução das especies, a existência do holocausto entre outros.

Para o autor, existe esperança. As universidades devem focar na pesquisa, ensino e serviço. Mas também no impacto no mundo. Isto passaria por melhorar o discurso público da ciência, mas também entender e participar do impacto da mídia social na sociedade. Ou, "engajar nas novas realidades da idade da informação". Isto significa inclusive ir onde as pessoas estão e treinar os professores para esta nova realidade. Isto inclui também ter um blog para divulgar as novas verdades.

Em frente Contabilidade Financeira!

Links

Depois de 11 anos, os EUA irão julgar o executivo da AIG

As três diferentes perspectivas das filas: psicológica, engenharia e econômica

Amnésia ética: comportamentos pior do que lembramos

Os maiores investidores

Número de anos e percentagem de desempenho

Dell


Recentemente a Corte de Delaware decidiu um caso relacionado com avaliação da empresa de computadores Dell.

Tudo começou quando a empresa anunciou, em janeiro de 2013, que iria retirar suas ações do mercado de capitais e torna-la uma empresa de capital fechado. Usando um empréstimo da Microsoft, Michael Dell e Silver Lake Partners, existia a proposta de comprar as ações por 13,65 cada. Este preço foi majorado para 13,88, sendo aceito em setembro de 2013.

Mas alguns acionistas não ficaram satisfeitos com a oferta e entraram na justiça, alegando que o preço estava baixo. Durante o julgamento da questão, as partes envolvidas contrataram especialistas. Da parte da Dell, os especialistas concluíram que o preço mais adequado seria 12,68 por ação. Já os peritos dos reclamantes consideraram que o valor justo da Dell seria 28,61 por ação. Uma diferença de mais de 100%, ou 28 bilhões.

Em maio o tribunal decidiu que o valor correto seria $17,62. O caso da Dell é interessante pela utilização do processo de avaliação de empresas numa questão judicial. Um lado de avaliação é uma opinião; dependendo das suposições empregadas no laudo, os valores podem realmente apresentar diferenças enormes. No caso da Dell, por exemplo, os avaliadores partiram de diferentes pesos para dívida e capital próprio na estrutura de capital da empresa. Isto naturalmente afeta a taxa de desconto, com efeitos no valor final.

Um texto do New York Times (link de Histórias Contábeis) pergunta: “quem decide o valor justo?” A resposta seria o júri. Entretanto, este é um caso que não faz sentido trabalhar com valor justo. Não existiu uma transação tradicional ou algo que se aproxima disto. AO contrário que deseja o jornal, é uma disputa entre duas partes sobre o valor de transação para um ativo.

(Uma curiosidade: o símbolo da Dell tem um "e" parecido com a Evil Corp, de Mr. Robot)

Ativos Culturais

Com o advento do processo de convergência da contabilidade pública brasileira aos padrões contábeis internacionais, os bens de uso comum devem ser incorporados ao patrimônio das entidades públicas responsáveis pela sua administração e controle, entre eles os ativos culturais (heritage assets). Em razão da natureza única que quase sempre cerca o registro desses valores, o presente estudo tem como objetivo identificar as práticas contábeis adotadas por cidades históricas no reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos culturais no âmbito do Setor Público. Para tratar a questão da pesquisa, foram realizados estudos nas cidades históricas de Pirenópolis e Goiás [foto], situadas no Estado de Goiás, a partir da análise das contas do Ativo Permanente dos Balanços Patrimoniais relativos aos exercícios de 2013 e 2014, e efetuada uma entrevista com o diretor responsável pela Diretoria de Planejamento e Implementação de Sistemas do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás – TCMGO, entidade fiscalizadora desses Municípios. Os achados do estudo mostram que apesar de as duas cidades possuírem importantes obras como patrimônio histórico e artístico, tendo bens tombados há mais de meio século, e de essas obras tombadas atenderem aos critérios de reconhecimento, mensuração e evidenciação de ativos segundo a Teoria da Contabilidade, não há evidências de ativos culturais contabilizados. Entre as principais dificuldades está a falta de pessoal qualificado nas Prefeituras para a realização dos levantamentos e avaliações que serão necessários. (ATIVOS CULTURAIS: UMA ANÁLISE DO TRATAMENTO CONTÁBIL EM CIDADES HISTÓRICAS DO ESTADO DE GOIÁS. Lorena Almeida Campos, Vânia Arcelino dos Santos, Diana Vaz de Lima. Universo Contábil)

Além deste aspecto, a mensuração do valor de ativos culturais é muito subjetiva.

Garantia

Os irmãos Wesley e Joesley Batista retomaram nesta terça-feira, 13, o comando das empresas do grupo J&F, dono da JBS e da marca Friboi. Os executivos firmaram um acordo com o Ministério Público Federal e têm até o dia 21 de outubro para depositar em juízo R$ 1,5 bilhão. Os recursos serão usados como garantia até o fim do processo judicial que apura suspeitas de irregularidades nos investimentos feitos por fundos de pensão na empresa Eldorado Celulose, que pertence ao grupo.

Trata-se de um valor muito elevado. Além disto, assumiram o compromisso de comparecer para depoimentos. O termo encontra-se a seguir

Rir é o melhor remédio

Literalmente falando:



13 setembro 2016

Links

Participação do Grupo Folha no Valor Econômico é do Grupo Globo

Jay Z (Quem?) possui mais de 100 contas em atraso, incluindo Grant Thornton

De tanto rezar, deixou as marcas dos pés na madeira (fotografia)

Um infográfico de XKCD sobre a mudança de clima e a história da humanidade.

Milk-shake de Ovomaltine é do McDonald´s 

As melhores cidades para dirigir no Brasil

Segundo Waze

Gestores mais pobres são melhores

gestores que vêm de famílias mais pobres tendem a obter um desempenho superior ao daqueles oriundos de lares mais abastados. Em um estudo recente, essa descoberta se repetiu independentemente da forma como os professores calcularam o desempenho. E a diferença foi significativa — mais de dois pontos percentuais por ano, de acordo com um dos cálculos.

Por que? Os professores, das universidades de Michigan, nos Estados Unidos, e de Nova Gales do Sul, na Austrália, acreditam que seja porque crianças mais pobres enfrentam mais dificuldades para se tornar gestores de fundos quando adultas. “Nós argumentamos que gestores que nascem pobres enfrentam barreiras de entrada maiores nas gestoras de recursos, e apenas os mais habilidosos têm sucesso”, escreveram eles. “Em linha com esta visão, os gestores nascidos ricos tendem mais a ser promovidos, enquanto aqueles que nascem pobres são promovidos apenas se tiverem um desempenho acima da média.”
(continue a ler aqui)

Inestimento pesado em infraestrutura não gera crescimento econômico

O trabalho abaixo mostra que investimentos pesados em infraestrutura não geram crescimento e prosperidade econômica, pois não apresentam retorno positivo. Além disso, levam ao endividamento excessivo devido ao superfaturamento das obras e, por consequência, à fragilidade da economia do país. Para estudar essa questão, os autores fizeram uma análise da economia chinesa.  Muito interessante!

Resumo:

China’s three-decade infrastructure investment boom shows few signs of abating. Is China’s economic growth a consequence of its purposeful investment? Is China a prodigy in delivering infrastructure from which rich democracies could learn? The prevalent view in economics literature and policies derived from it is that a high level of infrastructure investment is a precursor to economic growth. China is especially held up as a model to emulate. Politicians in rich democracies display awe and envy of the scale of infrastructure Chinese leaders are able to build. Based on the largest dataset of its kind, this paper punctures the twin myths that (i) infrastructure creates economic value, and that (ii) China has a distinct advantage in its delivery. Far from being an engine of economic growth, the typical infrastructure investment fails to deliver a positive risk-adjusted return. Moreover, China’s track record in delivering infrastructure is no better than that of rich democracies. Investing in unproductive projects results initially in a boom, as long as construction is ongoing, followed by a bust, when forecasted benefits fail to materialize and projects therefore become a drag on the economy. Where investments are debt-financed, overinvesting in unproductive projects results in the build-up of debt, monetary expansion, instability in financial markets, and economic fragility, exactly as we see in China today. We conclude that poorly managed infrastructure investments are a main explanation of surfacing economic and financial problems in China. We predict that, unless China shifts to a lower level of higher-quality infrastructure investments, the country is headed for an infrastructure-led national financial and economic crisis, which is likely also to be a crisis for the international economy. China’s infrastructure investment model is not one to follow for other countries but one to avoid.

Fonte: Atif Ansar, Bent Flyvbjerg, Alexander Budzier, and Daniel Lunn. Does infrastructure investment lead to economic growth or economic fragility? Evidence from ChinaOxf Rev Econ Policy (2016) 32 (3): 360-390 doi:10.1093/oxrep/grw022

Conclusão:

The question of whether infrastructure investment leads to economic growth must be answered in the negative. Owing to uncertainty surrounding costs, time, and benefits parameters, a typical infrastructure project fails to deliver a positive risk-adjusted return. There is a common tendency for the benefit-to-cost ratio of major infrastructure investments to fall below 1.0. Such unproductive projects detract from economic prosperity. We thus reject the orthodox theory that heavy investment in infrastructure causes growth. There is an even more detrimental boomerang effect of overinvestment in infrastructure. Unproductive projects carry unintended pernicious macroeconomic consequences: sovereign debt overhang; unprecedented monetary expansion; and economic fragility.

[...]

The pattern of cost overruns and benefit shortfalls in China’s infrastructure investments is linked with China’s growing debt problem. We estimate that cost overruns have equalled approximately one-third of China’s US$28.2 trillion debt pile. China’s debtto-GDP ratio now stands at 282 per cent, exceeding that of many advanced economies, such as the United States, and all developing economies for which data were available, such as Brazil, India, and Nigeria. Because many corporations and financial institutions in China are state-owned, our revised calculation of China’s implicit government debt as a proportion of GDP suggests that China’s is the second-most indebted government in the world. Extraordinary monetary expansion has accompanied China’s piling debts: China’s M2 broad money grew by US$12.9 trillion in 2007–13, greater than the rest of the world combined. The result is increased financial and economic fragility. We conclude that, contrary to the conventional wisdom, infrastructure investments do not typically lead to economic growth. Overinvesting in underperforming projects instead leads to economic and financial fragility. For China, we find that poorly managed infrastructure investments are a main explanation of surfacing economic and financial problems. We predict that, unless China shifts to a lower level of higher-quality infrastructure investments, the country is headed for an infrastructure-led national financial and economic crisis, which—due to China’s prominent role in the world economy—is likely to also become a crisis internationally. China is not a model to follow for other economies—emerging or developed—as regards infrastructure investing, but a model to avoid.