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22 fevereiro 2016

Usiminas e Queima de Caixa

Ao retratar os problemas da Usiminas, o Valor Econômico tentou resumir em gráfico seus problemas. Um deles seria a "queima de caixa":
O gráfico mostra em vermelho a receita líquida, que não corresponde ao caixa. Mostra também o Ebitda, que alguns acreditam que seja a geração de caixa. Mas os dados mostram que somente num período, o último, o Ebitda foi negativo. Ou seja, não ocorreu "queima de caixa no período". E também o resultado líquido, que também não é caixa. Para mostrar a queima de caixa, o jornal deveria tomar ou o saldo de caixa e equivalentes ou o fluxo de caixa das atividades operacionais ou o índice de "queima de caixa".

Bancos da Índia

O Financial Times  levanta os efeitos da contabilidade dos bancos da Índia. Naquele país asiático, uma parcela expressiva do sistema financeira é apoiada pelo Estado. E estas instituições fizeram, no passado, uma série de empréstimos ruins que não foram adequadamente reconhecidos pela contabilidade.

PCAOB na espera

A definição sobre o futuro do PCAOB ficará em aguardo. Recentemente comentamos dos problemas políticos relacionados com este órgão dos EUA, que foi criado após o escândalo da Enron (O texto da postagem era "Leitura Obrigatória"). Há um certo "boicote" ao trabalho do atual presidente.

A presidente da SEC, responsável pela nomeação do chefe responsável pela fiscalização das empresas de auditoria nos Estados Unidos, Mary Jo White, estava postergando a decisão. E parece que existe a intenção de só decidir sobre o PCAOB quando o governo dos EUA também completar os quadros da SEC. E isto também depende do congresso dos EUA. Até lá, braços cruzados.

Rombo na Previdência dos estados

O peso dos gastos com aposentadoria dos servidores nas contas públicas e a crise fiscal dos estados impõem a necessidade de incluir na reforma da Previdência — prometida pelo governo federal — os chamados regimes próprios (União, estados de municípios). Essa é a conclusão de um estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), prestes a ser publicado, que faz um diagnóstico sobre a sustentabilidade desses regimes no longo prazo. De acordo com o levantamento, o déficit atuarial (necessidade de financiamento para pagar todos os benefícios presentes e futuros) dos estados alcançou R$ 2,4 trilhões em 2014 — o equivalente a 43,9% do Produto Interno Bruto (PIB) e um custo per capita (por servidor ou pensionista) de  543 mil reais. Somando a União, o rombo pula para 3,6 trilhões de reais ou 65,8% do PIB.

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Alphabet: A nova maior empresa do mundo

Por Alex Hern em 09/02/2016 na edição 889
Texto publicado originalmente no The Guardian, sob o titulo How Alphabet became the biggest company in the corld 2/2/2016. Tradução de Jo Amado


O Vale do Silício – e Wall Street – têm um novo rei. Alphabet, a empresa até agora conhecida como Google, parece pronta para se tornar a maior empresa de capital aberto do mundo na próxima terça-feira graças a um aumento no preço de suas ações, além de ter conseguido resultados excepcionalmente bons e de uma decisão sobre como ganha e gasta seu dinheiro. Menos de um ano depois de ter deixado para trás Berkshire Hathaway, Exxon Mobil e Microsoft em seu rumo ao topo, o valor da empresa superou o da Apple.

Somente nos últimos seis meses, desde que a empresa Google passou por uma reestruturação para se tornar a Alphabet, seu capital aumentou em 200 bilhões de dólares, quase duplicando seu valor total. Isso é surpreendente porque, durante esse período, os produtos da Alphabet continuaram sendo praticamente os mesmos que sempre foram. Não houve sucesso súbito e inesperado algum, nenhuma vitória importante nos campos legal, político ou comercial. A empresa simplesmente arrecada, com firmeza e continuamente, bilhões de dólares por ano.

Em termos comerciais, quando dizemos Alphabet queremos dizer Google. A antiga empresa ainda é responsável pela grande maioria das receitas da Alphabet e quase todos os seus negócios (o que inclui o mecanismo de busca, os mapas, o YouTube, a publicidade e o Android) ainda são comandados pela Google e seu novo executivo Sundar Pichai. O restante da Alphabet pode representar as apostas nas indústrias do futuro, mas por enquanto é a Goggle que paga as contas.

E não é apenas a velha Google que paga as contas na nova Alphabet – são também as partes mais velhas da velha Google. As receitas da Google por segmento chegaram a 74,5 bilhões de dólares em 2015, gerando um lucro de 23,4 bilhões de dólares. Embora conte com uma rede de publicidade lucrativa e popular que distribui anúncios em outros sites, a maior parte de sua receita publicitária ainda vem de seus próprios websites: 13,037 bilhões de dólares, para ser preciso.

Palavras-chave mais caras podem custar 50 dólares por clique
Isso mostra como são fortes os alicerces da empresa que Larry Page e Sergey Brin construíram. O mecanismo de busca ainda é a joia da coroa da Google – ainda é o que faz melhor e é uma imensa máquina de fazer dinheiro. Isso se deve, principalmente, a dois motivos. Um deles, muito discutido e o outro, raramente percebido, mas ambos têm raízes nos primórdios da Google. O primeiro é o PageRank, a invenção que deflagrou a empresa como um todo. Com seu surgimento na época em que Larry Page e Sergey Brin ainda estavam em Stanford, ele substituiu os índices de busca obsoletos que então existiam por uma habilidosa abordagem na forma de um algoritmo.

Ao invés de investigar manualmente os antecedentes na internet, como faziam os primeiros mecanismos de busca, ou simplesmente classificar as páginas de acordo com o número de vezes que aparecem os resultados da busca, como fez a geração seguinte, o PageRank interpreta um link a uma página como um voto. Quanto mais links tiver uma página, mais respeitável ela é. E o algoritmo é recorrente: um link de uma página que já tenha uma porção de links é mais valioso que um link de uma página desconhecida.

Isso significou que, ao ser iniciada, a experiência do mecanismo de busca da Google era astronomicamente superior à de qualquer concorrente – e compensava financeiramente. A empresa foi criada em agosto de 1998 e com um mês já tinha 10 mil buscas por dia; com seis meses, tinha 500 mil buscas por dia; três anos depois, tinha 150 milhões. Segundo os dados mais recentes, recebe atualmente cerca de 3,5 bilhões de buscas por dia.

Mas a outra faceta do sucesso da Google veio de algo que só foi compreendido quando já tinha alcançado a supremacia: não existe lugar algum que tenha mais valor para anunciar do que numa página de resultados de busca. Por definição, se você está buscando algo, você está interessado em descobrir sobre o assunto. Isso torna você mais valioso para os anunciantes do que quase qualquer outro olhar. Sim, os anunciantes querem conquistar pessoas que nunca se interessaram por seus produtos, mas, mais ainda do que isso, querem gerar vendas. Se você faz uma busca por “férias”, ou “laptops”, ou “aumento do pênis”, ou “falsos amigos do Facebook” – e a Google não opina –, então você demonstra que provavelmente você está a ponto de abrir sua carteira e pagar.

Portanto, os anunciantes estão dispostos a entregar enormes somas de dinheiro para aparecerem na página dos resultados de busca: as palavras-chave mais caras, nas buscas de coisas como advogados e seguros de saúde, podem custar até 50 dólares por clique.

A aquisição mais importante veio de mansinho
[...] O futuro da publicidade está em duas áreas diferentes: os dispositivos móveis e o vídeo. E, com duas aquisições feitas em pouco mais de um ano, a Google explicou como iria tratar dessas tendências.

Uma delas veio em outubro de 2006, quando a Google comprou o YouTube por 1,65 bilhão de dólares. Criado em fevereiro de 2005 por Chad Hurley, Steve Chen e Jawed Kari, o site já se tinha consolidado como o principal destino para vídeos online quando foi comprado. Na época, o conteúdo do YouTube era visitado 100 milhões de vezes por dia. Atualmente, é de bilhões por dia.

Na época da aquisição, o YouTube não tinha um modelo de receita (Hurley, um dos fundadores, disse que a empresa estava explorando “uma porção de opções”; tanto ele quanto Chen acabaram saindo da Google pouco depois da compra e Kari já havia saído da empresa pouco após sua criação). Mas a Google tinha: publicidade. Tanto os anúncios que antecederam os vídeos com barra de rolagem quanto os anúncios pop up existem no site até hoje, assim como um nível de assinaturas para quem queira assistir aos vídeos sem anúncios e exclusivamente o conteúdo.

Compensou. Analistas da indústria publicitária avaliam que a receita de anúncios do YouTube cresceu 40,6% no ano passado, chegando a 4,28 bilhões de dólares no mundo inteiro. Na opinião de Martín Utreras, analista de e-marketing, “como a Google continua a diversificar suas ofertas de publicidade, imaginamos que o YouTube vá desempenhar um papel cada vez mais importante nos lucros da Alphabet”.

Mas a aquisição mais importante veio de mansinho, pouco mais de um ano antes da Google ter gasto bilhões com o YouTube. Em agosto de 2005, a Google gastou 500 milhões de dólares para comprar o Android, um sistema de operações móvel desenvolvido por ex-funcionários da Apple, da Microsoft e da Philips, liderados por Andy Rubin. O Android vinha sendo desenvolvido desde 2003, mas seu primeiro protótipo só foi revelado em novembro de 2007, dois anos depois de sua aquisição pela Google. Atualmente, o vínculo desse sistema com a Google é tão forte que é difícil imaginar que existisse anteriormente.

Quem tem o futuro garantido?
Comparado ao YouTube, o Android poderia ser considerado um investimento de baixo desempenho. Ao longo de sua existência, a plataforma só produziu 31 bilhões de dólares em receita – de publicidade em dispositivos móveis e ao aceitar uma redução em apps e aplicativos de mídia. Mas isso decorre da estratégia da Google de oferecer o sistema operacional gratuitamente, ao invés de tentar obter lucros através da venda de fones de ouvido (como faz a Apple), ou de uma taxa de licença pelo software (como faz a Microsoft, numa estratégia que a condenou à irrelevância em tempos da era dos dispositivos móveis). Talvez não produza dinheiro, mas contribuiu com dividendos para a Google de outra maneira: atualmente existem 1,8 bilhões de telefones Android pelo mundo afora, quatro vezes mais do que iPhones. Numa escolha aleatória, é muito provável que qualquer smartphone esteja funcionando com o software da Google.

Na primeira década deste século, a Google estava comprando empresas para se preparar para as batalhas da década seguinte. Essa é uma estratégia que continua até hoje. Em janeiro de 2014, a Google comprou a DeepMind, uma empresa britânica de inteligência artificial recém-criada, por 400 milhões de libras esterlinas. A empresa foi fundada pelo ex-prodígio de xadrez e neurocientista Demis Hassabis, que construiu sua carreira produzindo jogos com desenvolvedores Bullfrog na década de 90 e cujo objetivo é nada mais nada menos do que desenvolver computadores que pensem como humanos.

O tipo de tecnologia que a DeepMind constrói já está funcionando nos serviços da Google, desde uma busca por imagem que consegue reconhecer o conteúdo de uma fotografia até uma tecnologia de reconhecimento de voz que consegue entender o significado de uma frase, e não apenas as palavras-chave, mas os produtos da linha de frente da aquisição ainda se afastam bastante no sentido do extremo oposto, da mera pesquisa. Em janeiro de 2016, a DeepMind ganhou as manchetes com o primeiro computador que era capaz de vencer um jogador profissional no tradicional jogo asiático Go, uma façanha que se buscava realizar há dez anos.

A DeepMind ainda está sendo orientada pela Google em relação à estrutura da Alphabet, mas outros setores da empresa têm liberdade para voar sozinhos. Um exemplo é o Nest de Tony Fadell, uma empresa famosa por ter inventado um termostato inteligente e um alarme de fumaça. Criada por Fadell, que ficou famoso por sua contribuição para o desenvolvimento do iPod, na Apple, a empresa vem desenvolvendo uma reputação por projetos de hardware que a própria Google ainda não tem. Também adota um distanciamento em relação aos aspectos de invasão de privacidade de sua empresa-irmã: para muita gente, a ideia de convidar a Google para sua casa ainda parece desagradável.

Embora a Alphabet esteja em ascensão, há um outro fator em jogo que contribui para o fato de ela ser a maior empresa do mundo: a trajetória descendente da Apple. Enquanto a Alphabet aumentou seu capital de mercado em 200 bilhões de dólares [R$ 870 milhões], a Apple perdeu o equivalente em função dos temores do fato de iPhone, iPad e o MacIntosh estarem tropeçando no mercado simultaneamente (e o Apple Watch, a quarta principal linha de produção da empresa, aparentemente ainda é uma força menor em termos de receita).

Para que a Alphabet suplante a Apple, portanto, isso não depende apenas do que fizerem Sergey Brin, Larry Page e Eric Schmidt; também depende uma contínua fragilidade no Vale do Silício. A Apple ainda ganha muito mais dinheiro que a Alphabet, assim como é mais lucrativa. Mas o consenso em relação a quem tem o futuro garantido mudou de direção – pelo menos, por enquanto.

N.R. O PROJOR tem uma parceria com a Google no projeto Grande Pequena Imprensa.

***

Alex Hern é repórter de tecnologia do Guardian

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

21 fevereiro 2016

Instagrams de Contabilidade

Além do Instagram do Contabilidade Financeira, há diversas contas relacionadas a contabilidade. Colocamos algumas abaixo.... você indicaria mais alguma?
(Não incluímos contas vinculadas a escritórios ou outros fins comerciais)

- Ensinando Contabilidade: Instagram do Túlio Rocha ligado a conta no YouTube com o propósito de ensinar contabilidade:
Uma foto publicada por Ensinando Contabilidade (@ensinandocontabilidade) em


- Contabilidade Tributária: De um analista tributário para troca de informações

- Amo Contabilidade: é uma conta irmã da nossa, mas que também dá algumas dicas de estudos, além das queridas piadas de contador


- Suficiência Contábil: Ajuda e auxilia (e faz companhia) para quem está estudando para o Exame de Suficiência


Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

20 fevereiro 2016

Fato da Semana


Fato: Finanças públicas do Brasil
Data: Durante a semana
Fonte: Agência de notícias

Precedentes
2011 a 2014 - Durante o primeiro mandato da presidente Dilma Roussef, o ex-ministro da fazenda traça uma série de medidas de incentivo a economia. Ao mesmo tempo, os gastos públicos continuam em crescimento, sem o aumento proporcional das receitas. O desequilíbrio das contas é coberto em alguns anos por receitas extraordinárias e, no final do mandato, por manipulação da contabilidade pública.

2015 - Joaquim Levy é indicado para o cargo de Ministro da Fazenda, mas não consegue executar os cortes de gastos necessários, saindo ao final do ano. A área técnica do TCU condena as manobras orçamentárias realizada no ano anterior, o que pressiona o governo a corrigir os problemas ainda em 2015.

2016 - Barbosa como ministro da Fazenda tenta reduzir os gastos públicos, mas a pressão política impede medidas mais radicais.

18-fev-16 - A SP rebaixa novamente o risco de crédito do Brasil baseado a piora do quadro fiscal

19-fev-16 - A revista Piauí publica um texto onde analistas afirmam que o país deverá dar um calote na dívida interna.

Notícia boa para contabilidade?
O problema das contas públicas também é um problema contábil. E o caso brasileiro os especialistas do assunto já alertavam para o desequilíbrio desde 2011. Uma discussão importante neste caso é se o regime de competência e a melhor transparência das contas públicas poderia ter evitado os problemas atuais. Outro aspecto é se os mecanismos de controle da área pública foram suficientes. A discussão tardia destes elementos indica que esta não é um notícia boa para a contabilidade.

Desdobramentos
Tudo indica que o ano de 2016 será tão ou mais difícil que 2015. Programas que anteriormente eram considerados fundamentais deverão ser cortados. Uma discussão urgente sobre a vinculação excessiva do orçamento também necessita ser feita (mas provavelmente não será). A questão fiscal pode ser decisiva para os rumos políticos do país.

Brocolis na dieta de ricos e pobres

Talvez o brócolis também não goste de você.
Fonte: Aqui
O brócolis é nutritivo e ele sabe disso. Desde que os humanos e outros animais que comem plantas passaram a ter motivo para consumir um bocado de brócolis, o legume começou a produzir “goitrin”, um composto que têm sabor amargo para pessoas com certos genes – que funciona como uma defesa contra ser comido. Outros vegetais que vêm da mesma planta, como o couve de Bruxelas, empregam estratégias de proteção similares.

Mas como o podcast Surprisingly Awesome apontou, o sabor-armadura do brócolis pode ser bastante efetivo, como evidenciado pela reação de desgosto de várias crianças ao experimentá-lo pela primeira vez. Mas essas crianças podem aprender a eventualmente apreciá-lo: um estudo realizado em 1990 descobriu que é necessário apresentar novas comidas às crianças entre 8 a 15 vezes antes que elas comecem a aceitá-la. Isso, claro, não sai barato.

Uma vez rejeitada, boa parte das 8 a 15 porções de brócolis (ou cenoura, ou grãos integrais, ou peixe) vão parar no chão e depois vão para o lixo. E, ainda, os pais precisam comprar comida reserva confiável para suprir a falta alimentar.

Quem pode custear esse tipo de gasto?  Não os pais com um orçamento alimentar apertado.

Um estudo demonstrou que o preço de inclusão de alimentos saudáveis nas dietas alimentares infantis é o suficiente para fazer com que uma quantidade significante de pais nem tente. Essa decisão de corte de custos pode explicar algumas das diferenças entre como americanos ricos e pobres comem.

Leia mais aqui (em inglês).

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

19 fevereiro 2016