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25 setembro 2015

Keynes: o verdadeiro pai das Finanças Comportamentais

In 1978 the financial economist Michael Jensen wrote: “I believe there is no other proposition in economics which has more solid empirical evidence supporting it than the efficient market hypothesis.” If it is possible to “jinx” a scientific hypothesis, Professor Jensen may have done it. Consider the history since that time.

First, there was the crash in stock prices in October 1987. The late 1990s saw a spectacular rise and fall in technology stocks. The irrational exuberance shifted to real estate, leading up to the peak in August 2006, followed by a crash that helped cause the global financial crisis. Even former chairman of the Federal Reserve Alan Greenspan apologised: “Those of us who have looked to the self-interest of lending institutions to protect shareholders’ equity — myself especially — are in a state of shocked disbelief.”

Many other economists who were ardent supporters of the efficient market hypothesis (EMH) have also been surprised by recent history but there is one man who would not have been “shocked”: John Maynard Keynes.

Keynes is remembered for his view that governments should spend money in recessions to regain full employment, an argument made famous in The General Theory of Employment, Interest, and Money (1936). Few, however, realise that Keynes was a true forerunner of behavioural finance. Had more people, including Greenspan, studied the chapter of The General Theory on financial markets, the crisis might have been avoided.

Keynes thought markets had been more “efficient” at the beginning of the 20th century, when managers owned most of the shares in a company and knew what it was worth. As shares became more widely dispersed, “the element of real knowledge in the valuation of investments by those who own them or contemplate purchasing them . . . seriously declined”.

By the time of The General Theory, Keynes had concluded that markets had gone crazy. “Day-to-day fluctuations in the profits of existing investments, which are obviously of an ephemeral and non-significant character, tend to have an altogether excessive, and even an absurd, influence on the market.”

To buttress his point, he noted the fact that shares of ice companies were higher in summer months when sales are higher. This fact is surprising because in an efficient market, stock prices reflect the long-run value of a company, and do not rise in good seasons. Recent academic studies show this pattern is still true.

Keynes was also sceptical that professional money managers would perform the role of the “smart money” that EMH defenders rely upon to keep markets efficient. Rather, he thought they were more likely to ride a wave of irrational exuberance than to fight it. One reason is that it is risky to be a contrarian. “Worldly wisdom teaches that it is better for reputation to fail conventionally than to succeed unconventionally.”

Instead, Keynes thought that professional money managers were playing an intricate guessing game. He likened it to a common newspaper game “in which the competitors have to pick out the six prettiest faces from 100 photographs, the prize being awarded to the competitor whose choice most nearly corresponds to the average preferences of the competitors as a whole: so that each competitor has to pick, not those faces that he himself finds prettiest, but those that he thinks likeliest to catch the fancy of the other competitors, all of whom are looking at the problem from the same point of view . . . We have reached the third degree where we devote our intelligences to anticipating what average opinion expects the average opinion to be. And there are some,

I believe, who practise the fourth, fifth, and higher degrees.” I believe Keynes’s beauty-contest analogy remains an apt description of how financial markets work, as well as of the key role played by behavioural factors.



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Autor: Richard Thaler- Continua aqui

Câmbio e Evidenciação

Nos últimos dias a movimentação do dólar trouxe a preocupação com a exposição ao risco cambial por parte das empresas brasileiras. O Estado de S Paulo afirmou (Dívida da Petrobrás sobre mais R$100 bi) que o endividamento da empresa Petrobras deve chegar a mais de 500 bilhões em razão do dólar. Naturalmente os jornais destacam os prejudicados com a movimentação cambial, como é o caso da estatal. Mas existem também as empresas que serão beneficiadas, como as exportadoras.

Como isto apareceu nas demonstrações das empresas? Será que elas estão preparadas? Vejamos o caso da Petrobras. A Petrobras afirma o seguinte no seu relatório de administração de 2014:

33.2. GERENCIAMENTO DE RISCO CAMBIAL No que se refere ao gerenciamento de riscos cambiais, a Petrobras busca identificá-los e tratá-los em uma análise integrada de proteções (hedges) naturais, beneficiando-se das correlações entre suas receitas e despesas. No curto prazo, a gestão de risco envolve a alocação das aplicações do caixa entre real, dólar ou outra moeda. Nesse contexto, a estratégia pode envolver o uso de instrumentos financeiros derivativos para minimizar a exposição cambial de certas obrigações da companhia.

Bom, para o leitor isto significa que não se deve preocupar-se já que a empresa possui uma estratégia de minimização a este tipo de risco. É importante salientar que a no relatório de administração, de quase cem páginas, o “risco cambial” foi citado uma vez. Mas na explicação sobre a redução do valor recuperável, a empresa informa que adotou uma taxa de câmbio média de 2,85 para 2015 e 2016, convergindo a 2,61 no longo prazo.

Já a JBS apresenta uma análise de sensibilidade indicando o efeito no resultado da variação no câmbio de 25 e 50%:
A análise acima se refere ao dólar. Aparentemente a empresa irá ganhar com a desvalorização da moeda.

Meus tempos de Ansiedade

Trechos do livro "Meus tempos de Ansiedade":

Poucas pessoas hoje em dia poriam em dúvida a afirmativa de que o estresse crônico é uma marca de nosso tempo, ou que a ansiedade tornou-se um tipo de doença cultural da modernidade. Vivemos, como tem sido dito desde a alvorada da era atômica, numa era de ansiedade – e isso, por mais lugar-comum que seja, só parece ter se tornado mais verdadeiro nos últimos anos, quando os Estados Unidos foram agredidos, num breve espaço de tempo, por terrorismo, calamidade e perturbação econômica e por uma profunda transformação social.

[...]

Em 1927, de acordo com a listagem em Psychological Abstracts, publicaram-se somente três trabalhos acadêmicos sobre a ansiedade; em 1941 foram apenas catorze e, ainda em 1950, não mais que 37. A primeira conferência acadêmica dedicada unicamente à questão da ansiedade só teve lugar em junho de 1949. Foi apenas em 1980 – depois de criados e lançados no mercado novos remédios para tratar ansiedade – que esses transtornos foram, enfim, inseridos na terceira edição do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais [Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders] (DSM), da Associação Americana de Psiquiatria, em lugar das neuroses freudianas.

[...]

Hoje, publicam-se a cada ano milhares de trabalhos sobre a ansiedade, e há várias revistas acadêmicas dedicadas apenas a ela. A pesquisa sobre a ansiedade vive levando a novas descobertas, não só sobre causas e tratamentos, como também, de modo mais geral, sobre a maneira como a mente funciona – sobre as relações entre a mente e o corpo, entre os genes e o comportamento, e entre moléculas e a emoção.

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Há explicações evolutivas plausíveis que explicam a razão pela qual tanto a Inteligência quanto a imaginação tendem a acompanhar a ansiedade.

STOSSEL, Scott. Meus tempos de Ansiedade. Medo, esperança, terror e a busca da paz de espírito. Tradução Donaldson M. Garschagen, Renata Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2014



kateordiecomics.com
Arte por Kate Leth.

Street Accountants



Fonte: Aqui

24 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Links

Uber e Frédéric Bastiat: Parábola dos fabricantes de vela e a competição do sol

Retorno do patrocinador são afetados pelos resultados dos jogos do patrocinado nos esportes (PDF)

A sucessão no PCAOB: três candidatos e o futuro da fiscalização das empresas de auditoria

Como os Beatles mudaram as capas dos discos

O resultado da EY em 2015 (infográfico)

Volks perde 25 bilhões de euros em 2 dias

Um comercial de fertilizante muito "sem noção"

Empresas de auditoria entre as melhores para mães trabalharem

Ensino

É fácil pensar em alunos como um grupo (minha classe das 09:00 ou minha classe das 10:30) e não como indivíduos. Muitas vezes descrevemos esses grupos de forma negativa. Eles são irritantes. Eles são preguiçosos. Eles são frustrantes. Eles não conseguem pensar. Eles não conseguem se preparar. Mas os alunos são indivíduos únicos, com suas próprias esperanças, sonhos, fraquezas e aspirações. Não é importante para eu gostar dos meus alunos, mas é importante para mim se preocupar com eles. Ande em sua próxima aula e olhe para os seus alunos como seres humanos distintos. Eles não fazem parte dos móveis. Eles são as pessoas. Não desperdice tanto tempo em julgá-los. Basta perceber que eles são humanos e, se eles sabem disso ou não, eles precisam de sua ajuda como seu professor. Como Madre Teresa de Calcutá disse: "se você julgar as pessoas, você não tem tempo para amá-los."
Joe Hoyle

Tenho escutado muito dos meus colegas que a qualidade dos alunos caiu nos últimos anos. Penso comigo que não é isto: suas habilidades e prioridades mudaram, pois o mundo mudou. Mesmo com um monte de tarefas que assumi neste semestre na administração da minha universidade, mantive uma disciplina na graduação. Eu preciso deste contato com o jovem aluno de graduação. Preciso saber que o que aprendi até hoje pode fazer diferença para o aluno da UnB. O que Hoyle propõe é muito difícil.

Custo da Corrupção

O Valor Economico fez um levantamento do custo da corrupção na Petrobras (Investigação de Corrupção já Custa R$386 milhões, Fernando Torres, 22 de setembro de 2015). O resultado sintético está na figura abaixo:
Naturalmente que somados os custos indiretos este valor de quase 400 milhões de reais é muito maior. Com a corrupção a empresa perdeu grau de investimento, teve o mercado de crédito fechado, inviabilizou lançamentos de ações, reduziu a moral dos funcionários e muitos outros aspectos.

Yogi Berra

Faleceu Yogi Berra. Para um país onde o beisebol é um curiosidade que passa na televisão a cabo, o nome de Berra não tem nenhum significado. Foi um grande jogador.

Mas também foi um tipo de "Dadá Maravilha" do Norte. Suas frases são hilárias. A seguir uma seleção de dez delas:

"It's deja vu all over again"
"It ain't over 'til it's over"
"He hits from both sides of the plate. He's amphibious"
"I never said most of the things I said"
"You can observe a lot by watching"
"Never answer an anonymous letter"
"Why buy good luggage, you only use it when you travel"
"I always thought that record would stand until it was broken"
"Baseball is 90% mental. The other half is physical"
"I usually take a two-hour nap from one to four"

23 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


Hoje a primavera começa ♥

Japão bane cursos de humanas e ciências sociais das universidades públicas


Many social sciences and humanities faculties in Japan are to close after universities were ordered to “serve areas that better meet society’s needs”, it has been reported.

Of the 60 national universities that offer courses in these disciplines, 26 have confirmed that they will either close or scale back their relevant faculties at the behest of Japan’s government, according to a survey of university presidents by the Yomiuri Shimbun.

It follows a letter from education minister Hakuban Shimomura sent to all of Japan’s 86 national universities, which called on them to take “active steps to abolish [social science and humanities] organisations or to convert them to serve areas that better meet society’s needs”.

The ministerial intervention has been denounced by one university president as “anti-intellectual”, while the universities of Tokyo and Kyoto, regarded as the country’s most prestigious, have said that they will not comply with the request.

However, 17 national universities will restrict the recruitment of students to humanities and social science courses – including law and economics, according to the survey, which was reported by the blog Social Science Space.

It reports that the Science Council of Japan put out a statement late last month that expressed its “profound concern over the potentially grave impact that such an administrative directive implies for the future of the HSS [humanities and social sciences] in Japan.

Fonte: aqui

Uber e Custo

A empresa Uber esta investindo, em conjunto com a University of Arizona, num projeto de veículo autônomo (Why Uber is pouring Money into developing autonomous cars). A razão é simples:

Uber pode ter mais ganho que qualquer outra empresa no desenvolvimento e adoção dos carros autônomos. Se for possível substituir o custo dos motoristas com os carros autônomos, a Uber pode reduzir drasticamente os preços das corridas, tornando uma opção mais barata para muitas pessoas que possuem carros.

22 setembro 2015

Por que as ações da Volks despencaram?

ON SEPTEMBER 21st, the share price of Volkswagen (VW), the world's largest carmaker by units produced, fell by 17% in just one day. Investors dumped the firm's shares after it was accused by America's Environmental Protection Agency (EPA) of cheating emission tests on its diesel-powered vehicles. Although Volkswagen's chief executive, Martin Winterkorn, has apologised for faking the data, the carmaker could still face a fine of up to $18 billion—and even more if regulators find that it has committed any more misdemeanours in Europe and Asia.

Yet the fall in the firm's share price is not simply the result of the scale of the potential fine. The final figure may well be much less, particularly if VW co-operates with regulators. Investors have also been spooked by its other problems, which the latest scandal have made worse.

Continua aqui

Rir é o melhor remédio


Economia: Curso rápido #7 e #8





Monitoração dos possíveis impactos da Operação Lava Jato

Um blog fantástico é o “Análise Real”.

Abaixo segue um vídeo postado por eles para ajuda a entender como o Banco Central mapeia exposições e riscos de contágio da Operação Lava Jato:


Fifa e KPMG

A FIFA decidiu, na semana passada, “afastar” seus secretário, Jérôme Valcke, envolvido num esquema de corrupção relacionado à revenda ilegal de ingressos.

Desde 1999 a KPMG é responsável pela auditoria da Fifa e em nenhum momento alertou, no seu parecer de auditoria, sobre problemas na contabilidade da entidade. Como existe uma investigação do Departamento de Justiça dos EUA e da Procuradoria da Suíça sobre a corrupção dentro da Fifa, a KPMG está fazendo uma revisão das auditorias realizadas, segundo informou a Reuters.

Responsabilidade

Recentemente o Superior Tribunal de Justiça negou a solicitação de indenização da Tigre Tubos e Conexões contra a empresa de auditoria Deloitte (Tigre perde no STJ discussão milionária contra a Deloitte, Valor, 16 de setembro de 2015, Beatriz Olivon). No passado a Deloitte montou uma operação de planejamento tributário para a Tigre relacionada com a exportação de soja. O problema é que a operação foi considerada ilegal pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que aplicou uma multa na empresa de 37,6 milhões de reais. A Tigre sentiu-se prejudicada, pois realizou a operação conforme a consultoria da Deloitte. O STJ entendeu que não cabia indenização, pois a decisão de fazer a operação foi da empresa. Mas considerou pertinente que a Deloitte devolva o valor da consultoria, R$500 mil em valores atualizados.

21 setembro 2015

Rir é o melhor remédio


Finanças Pessoais: Vale a pena pagar a mais? Custo e utilidade marginal.

Utilidade é a habilidade que um bem ou serviço tem de satisfazer um desejo humano. Uma tarefa essencial em finanças pessoais é determinar o quanto de utilidade você irá ganhar a partir de determinada decisão. Por exemplo, se você decidir gastar $70 em um ingresso para um show, você poderá estar pensando no que ganhará com isso. Talvez você curta uma noite agradável com boa música, amigos e por aí vai...

A utilidade marginal é a satisfação extra, derivada de se ter uma unidade incremental a mais de um item. Quando conhecido, esse custo pode ser comparado à utilidade marginal recebida.
Pensar sobre a utilidade marginal e o custo marginal pode ajudar no processo de tomada de decisão já que ele nos leva a comparar apenas as variáveis mais importantes. Ela requer que nós examinemos o que iremos ganhar se também experimentarmos uma quantia de custo extra.

Para ilustrar a ideia, finja que você está considerando gastar $150 ao invés de $90 ($60 adicionais) por uma poltrona na primeira fileira. Que utilidade marginal você ganhará com a decisão? Talvez a habilidade de ver e ouvir melhor, ou a satisfação de ter um dos melhores lugares do concerto. Você então se perguntaria se os benefícios extras valeriam 60 barões.

Na prática, as pessoas estão inclinadas a buscar utilidade adicional desde que a utilidade marginal exceda o custo marginal.

Vejamos outro exemplo. Imagine que dois automóveis novos estão disponíveis na concessionária em Betim, Minas Gerais, onde o engenheiro civil Daniel Castro está tentando fazer uma opção de compra. Ambos os veículos são modelos similares, mas de diferentes fabricantes. O primeiro, com uma etiqueta de compra de $39.100, tem um número moderado de opções enquanto o segundo, com uma etiqueta de preço de $40.800 têm opções adicionais numerosas. A análise marginal sugere que o Daniel não precisa considerar todas as opções ao comparar os veículos. Ao invés disso, o conceito de custo marginal nos diz para comparar os benefícios das opções adicionais com os custos adicionais - $1.700 nesse caso ($40.800 - $39.100). Daniel precisa decidir apenas se as opções adicionais valem $1700.

Faça decisões inteligentes. Não considere características que não te atraem ou que você não irá utilizar.

Sugestão de leitura: GARMAN, E. Thomas; FORGUE, Raymond E. Personal Finance. South-Western College Pub, 2011.