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27 março 2011

IFRS: Fraude é o temor de auditores internos

Por Pedro Correia


Os Auditores internos americanos estão apreensivos com a convergência da USGAAP às IFRS. De acordo com matéria "IFRS, Fraud Among Key Concerns of Internal Auditors" do site "CFO Innovation", neste momento deve-se dar uma maior atenção ao gerenciamento de riscos.

"... as IFRS, tal como uma abordagem baseada em princípios, exige mais discrição e julgamentos, ao invés de um conceito baseado em regras, tais como as USGAAP onde as linhas são mais claros em torno do que pode e não pode ser feito", é a opinião de Bob Hirth, vice presidente da Protiviti, empresa de consultoria na área de risco, que divulgou recentemente estudo sobre os temores dos auditores internos com a conversão. Ainda de acordo com Hirth, "é fundamental uma auditoria interna forte para o sucesso operacional e manutenção de um estado de controle interno eficaz em um ambiente de regulação e gestão de elevado risco".

De acordo com o estudo, foi "constatado que a gestão de risco é prioridade para os membros dos conselhos e executivos, tornando-se vital para os auditores internos para aumentar o seu foco nesta área, nomeadamente a identificação dos potenciais riscos futuros, bem como os riscos ligados à estratégia de negócios".

Leia também "Internal Auditors Urged to Sharpen Focus on Risk Management"


Fonte: Alexandre Alcântra

26 março 2011

Rir é o melhor remédio






Motivos para Adotar um Sistema de Custos


Sistemas de custos adotados como parte de uma ampla reforma voltada para o aumento da eficiência na gestão pública mediante a introdução de competição na provisão de serviços e adoção de métodos privados de gestão
. Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido são os países em que essa motivação predominou. Nesse caso, a adoção da contabilidade de competência é vista como uma etapa no caminho do orçamento de competência
Adoção de riscos fiscais de longo prazo
. Adoção da contabilidade de competência é importante para gerar informações que permitam avaliar riscos fiscais de longo prazo. Na Islândia, essa foi a principal motivação para adotar esse regime e conter a expansão dos gastos previdenciários. Essa também é uma preocupação importante nos Estados Unidos, principalmente agora com a adoção de medidas para combater a crise econômica.
Eficiência do Estado e melhoria da qualidade do gasto
. Holanda e Canadá, que estiveram entre os pioneiros na adoção da contabilidade de competência, deram mais ênfase à contribuição da contabilidade de competência para a eficiência do Estado e à adoção de reformas voltadas para a privatização e a devolução de maiores responsabilidades na provisão de serviços a governos locais, mediante a descentralização fiscal.
Qualidade, transparência e confiabilidade das informações sobre as contas públicas
. Essa foi uma motivação importante na França, que privilegiou a contribuição da contabilidade de competência para o controle interno e externo do Estado

Fonte: REZENDE, Fernando; CUNHA, Armando; BEVILACQUA, Roberto. Informações de custos e qualidade do gasto público. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: FGV, 44 (4), p. 959-92, 2010,

Análise gráfica

Por Pedro Correia
A revista norte-americana “Forbes” publicou em seu site uma análise na qual o autor afirma já no título: “É hora de comprar Brasil”. O texto, publicado ontem (quarta-feira, 23), diz que o momento é bom para adquirir ações de empresas brasileiras.

Uma oportunidade são os papéis da Petrobrás, que recentemente atingiram seu piso para o momento, na opinião de Tom Aspray, autor da análise. Ele também disse que “é uma oportunidade de comprar [cotas do] iShares MSCI Brazil Index”, um fundo que inclui ações de Vale, Itaú, Bradesco e outras.

Após analisar tecnicamente dois gráficos[1], um das ações da Petrobras e outro do fundo, Aspray afirma que a curva mostra ter atingido “uma baixa importante”, sinal de que pode estar chegando o momento de subir.

Mas ele faz uma ressalva[1]: o índice Market Vectors Brazil Small-Cap ETF, que engloba empresas não tão grandes, como TAM, Gafisa e Klabin, não deu sinais claros de que tenha atingido o seu piso.

Fonte: It's time to Buy Brasil - via Estadão

[1] Será que é possível confiar em análise gráfica?

25 março 2011

Rir é o melhor remédio









Auditoria

O governo britânico pediu a suas autoridades reguladoras antitruste para investigar se alguns bancos ajudaram a fortalecer o domínio das “quatro grandes” empresas de auditoria, por meio de acordos restritivos nos empréstimos que concedem a empresas.
Anteontem, o orçamento apresentado pelo ministro das Finanças britânico, George Osborne, incluiu um pedido para o Gabinete de Comércio Justo (OFT, na sigla em inglês) investigar se condições exigidas pelos bancos nos contratos deixaram de fora as empresas menores de auditoria.
Em 2010, o Conselho de Contabilidade Financeira (FRC), órgão regulador do setor no Reino Unido, havia expressado preocupação aos parlamentares de que as clausulas de alguns contratos estariam obrigando as empresas a usar apenas as quatro grandes – PwC, Deloitte, KPMB e Ernst & Young.
O FRC informou que o governo havia ouvido seus receios e que esperava ver o OFT prosseguindo com a investigação.
O setor de auditoria já está sob pressão, sendo observado por seu papel ao ter conferido aos bancos uma “ficha limpa” de saúde no período antecedente à crise.
A Câmara Alta do Parlamento britânico, a Câmara dos Lordes, finaliza informa sobre a atual distribuição de negócios.
No Reino Unido, eles também dominam a auditagem de companhias de médio porte, o que gera acusações de que auditorias de menor porte estão sendo mantidas fora do mercado por cláusulas restritivas nos acordos de empréstimos. Uma investigação parece inevitável, pois a União Europeia (UE) também busca maneiras de injetar competição no setor de auditagem, temendo um caos nos mercados financeiras se uma das Quatro Grandes falisse – como aconteceu na esteira do colapso da Arthur Andersen, que antes era a quinta das Cinco Grandes.
“Estamos mantendo o mercado de auditagem em reavaliação desde 2002 e já deixamos claro que estamos interessados na área de contratos bancários”, disse Frank Shepherd, porta-voz da OFT.
Reino Unido investiga ajudas às grandes – Huw Jones, Reuters, Valor Econômico, 25 de marco de 2011

A esmola é demais, os mercados são eficientes, o almoço não é de graça e o Santo desconfia

Postado por Pedro Correia

Os economistas criaram o princípido da “Hipótese dos Mercados Eficientes” (HME). O nome, a primeira vista, pode assustar alguns, mas a idéia não nada complicada. A grosso modo, ela quer dizer que as melhores oportunidades de lucro na economia já foram exploradaspor alguém. É impossível conseguir ganhar um lucro acima do normal usando informações que já estão disponíveis. A única maneira de obter um lucro extraordinário é descobrindo algo novo,alguma informação nova que é desconhecido do público em geral. Tal situação é extremamente dificil de acontecer. A performance de uma pessoa não pode ser sistematicamente melhor do que
o mercado em geral. As melhores e mais óbvias oportunidades de lucro são sempre ocupadas primeiro, por isso, não é algo simples superar o mercado.

Para ilustrar esse princípio, é sempre bom lembrar da piada que sempre é contada quando se explica a HME:

Dois amigos caminham em uma rua deserta. Uma dessas deles é um economista.
Seu amigo olha para o chão e grita para o economista: “Olha só! Uma nota de 100 reais no chão!”. Quando o amigo começa a correr em direção a nota, o economista diz: "Não diga bobagens! Se realmente existesse uma nota de 100 reais ali, alguém já teria achado!”

Isso tem tudo a ver com o ditado: "Quando a esmola é demais o santo desconfia". Quando ouvimos falar de uma oportunidade de lucro “rápido e fácil”, a nossa tendência é de desconfiar. “Se é tão fácil assim, porque não existem mais pessoas fazendo?”, nós nos perguntamos. É difícil aceitarmos a idéia de que exista uma oportunidade de lucro fácil que ainda não foi aproveitada. Quando pensamos nisso, no fundo,nós estamos pensando a Hipótese dos Mercados Eficientes. As oportunidades de lucro fácil já deveriam ter sido aproveitadas por outras pessoas. Na grande maioria das vezes, essas oportunidades acabam não sendo tão “fáceis” quanto nos informaram que seria. Algumas vezes essas oportunidades se revelam um golpe, ou simplesmente acabam dando muito errado. Raras são as vezes em que esses negócios são realmente uma oportunidade ainda inexplorada e realmente se tornam lucrativos.

Texto de Guili Stein

Ajuste a Valor Presente

Três pesquisas foram apresentadas no ano passado sobre o tema de ajuste a valor presente nos Congressos USP e Anpcont. Parece existir um consenso sobre os problemas da evidenciação do ajuste, assim como da sua relevância sobre os números contábeis.

Vera Ponte, Marcelle Oliveira e Danival Cavalcante estudaram a evidenciação do ajuste em companhias abertas (ANALISE DAS PRATICAS DE DIVULGACAO DO AJUSTE AO VALOR PRESENTE (AVP) PELAS COMPANHIAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA). Os autores verificaram que as empresas com níveis de governanças diferenciado apresentam maior evidenciação. Apesar disto, o nível de divulgação das práticas do ajuste a valor presente é reduzido.

Lísia Queiroz, Elizabeth Oliveira, Camilla Medeiros e Alexsandra Moura analisaram em AJUSTE A VALOR PRESENTE SOLICITADO PELA LEI Nº 11.638/07 os efeitos do ajuste a valor presente nas empresas de aviação civil (TAM e Gol). A constatação é que as empresas não divulgam informações sobre os procedimentos usados.

A aplicação do ajuste em empresas de leasing foi o tema do trabalho de Ednei Pereira, Eric Barreto Jr, Fátima Freire e Antonio Ribeiro Filho, todos do Programa Multiinstitucional UnB-UFRN-UFPB (Ajuste a valor presente da carteira de leasing e as distorções patrimoniais nas demonstrações contábeis das sociedades de arrendamento mercantil listadas na CVM). Os autores constataram que o ajuste influencia nos valores, sendo observado que os ativos estão super avaliados. As empresas apuraram prejuízos, mas que foram revertidos em lucros.

Felicidade

Fotografando felicidade



Sinal de alerta para possíveis colapsos no mercado financeiro

Por Pedro Correia



De acordo com diversas reportagens parece que o mercado financeiro americano está em um "bull market". Por exemplo, o índice S&P500 está a apenas 3.4% da sua máxima recente, que, tudo indica, deve ser superada em algum momento. A pergunta é : quando? Assim, a famosa frase "Bull markets climb a wall of worry", talvez explique o que está em curso.


24 março 2011

Rir é o melhor remédio

Marca

Valor adicionado contábil e econômico: o cálculo do PIB

Por Pedro Correia

As diferenças de conceituação de valor adicionado dentro dos critérios econômicos e contábeis são intuitivamente muito grandes, por vezes não conciliáveis. Um dos contrários a esta informação é Larraz. Ele afirma que é possível a reconciliação do valor adicionado econômico ao contábil (ou vice-versa).

Dado que o cálculo do valor adicionado “contábil” é feito a partir das vendas e que o “econômico” é derivado da produção, dependendo da forma pela qual é feita a avaliação, fica difícil fazer a reconciliação.

Larraz em seu trabalho demonstra que é possível a confecção de tal tarefa.

A maneira que isso acontece é simples. As diferenças entre o “contábil” e o “econômico” serão cada vez menores quanto menor for a diferença entre os estoques iniciais (Ei) e os finais (Ef) no ano estudado. Assim deduzimos que, se Ei = 0 e Ef = 0, os conceitos/ valores dos valores adicionados econômico e contábil convergirão.

Larraz argumenta que o termo valor adicionado produzido é igual a produção (“econômico”) mais a variação do estoque (“contábil”) do período.

O critério mais robusto para o cálculo do valor adicionado é o “contábil”, pois utiliza-se de práticas consistentes (GAAP) e da utilização de valores reais. Há um pequeno problema quanto ao uso de estimativas e julgamentos, tais como em provisões e marcação a valores de mercado; porém este problema é diminuído, pois em algum momento eles serão ajustados aos valores reais (realização). Além disso, outra vantagem do valor adicionado contábil é a confiabilidade por serem auditados por parte independente.